AMORIM: "ESTES MIÚDOS PRECISAM DOS ADEPTOS"

No rescaldo da vitória, por 2-0, frente ao Portimonense, Rúben Amorim falou sobre o momento conturbado que o Clube atravessa

A equipa principal de futebol do Sporting CP venceu, no passado domingo, 4 de outubro, o Portimonense SC, por 2-0 (LER AQUI), com golos de Nuno Mendes e Nuno Santos. No rescaldo da vitória leonina, Rúben Amorim abordou o momento conturbado que o Clube atravessa. “Entendo tudo que se passa à volta do Sporting CP, que o treinador do Sporting CP jogou muitos anos do outro lado, entendo essa parte, mas estes miúdos precisam dos adeptos. São formados no Clube, sentiram o resultado (1-4 frente ao LASK), mas a forma como se agarram uns aos outros é relevante, uma imagem forte e boa para o nosso Clube. Podem falar do sistema, do que jogamos ou deixamos de jogar, mas para mim é um orgulho ser treinador desta equipa”, referiu Rúben Amorim, saindo em defesa dos seus comandados. Quanto ao jogo em si, o treinador verde e branco destacou a excelente entrada em campo dos leões: “Não durou assim tanto tempo, mas acho que tem a ver com a juventude da equipa. Vínhamos de um jogo difícil, mas jogámos bem. Controlámos bem o encontro, fomos solidários e a entrada foi muito boa. Podíamos ter feito mais golos nesse período. Foram 30 minutos em que poderíamos ter resolvido a partida, mas depois agarrámo-nos uns aos outros e foi assim até ao fim”.

“Vamos crescer com o tempo”

Relativamente ao momento de forma do seu conjunto, Amorim não tem dúvidas de que a equipa vai crescer: “Sei o ponto em que eles estão e a confiança que transportam, além da irreverência própria da idade. Acho que o jogo do Sporting CP demonstra tudo aquilo que a equipa é: solidária e irreverente, mas depois demonstra alguma inexperiência em certos momentos para agarrar o jogo. É normal, vamos crescer com o tempo”. Sobre as entradas de Daniel Bragança e Gonçalo Inácio, o técnico deixou elogios aos dois jovens formados em Alvalade: “Não tínhamos grandes opções para o ataque, mas o que precisávamos era de ter mais bola, e o Daniel Bragança dá-nos isso. Tínhamos a velocidade pelos alas, mas depois queria um homem extra a atuar na frente e a jogar como terceiro médio quer a defender quer a atacar. Recordo que o Daniel jogou apenas na segunda divisão e é preciso tempo. Tem-se adaptado e trabalhado muito bem”. Por fim, acerca da prestação de Nuno Mendes, Rúben Amorim atribuiu todo o mérito ao lateral: “Ele tem muito talento e é muito forte fisicamente. Há alguns meses, o Nuno estava a jogar nos juniores, não era nos sub-23 nem na Liga 2… O mérito é todos dele”.

Fotografia de Sporting CP