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Coates: Eterno capitão que ajudou o Sporting a voltar ao patamar que merece
10 Jul 2025 | 15:26
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Jogadores
02 Mai 2025 | 10:43 |
Nascido a 3 de maio de 1976, Beto Severo é um ex-futebolista que representou o Sporting por nove épocas e meia, entre as temporadas 1996/97 e 2005/06. Formado em Alvalade, o antigo defesa-central apontou 25 golos em 315 jogos de leão ao peito, onde ainda conquistou duas Ligas Portuguesas, uma Taça de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.
Natural de Lisboa, Beto Severo iniciou a sua carreira futebolística ao serviço do CAC , na equipa de infantis do clube de Odivelas, mas não ficou por lá muito tempo. Ao chegar ao escalão de juvenil, o central entrou pelas portas do Sporting. Em Alvalade, a sua raça e capacidade técnica impressionaram os selecionadores jovens da seleção portuguesa, sendo convocado para o Mundial sub-20 de 1995 e, no ano seguinte, para os Jogos Olímpicos de 1996.
Ao atingir a idade de sénior na equipa do Sporting na temporada 1994/95, o Clube emprestou Beto à formação do segundo escalão do futebol português do União de Lamas e, no ano seguinte, foi novamente cedido, desta vez ao Campomaiorense, onde foi treinado por um dos símbolos máximos dos leões, Manuel Fernandes.
Na formação alentejana, disputou 19 jogos e marcou um golo, números que, na temporada 1996/97, lhe valeram o regresso a Alvalade, desta vez ao serviço do plantel principal. Pelo Sporting, estreou-se na equipa A numa derrota por 2-0 frente aos franceses do Metz, em partida a contar para a Taça UEFA. Beto, rapidamente, mostrou as qualidades do seu futebol, tal como já o tinha feito nos escalões de formação, e o técnico Robert Waseige apostou no jovem para ser a peça central da defesa dos leões, tirando o lugar do experiente Marco Aurélio.
A temporada 1999/00 foi mesmo de sonho para Beto Severo. O central formou uma brilhante dupla defensiva com o brasileiro André Cruz e foi uma das principais figuras do plantel que terminou com um jejum de 18 anos sem campeonatos para o Sporting, que lhe valeu a presença no Euro 2000, a sua primeira convocação para uma fase final de uma prova internacional.
Na temporada 2001/02, alcançou um novo patamar no seio do Clube. O técnico Laszlo Boloni elegeu Beto para ser o novo capitão do Sporting, ocupando a função anteriormente desempenhada por Pedro Barbosa. Para além de um feito pessoal, o central conquistou uma dobradinha, ao se ter sagrado, novamente, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal.
Assumidamente Sportinguista e a capitanear o seu Clube de coração, Beto fez a transição do antigo para o novo Estádio José Alvalade. O defesa estava a concretizar o seu sonho de criança e, entretanto, chegou a assumir: "O meu grande sonho de menino quando cheguei a Alvalade não era ir para o Real Madrid ou outro clube europeu, mas sim chegar à 1ª equipa do Sporting”. E os blancos chegaram mesmo a avançar pelo jogador, mas o amor à camisola falou mais alto.
Beto acabou mesmo por sair no decorrer da temporada 2005/06 para o Bordéus, a mando do treinador Paulo Bento, o que não lhe deu a oportunidade de realizar outro dos seus objetivos pessoais: "Queria ter feito a carreira toda no Sporting, mas fui empurrado", relatou o antigo jogador numa entrevista dada recentemente ao podcast '90+3'.
Após a saída do Sporting, Beto realizou mais seis temporadas de futebol profissional, ao serviço do Bordéus, Recreativo de Huelva, Belenenses e Alzira e, com o terminar da sua carreira enquanto futebolista, regressou a Alvalade em 2011, como diretor de relações internacionais. O antigo central fez também parte da direção de Bruno de Carvalho e foi dos poucos membros que não fez parte do despedimento coletivo de 2017. Mas não ficou muito tempo longe do Clube, ao ser chamado por Sousa Cintra para desempenhar funções na academia, no pós-crise de 2018 e, mais tarde, como team manager do plantel principal da presidência de Frederico Varandas.
Craque que atuou pelo conjunto verde e branco representou o Clube de Alvalade durante 11 temporadas e marcou uma era nos leões
11 Jul 2025 | 17:07 |
Mário Jorge, nasceu a 24 de julho de 1961, na Ponta Delgada, nos Açores. O craque tornou-se num dos esquerdinos mais talentosos formados pelo Clube. Ao serviço da equipa principal do Sporting, ao longo de onze temporadas, conquistou dois Campeonatos Nacionais - um deles a contar para Dobradinha, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, somando 269 jogos oficiais.
Mário Jorge chegou ao Sporting ainda como iniciado e desde logo mostrou que era um dos mais promissores da sua geração. O craque começou a jogar como extremo esquerdo, mas acabou por ser adaptado a várias posições na ala e no meio-campo, mantendo sempre um bom nível.
O ala foi lançado na equipa principal com apenas 18 anos, por Rodrigues Dias, e estreou-se na 1.ª jornada do Campeonato de 1979/80, numa vitória por 2-0 sobre o Estoril. Esta breve entrada foi suficiente para integrar o plantel campeão nacional dessa época. Após dois anos de afirmação gradual, Mário Jorge conseguiu a titularidade em 1981/82, ao marcar o golo da vitória frente ao Porto e, posteriormente, conquistar a Dobradinha.
O craque fixou-se como lateral nas temporadas seguintes, durante as quais assumiu a titularidade no lugar deixado por Inácio. Mário Jorge ergueu a Supertaça Cândido de Oliveira em 1982, a primeira da história do Clube, e estreou-se pela seleção A em 1983, frente ao Brasil.
Em 1985/86, com a ascensão de Fernando Mendes, Mário Jorge foi deslocado para o meio-campo, posição na qual se voltou a destacar. Participou na qualificação de Portugal para o Mundial de 1986 e, apesar de não ter sido convocado para a fase final, escapou à polémica de Saltillo. O craque somou, ao todo, nove internacionalizações.
Outro dos seus momentos mais memoráveis de Mário Jorge foi o 7–1, frente ao Benfica, em 1986, jogo no qual marcou dois golos. Após sete temporadas como titular, o jogador começou a perder espaço a partir de 1988/89, tendo sido emprestado ao Beira-Mar na época seguinte. O antigo craque verde e branco regressou ao Clube, mas sem conseguir recuperar a preponderância que teve noutros tempos, despedindo-se do Sporting com 21 golos em 269 jogos.
Depois da saída de Alvalade, Mário Jorge ainda jogou no Estrela da Amadora e no Estoril, acabando por pendurar as botas em 1995. No início dos anos 2000, o craque voltou a representar o Sporting , mas em futebol de praia, desporto no qual conquistou a Taça Nacional de Clubes em 2003. Em 2018, o lateral regressou à estrutura da Academia leonina, num momento de transição institucional, mantendo-se ligado ao desenvolvimento do futebol de formação.
Guarda-redes que representou o Clube de Alvalade desde muito jovem tornou-se no segundo jogador com mais partidas oficiais na história verde e branca
11 Jul 2025 | 10:35 |
Rui Patrício nasceu em Marrazes, Leiria, a 15 de fevereiro de 1988, e é um dos nomes mais históricos s que já passaram pela baliza leonina. O guardião vestiu a camisola principal do Sporting em 467 jogos oficiais, sendo o segundo jogador mais utilizado de sempre do Clube. De leão ao peito, o antigo internacional português conquistou duas Taças de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Liga, tudo isto em 12 temporadas.
Rui Patrício é um dos vários grandes nomes totalmente moldados na Academia Cristiano Ronaldo, tendo em conta que se destacou desde muito jovem como guarda-redes dos iniciados, equipa que foi campeã nacional em 2002. Posteriormente, o mesmo plantel conquistou quatro títulos consecutivos, e o craque entre os postes foi o primeiro daquela geração a chegar ao plantel principal.
Com apenas 18 anos, ainda quando era júnior, o craque integrou o plantel principal como terceira opção. A 19 de novembro de 2006 estreou-se contra o Marítimo, defendendo um penálti e garantindo o triunfo por 1-0. Rapidamente, Rui Patrício ganhou espaço na equipa e, na época seguinte, beneficiou de um desentendimento entre Stojkovic e Paulo Bento para se afirmar como o titular absoluto.
Apesar da idade, Rui Patrício mostrou personalidade na baliza leonina, mantendo a confiança do treinador mesmo após alguns erros naturais. Foi decisivo nas conquistas da Taça de Portugal e Supertaça frente ao Porto, em 2008, tendo sido distinguido com o Prémio Stromp Revelação no mesmo ano.
Rui Patrício tornou-se indiscutível no Clube verde e branco. Em 2011 e 2012 venceu o Prémio Stromp, mas desta vez na categoria Futebolista. Para além disso, alcançou o jogo 300 em dezembro de 2014 e, no ano seguinte, foi distinguido com o Leões Honoris Sporting. O craque voltou a vencer mais um título importante de leão ao peito em 2015 - a Taça de Portugal.
O guardião renovou contrato em 2012 e, novamente, em 2016, já como um dos capitães de equipa. Com cláusula de rescisão de 45 milhões de euros, Rui Patrício já era um dos pilares do Clube e da seleção nacional. Vale a pena recordar que foi o melhor guarda-redes do Euro 2016, competição que venceu por Portugal com exibições de alto nível que lhe valeram o 12.º lugar na Bola de Ouro.
Em 2018, o guarda-redes venceu a Taça da Liga pela primeira vez na história do Clube verde e branco. No entanto, foi um dos 'protagonistas' da crise que culminou com a invasão à Academia em Alcochete. Rui Patrício liderou os protestos dos jogadores e tornou-se o primeiro dos nove atletas a rescindir contrato, partindo assim para o Wolverhampton, de Inglaterra, com 467 jogos feitos, a apenas 28 do recorde absoluto. Mais tarde, os leões haveriam de chegar a acordo, com os verdes e brancos a receberem uma verba a rondar os 12 milhões de euros.
Titular da Seleção em múltiplas competições, incluindo os Europeus de 2012, 2016 e 2020 e os Mundiais de 2014, 2018 e 2022, o guardião é um dos futebolistas mais internacionais por Portugal. Após três anos no Wolverhampton, de Inglaterra, Rui Patrício rumou à Roma, onde venceu a Liga Conferência. Em 2024, já sem espaço no clube italiano, assinou pela Atalanta, mantendo-se na Serie A. Em 2025, o craque encontra-se sem clube.
*Atualizado a 10 de julho de 2025
Craque que mostrava uma grande disponibilidade para jogar onde fosse necessário representou os leões durante impressionantes 16 temporadas
11 Jul 2025 | 10:13 |
Manuel Marques, conhecido como Manecas, nasceu a 10 de julho de 1917, em Lisboa, e tornou-se uma figura lendária do Sporting. Durante 16 temporadas consecutivas ao serviço da equipa principal verde e branca, o craque conquistou seis Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, dois Campeonatos de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e uma Taça Império, somando assim 352 jogos e quatro golos com a camisola leonina.
Manecas começou a jogar futebol no Desportivo do Campo Grande, antes de se juntar ao Sporting com apenas 15 anos, em novembro de 1932, para representar a equipa de principiantes. Anteriormente, Manuel Marques trabalhava como carpinteiro de barcos no Arsenal da Marinha e, mais tarde, num grémio de armazenistas, conciliando desde cedo a vida profissional com o futebol.
Após a conquista do Campeonato de Lisboa da 2.ª categoria, em 1934/35, Manecas passou pelas Reservas e estreou-se na equipa principal a 15 de março de 1936, frente ao União de Lisboa, como extremo-direito. Com a chegada do mítico Joseph Szabo ao comando técnico, na época seguinte, foi adaptado ao meio-campo, onde ganhou consistência tática e solidez, sendo posteriormente recuado para a defesa em fases mais maduras da carreira.
A disponibilidade que Manecas mostrava aos treinadores permitiu-lhe atravessar várias gerações e ainda integrar a lendária equipa dos Cinco Violinos. O médio era tão respeitado no balneário que conseguiu o estatuto de capitão em Alvalade. A descontração de Manuel Marques fez com que o craque se tornasse num dos líderes mais carismáticos da história do futebol português.
Manecas, brincalhão como sempre mostrou ser, protagonizou vários episódios curiosos. Um dos mais engraçados aconteceu quando o craque escondeu os bonecos do treinador Szabo antes dos treinos com a equipa. Outra marca pessoal foi o famoso lenço branco à cintura, um presente da sua mãe. Embora fosse destinado a limpar feridas, Manuel Marques admitiu nunca o ter usado para esse fim, preferindo vê-lo como uma espécie de amuleto da sorte.
Manuel Marques despediu-se dos relvados a 5 de outubro de 1950, num eterno dérbi disputado no Lumiar. Nesse jogo o Sporting venceu o Benfica por 8-1. Manecas foi ainda internacional português quatro vezes, duas pela seleção principal e as restantes pela equipa B, ambas em 1945, durante a fase mais competitiva da sua carreira.
Após o final da carreira, o antigo craque teve uma curta experiência como treinador, mas a verdade é que os melhores momentos que teve foram todos enquanto jogador. Manecas morreu a 20 de fevereiro de 1987, aos 69 anos, e será recordado por ter sido um dos líderes mais carismáticos da história leonina.
Coates: Eterno capitão que ajudou o Sporting a voltar ao patamar que merece
10 Jul 2025 | 15:26
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10 Jul 2025 | 16:49
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10 Jul 2025 | 13:09