EX TREINADOR ADJUNTO DA SELEÇÃO NACIONAL RECUSA AFIRMAR QUE CRISTIANO RONALDO É O MELHOR JOGADOR DE SEMPRE: "É DIFÍCIL..."

João Aroso, antigo treinador adjunto da Seleção Nacional, rejeitou afirmar que Cristiano Ronaldo é o melhor jogador de sempre. Em entrevista ao Desporto ao Minuto, o técnico elogia as capacidades do craque do Al Nassr, mas diz não ser fácil fazer essa avaliação.

"O melhor jogador, os prémios individuais... Tenho sempre dificuldade nisso. É muito difícil comparar jogadores de posições diferentes, sobretudo um que jogue na frente e marque golos e outro que se destaque como defesa-central. Posso dizer que o Cristiano é dos jogadores mais extraordinários que alguma vez vi. Quando falamos de jogadores como ele, Messi ou Maradona, referimo-nos a alguém que atingiu outros patamares, acima dos grandes jogadores", disse.

"Eles parecem ser algo mais do que apenas grandes jogadores. O Cristiano, dos jogadores que treinei, está nesse patamar. É o jogador que treinei que transcende aquilo que nós podemos considerar um grande jogador. Ele vai além disso por tudo aquilo que representa. Os argentinos diziam que o Maradona era Deus. Parece que estão num patamar que não é terreno. É por aí que olho para Cristiano Ronaldo também", completou.

O técnico comentou ainda as recentes declarações de Cristiano Ronaldo, que afirmou que o campeonato da Arábia Saudita já estava a um nível superior por comparação a várias Ligas na Europa, como por exemplo as ligas portuguesas e francesas.

"Não me cabe a mim comentar se o campeonato [da Arábia Saudita] é melhor ou não. O que eu acho é que o Cristiano Ronaldo acabou por escolher um determinado contexto desportivo que lhe permite continuar a top, dentro dos relvados. Há também o impacto mediático, ao qual ele se habituou, pela marca que tem associada. Assim, continua bem no rendimento desportivo e mediático", afirmou.

João Aroso passou pelo Clube de Alvalade nas épocas de 2003/2004 e 2004/2005, tendo posteriormente rumado ao AEK na Grécia. Regressou uma temporada depois e permaneceu até 2008/2009 sempre como preparador físico, antes de se juntar à seleção portuguesa.