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Futebol
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Sporting e Benfica preparam-se para disputar o dérbi que será decisivo nas contas do título de campeão nacional. Em caso de vitória no Estádio da Luz, os leões sagram-se bicampeões nacionais. Ivaylo Iordanov, histórico jogador do Clube de Alvalade, perspetivou o encontro e acredita que os verdes e brancos vão jogar “para ganhar”.
“Tenho a certeza de que todos os jogadores, a equipa técnica e os adeptos não pensarão nisso, até porque, normalmente, quem joga para empatar perde. O Sporting vai entrar em campo para ganhar. Quando eu jogava, o nosso pensamento era sempre esse. É um jogo grande de Portugal, que vem de há muitos anos, e espero que seja uma festa do futebol dentro e, sobretudo, fora do relvado. Que as pessoas sejam bem comportadas e que o Sporting ganhe. Sem dúvida, é um jogo muito importante. O Sporting vai fazer de tudo para ganhá-lo e garantir a conquista do título ainda antes da última jornada”, começou por referir Iordanov, em declarações à Agência Lusa.
Na opinião do ex-jogador – que se sagou campeão nacional em 1999/00, ao serviço dos leões -, a equipa verde e branca é superior ao adversário “[O título] Vai entrar no pensamento dos jogadores, porque é um jogo muito importante e pode sentenciar uma época, mas o mais importante é que o Sporting faça o que costuma fazer. Tem de entrar mobilizado ao máximo, fazer o que tem feito e acho que não haverá problemas. Com todo o respeito que tenho pelo Benfica, o Sporting está a praticar muito melhor futebol. Acho que não acontecerá, mas, se o Benfica fizer um golo cedo, não vai haver problema para o Sporting igualar e dar a volta ao marcador. O jogo não se vai decidir nos 15 ou 20 minutos iniciais”.
Sobre a estratégia de Rui Borges - que 'proibiu' os jogadores de pensarem no empate - para o dérbi, Iordanov não teceu grandes comentários: “Não costumo falar sobre os treinadores que estão a comandar o Sporting. Eles estão lá dentro e sabem quem são os melhores jogadores, as características que cada um deles pode dar e a melhor tática para defrontar os adversários”.
A terminar, o antigo internacional búlgaro destacou a preponderância de Gyokeres na equipa leonina: “É claro que sobressai sempre um ou outro nome e o Viktor Gyokeres consegue fazer os golos de que o Sporting precisa para ganhar, mas a equipa tem de jogar toda junta e ele também defende e é muito completo. Além do mais, é uma figura relevante. Eu defendo sempre que a equipa tem de estar em primeiro lugar e ele entrou muito bem ali”.
Antigo jogador dos verdes e brancos relembra episódios caricatos que vêm prejudicando o Clube de Alvalade e fala ainda da capacidade de Viktor Gyokeres
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Jorge Cadete acredita numa vitória do Sporting na Luz. Neste Exclusivo Leonino, o antigo jogador dos leões admite ter dois dérbis marcantes na sua carreira, mostrando-se algo preocupado com o que poderá ser a arbitragem de João Pinheiro, visto que o Clube de Alvalade vem sendo prejudicado há "largos anos".
"Prejudicados nos últimos tempos? Nos últimos largos tempos! Largos, largos, largos. Quase sempre", admite o já retirado futebolista, garantindo que, esta época, os leões têm motivos de queixa, principalmente quando João Pereira assumiu o comando técnico dos verdes e brancos. Cadete admite que "também os pequenos são prejudicados" devido à "qualidade de arbitragem" em Portugal, mas que, "para os grandes, os erros podem valer a perda de título", situação que os adeptos do Sporting temem no dérbi apitado por João Pinheiro.
"Primeiro dérbi na estreia como sénior foi logo em Alvalade"
Desafiado a lembrar um dérbi marcante, Cadete recorda a época 1987/88, em que o Sporting empatou 1-1 na receção ao Benfica, na quinta jornada do campeonato: "O primeiro, logo no primeiro de estreia como sénior, foi logo em Alvalade, Sporting - Benfica. É um dos mais marcantes porque foi a minha estreia e foi o meu primeiro dérbi em Alvalade".
"Na altura o Benfica tinha uma ala esquerda que era fabulosa, que era o Álvaro Magalhães e o Chalana. O Álvaro Magalhães praticamente fazia o corredor todo para libertar o Chalana. O que é certo é que eu joguei praticamente 50 e tal ou 60 minutos e a única coisa que o Keith Burkinshaw (treinador dos leões) me pediu na altura foi não vais deixar o Álvaro subir", recorda. "Praticamente não joguei quase nada, não é? Também não tive muito jogo pelo corredor direito, mas o que é certo é que o Álvaro Magalhães não subiu uma única vez. Sempre que ele tentava subir e o jogo não estava daquele lado, eu punha-me nas costas dele e ele já não subia porque disse 'este miúdo agora é raçudo, é super rápido, não posso, se vou subir estou marcado'".
Seis épocas mais tarde (1994/95), os encarnados venciam em Alvalade por 6-3, com hat-trick de João Vieira Pinto. Cadete não esquece o pesado resultado e a decisão polémica de Carlos Queiroz em recuar Nuno Capucho para lateral-esquerdo: "É um dérbi marcante, porque estamos a ganhar 1-0 aos 7 minutos de jogo, um golo meu. O Benfica faz o empate e o Figo faz aos 21 minutos ou aos 22 minutos, faz o 2-1. Depois veio o 2-2 e o mestre da estratégia, o professor Carlos Queiroz, tira o Paulo Torres, mete o Capucho a defesa esquerdo".
"Uma mudança fabulosa, não é?", recorda Cadete, com Ironia. "Quer dizer, o Capucho que era um jogador super ofensivo e atacante, nunca foi defesa, nunca jogou a médio esquerda, nem a defesa esquerdo. E pronto... o Benfica foi pelo corredor e o João Pinto fez três golos".
"Gyokeres é mais completo do que Jardel"
O Sporting tem, para o dérbi de sábado, esperança em Viktor Gyokeres, goleador-mor dos leões. Cadete acredita que o sueco "é bem mais completo que Mário Jardel": "Podemos comparar em termos de golos, porque em jogo jogado, o Gyokeres é muito acima do Jardel. O Jardel tinha aquela estatura, mas era um jogador que praticamente jogava só dentro da área. Bolas paradas, cabeceamentos. Cabeceava muito bem, mas o Gyokeres é um avançado muito mais completo que o Jardel, que foi um avançado fabuloso", termina.
Antigo Presidente dos verdes e brancos comentou o caso que envolve tentativas de beneficiar o clube encarnado na luta pela conquista do campeonato
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Miguel Pinho, empresário de Gonçalo Inácio e Bruno Fernandes, entre outros jogadores, está a ser acusado pelo Ministério Público de corrupção desportiva, por ter procurado favorecer o Benfica na luta pela conquista do campeonato, na época 2015/16. Bruno de Carvalho – Presidente do Sporting à data – já reagiu ao caso, com muitas críticas, incluindo ao ex-capitão da equipa leonina.
“A que se refere a acusação: Época 15/16, célebre jogo do Benfica com o Marítimo. [Bruno Fernandes] é um dos jogadores que rescindiu e que depois voltou porque o terror acabou com alterações no contrato. O tempo é uma maravilha...”, escreveu Bruno de Carvalho, numa publicação na rede social X.
Vale lembrar que, segundo a acusação do Ministério Público, Miguel Pinho terá pago um montante a rondar os 30 mil euros a Edgar Costa, jogador do Marítimo, para favorecer o Benfica, antes do jogo entre insulares e encarnados na penúltima jornada do campeonato, na época 2015/16. As águias venceram o encontro por 2-0.
Foi encontrada troca de correspondência entre Miguel Pinho e o jogador português que, atualmente, ainda representa o Marítimo. Nos emails, o agente pedia ao atleta para jogar mal contra o Benfica, evitando rematar à baliza, por exemplo. Em contrapartida, caso cumprisse o que lhe era pedido, estaria a ser prometido a Edgar Costa, um "novo contrato de trabalho, melhor remunerado num outro clube". Na temporada 2015/16, a equipa do Sporting, treinada por Jorge Jesus, terminou o campeonato no segundo lugar da classifiSportingcação, apenas dois pontos atrás do Benfica.
De resto, Miguel Pinho já tinha tido problemas com a justiça anteriormente, em relação ao ‘caso dos e-mails’, também a envolver o Benfica. Foi exatamente desses emails que o Ministério Público extraiu a informação de que resulta, agora, este novo processo.
Confira a publicação:
Jornalista é confesso adepto do Clube de Alvalade e lamenta situação que faz correr muita tinta a dois dias do dérbi que decide contas do campeonato
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A escolha de João Pinheiro para arbitrar o dérbi do próximo sábado entre Benfica e Sporting, decisivo para a atribuição do título de campeão nacional, continua a gerar fortes reações. Uma das mais sonantes veio de Daniel Oliveira, jornalista, comentador político, conhecido adepto do Sporting, que não poupou nas críticas.
Através da rede social X (antigo Twitter), deixou no ar uma ironia certeira: “Não tinha decidido se ia ficar em Lisboa para o derby. Soube agora que o árbitro será João Pinheiro. Montemor me espera", admitindo não assistir à partida no Estádio da Luz.
Não é a primeira vez que Daniel Oliveira manifesta publicamente desagrado em relação ao juiz de Braga. Já em fevereiro, após o clássico entre Porto e Sporting, a sua indignação foi partilhada através do Instagram. Na altura, publicou uma imagem do árbitro João Pinheiro acompanhada da legenda: “A arte de estragar um Clássico.”
A nomeação de João Pinheiro para o dérbi da Luz - que obrigou Rui Borges a uma proibição ao plantel - foi oficializada esta quarta-feira e rapidamente dominou o debate nas redes sociais. O juiz da Associação de Futebol de Braga voltará assim a apitar um jogo de alto risco, depois de já ter estado envolvido em várias partidas marcadas por polémicas, principalmente com o Sporting.
Os leões lembram-se bem de encontros anteriores dirigidos por João Pinheiro que acabaram com muitas queixas sobre decisões disciplinares e lances controversos. A nomeação reacende por isso, a discussão sobre o facto de o Conselho de Arbitragem nomear repetidamente o mesmo árbitro para jogos grandes envolvendo os mesmos clubes.