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Cristiano Ronaldo celebra, esta quarta-feira, 40 anos de vida e um dos responsáveis pelo início da sua carreira, Laszlo Boloni, não esconde o orgulho no jogador que lançou no Sporting. O treinador romeno, que apostou em Ronaldo quando este tinha apenas 17 anos, considera-se um verdadeiro adepto do craque e acompanha cada passo da sua trajetória.

“Quando o chamei para treinar com a equipa principal, já sabia que era tecnicamente acima da média, muito rápido. Mas queria conhecê-lo como pessoa. Assim que o treino começou, deixou de ser um jovem e mostrou uma maturidade rara”, recordou Boloni, destacando que, desde o primeiro momento, percebeu que Cristiano Ronaldo tinha um talento especial.

O ex-técnico do Sporting sempre acreditou que Cristiano Ronaldo poderia alcançar o nível de Eusébio e Figo, mas admite que não imaginava a dimensão que a sua carreira tomaria. “Aos 17, 18 anos, é impossível prever até onde um jogador pode chegar. Felizmente, ele superou todas as dificuldades e tornou-se ainda melhor do que Eusébio e Figo. É um dos melhores de sempre”, afirmou.

Agora com 71 anos, Boloni continua a seguir de perto a carreira de Cristiano Ronaldo e acredita que novos recordes serão quebrados. “Mil golos? Tenho a certeza que sim! Ele já mostrou que pode superar qualquer marca”, disse, referindo-se à possibilidade de CR7 atingir esse impressionante número. Além disso, aposta que o craque ainda jogará o Mundial de 2026.

Quanto a um eventual regresso de Cristiano Ronaldo ao Sporting, Boloni mostra-se cético. “Como jogador, creio que não. Mas será ele a decidir. Sempre tomou as melhores decisões ao longo da carreira”, concluiu. Para o treinador, independentemente do futuro, o legado de Cristiano Ronaldo já está eternizado na história do futebol.

Cristiano Ronaldo colocou um ponto final nas especulações sobre um possível regresso ao Sporting. Em entrevista ao Canal 11, emitida esta quarta-feira, no dia do seu 40.º aniversário, o craque português foi taxativo ao afirmar que nunca pensou em voltar ao clube onde iniciou a carreira.

"Regressar ao Sporting? Nunca passou pela cabeça. Acho que não faz sentido. A minha etapa em Portugal foi para iniciar. Não é que eu não goste do futebol português, mas tudo tem o seu tempo e limite", frisou Cristiano Ronaldo.

O capitão da seleção nacional, que atualmente joga no Al Nassr e tem uma carreira inigualável, afirmou que continua a acompanhar de perto os resultados do Sporting. No entanto, afastou qualquer hipótese de voltar a vestir a camisola verde e branca, apesar da ligação afetiva ao clube.

Especulações sobre um possível regresso surgiram no verão de 2022, quando Ronaldo procurava uma saída do Manchester United. Na altura, chegou a ser apontado ao Sporting, mas esse cenário nunca se concretizou.

Com contrato na Arábia Saudita e sem planos de voltar a Portugal, o futuro de Ronaldo continua em aberto. Para já, o craque mantém o foco no Al Nassr, onde pretende continuar a fazer história no futebol.

Cristiano Ronaldo integrou a formação do Sporting em 1997 e desde muito cedo impressionou aqueles que se cruzavam com ele. Em comemoração do seu 40.º aniversário, a rádio TSF conversou com Duarte Monteiro, um antigo jogador que se cruzou com avançado português na Academia do Clube de Alvalade. 

“Lembro-me de que no próprio treino ele era quase demasiado competitivo. Às vezes até se tornava chato porque ele queria sempre competir com os melhores. Quando eu digo com os melhores, é aquele que seria o atleta mais rápido do plantel, ele só faria velocidade com esse atleta. Estava constantemente a querer ganhar nos duelos, constantemente a querer ganhar nos exercícios. Se fosse para saltar mais alto, ele só iria fazer aqueles exercícios com os atletas que saltassem mais alto”, começou por referir.

Nesse sentido, destacou a frequente parceria entre os dois nas sessões de treino: "Eu era talvez um dos atletas mais rápidos do plantel e ele fazia sempre a velocidade comigo. Depois eu jogava numa posição contra ele, era defesa lateral, e normalmente jogávamos ou treinávamos sempre um contra o outro por causa disso também. Ele era muito forte, muito rápido, muito tecnicista, tinha capacidade defensiva, então estávamos constantemente em duelos".

“As primeiras vezes que ele ficava a bater livres depois do treino e que ficava lá sozinho, causava alguma estranheza. Mas depois junta-se mais um, depois junta-se outro, e às tantas já estão cinco ou seis a bater livres e a quererem mais. Porque ele batia, porque ele melhorava, porque ele fazia golos", recordou ainda, realçando a busca constante de CR7 por fazer cada vez mais e superar-se. Importa referir que essa postura valeu ao astro do futebol quase uma centena de premiações até hoje.

Fora do plano profissional, os dois jogadores mantinham uma relação igualmente próxima e de alguma cumplicidade: “Lembro-me de algumas conversas que fomos tendo e ele dizia-me, em tom de brincadeira, que ia ser o melhor do mundo. Relativamente, por exemplo, a namoradas, ele dizia: 'Não quero saber nada disso, só me vou casar depois dos 30, quando fizer a minha carreira, vou ser o melhor do mundo, vou criar o meu legado”, contou Duarte Monteiro.