“Não precisamos do Amorim”; Titular do Sporting não deixa nada por dizer

Viktor Gyokeres está motivado para a campanha europeia do Sporting. O internacional sueco revelou que sempre quis disputar a Champions League, maior prova de clubes do Mundo, e que tem confiança no que o plantel verde e branco pode atingir.

"Sempre sonhei jogar na Liga dos Campeões. Vi tantos jogos na televisão e pensei no quanto gostaria de participar neles. Fiquei arrepiado quando entrei em campo para o primeiro jogo, mas depois desse nervosismo inicial limitei-me a desfrutar e a dar o máximo", começou por dizer, aos meios de comunicação da UEFA.

"O Sporting é um Clube enorme e merecemos jogar na Liga dos Campeões. Temos estado muito bem até agora, o que mostra que podemos competir contra as maiores equipas europeias", assegurou o 'camisola 9' - cobiçado por vários tubarões europeus e também pelo Al Nassr - mostrando-se confiante para o que aí vem.

Viktor Gyokeres - avaliado em 70 milhões de euros – foi utilizado em 16 encontros (1.346 minutos) esta temporada ao serviço do Sporting, onde apontou 20 golos e fez quatro assistências. O avançado tem contrato com os leões até junho de 2028 e uma cláusula de rescisão fixada nos 100 milhões de euros.

Inicialmente, o Sporting pagou 20 milhões, mais 4 por objetivos e custos de intermediação pelo ‘camisola 9’. Contas feitas, ao dia de hoje, o ponta de lança já terá custado 27,8 milhões de euros aos cofres leoninos, com a SAD a garantir recentemente 90% da mais-valia de uma futura transferência do internacional pela seleção da Suécia, com os restantes 10% a pertencerem ao Coventry.

Viktor Gyokeres tem sido a estrela maior do sucesso recente do Sporting. O avançado vem sendo cobiçado por vários clubes com grande poder financeiro e Mark Robins, técnico que orientou o sueco no Coventry, recordou os momentos em que orientou o goleador-mor dos leões.

“Olhem, tudo depende dele (...) Somos guiados ao longo da nossa carreira, mas o facto de ele ter o caráter que tem, ser a pessoa que é e a motivação que tem, tudo é intrínseco; está no seu ADN” começou por explicar o treinador inglês. “Lembro-me de dizer, quando o contratámos, que ele tem pressa, era isso que parecia. Ele estava a tentar subir o mais alto possível e o mais rapidamente possível. E estivemos a um penálti de distância (na final do play-off) de ver o que ele poderia ser na Premier League connosco”.

“Então foi para o Sporting, é uma liga diferente e ele está a jogar com jogadores diferentes e com uma qualidade diferente. Foi para lá e explodiu. E agora há muitos olhos em cima nele, a cobiçar os seus serviços, e tenho a certeza de que o Sporting estará igualmente interessado em mantê-lo. Resta saber, mas penso que é um dos melhores jogadores e certamente um dos melhores avançados da Europa atualmente”, revelou, sobre a forma de Viktor Gyokeres.

Sobre a possibilidade de o viking rumar à Premier League, Robins admitiu "Sinceramente, não faço ideia. Eu adoro o Vik. Gosto muito dele como pessoa e como jogador e desejo-lhe tudo de bom. Ele já não é o meu jogador e eu já tenho muito que fazer. Ele sabe que todos nós continuamos a pensar nele com carinho e que é sempre bem-vindo quando quiser. E se ele quiser regressar do Sporting, não tenho qualquer problema com isso (risos)! Onde quer que ele vá parar, boa sorte para ele”.

“Acho que vamos sempre olhar para ele com carinho. Recordei recentemente alguns jogos e vejo o que ele fazia na altura, o facto de o seu nível estar sempre a subir. Quando o contratámos e ele chegou, parecia um jogador totalmente diferente. Sempre esperei que a sua ‘explosão’ se desse connosco e quase, quase conseguimos. Só que não chegámos lá [à Premier League] ele seguiu em frente", terminou.

Hugo Viana passou de diretor desportivo com sucesso no Sporting, para uma figura celebrada por adeptos ingleses, quando foi anunciado que no fim da época deixará Lisboa para ir exercer o mesmo cargo no Manchester City de Pep Guardiola. O jornal ‘Record’ foi às origens do antigo jogador para contar a sua história.

Tudo começou no bairro de Santa Marta, em Arcozelo, Barcelos, onde nasceu e cresceu. Despontou para o futebol através de uma baliza desenhada numa parede onde, ao lado de muitos outros com o mesmo sonho, testavam as suas capacidades com uma bola de futebol. Rapidamente se juntou às fileiras do Gil Vicente, onde esteve até dar o salto para palcos maiores.

"Andava sempre com a bola no pé. Só queria futebol e era uma joia de menino", conta Carlos Ramião, que se cruzou com Viana nos gilistas. "Tinha uma personalidade muito própria. Não falava muito. Era mais calmo, sempre reservado, com um comportamento sempre digno", partilha, desta vez, José Costa, outro elemento da estrutura dos barcelenses.

Quem o conhece aponta que a personalidade reservada se mantém até aos dias de hoje, em que brilha fora do campo: “Vê-se o resultado que o Sporting está a ter, mérito também da visão do Hugo. E agora vai para o Manchester City”, conta José Costa. Marconi, que foi treinador de Viana no Gil Vicente, adiciona: “Ele mesmo com nove anos já mostrava liderança. Mesmo calado dizia muito. E também sabia animar os colegas. Não me surpreende. Ele sempre teve olho”.

Hugo Viana, que seria trazido para o Sporting pelo incontornável Aurélio Pereira, tem sido, como jogador e como dirigente, um orgulho para a sua terra natal. Quem conhece o dirigente afirma que o embate do Sporting contra o seu futuro clube, o Manchester City, não será um problema: “Vai lidar com isso com grande profissionalismo. Merece toda a confiança”, afirma Marconi.