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Competições
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O Sporting defrontou a equipa do Salgueiros por 4-0, na condição de visitante no mítico Estádio Vidal Pinheiro, no dia 14 de maio de 2000. Com esta goleada, na última jornada do campeonato, o Clube de Alvalade conquistou mais um Campeonato Nacional para o seu palmarés, sendo este o 21.º da história verde e branca, que pôs fim a um jejum de 18 anos.
O Sporting iniciou a temporada anunciando reforços de peso. A aposta para o cargo de treinador recaiu sobre Giuseppe Materazzi, técnico italiano, e com ele vem a contratação do jogador, seu compatriota, Ivone De Franceschi. Mas, com algum dinheiro no bolso após a venda de Simão, o Clube adquiriu os passes Kwame Ayew, Maurício Hanuch e Toñito. Ainda assim, a maior e mais sonante chegada a Alvalade é a daquele que, para muitos, era o melhor guarda-redes do mundo: o dinamarquês Peter Schmeichel, proveniente do Manchester United.
A temporada começou com uma derrota humilhante contra a modesta equipa do Viking, da Noruega, a contar para a Taça UEFA, que depois de uma série de empates para o campeonato, determinaram o despedimento de Materazzi. Para ocupar o cargo de treinador principal, foi chamado Augusto Inácio, mesmo a tempo da reabertura do mercado de transferências de inverno, onde foram feitas três contratações fulcrais para o resto da temporada: André Cruz (ex-Torino), César Prates (ex-Real Madrid) e Mbo Mpenza (ex-Standard Liége).
As contratações no meio da temporada mostraram-se eficazes, quando a oito jornadas do fim, o Sporting recebeu o Porto em Alvalade e, após vencer a partida por 2-0, passou para a frente do campeonato. Os leões puderam até ser campeões em sua casa, num dérbi contra o Benfica. Os comandados de Augusto Inácio dominaram o jogo de fio a pavio, mas na única tentativa, os encarnados marcaram o golo que selou o resultado por 1-0 e as celebrações ficaram adiadas para o Vidal Pinheiro.
No jogo que terminou o jejum de títulos ao Sporting, os reforços de inverno foram as principais figuras, visto que na goleada de 4-0 ao Salgueiros, André Cruz bisou e Mbpenza ainda teve tempo para marcar mais um. Com esta vitória no Estádio Vidal Pinheiro, o Clube de Alvalade pôde finalmente festejar a conquista de um novo Campeonato Nacional, 18 anos depois do último.
A festa foi marcada por dois momentos icónicos. No primeiro, durante o cortejo de campeão, o Presidente José Roquette passou por um café local, em que o já falecido dono do mesmo tinha estabelecido que o preço do café não voltaria a subir até ao Sporting ser campeão novamente, batendo orgulhosamente com as moedas no balcão do estabelecimento. No segundo, a mítica subida do capitão Iordanov à estátua da rotunda do Marquês de Pombal, para colocar um cachecol ao pescoço do leão
A temporada terminou com o título do Sporting, que sagrou-se campeão com 77 pontos, mais quatro que o segundo classificado, Porto. No final das contas, o melhor marcador dos leões foi o matador argentino, Beto Acosta, com 24 golos, com Kwame Ayew e o central André Cruz a completarem o pódio com nove e 5 golos, respetivamente.
Com grande hegemonia na partida decisiva, Clube de Alvalade pode comemorar troféu que nunca foi visto antes no seu palmarés
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O Sporting encontrou a Académica de Coimbra para disputar a final do Campeonato de Portugal, no dia 24 de junho de 1923. Os leões saíram vencedores do confronto e, desta forma, ergueram o seu primeiro troféu na história da competição. Os responsáveis pelos golos do triunfo foram Francisco Stromp (12’) - fundador do Clube de Alvalade - e Joaquim Ferreira (18’ e 53’).
Augusto Sabbo, técnico germânico dos leões, avançou para campo com Cipriano dos Santos, José Leandro, Jorge Vieira, Joaquim Ferreira, Filipe dos Santos, Henrique Portela, Francisco Stromp, Carlos Fernandes, Torres Pereira, Jaime Gonçalves e João Maia. Já o conjunto adversário, alinhou com João Ferreira, Prudêcio, Ribeiro da Costa, Joaquim Miguel, Teófilo Esquível, António Galante, Gil Vicente, José Neto, Armando Batalha, Guedes Pinto e Augusto Pais.
O jogo começou e meia hora foi o tempo suficiente para o Sporting conseguir fazer os primeiros estragos na defesa da Académica. Francisco Stromp, capitão e um dos fundadores dos leões, aos 12’, chegou ao 1-0 na partida com um remate muito potente, após receber um centro de Carlos Fernandes, que estava no lado esquerdo do campo.
O segundo remate certeiro da partida surgiu seis minutos depois do primeiro, aos 18’. Agora, o responsável foi Joaquim Ferreira, craque dos leões responsável por marcar as grandes penalidades, converteu a primeira que teve com sucesso depois de um defesa do conjunto adversário ter colocado a mão na bola.
Com isto, o Sporting foi para o intervalo com uma vantagem de 2-0, que resultava de um futebol muito ofensivo. A segunda parte começou e a tendência do jogo não mudou, o conjunto verde e branco continuou por cima na partida, com uma assinalável exibição de Francisco Stromp.
Infelizmente, o craque teve de sair depois de um choque com o adversário e, até à metade do segundo tempo, o Sporting ficou a jogar apenas com 10, mas isto não impediu os verdes e brancos de marcarem mais um golo.
O 3-0 aconteceu aos 53’, novamente com Joaquim Ferreira a converter uma grande penalidade. Foi assim que a partida terminou e os leões, com grande hegemonia na competição, festejaram e levaram o primeiro título do Campeonato de Portugal para o seu palmarés.
Equipa verde e branca alcançou a prova rainha depois de erguer o Campeonato Nacional, para delírio dos vários adeptos leoninos
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Na viragem do milénio, o andebol leonino viveu uma das suas temporadas mais memoráveis. Depois de quebrar um jejum de 15 anos na época e recuperar o título de Campeão Nacional, o Sporting encerrou a época 2000/01 com chave de ouro ao levantar a Taça de Portugal, selando assim uma notável dobradinha, a quarta da sua história.
Sob a orientação do técnico José Tomaz, os leões enfrentaram uma Taça de Portugal exigente, disputada em eliminatórias a uma mão, num percurso que começou ainda com o Campeonato Nacional em curso. Para chegar à final, o Sporting ultrapassou o Madeira SAD, o Vitória de Setúbal e o Ginásio do Sul.
O derradeiro desafio colocava frente a frente duas equipas já bem conhecidas: Sporting e Porto, que se haviam defrontado semanas antes na final do campeonato, também aí com vitória dos lisboetas. No entanto, a final da Taça revelou-se ainda mais dramática.
O jogo começou com o Porto a entrar mais forte, construindo uma vantagem de 5-1 que parecia prometer um desfecho diferente. Mas o Sporting respondeu com raça e concentração, encurtando distâncias até alcançar o empate a 24 golos, já nos últimos cinco minutos de jogo.
Foi então, a apenas 40 segundos do fim, que Ricardo Andorinho escreveu o capítulo fina, ao converter com frieza um livre de sete metros que valeu a vitória por 25-24 e selou o nono troféu da Taça de Portugal para o emblema de Alvalade.
A época, que já era histórica com o regresso ao título nacional (o 17.º em 49 edições da prova), foi elevada a um novo patamar com este segundo troféu. A primeira fase do campeonato terminou com o Sporting no topo da classificação e a reintrodução do formato de play-off na segunda fase não impediu os leões de confirmarem a sua superioridade.
Além do sucesso interno, os verde e brancos também mostraram ambição nas competições europeias. A participação na Taça EHF foi marcada por uma campanha sólida, que evidenciou a crescente maturidade do grupo. A par disso, a exigente pré-temporada da equipa incluiu presença em três torneios distintos: São Mateus (4.º lugar), Tavira (2.º lugar) e Caminha (1.º lugar), sinais claros da preparação cuidada que antecedeu os triunfos.
Equipa verde e branca juntou a prova rainha ao Campeonato Nacional, para delírio dos adeptos, que assistiram ao triunfo sobre o maior rival
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A temporada 2005/06 ficou marcada por invencibilidade, domínio tático e conquistas inéditas da equipa de futsal do Sporting, que celebrou o seu primeiro título de Campeão Nacional no formato de play-off, isto apenas na segunda edição em que este modelo foi adotado, e que ainda celebrou na final da Taça de Portugal, sobre o Benfica.
A caminhada rumo ao título começou com uma primeira fase irrepreensível: 14 equipas em prova, todas contra todas, e o Sporting - que este ano pode chegar ao pentacampeonato - a destacar-se desde cedo ao completar essa etapa sem qualquer derrota.
Esse embalo manteve-se nos momentos decisivos. Já no play-off, onde se apuravam os oito melhores, os leões consentiram apenas uma derrota e fecharam a final em dois jogos com uma autoridade que não deixou margem para dúvidas.
A 24 de junho, depois de um triunfo por 2-3 em casa do Benfica, o Sporting recebeu os encarnados para um duelo que podia ser decisivo, em caso de nova vitória. E assim foi. Os leões triunfaram por 5-4, com os golos a serem apontados por Paulinho Roxo (7', 37'), Deo (32'), Evandro (38') e Gonçalo Alves (40'), e após o apito final ergueram a prova rainha.
Mas o domínio verde e branco não se limitou ao Campeonato Nacional. A equipa orientada na altura por Beto Aranha conquistou também a Taça de Portugal, rubricando assim a sua primeira dobradinha no futsal nacional.
Para esta temporada vitoriosa, os verdes e brancos, vale notar, reforçaram o plantel com o regresso do ala Evandro e com as contratações estratégicas de Xavier, Chiquinho e Nenê, os dois últimos integrados já em janeiro de 2006. Estas entradas trouxeram nova dinâmica ao grupo e revelaram-se fundamentais para a solidez apresentada em todas as frentes.
No entanto, o sucesso da temporada não foi apenas feito de conquistas. Duas saídas marcaram o balneário: Eduardo Miguel Fernandes, um dos nomes mais respeitados da secção, afastou-se por razões profissionais, enquanto João Marçal, figura emblemática do futsal leonino, não chegou a acordo para renovar contrato.
Confira, abaixo, o triunfo do Sporting na final do Campeonato Nacional: