A Resenha da Vizinhança: O Dia em que o Leão Rugiu e o Vizinho Chorou
O moçambicano Geny voltou a lembrar-nos que um carrasco ganha hábitos – um golo aqui, um drible ali, e o Benfica a implorar por piedade
15 Jun 2020 | 09:00
0Mathieu é atleta do Sporting desde 2017, ainda antes de Amorim ter começado a carreira de treinador, conquistando uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga pelo Clube.
Faltando 8 jornadas, com 24 pontos em disputa, encontramo-nos agora no 4.º posto do campeonato, dada a desvantagem direta com o Braga, com os mesmos 46 pontos que os arsenalistas. Lembro aos leitores que, mesmo olhando para o objetivo mínimo da qualificação para a Liga Europa, o 3º lugar garante automaticamente um lugar na fase de grupos da referida competição da UEFA, com a previsibilidade de receitas que isso acarreta, sendo que, ao invés, a 4.ª posição remete-nos para um playoff, podendo jogar desde a Península Ibérica ao Cazaquistão, com todas as dificuldades logísticas e sanitárias num mundo ainda a recuperar do Covid-19. Cenário a evitar portanto. Saliente-se ainda que Famalicão e Rio Ave, ambos com vantagem direta sobre o Sporting, seguem a 3 e a 5 pontos de distância, mantendo os “olhos” na qualificação europeia, pelo que, com isto, estes jogos em nada têm de pré-epoca.
Com o enquadramento atrás exposto, o Sporting fez o que lhe competia, arrecadando os 3 pontos face ao Paços de Ferreira. Não obstante o atribulado início de época (1), Jovane Cabral marcou um golo magistral, retribuindo a confiança que Rúben Amorim lhe tem depositado, provando, assim, que sabe conduzir os verde e brancos à vitória. Não, sem antes, uma boa dose de sofrimento, nos últimos 15 minutos, frente ao antepenúltimo do campeonato, com o árbitro Rui Costa tentando ajudar os “castores”, tendo Luís Maximiano feito o que compete, primariamente, a um guarda-redes de equipa grande: defender a baliza e garantir vitórias.
Vivendo de novo debaixo do paradigma e exaltação da formação da Academia, existe um facto curioso, sobretudo para os que têm memória. Olhando para a ficha de jogo, da passada sexta-feira, observamos que Luís Maximiano, Eduardo Quaresma, Jovane Cabral, Nuno Mendes e Pedro Mendes já se encontravam nos quadros do Sporting antes de 2018 (2). Cai assim, pela base, o argumento eleitoral, usado por várias listas, entra as quais a vencedora, de que a formação na Academia tinha sido destruída no mandato anterior. Diz o povo que o Tempo é mestre, sendo então hora de fazer justiça, na pessoa do Diretor da Academia de 2013 a 2018, Virgílio Lopes, ex-jogador campeão nacional pelo Sporting, prémio Stromp em 1983 (3), alvo de desrespeito por muitos, ao legado que ele e a sua equipa deixou.
Se a Academia afinal sempre produziu estes atletas, o futuro só pode ser risonho com colchões novos (4) …
Na conferência de imprensa, após o jogo, Rúben Amorim abordou a ausência de Mathieu, justificando-a com “seja quem for, tem de seguir uma linha (...) Não me interessa se vem do Barcelona” (5). Talvez se compreenda que Rúben Amorim, com apenas 27 jogos na carreira de treinador (6) e apenas com a qualificação de treinador de nível II (7), sendo formalmente treinador adjunto de Emanuel Ferro, se queira afirmar como líder da equipa que treina. Se é certo, que a todos os jogadores é exigido sempre a máxima aplicação, disponibilidade e rendimento, chocou-me a deselegância na forma, bem como a ignorância no que diz respeito ao Sporting. Mathieu é atleta do Sporting desde 2017 (8), ainda antes de Amorim ter começado a carreira de treinador, conquistando uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga pelo Clube. Já para não referir que é o único jogador do plantel que conta uma Champions League, uma Supertaça Europeia e um Mundial de Clubes no seu palmarés pessoal (8). Ademais, teve o respeito pela instituição Sporting ao não rescindir em 2018, ao contrário de outros, sendo peça fundamental nas conquistas da época 18/19, definida pela atual administração como “a melhor época em 17 anos” (9).
Aconselharia pois Rúben Amorim a refrear esse ímpeto, natural num treinador principiante, bem como a não se deixar usar como “bode expiatório” para justificar uma eventual saída do central francês, dado a responsabilidade da construção do plantel 20/21 ser do Diretor Desportivo, Hugo Viana, e de Varandas, Presidente e responsável na SAD pelo futebol. As capas de alguns jornais diários no domingo são reveladoras. É que, em Alvalade, num dia proclama-se que as pessoas não têm um prazo (10) e, pouco tempo depois, já ninguém as apoia. Leonel Pontes que o diga! (11)
A Resenha da Vizinhança: O Dia em que o Leão Rugiu e o Vizinho Chorou
O moçambicano Geny voltou a lembrar-nos que um carrasco ganha hábitos – um golo aqui, um drible ali, e o Benfica a implorar por piedade
Já que ninguém fala, falo eu
Quando é que isto vai mudar? Vi campeonatos a serem decididos com a mão, Taças da Liga, vi clubes a serem levados ao colo e pessoas a serem condenadas por corrupção em benefício de clubes... Só neste País!
Grandes, mas inevitáveis novidades…
Troca no comando técnico nesta fase iria seguramente desfocar a equipa e também aqui, no meu entender, os interesses do Clube estão a ser salvaguardados
A Resenha da Vizinhança: O Dia em que o Leão Rugiu e o Vizinho Chorou
O moçambicano Geny voltou a lembrar-nos que um carrasco ganha hábitos – um golo aqui, um drible ali, e o Benfica a implorar por piedade
30 Dez 2024 | 18:25
0Já que ninguém fala, falo eu
Quando é que isto vai mudar? Vi campeonatos a serem decididos com a mão, Taças da Liga, vi clubes a serem levados ao colo e pessoas a serem condenadas por corrupção em benefício de clubes... Só neste País!
20 Dez 2024 | 18:47
0Grandes, mas inevitáveis novidades…
Troca no comando técnico nesta fase iria seguramente desfocar a equipa e também aqui, no meu entender, os interesses do Clube estão a ser salvaguardados
02 Nov 2024 | 17:40
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