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RESPIRAR NA LIDERANÇA E A MORTE DO FUTEBOL
Não partimos como favoritos, não somos favoritos, e não há outra forma de encarar este momento positivo, senão com esta consciência e cautela.
Imagem de destaque13 Nov 2020, 12:00

O Sporting é líder isolado no futebol sénior masculino após disputada a sétima jornada, com mais quatro pontos que os mais diretos perseguidores, Braga e Benfica.

Até ao Natal, o Sporting só tem mais quatro jogos oficiais para disputar.

Sacavanense – Sporting, dia 23/11, para a Taça de Portugal e, para a Liga NOS, recebemos em Alvalade o Moreirense (28/11) e o Farense (20/12), e temos uma difícil deslocação a Famalicão no dia 5/12.

Na teoria (que, muitas vezes, acaba por se revelar “uma batata”, como se costuma dizer), o Sporting é favorito para seguir em frente na Taça de Portugal e para ganhar os jogos em casa para a Liga, contra 11º e 16º classificados.

Se conseguirmos vencer estes jogos, passamos a consoada na liderança, mantemos o primeiro lugar isolado na entrada do novo ano, e isso é música e sininhos para os nossos ouvidos.

Não podemos ignorar, não podemos fingir, que o mais importante é como acaba, como chegamos a Maio. Nós queremos o Sporting campeão. Mas a caminhada é muito importante, e só chegaremos bem ao final se formos enfrentando e ganhando jogo a jogo, superando obstáculo após obstáculo, em constante superação.

Não partimos como favoritos, não somos favoritos, e não há outra forma de encarar este momento positivo, senão com esta consciência e cautela. Mas sempre com a nossa leonina esperança.

Aproveitar esta pausa para dizer que se continua a falar da criação da Superliga europeia, uma ideia liderada pelo Real Madrid que, a concretizar-se, é um crime lesa-futebol.

O encanto do futebol, aquilo que desperta todas as paixões, é este ser um desporto completamente democrático, em que pessoas normais, que não precisam de ser gigantes, nem “monstros” com enorme massa muscular, nem totalmente cerebrais, conseguem superar-se e tornar-se os melhores praticantes do mundo.

Cristiano Ronaldo era magrinho, quase escanzelado. Com muito trabalho e treino, ganhou corpo de atleta e é  melhor jogador à escala global. Messi, Bruno Fernandes, Pedro Gonçalves, só para dar mais alguns exemplos, são homens de estatura mediana, sem porte atlético extraordinário. E são jogadores estupendos.

O futebol não distingue altos e baixos, fortes e fracos, pretos e brancos, muito inteligentes ou menos dotados. Todos podem triunfar no futebol.  Isto inclui pobres e ricos. O futebol não faz essa distinção. Querer criar uma competição só para os clubes mais ricos da Europa é matar o futebol. Porque lhe retira aquele encanto, aquela parte do sonho, em que os mais frágeis são capazes de derrotar os mais fortes e poderosos. Se o futebol começar a percorre o caminho de se ir fechando em “clubes de milionários” e depois, os outros, o futebol está morto.

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