Opinião - Análises e Comentários

Se o acordo com o Batuque custou 330 mil euros ao Sporting e indignou tantas pessoas e fez correr tanta tinta, este também indigna, mas curiosamente fez correr menos tinta. Porque será?

Se já eram conhecidas as campanhas de “pague 1 e leve 2”, agora esta administração e direção desportiva parece ter como mote “pago por 2, levo menos que 1, e ainda dou o meu relógio”.

Na mesma senda de Salgado Zenha, André Bernardo faz declarações que são contrariadas pelos relatórios financeiros oficiais. Isto deixa-me deveras preocupado quanto à boa-fé de quem nos dirige.

Independentemente de quem as convocou, dos motivos que lhes estão subjacentes e a fraca mobilização das mesmas, parece-me legítimo que as pessoas se manifestem face ao actual estado das coisas.

O que este caso nos mostrou com clareza foi a irracionalidade volátil do adepto. O que não pode nunca falhar é a justiça e o quarto poder – a imprensa.

Todos defendemos os interesses do Sporting CP. Nem que seja em lugares opostos.

Penso que podemos e devemos fazer contratações cirúrgicas, mas não nos podemos dar ao luxo de mais desperdícios como Demiral, Domingos Duarte e outros que não conseguimos aproveitar.

Se uma pessoa vale tanto quanto a sua palavra, uma instituição valerá tanto mais quanto a sua capacidade de honrar os seus compromissos.

Só uma equipa de “sangue, suor e lágrimas”, com alicerces numa vontade férrea em triunfar, poderá superar os handicaps atualmente existentes.

Preciso de sentir que esta crença também parte de quem toma decisões e isto neste momento não acontece.

A renovação de contrato de Joelson Fernandes, que é o terceiro mais jovem de sempre a atuar de leão ao peito já parece uma novela daquelas que costumam ter um fim triste para o Sporting.

O argumento a meu ver falha, pois, ninguém garante que uma 2ª volta tenha mais eleitores que uma 1ª.