Passado de João Pereira crucial após ‘assalto’ ao Sporting

O Sporting tem pela frente uma série de desafios importantes antes do dérbi contra o Benfica, com jogos em várias competições e um calendário apertado. Após a derrota inesperada frente ao Santa Clara, que marcou a última jornada do campeonato, a equipa de João Pereira foca-se agora no confronto com o Moreirense. Este jogo, a 5 de dezembro, é crucial para os leões manterem a liderança da Liga, especialmente com o Benfica e o Porto à espreita, podendo ambos reduzir a distância pontual com Clube de Alvalade.

Além do campeonato, o Sporting tem também um jogo decisivo na Liga dos Campeões. No dia 10 de dezembro, os leões enfrentam o Club Brugge, na Bélgica, com a qualificação para o playoff da competição milionária em jogo. Com 10 pontos conquistados, os verdes e brancos precisam de mais um ponto para garantir a passagem, e a vitória frente aos belgas seria um grande passo nesse sentido. No entanto, o adversário encontra-se numa boa fase, com seis vitórias e dois empates nos últimos oito jogos.

Em seguida, os comandados de João Pereira voltam ao campeonato, com a receção ao Boavista, um duelo historicamente aceso entre ambas as formações. No entanto, o oponente atravessa uma fase algo difícil e o Sporting tem um registo muito positivo em casa contra os axadrezados. 

A 18 de dezembro, o Clube leonino recebe o Santa Clara nos oitavos-de-final da Taça de Portugal . Após a derrota no campeonato, o Sporting terá de dar uma resposta forte frente aos açorianos, visando avançar na prova rainha, a única competição que não conquistou sob o comando de Ruben Amorim.

Por fim, antes do esperado dérbi contra o Benfica, o Sporting tem ainda de visitar o Gil Vicente em Barcelos, no dia 22 de dezembro. Os minhotos não vencem há cinco jogos e os leões, embora enfrentem sempre dificuldades no terreno dos gilistas, levam uma boa vantagem histórica, com sete vitórias nos últimos dez jogos.

O Sporting perdeu, diante do Santa Clara, por 1-0, na 12.ª jornada da Liga Portugal Betclic. Tomás da Cunha crê que a mudança de treinador está na origem da partida menos conseguida por parte dos verdes e brancos, visto ter faltado "convicção e crença".

"A ideia de que uma equipa “joga de olhos fechados” aponta o lado tático, mas não inclui o resto. Está aí a dificuldade de trocar Amorim por qualquer outro treinador. O processo foi quebrado (seria sempre) porque o processo não é apenas isso. Passa por convicção e crença", escreveu, nas redes sociais.

O especialista deixou também um reparo a alguns jogadores dos leões, visando, particularmente, Marcus Edwards, Geovany Quenda e Matheus Reis. Daniel Bragança e Geny Catamo foram ainda 'vítimas' do desenrolar do encontro, garantiu Tomás da Cunha.

Com a derrota – a terceira em 21 encontros na presente temporada –, os verdes e brancos seguem na liderança da Liga Portugal Betclic, com 33 pontos, mas podem ver os rivais reduzir distâncias. O segundo lugar é ocupado pelo Benfica, que tem 28 pontos, mas menos um jogo. O Porto fecha o pódio com 27 e duas partidas por disputar.

O Clube de Alvalade volta a entrar em campo na próxima quinta-feira, dia 5 de dezembro, frente ao Moreirense, em jogo relativo à 13.ª jornada do Campeonato Nacional. O encontro diante da turma liderada por César Peixoto jogar-se-á às 20h15, em Moreira de Cónegos.

Confira a publicação:

João Caiado Guerreiro abordou a situação que envolve a queixa da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) contra João Pereira. No espaço quinzenal de opinião 'Direito ao golo', do jornal A Bola, o advogado recordou que a qualificação do antigo lateral-direito está a ser questionada, uma vez que, apesar de ter concluído o Nível 3 do UEFA Pro, apenas concluiu o Grau 2 de forma oficial.

"Frederico Varandas continua a insistir em não ter treinadores totalmente qualificados no Sporting. Na última vez correu muito bem, sabemos como correu com Ruben Amorim, vamos ver como corre com João Pereira. Mas aos dois, quando começaram, faltava o desejado grau 4 de treinador da UEFA", disse.

"A Associação Nacional de Treinadores veio logo apontar isso e queixar-se. Os órgãos corporativos são muito assim, mas não tem muita razão, porque o curso de treinadores é quase impossível de fazer em Portugal, culpa das associações e das organizações que gerem o futebol português", acrescentou.

"O artigo 82, do regulamento da Liga, diz que só pode treinar um clube quem tiver este grau 4 e o João Pereira não se enquadra. O artigo 78 diz mesmo que é sancionado, com uma suspensão de 15 dias a um ano, quem treinar um clube nessas condições e é por isso que João Pereira não é o treinador inscrito. O treinador inscrito é outro, João Pereira está inscrito como adjunto. O antigo internacional português não pode dar as entrevistas de antevisão do jogo ou após o jogo. Mas deu, e se calhar preferia não ter dado, no jogo frente ao Arsenal, porque a UEFA fez vista grossa e aceitou a situação", explicou.

Os órgãos corporativos têm tido muito más experiências com este tipo de graus conseguidos, sabe-se lá como e com que critérios, os tribunais europeus não costumam ir nesta conversa e os portugueses também não foram. Ora, recorde-se que nos tribunais comuns, Rúben Amorim ganhou contra a Federação (FPF) e continuou a treinar o Sporting sem stresses", recordou João Caiado Guerreiro.

"Não é um caso de um médico ou de um piloto de avião que é mesmo necessário ter qualificações para isso. É o tipo de profissão que a maioria das pessoas faz e faria com alguma experiência sem haver necessidade de ter estas qualificações todas. O João Pereira já era jogador de futebol", alertando ainda, "Vamos ver como esta história acaba, porque há boas possibilidades de correr mal para a Federação Portuguesa de Futebol e para a Associação Nacional de Treinadores", disse, por fim.

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