![Médio com 60 jogos pelo Sporting deixa aviso a Rui Borges: "A pressão..."](/storage/media-items/images/2025/01/rui-borges-sporting_20250118084958.webp)
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Futebol
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O Sporting atravessa um período algo conturbado, isto depois da derrota pesada frente ao Borussia Dortmund e face às lesões que têm assombrado o plantel de Rui Borges. Nesse sentido, Hugo do Carmo, durante a publicação de um artigo de opinião, no qual já tinha abordado o duelo da passada terça-feira, revelou o principal problema da turma leonina.
"Os leões têm sido perseguidos pelas lesões — são, por norma, quatro/cinco os ausentes a cada jogo — e agora, para a receção ao Arouca, também há que subtrair os castigados Diomande e Matheus Reis, expulsos no Dragão, o que, claro, dificulta muito o trabalho do treinador. Rui Borges, todavia, tem sido coerente, sublinhando a cada dia que está no clube não para se desculpar, mas para encontrar soluções. E tem-nas conseguido. Mudou o sistema, confiou em João Simões — a única boa herança de João Pereira, que foi quem lançou o médio —, adaptou Debast ao meio-campo, retirou Fresneda do ostracismo e tem conseguido manter a equipa competitiva. Longe da qualidade exibida na era Amorim, mas competitiva. A nível nacional, entenda-se", começou por dizer o jornalista.
Hugo do Carmo - A constituição de um plantel curto e moldado para o 3x4x3, associado aos tais constantes problemas físicos, não dá grande margem
"E é aqui que reside um dos principais problemas do atual Sporting. A constituição de um plantel curto e moldado para o 3x4x3, associado aos tais constantes problemas físicos, não dá grande margem de manobra a Rui Borges, que, constantemente, tem trabalhado com pouco e, considero, tem-se exposto muito. Como no final do jogo com o Dortmund", acrescentou Hugo do Carmo.
"O treinador está num mundo novo, com a agravante de ter sucedido a um líder admirado e a um comunicador fantástico. Do meu ponto de vista, o treinador deveria ser mais protegido pela Administração, que continua a optar pela discrição. Não esclarece lesões, não comenta, por exemplo, arbitragens e continua a apertar o cinto — os reforços limitaram-se a Rui Silva e Biel, entradas só possíveis dadas as saídas de Kovacevic e Edwards —, levando Rui Borges a uma exposição pública que considero desnecessária, até porque não está preparado para ela", prosseguiu.
"Rui Borges tem sido o verdadeiro médico do Sporting, já que é só ele quem enfrenta os jornalistas nos casos das lesões, como também tem de assumir a gestão do esforço dos jogadores. E, neste capítulo, sintomática foi a frase proferida no final do jogo de terça-feira: «Não utilizava Gyokeres e Morita e depois os outros jogavam 90 minutos?»…", acrescentou ainda o jornalista do jornal A Bola.
"Além de médico, Rui Borges tem sido também um autêntico psicólogo, recuperando a confiança de uma equipa então em crise, e só deve suspirar para que lhe permitam ser simplesmente treinador, principalmente agora, que o calendário vai começar a desanuviar. O que para ele, já se percebeu, será uma grande ajuda…", finalizou Hugo do Carmo.
Depois de um desaire, por 2-0, no reduto do Marítimo, técnico português abandonou o Clube de Alvalade, após vários maus resultados
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No dia 13 de fevereiro de 2012, ou seja, há exatamente 13 anos, Domingos Paciência - que recentemente disse acreditar na saída de estrela dos leões - foi despedido de treinador do Sporting. A decisão da Direção leonina, na altura presidida por Godinho Lopes, surgiu na sequência dos maus resultados da equipa, que, à 18.ª jornada da Liga ZON Sagres ocupava o quinto lugar, com 32 pontos, a 16 do líder, Benfica (48).
O despedimento de Domingos Paciência aconteceu após a derrota, por 2-0, na deslocação ao reduto do Marítimo. Nessa partida, o técnico fez alinhar Rui Patrício, Santiago Arias, Bruno Pereirinha, Oguchi Onyewu, Xandão, Emiliano Insúa, Fito Rinaudo, Matías Fernández, Elias, André Carrillo e Ricky van Wolfswinkel. No decorrer da partida, Stijn Schaars (46'), Marat Izmailov (46') e Sebastián Ribas (62') foram a jogo, mas não conseguiram mudar o rumo dos acontecimentos.
Ao minuto 21, Selim Benachour inaugurou o marcador no Estádio dos Barreiros, num lance em que Rui Patrício fica muito mal na fotografia. No segundo tempo, aos 60 minutos, Danilo Dias teve via aberta para dilatar a vantagem da turma então orientada por Pedro Martins, naquele que viria a ser o último jogo de Domingos Paciência enquanto técnico do Sporting.
Na chegada à Madeira, ainda antes da partida, Godinho Lopes havia segurado Domingos Paciência como técnico do Sporting: "A saída é uma questão que não faz sentido. Os resultados do Clube não satisfazem, mas a equipa técnica que dirige o Sporting é outra coisa. Há ainda um longo caminho a percorrer". A verdade é que, dois dias depois da derrota frente ao Marítimo, o técnico português viria mesmo a abandonar Alvalade.
Em comunicado, a SAD leonina agradeceu o empenho e profissionalismo de Domingos Paciência durante o seu tempo ao serviço do Clube e desejou-lhe sucesso na sua carreira futura: "Entendeu a Administração da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD, rescindir contrato com o seu treinador Domingos Paciência, por entender que quer a eliminação da fase de grupos da Taça da Liga, quer o 5.º lugar actual na Liga Zon/Sagres, não correspondem aos objectivos propostos para este primeiro ano de mandato".
Domingos Paciência havia sido anunciado como técnico do Sporting no dia 23 de maio de 2011 e o seu trajeto no Clube de Alvalade foi marcado por altos e baixos. Após um começo de temporada algo complicado - em que, nos primeiros cinco jogos, registou três empates, uma derrota e uma vitória -, os leões arrancaram para uma série de 10 triunfos consecutivos. Contudo, os verdes e brancos haveriam de cair numa crise de maus resultados que resultou no despedimento do técnico.
Ao todo, enquanto técnico do Sporting, Domingos Paciência realizou 35 encontros, tendo vencido 19, empatado sete e perdido nove. Numa entrevista recente em que abordou a passagem pelos leões, o antigo internacional português comentou o seu processo de despedimento: "Passados dois anos, agradou-me o facto de algumas pessoas terem mostrado arrependimento pela decisão tomada. O reconhecimento do erro revela que as coisas não melhoraram quando eu saí".
Confira o resumo do encontro entre Marítimo e Sporting, que ditou o despedimento de Domingos Paciência:
Clássico no Maracanã ficou marcado por momentos de grande tensão vividos já perto do apito final que se traduziram, depois, em várias expulsões
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O Flamengo recebeu e venceu o Botafogo, por 1-0, na madrugada desta quarta-feira, em jogo a contar para a sétima ronda do Campeonato Carioca, mas o destaque da partida acabou por ser a cena de pancadaria ocorrida já perto do apito final, com esta a culminar em três expulsões. Gonzalo Plata, antigo extremo do Sporting, não somou qualquer minuto.
A confusão no relvado foi iniciada logo após Bruno Henrique, da equipa da casa, e Alexander Barboza, dos visitantes, se terem confrontado, fruto das várias picardias entre ambos ao longo do jogo. O avançado, depois de uma provocação mais acesa, foi empurrado pelo defesa e a intromissão de Gerson em defesa do companheiro do Flamengo só piorou a situação.
Já com todos os jogadores envolvidos, e entre empurrões e ofensas, Barboza tentou agredir um adversário, mas acabou, ele próprio, atingido com um murro por parte de Cleiton. Com essa agressão, perdeu um dos dentes, resultado da força aplicada.
Ao mesmo tempo, nas bancadas, também se registaram agressões entre os adeptos de ambas as equipas, com a Polícia Militar a ser chamada de forma a conter o tumulto. Os ânimos acabaram por se acalmar e o jogo terminou, assim, com uma importante vitória para o Flamengo.
Desta forma, o emblema rubro-negro chega à liderança do Campeonato Carioca, igualando com 17 pontos o Volta-Redonda, que perdeu no confronto direto. O Botafogo, por outro lado, encontra-se na 6.ª posição, com 12 pontos, e mantém-se como a única equipa que ainda não registou qualquer empate nesta edição da prova.
O ex-Sporting Gonzalo Plata, vale notar, não chegou a sair do banco do Flamengo, isto depois de ter jogado 61 minutos diante do Fluminense, na semana passada. Para já, o extremo equatoriano soma três jogos este ano de 2025, tendo apontado um golo, precisamente diante do atual segundo classificado do campeonato.
Jornalista do diário desportivo A Bola analisou o desempenho do timoneiro dos leões, isto depois da derrota pesada frente ao Borussia Dortmund
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A derrota do Sporting frente ao Borussia Dortmund ainda continua a fazer correr muita tinta. Hugo do Carmo, jornalista do diário A Bola, escreveu esta quinta-feira, 13 de fevereiro, um artigo de opinião onde avalia a trajetória do timoneiro dos verdes e brancos, desde que rendeu Ruben Amorim no banco do Clube de Alvalade.
"Ponto final na caminhada europeia do Sporting. Depois do 0-3 em Alvalade com o Dortmund, só um milagre poderia levar os leões a qualificarem-se para os oitavos de final da UEFA Champions League e Rui Borges já disse que não fazia «milagres, nem magia»… Mas o treinador admitiu muito mais nas conferências de imprensas antes e depois do jogo com os alemães. Bombardeado com as utilizações aos soluços de Morita e, fundamentalmente, Gyokeres, frisou que não era «médico». Contudo, parece ser ele o verdadeiro médico do Sporting…", começou por escrever o jornalista.
"Todos conhecemos o percurso de Rui Borges em Alvalade. O que herdou e em que condições tem trabalhado. E a tarefa tem sido hercúlea. Um exemplo? O jogo da noite de terça-feira. Com Hjulmand castigado, Geny Catamo, Nuno Santos e Pedro Gonçalves lesionados e Gonçalo Inácio, Morita e Gyokeres limitados, o Sporting apresentou-se de início sem sete titulares! Poderia ter alcançado um resultado diferente? Obviamente que sim, mas, convenhamos, não era fácil travar o Dortmund, só o atual vice-campeão europeu", prosseguiu Hugo do Carmo na sua análise.
"Feitas as contas, Rui Borges realizou 11 jogos no banco dos leões, somando cinco vitórias, quatro empates e duas derrotas. E o calendário foi bem complicado: dois jogos com o Benfica (uma vitória e um empate, embora com sabor a derrota, na final da Taça da Liga decidida nos penáltis), dois jogos com o FC Porto (uma vitória e um empate), três jogos na Champions (duas derrotas e um empate) e mais quatro jogos para o campeonato (três vitórias e um empate)", acrescentou, tendo em seguida feito o balanço do treinador.
"Considero o saldo positivo, fundamentalmente tendo em conta a herança que recebeu: uma equipa não só órfã de Ruben Amorim — o peso do atual treinador do Manchester United sente-se bem só analisando o percurso na Liga dos Campeões: com Amorim, quatro jogos e 10 pontos, sem Amorim cinco jogos e um ponto! —, mas também traumatizada com a série de maus resultados sob a liderança de João Pereira: oito jogos, três vitórias (duas para a Taça de Portugal e outra sobre o lanterna vermelha, o Boavista), um empate e quatro (consecutivas) derrotas…", finalizou Hugo do Carmo.