![Avançado que desiludiu no Sporting acaba a carreira... aos 32 anos](/storage/media-items/images/2025/01/sporting-adeptos_20250123023736.webp)
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Futebol
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O Sporting entrou em campo esta terça feira, dia 11 de fevereiro, para jogar a primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, diante do Borussia Dortmund, em Alvalade, mas o ímpeto ofensivo do conjunto alemão foi letal na segunda parte e os leões saíram derrotados por 3-0. No final da partida, Matheus Reis foi um dos rostos da desilusão da equipa verde e branca.
Em declarações aos jornalistas, na flash interview realizada após o apito final, o defesa brasileiro reagiu ao resultado, começando por dizer: "Foi uma primeira parte boa, criámos bastante e faltou eficácia. Poderíamos ter feito o golo que daria tranquilidade. Na segunda parte, houve mais Dortmund e foram eficazes. Criaram-nos dificuldades e tivemos esta derrota dura".
Logo depois, Matheus Reis sublinhou que toda a equipa "lutou até ao fim" e que tentou "de todas as formas" inverter o resultado, revelando, até, qual foi a estratégia definida pelo treinador Rui Borges: "O mister fez substituições para atacarmos e irmos em busca do resultado. Não foi a componente física que fez a diferença, eles foram mais eficazes. Na primeira parte criámos mais do que eles e não conseguimos marcar".
Por fim, o jogador de 29 anos mostrou-se esperançoso para a segunda mão, que será disputada na Alemanha, mas antes deixou o alerta em relação à receção ao Arouca. "Este jogo já passou, agora é foco total no próximo jogo do campeonato, que é o mais importante. Em Dortmund, vamos com a mentalidade de tentar ganhar, sabemos que é difícil, mas somos o Sporting e vamos lutar até ao fim", completou.
Vale lembrar que Sporting e Dortmund voltam a encontrar-se na próxima quarta-feira, dia 19 de fevereiro. O emblema de Alvalade vai precisar de marcar pelo menos três golos para continuar a sonhar com a permanência na liga milionária.
Ídolo eterno do clube leonino brilhou com a camisola verde e branca, venceu a Bota de Ouro e deixou uma marca inesquecível
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Nascido a 29 de maio de 1946 em Villa Fiorito, um bairro muito pobre da capital Argentina Buenos Aires, Héctor Yazalde cresceu entre dificuldades e sonhos. Desde criança, dividia-se entre o desejo de ser médico e a paixão pelo futebol. No entanto, a necessidade de sustentar a família levou-o a trabalhar desde cedo, vendendo jornais e ajudando o irmão na venda de fruta. Foi nesse período que recebeu a alcunha de “Chirola”, em referência às moedas pequenas da Argentina, pois gostava de trocá-las para parecer que tinha mais dinheiro.
O talento para o futebol revelou-se desde cedo, mas o caminho até ao profissionalismo foi árduo. Começou a jogar descalço nas ruas, até ser descoberto por Júlio Mocoroa, que o levou para o Los Andes. Sem oportunidades no clube, passou pelo Racing, onde foi dispensado por ser demasiado magro. Chegou a acreditar que nunca seria jogador, mas a sua persistência levou-o ao Atlético Piraña, um clube amador onde começou a destacar-se como goleador.
A grande oportunidade surgiu em 1967, quando o Independiente, um dos principais clubes da Argentina, o contratou. Yazalde rapidamente demonstrou o seu valor, marcando 72 golos em 117 jogos. Conquistou o Campeonato Metropolitano e chegou à Seleção Argentina. As suas exibições despertaram o interesse de vários clubes internacionais, incluindo o Santos, o Palmeiras e o Valência. No entanto, foi o Sporting que garantiu a sua contratação em 1971, numa transferência recorde para o futebol português.
A adaptação a Portugal foi complicada. Yazalde chegou em janeiro de 1971 ao Sporting, mas como não pôde ser inscrito só se estreou oficialmente em setembro. Para além das dificuldades físicas e das lesões, enfrentou resistência dentro do balneário leonino, onde alguns colegas viam com desconfiança o seu elevado salário. Sem grande apoio, encontrou conforto na vida noturna lisboeta, onde conheceu Carmizé, atriz portuguesa com quem viria a casar.
A explosão aconteceu em 1973/74, quando Yazalde marcou 46 golos no campeonato português, conquistando a Bota de Ouro como o melhor marcador da Europa, quem está a aproximar-se desses números é o avançado sueco Viktor Gyokeres. Esse feito estabeleceu um recorde que só seria superado por Lionel Messi 38 anos depois. Como prémio, recebeu um Toyota, mas, num gesto de humildade e reconhecimento, vendeu-o e dividiu o dinheiro com os colegas de equipa.
Na temporada seguinte, voltou a ser o melhor marcador do campeonato português, agora com 30 golos, conquistando a Bota de Prata. Apesar do interesse do Real Madrid, que ofereceu 27.000 contos, o Sporting optou por vendê-lo ao Marselha por 12.500 contos em 1975. Em França, continuou a demonstrar o seu instinto goleador e conquistou mais um título, mas, movido pelo sonho de jogar o Mundial de 1978 pela Argentina, decidiu regressar ao seu país.
O regresso à Argentina não foi o melhor, acabou por jogar no Newell’s Old Boys, mas o clube não lhe proporcionou as condições ideais. Além disso, foi diagnosticado com hepatite, uma doença que debilitou a sua saúde e o levou a entrar em depressão. Tentou relançar a carreira no Huracán, mas disputou apenas um jogo antes de decidir abandonar os relvados em 1982.
Após o fim da carreira, ainda trabalhou como treinador adjunto no River Plate e no Huracán. Entretanto, a sua vida pessoal sofreu um duro contratempo com a separação de Carmizé, que nunca concordou com o regresso à Argentina. Apesar dos problemas de saúde, continuou ligado ao futebol como empresário, tendo sido responsável pela vinda de Saucedo para o Sporting. A 18 de junho de 1997, Yazalde faleceu em Buenos Aires, vítima de cirrose hepática. Tinha apenas 51 anos.
Famoso "Zé da Europa" foi um dos maiores jogadores da história do clube leonino e da Seleção Portuguesa, deixando um legado inesquecível no futebol
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José Travassos nasceu na Quinta do Lumiar no dia 22 de fevereiro de 1926, perto de dois campos de futebol e de uma carreira de tiro, locais que moldaram suas duas grandes paixões: a caça e o futebol. Desde jovem, mostrou uma dedicação excepcional ao desporto, começando a trabalhar numa oficina de torneiro aos 13 anos, enquanto sonhava em jogar no Sporting. A sua carreira teve um início precoce, mas seria com o Sporting que ele viria a alcançar a glória.
Aos 16 anos, Travassos iniciou o seu percurso no futebol ao afiliar-se nos juniores da CUF, clube que lhe ofereceu trabalho. Um ano depois, já se destacava na equipa principal, o que chamou a atenção de grandes clubes. O Sporting, que também o queria, teve que superar uma corrida com o Porto, que chegou a tentar contratar o jogador ”raptando-o” e escondendo-o em Torres Vedras, mas o coração de Travassos falou mais alto e alertou o Sporting sobre a sua localização, que mais tarde, levou à sua contratação pelo clube verde e branco.
Em 1946, com o seu contrato assinado pelos leões, Travassos iniciou uma carreira que o levaria a conquistar diversos títulos. No entanto, antes de se destacar como futebolista, ele também brilhou no atletismo, representando o Sporting na modalidade e ajudando o verde e branco.clube a conquistar o Campeonato Nacional de Atletismo em 1946. Pouco depois, entrou para a equipa de futebol e tornou-se uma figura imprescindível.
A sua estreia na equipa principal foi notável, marcando três golos num memorável dérbi frente ao Benfica, em 1946, onde o Sporting goleou o rival por 6-1. Esse jogo ficou marcado na história, e Travassos rapidamente se tornou uma estrela do futebol português. A sua habilidade e desempenho chamaram a atenção da Seleção Nacional, onde se tornou um jogador indiscutível.
No total, Travassos contabilizou 35 internacionalizações pela Seleção, marcando 6 golos. Foi um dos pilares da famosa linha avançada do Sporting, "Os Cinco Violinos", com a qual conquistou oito Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e dois Campeonatos de Lisboa. Com a sua regularidade e trabalho incansável, tornou-se uma lenda viva do clube, terminando a sua carreira no Sporting em 1959, após 13 anos de dedicação, com cerca de 450 partidas realizadas de leão ao peito e quase 200 golos, números impressionantes para um médio ofensivo.
Além do sucesso no Sporting, José Travassos tornou-se também o primeiro jogador português a atuar numa Seleção da Europa, sendo apelidado de "Zé da Europa" após o seu desempenho no jogo comemorativo dos 75 anos da Federação Irlandesa, em 1955. Nesse jogo, a sua influência foi decisiva para a vitória de 4-1 sobre a Inglaterra, deixando uma marca indelével no futebol europeu.
Após abandonar os relvados, Travassos tornou-se treinador dos juniores do Sporting, mas a sua verdadeira paixão pela caça fez com que se afastasse do futebol no final dos anos 1960. Reconhecido com o Prémio Stromp em 1986, faz esta quarta-feira 9 anos que Travassos faleceu, no dia 12 de fevereiro de 2002, aos 75 anos, onde deixou um legado imortal no futebol português, quem tenta seguir o mesmo caminho é o neto, jogador do Sporting, agora emprestado ao Casa Pia, Diogo Travassos. Em 2015, o Sporting homenageou José Travassos ao nomear uma rua em sua honra, a Rua José Travassos, situada perto do novo Pavilhão João Rocha.
Médio português analisou, após o apito final, aqueles que foram os erros cometidos pelos leões diante do Borussia Dortmund, depositando esperança na reviravolta
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Daniel Bragança foi um dos jogadores escolhidos pelo Sporting para darem a cara aos adeptos após a dura derrota desta terça-feira, dia 11 de fevereiro, diante do Borussia Dortmund, por 3-0, com o médio português a recusar atirar a toalha ao chão e a dizer que ainda é possível inverter a eliminatória.
"A primeira parte acho que foi mais controlada da nossa parte, a segunda não foi tão bem jogada. Eles conseguiram fazer golos, coisa que nós não conseguimos fazer na primeira parte, onde me lembro da bola à barra do Maxi Araújo. Eles foram mais eficazes. Complicámos um bocadinho a nossa vida para a segunda mão, mas o resultado, para mim, não está fechado. Acredito muito na nossa equipa e nos nossos jogadores", explicou Bragança, aos jornalistas.
De seguida, o médio afastou a hipótese de ter sido "falta de pulmão" a penalizar o Sporting, dizendo que o Borussia Dortmund conseguiu "superiorizar-se" e que os leões podiam e deviam ter feito melhor na concretização das oportunidades de golo criadas. "A nossa equipa é muito jovem e ficámos desfalcados a nível de jogadores mais velhos. Isso sente-se um bocadinho nestes momentos, falta alguém mais maduro. Foi a eficácia que ditou o resultado", acrescentou.
Antes de se despedir, Bragança direcionou as atenções já para o próximo jogo, diante do Arouca, para o campeonato: "Há que esquecer o que aconteceu hoje, recuperar bem, para os jogadores que jogaram, e treinar, para quem jogou menos. É preciso pensar só no campeonato e nos três pontos e, só depois, pensar outra vez no Borussia Dortmund e tentar fazer melhor do que fizemos hoje".
Vale lembrar que Sporting e Dortmund voltam a encontrar-se na Alemanha, na próxima quarta-feira, dia 19 de fevereiro. O emblema de Alvalade vai precisar de marcar pelo menos três golos para continuar a sonhar com a permanência na liga milionária.