Sem piedade por rival de Cristiano Ronaldo: "Rumo à Flórida? Ou à Vila Belmiro?"

Foi anunciado como um dos grandes rivais do astro português na Arábia Saudita, mas nunca conseguiu impor-se e pode ver o seu tempo chegar ao fim no médio oriente

11 Jan 2025 | 12:07 |

João Almeida Moreira, correspondente do jornal 'A Bola' no Brasil, aproveitou o seu espaço de opinião para assinar um texto sobre Neymar, o grande rival de Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita que nunca o chegou a ser, muito por culpa das lesões que foram assolando o brasileiro.

"Neymar, lembram-se dele? O eterno moleque, já não tão moleque assim, faz a 5 de fevereiro, o mesmo dia de Cristiano Ronaldo, a idade de Cristo, 33 anos. E começa 2025 como acabou 2024 e 2023 e 2022 e etc — com um ponto de interrogação à frente. O jogador que poderia ter sido para Messi e CR7 o que Novak Djokovic foi para Roger Federer e Rafa Nadal deve deixar o Al Hilal, de Jorge Jesus, depois de um ano em que, com a enésima lesão, atuou em meros dois jogos oficiais, sem marcar, nem assistir", começou por escrever.

Prosseguiu: "Entretanto, ambos os destinos especulados até à hora a que este texto é escrito são curiosos. O Inter Miami, para se reencontrar com o mesmo Messi de quem se quis emancipar em 2017, ao trocar o Barcelona, onde sabia que, jogasse como jogasse, seria sempre um ator secundário do filme do argentino, pelo Paris Saint-Germain, onde acabou, no fim das contas, outra vez subalternizado, desta vez pelo ator emergente Kylian Mbappé".

Complementou a ideia: "E o Santos, o clube pelo qual jogou (e perdeu por 0-4) a final do Mundial de Clubes da FIFA de 2011, já apalavrado com o Barça. Além do futebol de clubes, Ney ainda tem a seleção do Brasil, a atravessar uma das maiores crises de geração e de resultados de sempre, para regressar e para, supostamente, comandar, ao lado de Vini Jr, rumo ao quarto mundial da carreira".

Terminou, da seguinte forma: "Vai sair da Arábia Saudita? Rumo à Flórida? Ou à Vila Belmiro? Vai dedicar-se 100% ao futebol ou continuar a envolver-se em controvérsias estéreis, como a defesa da privatização das praias brasileiras, ou fúteis, como fazer campanha a favor da saída da casa de participantes do Big Brother Brasil? Pelé, como já foi dito, devia redigir-se Pelé!, com ponto de exclamação, tantas vezes o seu nome foi exaltado, Neymar devia escrever-se Neymar?, por ser cada vez mais uma interrogação e cada vez menos um jogador", rematou João Almeida Moreira.

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