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Competições
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O Sporting alcançou o seu 18.º título no Campeonato Nacional de andebol no dia 15 de maio de 2004, aquele que seria o primeiro troféu da dobradinha conquistada na temporada 2003/2004. A confirmação do triunfo aconteceu em casa, frente à filial Sporting Clube da Horta, num empate por 26-26.
Os leões conseguem sair da fase regular do campeonato com incríveis 31 vitórias em 32 jogos. A única derrota que parou o caminho de invencibilidade dos verde e brancos foi frente ao Sporting Clube da Horta, nos Açores, que voltaria a aparecer mais à frente na história.
Tanto as meias-finais como a final da fase final do campeonato eram disputadas as duas mãos. O primeiro adversário do Sporting foi o Boavista, jogo que terminou com vitória nos dois duelos: em casa por 25-24 e fora por 23-28. Desta forma, os leões defrontavam um velho conhecido, com quem já tinham perdido pontos.
Na final, o Sporting encontrou o Sporting Clube da Horta, que apesar de ter sido o único clube a derrotar os leões na fase regular, desta vez não conseguiu repetir o feito. Nos Açores, o Sporting venceu com um resultado de 18-21 e, na receção ao clube do arquipélago, os verde e brancos conseguiram o empate que lhes deu o título de campeão.
Depois de se terem sagrado campeões nacionais, os leões ainda miravam a dobradinha através da Taça de Portugal. Após terem passado pelo Sporting Clube da Horta nas meias-finais, encontravam o Francisco de Holanda na final para tentar fazer história mais uma vez.
A dobradinha apareceu depois de uma vitória de 27-26, num jogo muito disputado. Na verdade, o Sporting conquistou cinco títulos nessa época, mas três deles não eram oficiais devido aos problemas entre federação e liga existentes na altura.
A equipa de andebol treinada pelo espanhol Fran Teixeira fica marcada para sempre na história do andebol português e os responsáveis foram: Miguel Fernandes, Ferreirinho, Álvaro Martins, Ricardo Dias, Pedro Jerónimo, Milan Stöhr, Luís Gomes, Inácio Carmo, Pedro Gama, Hugo Carvalho, Rui Silva, Armando Pires e Hugo Canela.
Turma verde e branca conquista o troféu do 'Velho Continente' depois de um percurso que ficará para sempre na memória Sportinguista
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O Sporting deslocou-se a Antuérpia, na Bélgica, e venceu a equipa do MTK, por 1-0, vencendo aquele que seria o seu primeiro troféu europeu de futebol do Clube de Alvalade, a Taça das Taças. Neste jogo, disputado no dia 15 de maio de 1964, o marcador do único golo da partida foi João Morais (19’).
Nesta final que para sempre ficou na memória dos Sportinguistas, o treinador leonino Anselmo Fernandez lançou em campo Carvalho, Pedro Gomes, José Carlos, Alexandre Baptista, Osvaldo Silva, José Pérides, Fernando Mendes, Figueiredo, João Morais, Mascarenhas e Géo Carvalho. Isto numa altura em que os jogadores suplentes não eram utilizados.
Até à final, o Sporting teve um percurso onde sempre defrontou equipas da nata do futebol europeu, logo a começar pela Atalanta, na primeira eliminatória. A formação italiana era uma séria candidata à conquista da competição e comprovou-o, ao vencer os leões por 2-0 na primeira mão. Chegando à segunda, o Clube de Alvalade sabia que tinha de correr atrás do prejuízo e assim o fez, ao vencer a equipa de Bérgamo, por 3-1. Com a igualdade a três na eliminatória, foi feita uma partida de desempate em terreno neutro, que os comandados de Anselmo Fernandez venceram novamente por 3-1, após prolongamento.
Na segunda ronda houve lugar para um jogo que valeu recorde. O Sporting defrontou a equipa do Apoel Nicósia, em partida que terminou por 16-1, aquela que é, até hoje, a maior goleada de sempre em competições UEFA. Nem seria necessária a realização do jogo da segunda mão, mas, ainda assim, o Sporting venceu por 2-0, deixando os cipriotas pelo caminho.
Os quartos-de-final foram, provavelmente, a prova mais difícil para o Sporting. Os leões teriam de enfrentar o poderoso Manchester United, com figuras como George Best, Bobby Charlton ou Dennis Law e, em Old Trafford, Anselmo Fernandez e companhia saíram derrotados por 4-0. O Clube de Alvalade não desistiu e mostrou a fibra de que é feito quando recebeu os red devils em sua casa, aplicando-lhes uma reviravolta tremenda de 5-0.
O Sporting estava a um pequeno passo da final, mas para isso teriam de ultrapassar, ainda, a equipa do Lyon. A primeira mão terminou com um nulo no marcador e a segunda com nova igualdade, desta vez a um golo. Com a eliminatória empatada, foi necessária a realização de um jogo de desempate em terreno neutro, que os leões venceram por 1-0, alcançando assim a partida da decisão da Taça das Taças.
Chegando à final da prova, o Sporting tinha uma baixa importante: Hilário, o maior totalista de jogos pelo Clube, sofreu uma fratura na tíbia e não pôde dar o seu contributo ao jogo. O adversário foram os húngaros do MTK, num jogo terminou com 3-3 no marcador, em que o avançado Mascarenhas conseguiu salvar o empate muito perto do final da partida.
Com a igualdade na final, foi necessária a realização de uma finalíssima, que foi marcada por um momento que qualquer Adepto do Sporting fala, até mesmo os que ainda não existiam em 1964. Foi comunicado a João Morais que ele jogaria este encontro na posição de extremo, ao invés de defesa, ao que o jogador acedeu com uma condição: caso houvessem cantos, queria ser ele a bater, para tentar marcar um golo olímpico. E foi isso que fez quando, aos 19 minutos, Morais coloca a bola junto à bandeirola, enviando o esférico para dentro da baliza e surpreendendo o guarda-redes do MTK, que ficou completamente batido.
Aqui surgia o famoso ‘Cantinho do Morais’, o golo que fez o 1-0 da finalíssima que sagrou o Sporting como o campeão europeu da Taça dos Vencedores das Taças de 1963/64, deixando em delírio a nação Sportinguista, que correu as ruas de Lisboa para celebrar este feito.
Veja, abaixo, o golo que deu a Taça das Taças ao Sporting:
Numa época de muitas mudanças, o Clube de Alvalade regressou ao seu devido lugar, onde já não estava desde 1981/82, com Malcolm Allisson
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O Sporting defrontou a equipa do Salgueiros por 4-0, na condição de visitante no mítico Estádio Vidal Pinheiro, no dia 14 de maio de 2000. Com esta goleada, na última jornada do campeonato, o Clube de Alvalade conquistou mais um Campeonato Nacional para o seu palmarés, sendo este o 21.º da história verde e branca, que pôs fim a um jejum de 18 anos.
O Sporting iniciou a temporada anunciando reforços de peso. A aposta para o cargo de treinador recaiu sobre Giuseppe Materazzi, técnico italiano, e com ele vem a contratação do jogador, seu compatriota, Ivone De Franceschi. Mas, com algum dinheiro no bolso após a venda de Simão, o Clube adquiriu os passes Kwame Ayew, Maurício Hanuch e Toñito. Ainda assim, a maior e mais sonante chegada a Alvalade é a daquele que, para muitos, era o melhor guarda-redes do mundo: o dinamarquês Peter Schmeichel, proveniente do Manchester United.
A temporada começou com uma derrota humilhante contra a modesta equipa do Viking, da Noruega, a contar para a Taça UEFA, que depois de uma série de empates para o campeonato, determinaram o despedimento de Materazzi. Para ocupar o cargo de treinador principal, foi chamado Augusto Inácio, mesmo a tempo da reabertura do mercado de transferências de inverno, onde foram feitas três contratações fulcrais para o resto da temporada: André Cruz (ex-Torino), César Prates (ex-Real Madrid) e Mbo Mpenza (ex-Standard Liége).
As contratações no meio da temporada mostraram-se eficazes, quando a oito jornadas do fim, o Sporting recebeu o Porto em Alvalade e, após vencer a partida por 2-0, passou para a frente do campeonato. Os leões puderam até ser campeões em sua casa, num dérbi contra o Benfica. Os comandados de Augusto Inácio dominaram o jogo de fio a pavio, mas na única tentativa, os encarnados marcaram o golo que selou o resultado por 1-0 e as celebrações ficaram adiadas para o Vidal Pinheiro.
No jogo que terminou o jejum de títulos ao Sporting, os reforços de inverno foram as principais figuras, visto que na goleada de 4-0 ao Salgueiros, André Cruz bisou e Mbpenza ainda teve tempo para marcar mais um. Com esta vitória no Estádio Vidal Pinheiro, o Clube de Alvalade pôde finalmente festejar a conquista de um novo Campeonato Nacional, 18 anos depois do último.
A festa foi marcada por dois momentos icónicos. No primeiro, durante o cortejo de campeão, o Presidente José Roquette passou por um café local, em que o já falecido dono do mesmo tinha estabelecido que o preço do café não voltaria a subir até ao Sporting ser campeão novamente, batendo orgulhosamente com as moedas no balcão do estabelecimento. No segundo, a mítica subida do capitão Iordanov à estátua da rotunda do Marquês de Pombal, para colocar um cachecol ao pescoço do leão
A temporada terminou com o título do Sporting, que sagrou-se campeão com 77 pontos, mais quatro que o segundo classificado, Porto. No final das contas, o melhor marcador dos leões foi o matador argentino, Beto Acosta, com 24 golos, com Kwame Ayew e o central André Cruz a completarem o pódio com nove e 5 golos, respetivamente.
Verde e brancos acabam por vencer título de modalidade em encontro muito complicado e já é o segundo troféu nacional conquistado na temporada
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O Sporting sagrou-se campeão nacional no basquetebol na penúltima jornada do campeonato da temporada 1977/1978, numa visita ao Ginásio Figueirense, o então campeão em título. Os leões alcançaram a desejada dobradinha, tal como tinham conseguido dois anos antes.
O dia da dobradinha começou mal, com o jogo do futebol a ser antecipado no mesmo dia, mas com a TV a transmitir o basquetebol à mesma. Com esta antecipação, o pavilhão na Figueira da Foz estava despido de verde e branco e contava com muito poucos adeptos leoninos na bancada, sendo que a maioria ou eram mulheres dos jogadores, ou eram dirigentes do clube.
Ainda assim, João Rocha, Presidente do Clube, estava presente no meio das bancadas que estavam recheadas de bandeiras e adeptos do clube da Figueira da Foz. Havia bombos, gaitas de foles, panelas e um barulho imenso que representava o Ginásio Figueirense.
O jogo começa e o clube da casa adianta-se cedo no marcador, vencendo aos cinco minutos por 15-12 e aos 10’ por 30-22. O Sporting não estava nada mal no ataque, só tinha alguns problemas defensivos que viria a corrigir mais tarde. Ainda na primeira parte, conseguiu virar o jogo, mas o conjunto da Figueira da Foz acaba a primeira parte superior, num 48-47.
O Sporting entra melhor na segunda parte, mas o Figueirense rapidamente dá a volta e faz o 77-67 aos 10’ desta nova metade. O público que apoiava a equipa da casa já fazia a festa antes da hora, com muita música nas bancadas, mas o resultado viria a mudar. Os leões não estavam ali para dançar ao som das bancadas, então rapidamente mudaram o rumo que o resultado estava a tomar. Sempre com foco, a equipa consegue um 92-88 aos 16 minutos da segunda parte, ainda como derrotados, mas já mais próximos da vitória.
Poucos minutos depois, Mário Albuquerque, jogador dos verde e brancos, fez o 95-93, conseguindo uma diferença de dois pontos. De seguida, existe uma falta clara assinalada em transposição de campo. Nelson Serra converte o lance livre e a distância já só era de um ponto.
Já a poucos segundos do fim, Mário Albuquerque recebe o passe de Carlos Lisboa que encesta e faz o 95-96 no marcador. O jogo acabou e a festa passou a ser feita pelo outro lado. Foi difícil, mas o pavilhão silenciou-se. Era o sexto título nacional do basquetebol leonino, num ano em que também outras modalidades como o andebol, o hóquei em patins, o atletismo e o futebol ganharam títulos nacionais.