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Histórias do Leão
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Um dos momentos mais marcantes de Nani no Sporting foi o seu quarto golo no campeonato 2014/2015, frente ao Gil Vicente, depois de regressar ao clube do coração. O histórico craque português recordou tudo numa nova entrevista para o canal do Youtube ‘Bola lá’.
O Sporting defrontava a equipa de Barcelos para a 22.ª jornada do campeonato 2014/2015. Tanaka já tinha feito o 1-0 aos 52’, mas o melhor momento do jogo acontece aos 69’, quando Nani espeta um 'tiro' fora de área, que entra diretamente na baliza do Gil Vicente. O resultado ficava 2-0 em Alvalade, mas mais importante do que isso, o craque português cai no chão em lágrimas.
“Estava a ser criticado. Mas as pessoas não sabiam que eu tinha vindo de três lesões e, mesmo assim, estava a jogar. E ficava frustrado porque eram lesões que apareciam poucos dias antes do jogo, mesmo assim eu jogava, mas ficava muito frustrado, tanto que naquele jogo que marquei golo estava todo remendado. Mas consegui superar, naquele dia marquei aquele golo e foi a emoção”, explicou Nani.
Para além das lesões, Nani foi criticado pelos adeptos por não mostrar bom desempenho dentro das quatro linhas, mas estes nunca perceberam o porquê. Foi injustamente criticado, num momento em que tinha decidido regressar ao seu clube de coração, abdicando de outras propostas milionárias.
O craque explicou o momento difícil que passou no Sporting: “Nós, jogadores, passamos por muitas coisas que só nós é que sabemos, muitas vezes jogamos com dores. Muitas vezes recuperamos o mínimo para poder participar no jogo, mas não estamos bem. E as pessoas que estão lá fora não conseguem perceber que estamos lesionados. Eu estava a passar uma fase complicada.”
O jogador vinha do Manchester United para ser titular nos leões e tentar ajudar a levantar o título de campeão nacional outra vez, algo que não aconteceu. Ainda assim, na altura com Marco Silva no comando técnico, o Sporting conquistou a Taça de Portugal em 2014/2015.
Somadas todas as épocas em que Nani esteve ao serviço dos leões, os números são estes: 141 jogos, 33 golos e 24 assistências. O craque português é um dos jogadores mais marcantes na história recente do Clube, contando com uma história de paixão leonina recheada de regressos.
Episódio inesquecível presente na memória dos Adeptos Sportinguistas foi protagonizado por uma das maiores lendas que já passou por Alvalade
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Após vencer a equipa do Salgueiros, no Estádio Vidal Pinheiro, por 4-0, o Sporting sagrou-se campeão nacional pela 21.ª primeira vez na sua história, no dia 14 de maio de 2000. Mas, esta celebração foi ainda mais especial, visto ter quebrado um ciclo de 18 anos sem a conquista do mais importante troféu português e como tal, os festejos foram marcantes. Foi exatamente isso que mostrou Iordanov.
Após a vitória no Estádio Vidal Pinheiro, a alegria Sportinguista encheu as ruas da capital portuguesa, mesmo que a equipa leonina estivesse ainda no Porto. Já com a chegada à cidade de origem, o Sporting fez um longo cortejo que tinha como destino a Câmara Municipal de Lisboa.
Saindo dos paços do concelho, o autocarro do Sporting fez uma pequena paragem pela Rotunda do Marquês de Pombal, onde com o auxílio de uma grua, o capitão Ivaylo Iordanov subiu à famosa estátua de Sebastião José de Carvalho e Melo e colocou um cachecol ao pescoço do leão que o acompanha, num momento lembrado por todos os Sportinguistas.
Sobre o famoso momento, Iordanov revelou: “Cachecol no topo do Marquês? Foi pensado antes. Os responsáveis do Sporting tinham pensado nisso. Como era capitão, não pensei duas vezes e foi a primeira e última vez que alguém fez isso”.
Nas declarações, agora dadas ao jornal Record, o antigo capitão do Sporting confessou também que desejava ter sido campeão mais vezes, em Alvalade, e não foi por falta de qualidade da equipa que não o foi: “Não aconteceu muitas vezes, mas tivemos grandes equipas que não conseguiram ganhar. Tivemos sempre grandes equipas”
Essa foi a primeira vez que se celebrou a conquista de um título na Rotunda do Marquês de Pombal e, mais tarde, com a conquista do campeonato de 2001/02, esse tornou-se no local de eleição do Sporting celebrar as suas conquistas, o que faz todo o sentido, dada a grande ligação Sportinguista ao local em questão.
Como motivo, existe o simbolismo do leão da estátua, que foi construída por Francisco dos Santos. O autor da peça mítica que acompanha o Marquês de Pombal foi um Sportinguista confesso, que chegou mesmo a alinhar no Sporting entre as temporadas 1908/09 até 1910/11, jogando de leão ao peito acompanhado de grandes figuras do Clube como os Stromps (Francisco, José e António), António Couto e João Bentes.
Antigo jogador dos leões recorda o seu desempenho em vitória que acabou por definir uma conquista inesquecível na história do clube
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André Cruz foi uma das figuras de destaque do título do Sporting em 1999/2000. O antigo defesa-central brasileiro, numa entrevista ao jornal A Bola, recordou o bis apontado na vitória que trouxe o título aos leões, o inesquecível troféu que quebrou um longo jejum de 18 anos.
Num triunfo por 0-4 sobre o Salgueiros, fora de casa e na última jornada da liga, André Cruz marcou dois golos, ambos de livre direto, uma especialidade do antigo defesa brasileiro dos leões. O primeiro surge aos 47 minutos para abrir o marcador, logo após De Francheschi ser derrubado fora de área, o ex-craque do Sporting consegue marcar de livre.
“Consegui marcar um golo muito bonito e importante. Nunca é fácil num jogo decisivo daqueles bater uma bola de livre... Tens de marcar, pois pode ser a única chance que tens para fazer golo. Felizmente deu certo. Inaugurámos o marcador, a equipa ganhou mais confiança e fizemos uma segunda parte muito boa”, lembrou, num primeiro momento, André Cruz.
Os dois golos seguintes saíram dos pés de Ayew, aos 51’ e de Duscher aos 75’, levando o placar para o 0-3. Mesmo já com a vitória garantida e o troféu de campeão nacional nas mãos, André Cruz volta a aparecer no marcador.
Para acabar de vez com o jogo, André Cruz volta a ter a oportunidade de faturar de livre e não a desperdiçou. A dois minutos dos 90’, bate rasteiro e engana o guarda-redes adversário, fechando o marcador com o 0-4.
“Depois o meu segundo golo, que fechou o resultado em 0-4, também de livre. Sinto-me muito honrado e é sempre muito bom reviver aqueles momentos”, acrescentou André Cruz, que foi uma das figuras de destaque desta reconquista leonina que ao que quebrou um jejum de 18 anos, ao levantar de novo o título de campeão nacional.
André Cruz esteve no Sporting entre 1999 e 2002, três temporadas que significaram dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Ao serviço dos leões, o histórico defesa-central somou 15 golos num total de 105 jogos, ficando marcado para sempre pela participação na reconquista de 2000.
Antigo treinador dos leões abordou o dérbi que tirou o título das mãos do Clube verde e branco em 2005, em antevisão do jogo de sábado
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José Peseiro foi o comandante do Sporting na temporada 2005/05 e esteve presente no dérbi entre águias e leões, que acabou por decidir o título para o Benfica. Em entrevista ao jornal Record, o técnico português fez a antevisão do jogo que pode decidir o campeão no próximo sábado e aproveitou para abordar o jogo de há duas décadas atrás.
Questionado sobre se esse jogo teria influência no próximo sábado, José Peseiro acredita que não. “Nenhum jogador do Sporting sabe o que se passou naquela altura. Ninguém vai lembrar-se. Os jogadores não têm uma cultura de clube como havia antigamente. Não sabem nem se lembram desta situação”, respondeu o técnico.
“O Quenda, por exemplo, nem era nascido. Muitos, pela idade, ainda nem futebol viam. A maior parte deles não sabe o que se passou”, acrescentou o treinador natural de Coruche, ainda sobre o tema do Benfica - Sporting do campeonato de 2004/05, nas declarações ao jornal.
Em seguida, José Peseiro fez referência à perda de outro título que marca a memória Sportinguista. “Tivemos que jogar contra o Benfica antes da final da Taça UEFA", lembra o treinador, que não conseguiu não mostrar desalento sobre algumas decisões tomadas: “A federação da Rússia permitiu o adiamento do jogo do CSKA na Liga russa”.
De volta ao tema do dérbi que tirou o título ao Sporting, o antigo treinador revelou que, pelas características do jogo, não acreditou que fosse existir um vencedor naquela partida: “O jogo não foi bom. Foi extremamente tático e escassearam as oportunidades de golo. Recordo que, a cerca de 15 minutos do fim, o Trapattoni retirou um ponta-de-lança e colocou um médio-centro, o que demonstra uma atitude mais conservadora”.
É impossível não fugir ao momento do jogo, que ficou marcado na história do futebol português, quando aos 83 minutos, Petit bate um livre para o coração da área que encontrou Luisão nas alturas, mas no processo de cabecear a bola, o central brasileiro abalroa o guarda redes Ricardo dentro da sua pequena área, mas a equipa de arbitragem deu ordem para o jogo prosseguir.
Em relação ao lance ilegal que determinou o jogo, José Peseiro revelou: “Na minha opinião, o Luisão toca com a cabeça no braço do Ricardo, fazendo com que este, com a mão, introduzisse a bola na própria baliza”. “Para mim, era falta. Aos meus olhos, era falta”, insistiu o treinador.