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0Fernando Fernandes chegou ao Sporting Clube de Portugal em 1992 e desde aí que se dedica ao Clube, primeiro como atleta e treinador e agora como treinador, dirigente e massagista. Antigo campeão nacional, europeu, mundial e intercontinental de kickboxing e também com títulos nacionais de boxe, Fernando Fernandes falou em exclusivo ao Leonino. Um campeão no ringue e na vida.
Leonino: Publicou um livro em setembro de 2016. Era um objetivo contar a sua história?
Fernando Fernandes: Já tentava publicar o livro há mais de 20 anos. Na altura, ainda não existia internet e quando ia ao estrangeiro competir ou fazer estágios via que o nível no nosso país era muito inferior. Como tal, quis fazer um livro em que pudesse, não só contar a minha história, mas também mostrar as bases da minha modalidade através do nome do Sporting CP. Quis dar esta dinâmica das artes marciais e dos desportos de combate não só aos adeptos destas áreas, mas também a todos os Sócios e adeptos do mundo Sporting CP. Foi uma forma de dinamizar o meu trabalho, porque passam milhares de pessoas aqui pelo Sporting CP, de várias modalidades, e as pessoas não sabem e não conhecem. Foi uma forma de não deixar em vão o meu trabalho pelo Clube.
No livro refere que viver entre Lisboa e o campo o ajudou a tornar-se um campeão. O que lhe trouxe esta experiência?
Quando era miúdo, entre os seis e os 13 anos, tinha quatro meses de férias de verão. Para não andar sozinho na rua, ia para a terra da minha mãe, ao pé da Serra da Estrela, Oliveira do Hospital. Lá, os meus avós tinham animais, eram agricultores e o meu avô era lenhador. Todo este mundo da natureza foi importante na minha educação, até porque este afastamento dos meus pais me obrigou a crescer desde novo. Ajudou-me na minha valorização e a que me desenvolvesse a nível atlético.
“O respeito pelo mestre está muito diferente de quando iniciei”
Começou nas artes marciais depois de ver filmes. Sente que falta algo que atraia os jovens hoje em dia para estas modalidades?
Sim, acho que o mundo das artes marciais, quando as pessoas são bem formadas, porque agora estão algo deturpadas em relação a quando comecei… o respeito pelo mestre está muito diferente de quando iniciei, assim como o respeito pelo próximo, mas é um meio de educação e de fazer crescer a vários níveis, principalmente os jovens, em áreas como o auto-controlo, o auto-domínio ou em focar num objetivo, no respeito e ética pelo próximo. Era importante arranjar formas de atrair mais jovens e existir uma nova dinâmica nesta área.
Começou quase ao mesmo tempo como treinador. O que lhe dava mais prazer?
As duas coisas completam-se. Gosto de ensinar e de transmitir os meus conhecimentos a todos os que os procuram. Aproveito para convidar as pessoas a virem experimentar a modalidade. Subir ao ringue é uma forma de me divertir, de me motivar para o treino, porque tendo objetivos avançamos e a competição é um estímulo para treinarmos mais.
“Treino duro, combate fácil” é um lema de vida? É fácil passar aos atletas?
Nós temos de saber os nossos limites. É através dos treinos duros, que nos fazem ir além da nossa capacidade, que ficamos a conhecer o nosso corpo e a nossa mente. O mais importante de tudo é saber os nossos limites e saber quando devemos parar, quando podemos treinar mais ou menos e temos que saber ouvir o nosso corpo. Este é um lema que é importante para sabermos conhecer o nosso corpo. Tem que existir empatia entre todos. Quando os atletas estão recetivos, o treinador deve passar a mensagem, quando não estão temos de esperar que o estejam. É uma questão de sensibilidade.
“Dignificar o nome do Sporting”
Sente que os jovens de hoje não se dedicam tanto ao treino?
O que acontece agora é que há uma maior oferta. Há mais desportos, mais jogos, internet. Os jovens têm muita oferta e isto faz com que se dispersem um pouco. Mas quem quer evoluir, crescer e ir mais além foca-se no treino e nos seus objetivos. O que acho de diferente é a oferta que existe.
Praticou karaté, kickboxing e boxe. Eram complementos ou por vontade própria?
Quando comecei aos 13 anos nas artes marciais, o kickboxing ainda não estava muito desenvolvido e comecei pelo karaté, no Judo Clube de Portugal, com o mestre Raúl Cerveira. Ao fim de três ou quatro anos vi que não era aquilo que queria. Precisava de uma dinâmica diferente. Foi aí que encontrei o full contact, que depois passou a kickboxing e que agora é kickboxing-muay thai. Quando a encontrei percebi que era esta a modalidade que ia ao encontro do meu gosto pessoal. O boxe era um complemento para ganhar ritmo competitivo e de dignificar o nome do Sporting CP, porque conquistámos vários títulos. Mas era um complemento para o kickboxing.
O que originou o regresso sete anos depois com o boxe?
Foi entre os 30 e os 37 anos. Quando tinha 30 anos, o meu filho nasceu e a modalidade não era rentável e passei a dedicar-me mais à recuperação, porque também sou massagista. Comecei por me recuperar a mim próprio e depois passei a prevenir os outros atletas. Decidi tirar o curso de massagista e, numa fase mais difícil economicamente, decidi focar-me mais nesta área. Atualmente, por referência, procuram-me para os ajudar na sua recuperação. Mas não me sentia realizado nestes setes anos e voltei a competir entre os 37 e os 45 anos, sempre de leão ao peito, porque o Sporting CP é que é importante.
Sente-se realizado com a sua carreira?
A nível pessoal estou totalmente realizado e sinto que atingi todos os meus objetivos de vida. Mas, agora, tenho outros projetos e ideias que também vão ser realizados, porque na vida cada um recebe o que merece.
“Tenho muitos dias especiais”
26 de março de 1994. O dia mais feliz da sua vida?
É um dia muito especial para mim, mas tenho muitos dias especiais. O dia que conheci a minha mulher, que infelizmente já não está entre nós. O dia em que cheguei ao Sporting CP. O nascimento dos meus filhos. Também tive dias muito felizes com os meus pais, nos meus treinos ou com os meus verdadeiros amigos. Mas esse dia foi muito especial, porque foi o culminar de muitos anos de trabalho, dedicação, de esforço e de um empenho total para uma causa, que é ser campeão.
Como chegou ao Sporting CP?
A modalidade, no Sporting CP, iniciou-se através do taekwondo, que foi uma modalidade que o Presidente João Rocha trouxe para o Clube e para Portugal após uma visita à Coreia do Sul. O Sporting CP sempre acarinhou muito os desportos de combate. Se virem, há muitas modalidades de combate no Sporting CP. Desde que o kickboxing veio para Portugal que o Clube quis ter a modalidade. Em 1990 fui campeão europeu e foi aí que começaram os contactos para me trazer para o Sporting CP. Porquê? Porque o Sporting CP é um símbolo de campeão, é um Clube de campeões e identifico-me como um campeão. Desde essa altura que existiu uma empatia grande com o Clube. O meu projeto e objetivo é a cada dia que passa valorizar o Sporting CP.
Está no Sporting CP desde 1992. Como é trabalhar no Clube do coração?
Tem sido uma educação constante, tenho aprendido muito, tenho crescido muito e evoluído muito. O Sporting CP tem sido muito importante para mim e creio que uma forma de reconhecer e valorizar o que o Clube tem feito por mim é de uma forma diária contribuir para engrandecer esta instituição.
O que é que o Fernando e o Sporting CP têm feito para atrair mais atletas jovens para o Clube?
Desde abril de 1992 que tenho feito o meu melhor pelo Clube. O meu pai era do Sporting CP, lembro-me de em miúdo vir a Alvalade ver a bola com ele, e em 1992 fui convidado para vir para o Clube do meu coração. Foi uma grande alegria. Tenho andado pelos núcleos, entre os adeptos, que valorizam muito o meu trabalho e tento valorizar o Clube e a minha modalidade de coração. Mas estou atento a todas as modalidades e gosto de partilhar as minhas experiências e conhecimentos com todos os que os querem ouvir.
“Tento que o meu trabalho seja válido perante todos os Sportinguistas”
Foi o primeiro de quatro campeões mundiais do Sporting CP na modalidade. Sente que é reconhecido por tudo o que deste ao Clube, quer como atleta quer como treinador?
Creio que sim, pela continuidade do trabalho diário, meu e da minha equipa de trabalho, composta pelo Edson Santos, Miguel Franco e o António Crisóstomo, e seguimos o lema do ‘um por todos e todos por um’. Depois tenho ainda os próprios atletas que se ajudam uns aos outros. Nós somos uma equipa. Tento que o meu trabalho seja válido perante todos os Sportinguistas e creio que os Sportinguistas reconhecem este trabalho. Tudo o que fazemos é de forma transparente. Mas sou muito abordado por adeptos, antigos dirigentes e antigos atletas, que prova que sou uma pessoa de bem.
O futuro próximo está assegurado?
Queremos ter cada vez mais atletas, queremos trazer mais títulos para o Clube e que as pessoas reconheçam o nosso trabalho. Todos temos de ter uma oportunidade. O que quero é ter cada vez mais atletas, trabalharmos mais e com mais empenho para que possamos trazer mais alegrias aos Sportinguistas.
Como vê o atual estado da modalidade no Sporting CP, em Portugal e no Mundo?
A modalidade tem estado a crescer muito. Cada vez há mais praticantes e reconhecimento e vai ser uma modalidade olímpica em breve, o que demonstra a sua grandiosidade.
Apesar de terem estado quase toda a partida na frente do marcador, verdes e brancos viram adversário igualar encontro, mas últimos minutos foram decisivos
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0A equipa de basquetebol do Sporting venceu o Dnipro, por 68-57, esta quarta-feira, dia 16 de outubro, em jogo da segunda jornada do grupo D da FIBA Europe Cup. Num encontro disputado no Pavilhão João Rocha, os leões sofreram uma derrota pesada diante da turma italiana. Veja AQUI como decorreu a partida.
Os verdes e brancos entraram melhor e, após o primeiro período, venciam por 21-15. No entanto, o adversário 'cresceu' no jogo e diminuiu a desvantagem. Aquando da buzina para intervalo, os leões só tinham um ponto de vantagem perante os ucranianos (32-31).
Nos últimos 20 minutos do duelo, o Dnipro ainda esteve na frente do marcador em algumas ocasiões. No entanto, o quarto período dos verdes e brancos foi avassalador. Com 16 pontos de vantagem a pouco tempo do final, a vitória ficou no Pavilhão João Rocha.
O grande destaque do emblema leonino no encontro foi Ludgy Debaut. O poste francês fez um duplo-duplo, somando 17 pontos e 12 ressaltos. Nick Ward (13 pontos e 9 ressaltos), André Cruz (12 pontos e seis ressaltos) e Reggie Johnson (nove pontos) também estiveram em bom plano.
Com esta vitória - a segunda em quatro jogos na presente temporada - o Sporting passa a somar três pontos no Grupo D da FIBA Europe Cup. Dínamo Sassari (quatro), Anwill (três) e Dnipro (zero), fecham as contas. O próximo jogo da formação leonina é sexta-feira, dia 18 de outubro, novamente frente aos ucranianos. A partida joga-se pelas 19h30, no Pavilhão João Rocha.
Acompanhe aqui todas as emoções do duelo entre os leões e a formação ucraniana, válido para a segunda jornada da prova internacional
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0Final do encontro: Dnipro 57-68 Sporting
37'- 16 de vantagem! Ludgy Debaut está imparável! (68-52)
36'- André Cruz!!! Roubo de bola do jovem verde e branco na defesa e, com um Eurostep, faz uma jogada magnífica (65-52)
34'- Debaut com um grande triplo a colocar a diferença nos 10! (62-52)
34'- Belo afundanço de Ludgy Debaut (57-52)
30'- Começam os últimos 10 minutos do encontro (49-47)
27' - Grande triplo de Diogo Ventura! (45-43)
23' - Leões aumentam a vantagem (37-34)
21' - Recomeça a partida no Pavilhão João Rocha (32-31)
Intervalo: Dnipro 31-32 Sporting
19' - Na última jogada do segundo quarto, o triplo não cai (32-31)
18' - Reggie Johnson dá margem aos leões, atrás da linha de três pontos (32-28)
17' - Boa recuperação do adversário (25-23)
13' - Jeremiah Bailey escorrega numa posse de bola ofensiva (25-19)
11' - Arranca o segundo período (21-15)
8' - O base leonino fatura por duas ocasiões (17-12)
8' - Três lances livres para Reggie Johnson (15-12)
7' - Grande trabalho de Nick Ward, na tabela (15-12)
5' - Os leões começam melhor (9-4)
1' - Arranca a partida na Casa das Modalidades. Força, Sporting!
0' - Os leões vão aquecendo.
0' - Já os verdes e brancos perderam, por 82-69, diante dos italianos.
0' - No último encontro, o oponente foi arrasado pelo Anwill (líder do grupo), por 114-71.
0' - Na passada edição da competição, o Sporting (3.º lugar) caiu na fase de grupos da segunda ronda da competição, com Bahçesehir (1.º lugar), Légia de Varsóvia (2.º lugar) e Jonava (4.º lugar).
0' - Este será o quarto jogo oficial da época para os comandados de Luís Magalhães depois de terem eliminado os belgas do Spirou Charleroi na ronda de qualificação e perdido frente ao Dínamo Sassari.
0' - O Leonino leva até si todas as emoções do encontro válido para a segunda jornada do grupo D da FIBA Europe Cup.
0' - O basquetebol do Sporting enfrenta o Dnipro, esta quarta-feira, dia 16 de outubro, pelas 19h30. Visto que o emblema adversário é ucraniano, a partida joga-se no Pavilhão João Rocha.
Leões até entraram da pior forma e começaram encontro a perder, mas reviravolta permitiu à turma de Alvalade apuramento para os duelos que aí vêm
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0A equipa de voleibol do Sporting venceu o Zalau, por 3-1, esta quarta-feira, dia 16 de outubro, em jogo da segunda mão dos 32-avos-de-final da CEV Challenge Cup. Com o triunfo, os verdes e brancos estão apurados para a próxima ronda da prova. Veja AQUI como decorreu a partida.
Num duelo disputado na Roménia, os verdes e brancos iniciaram o duelo com o pé esquerdo e saíram derrotados do primeiro set, o maior do jogo, por 27-25. No segundo parcial, os leões conseguiram 'crescer' e bateram o emblema adversário, por 25-20.
No terceiro set, os leões voltaram a sair por cima e triunfaram por 25-23. O quarto set poderia obrigar a ser jogada a 'negra', caso os romenos conseguissem bater a turma de Alvalade. No entanto, o Sporting voltou a sair por cima e venceu, por 25-22, tendo encontro marcado com o Kladno Volejbal nos 16-avos da competição.
O próximo encontro dos verdes e brancos está marcado para domingo, dia 20 de outubro, às 15h00. Os comandados de João Coelho deslocam-se a Matosinhos, para enfrentarem o Leixões, numa partida válida para a terceira jornada do campeonato nacional.
Equipa apresentada pelo Clube de Alvalade: Tiago Pereira [Capitão] (6), Jan Galabov (13), Vinícius Lersch (2), Kelton Tavares (7), Edson Valencia (11), Yurii Synytsia (5), Jan Licek (13), Gonçalo Sousa [L], Pedro Abecassis (3), Tiago Barth (2), Jonas Aguenier (10), Nicolas Perren [L], Alejandro Gonzalez (5).