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26 Ago 2025 | 10:15
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04 Fev 2020 | 19:00 |
Fernando Fernandes chegou ao Sporting Clube de Portugal em 1992 e desde aí que se dedica ao Clube, primeiro como atleta e treinador e agora como treinador, dirigente e massagista. Antigo campeão nacional, europeu, mundial e intercontinental de kickboxing e também com títulos nacionais de boxe, Fernando Fernandes falou em exclusivo ao Leonino. Um campeão no ringue e na vida.
Leonino: Publicou um livro em setembro de 2016. Era um objetivo contar a sua história?
Fernando Fernandes: Já tentava publicar o livro há mais de 20 anos. Na altura, ainda não existia internet e quando ia ao estrangeiro competir ou fazer estágios via que o nível no nosso país era muito inferior. Como tal, quis fazer um livro em que pudesse, não só contar a minha história, mas também mostrar as bases da minha modalidade através do nome do Sporting CP. Quis dar esta dinâmica das artes marciais e dos desportos de combate não só aos adeptos destas áreas, mas também a todos os Sócios e adeptos do mundo Sporting CP. Foi uma forma de dinamizar o meu trabalho, porque passam milhares de pessoas aqui pelo Sporting CP, de várias modalidades, e as pessoas não sabem e não conhecem. Foi uma forma de não deixar em vão o meu trabalho pelo Clube.
No livro refere que viver entre Lisboa e o campo o ajudou a tornar-se um campeão. O que lhe trouxe esta experiência?
Quando era miúdo, entre os seis e os 13 anos, tinha quatro meses de férias de verão. Para não andar sozinho na rua, ia para a terra da minha mãe, ao pé da Serra da Estrela, Oliveira do Hospital. Lá, os meus avós tinham animais, eram agricultores e o meu avô era lenhador. Todo este mundo da natureza foi importante na minha educação, até porque este afastamento dos meus pais me obrigou a crescer desde novo. Ajudou-me na minha valorização e a que me desenvolvesse a nível atlético.
“O respeito pelo mestre está muito diferente de quando iniciei”
Começou nas artes marciais depois de ver filmes. Sente que falta algo que atraia os jovens hoje em dia para estas modalidades?
Sim, acho que o mundo das artes marciais, quando as pessoas são bem formadas, porque agora estão algo deturpadas em relação a quando comecei… o respeito pelo mestre está muito diferente de quando iniciei, assim como o respeito pelo próximo, mas é um meio de educação e de fazer crescer a vários níveis, principalmente os jovens, em áreas como o auto-controlo, o auto-domínio ou em focar num objetivo, no respeito e ética pelo próximo. Era importante arranjar formas de atrair mais jovens e existir uma nova dinâmica nesta área.
Começou quase ao mesmo tempo como treinador. O que lhe dava mais prazer?
As duas coisas completam-se. Gosto de ensinar e de transmitir os meus conhecimentos a todos os que os procuram. Aproveito para convidar as pessoas a virem experimentar a modalidade. Subir ao ringue é uma forma de me divertir, de me motivar para o treino, porque tendo objetivos avançamos e a competição é um estímulo para treinarmos mais.
“Treino duro, combate fácil” é um lema de vida? É fácil passar aos atletas?
Nós temos de saber os nossos limites. É através dos treinos duros, que nos fazem ir além da nossa capacidade, que ficamos a conhecer o nosso corpo e a nossa mente. O mais importante de tudo é saber os nossos limites e saber quando devemos parar, quando podemos treinar mais ou menos e temos que saber ouvir o nosso corpo. Este é um lema que é importante para sabermos conhecer o nosso corpo. Tem que existir empatia entre todos. Quando os atletas estão recetivos, o treinador deve passar a mensagem, quando não estão temos de esperar que o estejam. É uma questão de sensibilidade.
“Dignificar o nome do Sporting”
Sente que os jovens de hoje não se dedicam tanto ao treino?
O que acontece agora é que há uma maior oferta. Há mais desportos, mais jogos, internet. Os jovens têm muita oferta e isto faz com que se dispersem um pouco. Mas quem quer evoluir, crescer e ir mais além foca-se no treino e nos seus objetivos. O que acho de diferente é a oferta que existe.
Praticou karaté, kickboxing e boxe. Eram complementos ou por vontade própria?
Quando comecei aos 13 anos nas artes marciais, o kickboxing ainda não estava muito desenvolvido e comecei pelo karaté, no Judo Clube de Portugal, com o mestre Raúl Cerveira. Ao fim de três ou quatro anos vi que não era aquilo que queria. Precisava de uma dinâmica diferente. Foi aí que encontrei o full contact, que depois passou a kickboxing e que agora é kickboxing-muay thai. Quando a encontrei percebi que era esta a modalidade que ia ao encontro do meu gosto pessoal. O boxe era um complemento para ganhar ritmo competitivo e de dignificar o nome do Sporting CP, porque conquistámos vários títulos. Mas era um complemento para o kickboxing.
O que originou o regresso sete anos depois com o boxe?
Foi entre os 30 e os 37 anos. Quando tinha 30 anos, o meu filho nasceu e a modalidade não era rentável e passei a dedicar-me mais à recuperação, porque também sou massagista. Comecei por me recuperar a mim próprio e depois passei a prevenir os outros atletas. Decidi tirar o curso de massagista e, numa fase mais difícil economicamente, decidi focar-me mais nesta área. Atualmente, por referência, procuram-me para os ajudar na sua recuperação. Mas não me sentia realizado nestes setes anos e voltei a competir entre os 37 e os 45 anos, sempre de leão ao peito, porque o Sporting CP é que é importante.
Sente-se realizado com a sua carreira?
A nível pessoal estou totalmente realizado e sinto que atingi todos os meus objetivos de vida. Mas, agora, tenho outros projetos e ideias que também vão ser realizados, porque na vida cada um recebe o que merece.
“Tenho muitos dias especiais”
26 de março de 1994. O dia mais feliz da sua vida?
É um dia muito especial para mim, mas tenho muitos dias especiais. O dia que conheci a minha mulher, que infelizmente já não está entre nós. O dia em que cheguei ao Sporting CP. O nascimento dos meus filhos. Também tive dias muito felizes com os meus pais, nos meus treinos ou com os meus verdadeiros amigos. Mas esse dia foi muito especial, porque foi o culminar de muitos anos de trabalho, dedicação, de esforço e de um empenho total para uma causa, que é ser campeão.
Como chegou ao Sporting CP?
A modalidade, no Sporting CP, iniciou-se através do taekwondo, que foi uma modalidade que o Presidente João Rocha trouxe para o Clube e para Portugal após uma visita à Coreia do Sul. O Sporting CP sempre acarinhou muito os desportos de combate. Se virem, há muitas modalidades de combate no Sporting CP. Desde que o kickboxing veio para Portugal que o Clube quis ter a modalidade. Em 1990 fui campeão europeu e foi aí que começaram os contactos para me trazer para o Sporting CP. Porquê? Porque o Sporting CP é um símbolo de campeão, é um Clube de campeões e identifico-me como um campeão. Desde essa altura que existiu uma empatia grande com o Clube. O meu projeto e objetivo é a cada dia que passa valorizar o Sporting CP.
Está no Sporting CP desde 1992. Como é trabalhar no Clube do coração?
Tem sido uma educação constante, tenho aprendido muito, tenho crescido muito e evoluído muito. O Sporting CP tem sido muito importante para mim e creio que uma forma de reconhecer e valorizar o que o Clube tem feito por mim é de uma forma diária contribuir para engrandecer esta instituição.
O que é que o Fernando e o Sporting CP têm feito para atrair mais atletas jovens para o Clube?
Desde abril de 1992 que tenho feito o meu melhor pelo Clube. O meu pai era do Sporting CP, lembro-me de em miúdo vir a Alvalade ver a bola com ele, e em 1992 fui convidado para vir para o Clube do meu coração. Foi uma grande alegria. Tenho andado pelos núcleos, entre os adeptos, que valorizam muito o meu trabalho e tento valorizar o Clube e a minha modalidade de coração. Mas estou atento a todas as modalidades e gosto de partilhar as minhas experiências e conhecimentos com todos os que os querem ouvir.
“Tento que o meu trabalho seja válido perante todos os Sportinguistas”
Foi o primeiro de quatro campeões mundiais do Sporting CP na modalidade. Sente que é reconhecido por tudo o que deste ao Clube, quer como atleta quer como treinador?
Creio que sim, pela continuidade do trabalho diário, meu e da minha equipa de trabalho, composta pelo Edson Santos, Miguel Franco e o António Crisóstomo, e seguimos o lema do ‘um por todos e todos por um’. Depois tenho ainda os próprios atletas que se ajudam uns aos outros. Nós somos uma equipa. Tento que o meu trabalho seja válido perante todos os Sportinguistas e creio que os Sportinguistas reconhecem este trabalho. Tudo o que fazemos é de forma transparente. Mas sou muito abordado por adeptos, antigos dirigentes e antigos atletas, que prova que sou uma pessoa de bem.
O futuro próximo está assegurado?
Queremos ter cada vez mais atletas, queremos trazer mais títulos para o Clube e que as pessoas reconheçam o nosso trabalho. Todos temos de ter uma oportunidade. O que quero é ter cada vez mais atletas, trabalharmos mais e com mais empenho para que possamos trazer mais alegrias aos Sportinguistas.
Como vê o atual estado da modalidade no Sporting CP, em Portugal e no Mundo?
A modalidade tem estado a crescer muito. Cada vez há mais praticantes e reconhecimento e vai ser uma modalidade olímpica em breve, o que demonstra a sua grandiosidade.
Em comunicado, Clube de Alvalade anunciou a contratação de atleta que promete ser muito importante no ataque à revalidação do título
29 Ago 2025 | 07:05 |
É oficial: Marx Aru é reforço do voleibol masculino do Sporting, isto depois da apresentação de um histórico nome da modalidade. Em comunicado publicado no site na passada quinta-feira, o Clube de Alvalade, liderado por Frederico Varandas, anunciou a contratação do central internacional pela Estónia, que chega oriundo de França, mais precisamente do Tourcoing-Lille Métropole Volley-Ball.
Nas primeiras declarações enquanto reforço do voleibol Sporting, Marx Aru não escondeu a felicidade com esta nova etapa da sua carreira: “É muito bom chegar ao Sporting. Ouvi coisas muito boas sobre o Clube, especialmente que é muito profissional e já comprovei que assim é. Estou muito feliz”.
O central internacional pela Estónia explicou quais os aspetos em que pode ajudar a equipa do Sporting, comandada por João Coelho, e falou sobre os colegas: “Espero trazer bons pontos e uma boa energia para manter a equipa no caminho certo. Já contactei com eles, a equipa é muito simpática e acolhedora”.
“Sei que são muito apaixonados e espero vê-los por aqui. Espero que consigamos ganhar o máximo de títulos possível”, finalizou Marx Aru, deixando uma mensagem aos adeptos do Sporting e prometendo que deixará tudo em campo para ajudar os verdes e brancos a triunfar na época 2025/26.
O primeiro encontro oficial da temporada para o voleibol do Sporting será a Supertaça, diante do Benfica. Os leões venceram o Campeonato Nacional na última temporada, enquanto as águias triunfaram na Taça de Portugal. O dérbi eterno da primeira competição oficial da época ainda não tem data agendada.
Com atletas leoninos, os Linces entraram como pé direito na competição e conquistaram o seu primeiro triunfo na prova em 18 anos
27 Ago 2025 | 17:52 |
Portugal entrou com o pé direito no Eurobasket 2025 ao vencer a Chéquia por 62-50. Apesar de contar com a presença de Diogo Ventura e Francisco Amarante, a maior figura do encontro acabou por ser mesmo Neemias Queta. A impressionante prestação do poste dos Boston Celtics ajudou a confirmar o primeiro triunfo dos linces nesta competição em 18 anos.
Apesar de uma diferença de 12 pontos no resultado final, a partida foi marcada pelo equilíbrio no marcador. Apesar de várias tentativas lusitanas em descolar no marcador, a formação do centro da Europa conseguia sempre acompanhar os pupilos de Mário Gomes, muito por culpa de Vit Krejci. O base dos Atlanta Hawks somou 10 pontos, quatro ressaltos e três assistências.
Indiscutivelmente, Neemias Queta foi o homem do jogo. O poste de 2,11m dos Boston Celtics registou um duplo duplo com 18 pontos e 15 ressaltos. Contou também com a ajuda de Rafael Lisboa com 15 pontos, dois ressaltos e duas assistências e o ex-Sporting Travante Williams com 10 pontos, cinco ressaltos e uma assistência.
Nesta partida, Diogo Ventura foi opção no cinco inicial de Mário Gomes. O capitão do Sporting - que já foi perfilado pelo nosso Jornal - somou 18 minutos de utilização, onde apontou dois pontos, um ressalto e uma assistência. O reforço leonino Francisco Amarante teve uma participação, sem qualquer estatística na partida.
A Seleção Nacional de basquetebol regressa à quadra na próxima sexta-feira, onde terá a difícil missão de enfrentar a equipa da Sérvia, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2024 e liderados pelo três vezes MVP da NBA, Nikola Jokic. O jogo está marcado para as 19h00.
Jogador que marcou uma geração na equipa verde e branca já tinha anunciado o fim da ligação ao Clube de Alvalade. Fica, agora, a conhecer-se o próximo destino
26 Ago 2025 | 16:50 |
Pedro Portela vai reforçar o Águas Santas, rival do Sporting no campeonato nacional de andebol. O jogador, que tem estatuto de lenda no Clube de Alvalade, vai prosseguir a sua carreira a jogar em Portugal, e ruma a um dos emblemas históricos da modalidade em solo luso.
O adeus de Pedro Portela do Sporting já tinha anunciado, tal como o Leonino tinha avançado em Exclusivo. O ponta viu o seu vínculo com a equipa verde e branca terminar no final da última temporada, que também culminou com a conquista da Liga Portuguesa e da Taça de Portugal.
No entanto, a notícia, que está a ser avançada pelo jornal Record, tem um fator surpreendente, isto porque tudo parecia indicar que Pedro Portela iria rumar à Bundesliga, para se juntar ao emblema alemão do Wetzlar. Esta informação parece, assim, desmentida pela imprensa nacional.
Pedro Portela vai continuar, desta forma, uma carreira lendária no campeonato português. O ponta deu os primeiros passos no andebol no Sporting, onde jogou os primeiros oito anos da sua carreira profissional, antes de rumar a França, para reforçar o Tremblay, onde esteve três anos. Mudou-se, depois, para o Nantes - alinhou pela equipa da Bretanha por duas temporadas. Após essa aventura no estrangeiro, voltou a casa, e representou os leões por mais duas épocas.
Ao longo da sua carreira de leão ao peito, disputou 506 jogos, e apontou 1945 golos. Conquistou quatro campeonatos nacionais de andebol, cinco Taças de Portugal e três Supertaças, a caminho de um percurso lendário ao serviço do Sporting.