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Maniche, Evaldo e André Santos: Trio improvável que reforçou o Sporting de uma virada
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Histórias do Leão
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O Stadium de Lisboa foi um estádio cuja obra foi idealizada pelo primeiro sócio e fundador do Sporting, José Alvalade, e foi inaugurado no dia 28 de junho de 1914, servindo de casa para os leões de 1937 até 1955. O recinto localizava-se na Alameda das Linhas de Torres, no bairro do Campo Grande, e para lá se mudou o Clube verde e branco a 30 de abril de 1937.
Antes da ocupação do Stadium de Lisboa, o Sporting praticou o seu futebol no Campo Grande 412, popularmente conhecido como a “Estância de Madeira”, desde 1917. Mas, como o nome popular indica, foi um estádio cuja estrutura foi totalmente construída do mesmo material e desgastava-se facilmente, o que obrigava a altas despesas de reparação e manutenção de forma constantes. Como tal, presidentes como Júlio de Araújo e Joaquim Oliveira Duarte fizeram planos para a construção de uma nova casa para os leões, mas os projetos nunca passaram do papel.
Com o Sporting a crescer, a necessidade de uma nova casa foi mais urgente que nunca e durante a década de 1930, o então presidente Retamoza Dias conseguiu um plano de arrendamento para o Stadium de Lisboa e assim, a dia 30 de abril de 1937, a turma verde e branca passou a ocupar o estádio que tinha sido idealizado pelo seu fundador.
No momento da sua inauguração em 1914, o Stadium de Lisboa foi o palco dos principais jogos em território português, mas quando o Sporting o passou a ocupar, encontrava-se num estado envelhecido. Com isto, em 1946, a direção dos leões iniciou um plano de melhoramento e modernização do recinto, que passou pela colocação de um relvado, regularização das pistas de atletismo e ciclismo, obras nas estruturas de apoio à prática desportiva e a construção de bancadas de cimento e melhorias na zona de peão, o que permitiu que o Estádio do Lumiar passasse a ter uma lotação de 20 mil espectadores.
Com todas as obras realizadas em 1947, o estádio foi reinaugurado de forma simbólica e passou a ser apelidado de Estádio José de Alvalade. As obras levadas a cabo pelo Sporting, tornaram o estádio em um dos melhores recintos desportivos da Península Ibérica e como celebração, a Direção do Clube convidou a equipa do Athletic de Bilbao para um jogo amigável que terminou numa igualdade a quatro, no dia 14 de setembro de 1947.
O Stadium do Lumiar foi o palco de um dos maiores períodos da história do Sporting, vendo a conquista de seis campeonatos nacionais, o primeiro tetracampeonato da história do futebol português e foi o único estádio em que os famosos “5 Violinos” (Jesus Correia, Vasques, Albano, Peyroteo e Travassos) jogaram juntos.
No primeiro dia do ano civil de 1955, o Sporting realizou um festival de despedida para o Stadium de Lisboa, onde, perante uma casa esgotada, realizou o seu último jogo no estádio: um amigável contra a equipa do Atlético de Lisboa, que os leões venceram por 4-1, com o último golo a ser apontado por Léon Mokuna. No final do jogo, o então presidente Góis Mota levantou a primeira picareta e de forma simbólica, iniciou a destruição do estádio. Assim, o velho Estádio do Lumiar deu lugar à obra do Estádio José Alvalade.
Líder leonino trouxe o conjunto verde e branco de volta às grandes conquistas na modalidade na temporada 2024/25, depois de se sagrar Campeão Nacional
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João Coelho – que numa entrevista recentemente abordou as suas recentes conquistas - nasceu no dia 24 de junho de 1981, em Vila Nova de Gaia, e tem sido uma das figuras das modalidades do Sporting nos últimos anos. O português já leva três épocas ao comando técnico da equipa de Voleibol dos leões e conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Federação.
Como jogador, João Coelho não conseguiu grande destaque, mas ainda somou passagens por diversos clubes do Voleibol em Portugal, como o CD Fiães, Castêlo da Maia, Vitória de Guimarães, Esmoriz, Fonte do Bastardo e Benfica.
Já enquanto treinador, João Coelho conseguiu elevar o nível. Começou ao serviço do Castêlo da Maia, clube onde também esteve como jogador, mas rapidamente assumiu o comando técnico do Fonte do Bastardo.
Depois de quatro temporadas a liderar o Fonte do Bastardo com sucesso, João Coelho provou que tinha qualidade para assumir o Sporting. Em 2022/23, o técnico português foi anunciado como treinador oficial da equipa de Voleibol do Sporting e venceu, desde logo, a Taça da Federação.
No seu segundo ano a ocupar o comando técnico da equipa de Voleibol leonina, João Coelho conseguiu grandes resultados, ao conquistar a Taça de Portugal. Desta forma, o treinador do Sporting foi mostrando provas do seu trabalho de forma gradual, até que 2024/25, deixando claro que foi a escolha certa.
João Coelho na sua terceira temporada ao serviço do comando técnico dos leões, conseguiu cumprir com as exigências e trouxe o Campeonato Nacional 2024/25 para Alvalade. Um ano mágico para o Voleibol leonino, no qual também ergueu a Supertaça.
O timoneiro português tem contrato até junho de 2028 e já conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Federação. O Sporting quer continuar contar com o treinador que, por outro ladoo, também parece querer dar seguimento ao seu projeto vitorioso.
Craque reconhecidíssimo a nível mundial, que tem carreira super estrelada no futebol, chega ao Clube verde e branco para continuar a fazer história
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No dia 20 de junho de 1999, Peter Schmeichel - primeiro dinamarquês dos verdes e brancos - foi apresentado pelo Sporting, sendo este na altura um dos guarda-redes com maior estatuto em termos mundiais. Este dia foi inesquecível para os adeptos e Sócios do Clube de Alvalade, que receberam um dos maiores guardiões da história do desporto.
O Mallorca, de Espanha, chegou a fazer-lhe uma proposta tentadora, não só a nível económico, como também desportivo. Em França, Paris Saint-Germain e Rennes também tentaram assegurar o passe do dinamarquês, mas sem sucesso. Em Itália também houve interessados.
Os dirigentes do Sporting já sabiam que Schmeichel tinha interesse em, pelo menos, ouvir o que tinham para oferecer. Com a época dada como terminada depois dos festejos da conquista da Liga dos Campeões, o dinamarquês estava finalmente disponível para ser negociado, apesar de num só ano ter erguido três troféus.
Carlos Janela, que na altura era o diretor desportivo do Sporting, já tinha recebido algumas críticas depois de falhar a contratação de Brian Laudrup, que era pretendido por 15 equipas, segundo o que se dizia na época. Desta forma, os adeptos olharam para as negociações com o guardião de uma forma mais cautelosa.
No dia 19 de junho de 1999, ainda era sábado e Schmeichel já estava na capital portuguesa. A verdade é que o guardião dinamarquês queria ir para o hotel descansar, mas os dirigentes estavam focados em conseguir um único objetivo: o guardião só podia sair para o hotel quando o contrato com os leões estivesse assinado.
Nas palavras de Schmeichel: "Passou o tempo: meia-noite, uma da manhã, e eu muito cansado e só queira ir para o hotel descansar". Há uma da manhã, o guardião foi apresentado aos jornalistas, numa das transferências que mais chocou todos os adeptos do futebol português.
“O Peter é, a partir deste momento, jogador do Sporting e o Sporting vai ser campeão, porque para onde o Peter vai é campeão”, disse Carlos Janela, diretor desportivo dos verdes e brancos, no momento em que foi anunciada a contratação do craque à saída do hotel.
Médico cirurgião fanático pelo conjunto verde e branco colocou o avançado sueco na mesma prateleira de outros jogadores históricos que já passaram pelo Clube
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Eduardo Barroso, médico conhecido em Portugal por ser um Sócio ativo do Sporting desde nascença, deu uma entrevista exclusiva ao Leonino, na qual fez algumas comparações entre o passado e presente do Clube. O antigo cirurgião referiu nomes como Yazalde - histórico goleador argentino e Mário Jardel, para além de citar os Cinco Violinos.
Eduardo Barroso: “Quando saiu o Yazalde, também pensei que íamos sentir muita falta”
Relativamente à possível saída de Gyokeres, o médico Sportinguista fez uma comparação com o ‘adeus’ de velhos craques ao Clube: “Acho que o Harder também se vai fazer um grande jogador, mas se calhar ainda não chega porque agora vamos ter uma crise, vamos sentir falta do Gyokeres. Quando saiu o Yazalde, também pensei que íamos sentir muita falta, e sentimos. Quando saiu o Manuel Fernandes, a mesma coisa. O Bas Dost e o Jardel também".
Ainda assim, Eduardo Barroso mostra-se esperançoso e acredita que o Sporting fará um ótimo trabalho para conseguir deixar a equipa tão forte quanto estava: “Isso é bom sinal. Assim como nós fomos descobrir o Gyokeres e o Hjulmand, espero que o nosso scouting já esteja a ver quem são os novos possíveis craques. Se voltarem a acertar como acertaram nestes dois, é um dos meus parabéns”.
Eduardo Barroso: “Eu vi o Yazalde jogar”
Ainda sobre a eventual saída de Gyokeres, Eduardo Barroso recorda o histórico goleador argentino do Sporting como um dos grandes avançados que já viu no Clube: “Não vamos passar uma crise existencial. Eu vi o Yazalde jogar. O Yazalde esteve um ano sem jogar nada, quando veio, e depois foi um craque bestial”.
“A vida é feita de renovação, agora surgiram os Quendas e os Catamos, a vida continua. É o ciclo do futebol. Eu formei-me como cirurgião e também tive de ser substituído. É uma crise 'existencialzinha', mas quem vem a seguir será melhor que eu”, acrescenta Eduardo Barroso ao refletir, com muita esperança, sobre o futuro do Sporting.
Eduardo Barroso: “Foram as melhores duas épocas da minha vida”
Sportinguista desde nascença, Eduardo Barroso fez, ainda, uma forte afirmação sobre os últimos dois anos do Clube: “Eu tenho 76 anos. Sou sócio há 76 anos. Não me lembrava de ter sido bicampeão. Teria sido bicampeão quando tinha 2 anos ou 3. É evidente que na minha existência nunca tinha visto uma época tão fluente. Devem ter sido as melhores duas épocas da minha vida”.
Na conversa, ainda houve espaço para uma comparação do atual plantel à histórica equipa que representou o equipamento verde e branco durante uma boa parte do século anterior: “Aquele período dos Cinco Violinos que eu conheço a história do Sporting bem e, portanto, deve ter sido uma história muito bonita. Eu vi também grandes épocas do Sporting”.
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