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Jogadores
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Nascido a 4 de março de 1954, em Vila Praia de Âncora, Romeu Fernando Fernandes da Silva foi um esquerdino talentoso que marcou o futebol português. Ainda criança, mudou-se para Moçambique, onde iniciou a sua carreira no 1º de Maio de Lourenço Marques, antes de representar o Sporting da Beira e sagrar-se Campeão Provincial de Juniores.
Do Benfica e passando pelo Porto até chegar... ao Sporting
No início dos anos 70, regressou a Portugal e, após uma curta passagem pelos juniores do Porto, ingressou no Vitória de Guimarães. Lançado na equipa principal por Mário Wilson, destacou-se rapidamente, tornando-se internacional português e chamando a atenção dos grandes clubes. Em 1975, foi contratado pelo Benfica, onde conquistou dois campeonatos nacionais. No entanto, uma lesão impediu-o de se afirmar plenamente na Luz, levando ao seu regresso ao Vitória de Guimarães. Durante dois anos, voltou a exibir o seu talento, revalorizando-se no futebol nacional.
Em 1979, foi contratado pelo Porto de José Maria Pedroto, onde viveu uma das melhores fases da sua carreira. Polivalente e tecnicamente evoluído, Romeu atuou em diversas posições, do meio-campo ao ataque, e até como lateral-esquerdo, demonstrando a sua versatilidade.
Aos 30 anos, chegou ao Sporting no final da época 1982/83. Estreou-se oficialmente em agosto de 1983, e rapidamente ganhou espaço no meio-campo leonino. Na sua primeira temporada, disputou 31 jogos e marcou três golos. Contudo, a concorrência aumentou na época seguinte e o seu tempo de jogo reduziu-se drasticamente.
A última temporada em Alvalade, em 1985/86, foi marcada por problemas físicos. Ainda assim, terminou a época como titular, despedindo-se do Clube com um total de 58 jogos e cinco golos. Após a saída dos leões, passou pelo Salgueiros e pelo Amora, onde encerrou a carreira de jogador aos 35 anos. Romeu também teve uma carreira internacional notável, representando Portugal em 11 ocasiões na Seleção A. Além disso, foi um dos raros jogadores a vestir a camisola dos três grandes do futebol português, algo que poucos conseguiram ao longo da história.
Após pendurar as chuteiras, dedicou-se à carreira de treinador. Começou nas camadas jovens do Sporting e integrou as equipas técnicas de Marinho Peres e Octávio Machado. Passou ainda por diversos clubes portugueses e teve uma breve experiência no futebol angolano.
'Criado' na Academia dos leões, destacou-se pelo seu espírito de luta e polivalência. Conquistou dois campeonatos e deixou marca em Alvalade
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Ademar Moreira Marques nasceu em Lisboa a 4 de março de 1959 e foi um dos talentos formados no Sporting. Desde cedo mostrou qualidade, passando por todos os escalões de formação do Clube até chegar à equipa principal, a 5 de março de 1978, num jogo frente ao Benfica, para a Taça de Portugal. Desde então começou a afirmar-se como uma peça importante no meio-campo leonino.
O ano de estreia pela equipa principal
A sua primeira época foi promissora, com 13 jogos e a conquista da Taça de Portugal. Na temporada seguinte, tornou-se titular absoluto com Milorad Pavić, disputando 31 jogos e marcando o seu primeiro golo como senior em 1979, frente ao Marítimo. No ano seguinte, sagrou-se campeão nacional, integrando o meio-campo ao lado de Fraguito e Marinho.
Dos títulos até à saída
Em 1982 voltou a ser fundamental na equipa que fez a dobradinha, conquistando o campeonato e a Taça de Portugal. No entanto, com a chegada de novos reforços, começou a perder espaço e, em 1983, deixou o Sporting após seis épocas, 165 jogos e 10 golos marcados. Partilhou o plantel leonino com jovens promessas, incluindo Paulo Futre, que mais tarde se tornaria um dos maiores talentos do futebol português.
A vida depois do Sporting
Após sair de Alvalade, teve passagens por diversos clubes. Jogou no Marítimo, onde ficou apenas uma temporada antes de assinar pelo Porto. No Dragão, conquistou mais um campeonato, mas não conseguiu impor-se. Seguiram-se épocas no Belenenses e no Vitória de Setúbal, onde reencontrou o treinador Malcolm Allison e alguns antigos colegas de equipa.
Em 1987, rumou ao Algarve para jogar no Farense, clube onde encontrou estabilidade e se tornou uma referência. Durante seis épocas, ajudou a consolidar a equipa no futebol português. Ao longo da carreira, Ademar destacou-se pela sua polivalência, atuando tanto no meio-campo como a lateral-direito, quando necessário. No Farense, aos 34 anos, decidiu pendurar as botas e permanecer no Algarve.
Apesar de ter sido internacional em todos os escalões jovens, Ademar representou a Seleção Nacional A apenas por duas ocasiões. Após terminar a carreira, Ademar dedicou-se a uma vida mais tranquila, afastando-se dos relvados e investindo na criação de cavalos em Faro.
Médio-defensivo estreou-se a titular na equipa principal dos leões diante do Estoril, na última segunda-feira, ocasião perfeita para recordar o seu percurso
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Eduardo Manuel Freitas Monteiro Ferreira Felicíssimo, nascido a 8 de janeiro de 2007, no Montijo, atua como médio-defensivo e no encontro do Sporting com o Estoril, no último dia 3 de março, jogou como titular, tendo sido substituído ao minuto 78. Com 18 anos recém-completados, afigura-se como sendo uma das promessas emergentes da formação leonina.
Começou a formação no Alcochetense e foi dispensado... pelo Benfica
A trajetória futebolística de Eduardo iniciou-se no Grupo Desportivo Alcochetense antes da mudança para o Benfica, onde jogou entre 2012 e 2019, clube do qual foi dispensado. Depois disso, na época 2019/20, juntou-se ao Sporting e assinou o seu contrato profissional com o clube de Alvalade em abril de 2023, quando tinha apenas 16 anos. Na altura, destacou a conquista do campeonato nacional de sub-15, em 2021/2022, e apontou como as suas maiores referências os jogadores Manuel Ugarte e Dário Essugo.
A experiência na seleção
No plano internacional, Eduardo Felicíssimo tem sido presença assídua nas seleções jovens de Portugal. Acumulou 32 internacionalizações, distribuídas entre os escalões sub-16, sub-17 e sub-19, e apontou três golos ao serviço da equipa das quinas. A sua participação no Campeonato da Europa de sub-17, no ano passado, em que Portugal perdeu na final para a Itália, por 3-0.
A hora de viver o sonho
A temporada 2024/2025 está a ser particularmente marcante para o jovem médio. Além de somar 20 jogos pela equipa B na Liga 3, Eduardo teve a oportunidade de se estrear pela equipa principal do Sporting. A 23 de fevereiro de 2025, entrou como suplente na partida contra o AVS, a contar para a Liga Portugal Betclic. Dias depois, a 2 de março, conseguiu a sua primeira titularidade, frente ao Estoril . Sobre esta experiência, revelou: "É um sentimento de orgulho e muita felicidade. Estrear-me a titular no Estádio José Alvalade, com a família toda presente, é um momento que vou guardar para sempre".
Conhecido pela sua calma e inteligência tática, Eduardo Felicíssimo tem sido apelidado de 'El Profesor' pelos colegas e treinadores. A sua capacidade de leitura de jogo, aliada à qualidade no passe e visão estratégica, fazem dele um médio defensivo promissor. O seu percurso ascendente e as recentes oportunidades na equipa principal do Sporting indicam um futuro auspicioso, ao qual Rui Borges continuará, certamente, a estar atento.
Avançado chegou a Alvalade envolvido em grandes expetativas, mas a passagem por Portugal acabou por ser amarga e muito pouco produtiva
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Mahmoud Abdel Razek Fadlallah, conhecido no mundo do futebol como Shikabala, nasceu a 5 de março de 1986, em Assuão, Egito, e chegou a ser considerado, durante algum tempo, como um dos melhores jogadores deste país, ainda que a sua carreira tenha sido marcada por altos e baixos.
O início no Egito até à chegada a Portugal
A sua trajetória profissional teve início no Zamalek SC, um dos clubes mais prestigiados do Egito, onde rapidamente se evidenciou como uma promessa do futebol nacional. O seu talento levou-o a experiências internacionais, incluindo passagens pelo PAOK, da Grécia, e pelo Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos, antes de regressar ao Zamalek, para uma segunda passagem de curta duração.
Em janeiro de 2014, a Direção do Sporting, na altura sob a orientação de Bruno de Carvalho, aceitou pagar 190 mil euros ao Zamalek e firmou com Shikabala um contrato de quatro épocas e meia, passando este a estar protegido por uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros. A chegada do jogador a Alvalade gerou expectativas elevadas, dado o seu histórico e habilidade técnica, mas tudo não passou de uma grande desilusão.
Em Alvalade só houve espaço para lesão... e problemas
Contudo, a passagem de Shikabala pelos leões revelou-se aquém do esperado e, para isso, não foi preciso esperar muito tempo. Inserido de imediato na equipa B, sofreu uma lesão no seu primeiro jogo, o que atrasou a sua adaptação. A estreia pela primeira equipa aconteceu apenas na última jornada da época 2013/2014 e, na temporada seguinte, enfrentou problemas disciplinares, incluindo uma ausência prolongada não autorizada após uma digressão ao Egito.
Com apenas um jogo realizado na equipa principal e mais de um ano depois, em agosto de 2015, o Sporting chegou a acordo com o Zamalek para a transferência definitiva de Shikabala, por 650 mil dólares, ficando o clube português com 15% de uma futura transferência. Anos mais tarde, em 2024, o Zamalek aceitou pagar ao Sporting 1,4 milhões de euros referentes a uma dívida pendente desde a saída do jogador, o que encerrou um capítulo conturbado na relação entre o atleta e o clube de Alvalade.
Um dos grandes flops do leão
A experiência de Shikabala no Sporting é frequentemente recordada como uma oportunidade perdida, tanto para o jogador como para o Clube, refletindo os desafios que podem surgir na adaptação de talentos internacionais a novas realidades competitivas e culturais. Aos 39 anos, Shikabala continua ligado ao Zamalek e, esta época, já leva 12 jogos, sem qualquer golo marcado.