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0A apresentação de Maxi Araújo como reforço do Sporting deverá estar por horas e, com isso em mente, Renato Paiva, treinador do Toluca, traçou o perfil do internacional uruguaio. O ex-técnico do Benfica deixou claro que Rúben Amorim terá algum trabalho em adaptar o jogador ao seu método de jogo.
"A nível ofensivo é muito rápido, incisivo, vertical, joga melhor por fora do que por dentro, até porque Biesla na seleção [do Uruguai] utiliza-o por fora num 4x3x3 como extremo aberto. No Toluca começou a ser utilizado por dentro porque os nossos laterais são os que dão largura ao jogo, para também aproveitarmos outra característica muito boa dele: a finalização. Defensivamente precisa de alguns conceitos posicionais, utilizámo-lo primeiro como lateral, num sistema de três centrais, igual ao de Amorim. Esta época com a chegada do Jesús Gallardo, que é lateral, já pensávamos pôr o Maxi a extremo. É um jogador agressivo defensivamente no um contra um, em relação à perda é intenso, mas posicionalmente necessita de melhorar alguns conceitos", começou por referir, em declarações ao jornal A Bola.
"Em termos gerais está preparado, em termos de detalhe tático não. Primeiro vai mudar de treinador, cada um tem os seus conceitos. O Maxi pode chegar ao Sporting e começar a jogar, mas os conceitos que precisa de dominar com as ideias do Amorim... acho que se começar a jogar já vai ter de os entender gradualmente, enquanto treina e joga. O jogador sul-americano quando chega à Europa não está preparado, porque aqui as questões táticas não são tão valorizadas, vive-se muito do talento individual do jogador e se é um jogador mais ofensivo, que não tem muitas tarefas defensivas, tudo OK, mas se vai ser utilizado como defesa-esquerdo numa linha de três centrais vai ter de perceber as coisas de linha defensiva, a inserção, o fechar por dentro. Apesar de termos trabalhado isso aqui, acredito que o Rúben terá ideia diferente e acho que vai ter um bocadinho de trabalho a ensinar o Maxi, é um miúdo resiliente, gosta de aprender, de ouvir e acredito que essa adaptação até acabe por ser rápida", atirou ainda, antes de concluir.
"Se o utilizar como defesa-esquerdo numa linha de três, pode explorar a velocidade. Na seleção está habituado a jogar aberto junto à linha e os laterais do Amorim são jogadores de linha, que também dão largura ao jogo, e pode aproveitar essas características ofensivas que o Maxi tem na seleção: é aparecer no processo ofensivo vindo de trás, não é já estar mais adiantado à espera da bola, como um extremo, tem de participar na fase de construção, mas aproveitando as questões de largura. É um jogador que vai ter mais espaço para o um contra um ofensivo, para o cruzamento, até para alguma entrada na área para questões de finalização. O Rúben se o contratou é porque lhe vê muitíssima qualidade e características que encaixam no seu jogo", rematou o técnico português.
O futuro jogador dos verdes e brancos poderá ser opção em várias posições preferencialmente pelo lado canhoto (extremo, ala ou médio) e deverá ter um custo na ordem dos 14 milhões de euros, valor um pouco inferior às exigências iniciais do Toluca, que começou por pedir cerca de 18,25 milhões e, sendo assim, os leões conseguem baixar o preço em quase 25%.
Maximiliano Araújo – avaliado em 7,5 milhões de euros - leva dois golos em cinco jogos esta época pelo emblema mexicano. Na temporada passada marcou dois golos e fez cinco assistências em 39 partidas. O internacional uruguaio destacou-se na Copa América, juntamente com Manuel Ugarte e Franco Israel, sendo um dos melhores jogadores da seleção celeste.