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Sporting tem resultado líquido de mais de 20 milhões e há quem se congratule: "Caminhamos juntos"
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0Creio que uma larga maioria de sportinguistas concordará comigo quando defendo que a grande virtude desta equipa do Sporting passa pela abordagem muito racional como consegue disputar cada jogo. Não é um conjunto precipitado, sabe bem como e onde pode fazer a diferença, como conhece de tal forma as debilidades próprias, ao ponto de as disfarçar quase sempre com muita competência. Passar de 0-1 para 3-1 frente ao Gil Vicente, quando faltavam apenas 7 minutos para os 90 demonstra isso bem, tal como o empate conseguido frente ao FC Porto, a 3 minutos do fim, depois de ter visto revertida a decisão de um penálti a seu favor; nos Açores, a vitória demorou a chegar (81’), mas a equipa não deixou que o relógio condicionasse o seu jogo e o mesmo sucedeu frente ao Moreirense, embora a ‘remontada’ tivesse até surgido mais cedo.
Uma equipa está sempre mais perto de ter sucesso quando é racional e não emocional. Mas na sequência do que sucedeu em Famalicão, temo que a emoção comece a ganhar espaço. Muito objetivamente: o Sporting, ao intervalo, podia estar confortável em cima de um resultado de 3-0. Se Nuno Santos não tivesse falhado o penálti, mas acontece a todos; se Adán não tivesse imaginado de forma errada a trajetória da bola no lance que deu o golo ao Famalicão, mas isso também ocorre com alguma frequência. Estes dois erros são corrigíveis com mais um pouco de trabalho e paciência, por isso importa é trabalhar no sentido de melhorar aquilo que depende de nós. Culpar o árbitro Luís Godinho pelo empate? Ok, dá para descarregar a frustração, mas o que se ganha com isso para os jogos seguintes? Nada. Podemos, devemos, apontar os erros aos árbitros (já agora, também quando eles nos são favoráveis), mas daí a fazer deles os grandes culpados pelos resultados que não nos interessam é dar um passo muito perigoso em dois sentidos: o da desresponsabilização dos jogadores e o de os colocar sob uma carga emocional muito forte (raiva). Se os jogadores do Sporting começam agora a entrar em campo desconfiados em relação ao trabalho do árbitro, isso pode gerar um descontrolo emocional muito grande (lembram-se da quantidade de cartões amarelos vistos por Bruno Fernandes ou Acuña por protestarem decisões dos árbitros? A equipa ganhou algo com isso?). O querer ganhar ‘contra tudo e contra todos’ é muito bonito e cai sempre bem junto dos adeptos, mas nas mais das vezes coloca alguns jogadores a correr mais em vez de correr bem, o que leva a um desgaste inútil e repentino, e isso pode condicionar o jogo da equipa. Cabe a Rúben Amorim impedir que tal suceda, que consiga manter os jogadores focados naquilo que têm feito bem: jogar de forma racional e competente.
Há cerca de um ano, Frederico Varandas, em entrevista à RTP, falou precisamente sobre esta matéria. E concordei com ele. Resumidamente, defendia que o Sporting não podia desculpar possíveis maus resultados só com erros dos árbitros, porque se o fizesse iria estar a deixar passar em claro possíveis erros próprios, dos jogadores. Ora, é precisamente isso que pode suceder doravante, quando o mesmo presidente leonino vem no final deste jogo atribuir toda a responsabilidade da perda de 2 pontos ao árbitro Luís Godinho. Mas será que não existe um assunto sobre o qual Varandas não diga tudo e o seu contrário?
Cabeça fria. É isso que se pede quando o Sporting segue na liderança da Liga. Porque ninguém é campeão só com vitórias. Se cada um fizer o seu papel, as coisas podem correr mesmo muito bem: os jogadores, de forma racional, a resolver os desafios nos relvados; nós, os adeptos, de forma totalmente emocional e nada racional, cá continuaremos a culpar os árbitros, caso eles errem ou não. Combinado?
Números face ao período homólogo deixam Direção verde e branca radiante e futuro do Clube de Alvalade parece estar a seguir um bom caminho
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0O Sporting revelou que, na época 2023/24, as contas do Clube de Alvalade geraram um lucro de 21,11 milhões de euros. No documento, os verdes e brancos referem que os Sócios vão reunir-se em Assembleia Geral no dia 5 de outubro, no Pavilhão João Rocha. O primeiro de dois pontos da ordem de trabalhos será a apreciação e votação do relatório de gestão e contas do Clube, que apresentou recorde de quotização.
Em 2023/24, os Sócios dos verdes e brancos - que aumentaram dos 137.849 para os 158.459 - geraram um lucro recorde de 12,3 milhões de euros, números que apresentam um crescimento de 1,8M, face ao ano anterior e que se podem, também, justificar pelo número de Sócios pagantes, de 90.585 para os 104.159.
No mesmo documento, a Direção do Sporting aponta para os 7.493 atletas federados, que também aumentaram face aos 6.549 de 2022/23. O aumento do número de inscrições nas várias modalidades oferecidas pelo Clube de Alvalade rendeu 2,42 milhões de euros.
Ativo e passivo também tiveram um aumento face ao período homólogo. O primeiro disparou para os 293,789 milhões de euros, com uma subida superior a 25M, feito notável para os verdes e brancos. O segundo cresceu perto de 6M, dos 221,979 M para os 226,87M.
Frederico Varandas também assinalou o projeto para a próxima década apresentado na semana passada pelo administrador da SAD, André Bernardo, e terminou com uma ideia para o futuro. "Atravessámos juntos uma primeira etapa de construção das bases que nos permite iniciar agora um novo caminho de alteração de paradigma para o início de uma nova era. Juntos, caminhamos para um Sporting Clube de Portugal cada vez melhor", concluiu.
Reunião Magna com os Sócios do Clube de Alvalade será realizada no próximo dia 5 de outubro (sábado), no Pavilhão João Rocha, a partir das 9h45
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0O Sporting comunicou, recentemente, aquando do apresentação do Plano Estratégico para os próximo dez anos, recomprar o Alvaláxia. Sabe-se, agora, que tal operação irá custar aos cofres do Clube de Alvalade 17 milhões de euros e o negócio será discutido na próxima Assembleia Geral dos leões, a 5 de outubro. A Direção justifica ser um "investimento de extrema importância".
"O Sporting Clube de Portugal apresentou, em setembro de 2024, o seu plano estratégico para o período 2024/2034, intitulado "O início de uma Nova Era". A visão estratégica do Grupo Sporting para os próximos 10 anos é composta por um conjunto de iniciativas ambiciosas, que visam a transformação do Clube numa marca e entidade única, global e distintiva, começando com a criação de uma matriz identitária holística, com uma linguagem única e sistematizada, com a criação de uma identidade visual e verbal distintivas, adaptada ao mundo digital, e preparada para a globalização do Clube", lê-se, num documento enviado aos Sócios.
"O investimento é também palavra-chave, nomeadamente na formação de atletas, no centro de otimização desportiva, na responsabilidade social, na digitalização e, ainda, nas infraestruturas", reforçam, lembrando que na génese da construção do Alvaláxia esteve o intuito de fazer daquela uma "zona de entretenimento para Sócios, adeptos e fãs do SCP". "Alinha-se com um dos vetores essenciais do referido plano estratégico - "Entretenimento (enjoy it) - Todos os dias são Dias de ser Fã", referem os leões.
Assim sendo, e com todos os fatores referidos pela Direção verde e branca, os responsáveis do Sporting acreditam ser "estratégico e de extrema importância recuperar, desde já, a propriedade imóvel, por si construída entre 2001 e 2003 e alienado a terceiros em janeiro de 2007".
Vale recordar que, durante a Presidência de Filipe Soares Franco, o Alvaláxia foi vendido à Silcoge, empresa promotora de imóveis do Grupo SIL. O negócio rendeu aos leões 19 milhões de euros, acrescendo ainda 15M do Edifício Visconde de Alvalade, 13,2M do Health Club e 3,5M do espaço da CUF.
Banqueiro critica declarações de ex administrador da SAD do Clube da Luz e considera que os encarnados estão numa situação financeira complicada
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0José Maria Ricciardi, antigo candidato à presidência do Sporting, respondeu às acusações de Luís Mendes. Segundo o antigo administrador do BES, a reestruturação financeira a que os leões tiveram direito foi também proposta ao Clube da Luz, mas a resposta foi negativa.
“Diz o senhor Luís Mendes que o Sporting foi beneficiado pelos bancos. Na altura, tratei desse processo quando estava no Banco Espírito Santo Investimentos, um processo que também envolveu o Banco Comercial Português Investimentos (BCP)”, continuou a explicar, passando para o caso do emblema da Luz.
"Compreendo que diga isto agora pois o Benfica está numa situação financeira complicada, pois terá de pagar mais de 100 M€ no prazo de um ano... É uma situação muito difícil, mas é um problema que não tem nada a ver com este assunto. Repito, só não fizemos o mesmo ao Benfica porque não quiseram, disseram que tinham muito dinheiro e não precisavam de reestruturação algum".
“A reestruturação financeira do Sporting que veio resultar nos VMOC foi proposta na altura ao Benfica... perguntámos se estavam interessados, e a resposta dada foi que o Benfica não precisava de nada pois estava com muito dinheiro. Foi por este motivo que não foi feito o mesmo em relação ao Benfica. O sr. Luís Mendes não se venha queixar pois na altura não o quiseram fazer", esclareceu ainda Ricciardi.
Vale lembrar que, entre as suas declarações, o antigo responsável do Benfica, deixou fortes acusações aos leões: “Há dias tive conhecimento, por exemplo, que o Sporting renegociou uma dívida com um banco e desde essa renegociação não voltou a pagar rigorosamente nada ao banco”, atirou.