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Histórias do Leão

Dia trágico para Joaquim Agostinho na Volta ao Algarve

Ciclista que é, ainda hoje, considerado por muitos como o melhor atleta português desta modalidade, esteve 10 dias em coma antes de morrer

Joaquim Agostinho continua a ser considerado por muitos como o melhor atleta português desta modalidade, esteve 10 dias em coma antes de morrer
Joaquim Agostinho continua a ser considerado por muitos como o melhor atleta português desta modalidade, esteve 10 dias em coma antes de morrer

30 Abr 2025 | 11:55 |

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Num tempo em que os heróis do ciclismo não usavam capacete e a assistência médica demorava horas a chegar, o fim da vida de Joaquim Agostinho deu-se como foi passado grande parte do seu tempo: sobre uma bicicleta. A 10 de maio de 1984, Portugal perdia aquele que é, ainda hoje, considerado por muitos o maior ciclista da sua história. A sua morte, trágica e evitável, selou o fim de uma carreira ímpar, marcada por superação, talento e um espírito inquebrantável.


O acidente que parou um país


A 30 de abril de 1984, disputava-se a 5.ª etapa da 10.ª Volta ao Algarve. Joaquim Agostinho, então com 41 anos e a vestir a camisola amarela pelo Sporting, pedalava rumo à meta em Quarteira quando um cão trespassou o percurso e o atirou ao chão. Faltavam apenas 300 metros para o final. Sem capacete, sofreu um hematoma epidural agudo. Ainda assim, voltou a montar a bicicleta com o auxílio de dois colegas de equipa e cruzou a meta, um gesto de resistência que comoveu o país.


O socorro, à época, era precário: Agostinho foi transportado de ambulância até Lisboa, num trajeto de 300 quilómetros, por estradas sinuosas e mal conservadas. Seria operado 10 horas após o acidente... tarde demais. Entrou em coma e nunca mais recuperou. Morreu 10 dias depois, a 10 de maio, precisamente no dia do seu 42.º aniversário.

O percurso de um improvável campeão


Nascido em Brejenjas, freguesia de Silveira, no concelho de Torres Vedras, Joaquim Francisco Agostinho começou a pedalar profissionalmente já depois dos 25 anos, um início tardio por comparação com a maioria dos seus pares. Cumprido o serviço militar em Lourenço Marques (atual Maputo), o então lavrador saltou para os holofotes do ciclismo nacional com uma impressionante prestação na Volta a Portugal de 1968, que terminou em segundo lugar. No mesmo ano, brilhou nos Mundiais de Imola e venceu a Volta a São Paulo.

A importância de Gribaldy na sua carreira

O seu talento não passou despercebido: Jean de Gribaldy, influente treinador francês, contratou-o para o circuito europeu. Ali nascia "Tinô", como passou a ser conhecido no pelotão internacional. Agostinho acumulou feitos de destaque: pódios na Volta à França, participações de alto nível na Vuelta a España e domínio absoluto em várias edições da Volta a Portugal. Apesar de sucessos internacionais, a sua ligação ao Sporting foi profunda e duradoura, regressando várias vezes à equipa leonina, incluindo no derradeiro capítulo da sua carreira, em 1984.

Muito mais do que os resultados, foi a garra e humildade de Agostinho que conquistaram o público. Descrito por Artur Lopes (responsável pelo ciclismo do Sporting) como "o melhor corredor português de todos os tempos", Joaquim Agostinho tornou-se símbolo de esforço, paixão e resistência. Ainda hoje, um busto seu ergue-se no lendário Alpe d’Huez, homenagem de França a um ciclista português que ousou sonhar alto.

A 1 de julho de 2014, três décadas após a sua morte, o Sporting homenageou-o com o prémio Leões Honoris Sporting, na categoria Saudade, durante a primeira Gala Honoris. Um tributo a uma figura que nunca deixou de pedalar na memória coletiva do desporto nacional.

Hoje, o desfecho teria sido outro

O trágico episódio de 1984 destaca, também, a transformação do ciclismo nas últimas décadas. Hoje, o uso de capacete é obrigatório, e as provas contam com equipas médicas móveis, helicópteros de socorro e protocolos rigorosos de segurança. A história de Agostinho tornou-se, assim, também um alerta para a modernização urgente do desporto, uma mudança que, infelizmente, chegou tarde.


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Marco Silva: Treinador teve um ano feliz no Sporting e despediu-se entre polémicas

Treinador português esteve como treinador principal da equipa verde e branca durante uma época, mas acabou por deixar o Clube de Alvalade com problemas

Bastou uma temporada para Marco Silva conseguir levantar o troféu da Taça de Portugal pelo Sporting, no entanto, as coisas não acabaram da melhor forma
Bastou uma temporada para Marco Silva conseguir levantar o troféu da Taça de Portugal pelo Sporting, no entanto, as coisas não acabaram da melhor forma

12 Jul 2025 | 05:30 |

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Marco Alexandre Saraiva da Silva - que está interessado no alvo dos leões - nasceu no dia 12 de julho de 1977, em Lisboa. O técnico português esteve no Sporting apenas durante um ano, período suficiente para fazer história no Clube de Alvalade e liderar o plantel até à conquista da Taça de Portugal, quando os verdes e brancos já ressacavam de títulos.


A carreira como futebolista


Antes de ser treinador, Marco Silva foi jogador. O defesa-direito fez a formação no Cova da Piedade, estreou-se como sénior no Belenenses, chegou a ser contratado pelo Campomaiorense e foi acabar a carreira no Estoril, conjunto onde começou uma nova vida, desta vez enquanto diretor desportivo.


Os primeiros passos como treinador

A verdade é que Marco Silva esteve pouco tempo a exercer funções de diretor desportivo, porque logo no final da época 2011/12 foi convidado a substituir Vinícius Eutrópio no comando técnico do Estoril. Como treinador, o português pegou na equipa que se encontrava em 15.º lugar na Segunda Liga, com apenas uma vitória em seis partidas e, mesmo assim, foi campeão na temporada de estreia.


Com o Estoril de volta ao primeiro escalão, Marco Silva conduziu os canarinhos a um impressionante 5.º lugar, conseguindo a classificação para as competições europeias, algo nunca antes visto na história do clube. Quando parecia ser impossível fazer melhor, o técnico conquistou a 4.ª posição, mais uma campanha recorde para o Estoril.

Chegada a Alvalade

Em março de 2014, Marco Silva já era dado como certo no Porto, mas a verdade é que a 21 de maio de 2014 acabou por ser apresentado pelo Sporting, assinando um vínculo válido para as próximas quatro épocas. Desde logo, teve algumas divergências com Bruno de Carvalho, o Presidente do Clube na altura. Nesse ano, só recebeu Ewerton, defesa que nem podia jogar porque estava lesionado.

A saída com glórias

Assim, muitos já davam como certa a sua saída do Clube verde e branco, no entanto, a direção optou por mantê-lo até ao final da época, o que resultou no título da Taça de Portugal e no 3.º lugar no Campeonato Nacional. Apesar do troféu, Marco Silva foi despedido, o que lhe valeu assinar pelo Olympiakos.

Na Grécia, Marco Silva foi logo campeão com o recorde de 17 vitórias consecutivas na liga, mas acabou por rescindir com o clube, por razões pessoais. Desta forma, após seis meses fora do ativo, o técnico assinou contrato com o Hull City, de Inglaterra, que ocupava o último lugar na Premier League.

A descida de divisão foi inevitável e Marco Silva assinou pelo Watford, onde também começou bem mas acabou por ser despedido. Em 2018, o técnico português reforçou o comando técnico do Everton, clube que representou até dezembro de 2019. Após uma longa paragem, o treinador transferiu-se para o Fulham, conjunto britânico que trouxe de volta à primeira divisão e tem conseguido estabilidade com um projeto que é de louvar.

Atualizado a 12 de julho de 2025*


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António Dias da Cunha é eleito Presidente do Sporting numa altura que os títulos voltaram a casa

Antigo pilar dos verdes e brancos assumiu a liderança do Clube após a conquista da dobradinha nacional que já não era vista há alguns anos

António Dias da Cunha ficou encarregue de ser o Presidente do Sporting durante três anos, tendo deixado a função posteriormente ao lado de José Peseiro
António Dias da Cunha ficou encarregue de ser o Presidente do Sporting durante três anos, tendo deixado a função posteriormente ao lado de José Peseiro

12 Jul 2025 | 04:30 |

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No dia 12 de julho de 2002, António Dias da Cunha - que recebeu um prémio pelas mãos de Frederico Varandas - assumiu a Presidência do Sporting, após José Roquette demitir-se do cargo. O antigo pilar dos verdes e brancos concorreu sozinho e acabou por vencer o ato eleitoral desse ano com 97,9%. No total, o elegido pelos Sócios recebeu 16.992 votos.


O historial anterior ao grande cargo


António Dias da Cunha foi eleito Presidente do Clube de Alvalade depois de já ter desempenhado outras funções no emblema verde e branco anteriormente. O antigo pilar dos leões chegou ao Sporting, inicialmente para ser o Vice-Presidente do Conselho Fiscal que era liderado por José Roquette.


Posteriormente, José Roquette acabou por sair do cargo e assumir outras funções e, desta forma, António Dias da Cunha encarregou-se de cumprir as funções que ficaram livres. Depois do Conselho Fiscal, ainda ficou a tratar de outras questões do Clube verde e branco, até que chegou o dia de se tornar Presidente.

As eleições


A 12 de julho de 2002, António Dias da Cunha foi eleito Presidente do Sporting. José Roquette tinha acabado de demitir-se, então a história que já tinha acontecido no Conselho Fiscal, agora repetiu-se, mas na Direção do Clube. O antigo pilar dos leões não teve oposição no ato eleitoral e acabou por vencer com 16,992 votos (97,9%).

Além desta quantidade impressionante de votos em António Dias da Cunha, mais de 300 sócios dividiram-se entre as outras opções, totalizando assim 271 votos brancos e 97 nulos. O antigo Presidente leonino chegou ao Clube verde e branco quando a equipa principal conquistou a Taça de Portugal e o Campeonato Nacional.

Resultados finais das eleições de 2002:

Conselho Diretivo:

  • Lista A - Dias da Cunha: 97,9 % (16.992 votos)
  • Votos brancos - 271
  • Votos nulos - 97

Mesa da Assembleia Geral:

  • Lista A - Miguel Galvão Teles: 98,4 % (17.080 votos)
  • Votos brancos - 269
  • Votos nulos - 11

Conselho Fiscal e Disciplinar:

  • Lista A - Ferreira da Silva: 98,4 % (17.082 votos)
  • Votos brancos - 252
  • Votos nulos - 26

Conselho Leonino:

  • Lista A - Maria de Lurdes Castro: 96,2% (16.703 votos)
  • Votos brancos - 436
  • Votos nulos - 221


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António Oliveira: De treinador-jogador a autor de uma frases emblemáticas do Sporting

Figura incontornável do desporto português marcou uma era e deixou uma marca indelével na história do Clube verde e branco, que ainda hoje o recorda

António Oliveira proferiu a frase "por cada Leão que cair, outro se levantará", uma das mais repetidas pelos adeptos do Sporting
António Oliveira proferiu a frase "por cada Leão que cair, outro se levantará", uma das mais repetidas pelos adeptos do Sporting

10 Jul 2025 | 15:38 |

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António Oliveira, nascido a 10 de junho de 1952, em Penafiel, foi uma figura incontornável do futebol português nas décadas de 70 e 80. Pelo Sporting, juntou às conquistas do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, enquanto jogador, mais uma Supertaça, desta feita como treinador.


Craque deu o salto para um grande ainda jovem


António Oliveira foi muito mais do que um número 10 clássico. Desde cedo mostrou ter uma visão de jogo apurada, uma técnica refinada e um instinto natural para alimentar os avançados com passes milimétricos. A sua carreira teve tanto de brilhante como de agitada, marcada por episódios de génio, alguns conflitos e uma longevidade notável como jogador, treinador e dirigente. O Sporting, Clube onde viveu quatro épocas decisivas, foi um dos palcos onde mais intensamente fez notar o talento.


O seu percurso começou muito jovem, ainda no clube da terra, mas rapidamente deu o salto para o Porto, onde se estreou na equipa principal em 1971, ainda júnior. Foi peça-chave na conquista do título de 1977/78, que quebrou um jejum de quase duas décadas para os portistas. Em 1978 rumou ao Bétis de Sevilha, numa transferência recorde para a altura, mas o desajuste ao futebol espanhol ditou o regresso precoce. Depois de uma breve e bem-sucedida experiência como jogador-treinador no Penafiel, chegou ao Sporting em 1981, contratado por cerca de 20 mil contos por João Rocha, tendo este sido um dos negócios mais certeiros do seu mandato.

Sporting não foi sempre um mar de rosas


Em Alvalade, António Oliveira integrou uma frente de ataque lendária ao lado de Jordão e Manuel Fernandes - capitão que tantas alegrias deu aos adeptos. A temporada de estreia foi mágica: 22 golos em 34 jogos e a conquista da dobradinha, Campeonato e Taça de Portugal, sob a batuta de Malcolm Allison. A sua qualidade foi premiada com o Prémio Stromp para Atleta Profissional em 1982. No ano seguinte, após a saída súbita do técnico inglês, assumiu funções de treinador-jogador,, levando o Sporting aos quartos-de-final da Taça dos Campeões Europeus, a melhor prestação de sempre dos leões na principal competição da UEFA até então.

No entanto, o acumular de funções e os atritos com algumas figuras do balneário, sobretudo com Jordão e Manuel Fernandes, começaram a minar o ambiente. Após uma derrota em Braga e com os resultados a oscilarem, foi afastado do comando técnico e substituído interinamente por Marinho Mateus, depois por Josef Venglos. Regressou a tempo inteiro à condição de jogador, mas as lesões começaram a limitar o seu rendimento. Ainda assim, deixou momentos de classe e uma das frases mais marcantes do imaginário Sportinguista: "Por cada Leão que cair, outro se levantará". 

A carreira longe de Alvalade

Nos seus quatro anos com a Listada verde e branca, disputou 93 jogos e marcou 43 golos, tendo conquistado um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Em 1985, após mais uma época marcada por lesões, saiu do Clube e ingressou como treinador-jogador no Marítimo, onde viria a encerrar definitivamente a carreira como futebolista. A partir daí, dedicou-se em exclusivo ao treino: começou pela seleção de Esperanças, passou por clubes como Vitória SC, Académica, Gil Vicente e Braga, até ser nomeado selecionador nacional em 1994, levando Portugal aos quartos-de-final do Euro 96.

O seu regresso ao Porto como treinador trouxe-lhe mais dois títulos de campeão nacional (1996/97 e 1997/98), uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Após uma breve e conflituosa passagem pelo Bétis, voltou à Seleção Nacional para a campanha do Mundial de 2002, onde Portugal não foi além da fase de grupos. Desligou-se definitivamente da carreira de treinador pouco depois e entre 2004 e 2007 presidiu ao FC Penafiel, clube onde tudo começou. Mais tarde, concluiu a licenciatura em Direito e assumiu o papel de comentador desportivo, mantendo-se como uma das vozes mais reconhecidas do futebol português.


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