"EQUIPA ESTÁ DESPROVIDA DE REFERÊNCIAS" - DETETADA FALHA NO PLANTEL DO SPORTING

O sucesso do Sporting na Liga portuguesa colocou vários jogadores espalhados pelo mundo. O Clube tem registado um número máximo de leões ao serviço das seleções, desde que Rúben Amorim integrou o emblema verde e branco. São 14 aqueles que trespassam fronteiras, e que fazem ascender o sucesso leonino, mas que por outro lado deixam o plantel desfalcado.

Se por um lado, os leões valorizam os seus ativos e adquirem experiência noutros espaços e patamares competitivos, na outra aumenta a fragilidade da equipa, seja pela maior exposição a lesões, seja à sobrecarga de jogos ou até mesmo à ausência forçada em alturas determinantes da temporada

É de realçar que 14 dos internacionais, nove são presença assídua no onze de Amorim: Pedro Gonçalves, Gonçalo Inácio, Francisco Trincão (Portugal), Morten Hjulmand (Dinamarca), Ousmane Diomande (Costa do Marfim), Hidemasa Morita (Japão), Viktor Gyokeres (Suécia), Geny Catamo (Moçambique) e Eduardo Quaresma (Portugal sub-21).

É neste contexto que outros jogadores tem assumido um importante papel dentro do plantel, como foi o caso de Geovany Quenda (Portugal), Zeno Debast (Bélgica) e Maxi Araújo (Uruguai), que fortalecem também os seus papeis com junto das respetivas seleções.

O emblema verde e branco foca-se agora na próxima partida, a contar para a quinta jornada da Liga Portugal Betclic. O regresso irá acontecer apenas na sexta-feira, dia 13 de setembro, frente ao Arouca, turma liderada por Gonzalo García, e jogar-se-á no reduto do adversário, às 20h15.

Beto, antigo guardião do Sporting, acredita que a turma de Rúben Amorim não vai sentir a ausência por lesão de Vladan Kovacevic. Em declarações ao jornal ‘O Jogo’, o ex-futebolista elogiou Franco Israel, recordando o que o mesmo fez na época passada quando chamado ao serviço.

“Costuma dizer-se que o azar de uns é a sorte de outros, o que é válido para todos os futebolistas. A lesão do Kovacevic vai dar ao Franco Israel mais uma oportunidade para mostrar as suas qualidades, o que já fez na época passada. Pode recuperar rotinas que já trazia do ano passado. São dois guarda-redes diferentes, mas ambos têm qualidade para jogar num clube como o Sporting. Não me parece que esta mudança possa ser um problema”, começou por afirmar Beto.

“O jogo com os pés é muito equivalente, não é por aí que existem grandes diferenças; o Franco Israel também dá boa saída de bola com os pés e é capaz de transmitir tranquilidade aos colegas. Penso que é um guarda-redes tranquilo entre os postes e, comparando com o Kovacevic, é mais felino na baliza, mais ágil entre os postes”, defendeu Beto.

“Sei, do que conheço dele, que é um guarda-redes muito forte a jogar fora da área, a controlar o jogo aéreo. Também ocupa muito bem os espaços e é forte no um para um. Kovacevic tem qualidades que, se calhar, ainda não se viram na plenitude. Acho que acabará por mostrá-las, tem tudo para isso”, considerou Beto.

“Penso que ele ainda não demonstrou todas as suas valências. Não sei se por alguma falta de confiança, talvez alguma dúvida que se criou depois do primeiro jogo na Supertaça ou talvez tenha ainda necessidade de uma maior adaptação. Mas sinto que o Kovacevic ainda não demonstrou todo o seu potencial”, finalizou Beto.

Rúben Vinagre não fala com Rúben Amorim desde que foi emprestado pelo Sporting. A revelação foi feita pelo lateral, que, em entrevista ao jornal 'Record', falou sobre a cedência ao Legia (onde tem estado a brilhar) e abordou um eventual regresso ao Clube de Alvalade.

“Desde que saí do Sporting nunca mais tive contacto com o míster. [Rúben Amorim] É normal. Quem trata da minha situação, como estou afastado, são outras pessoas, não o míster. Sinto-me tranquilo [oportunidades em Alvalade]. Não posso ser eu a julgar isso. Eles têm feito sempre grandes campeonatos, o míster não deixa dúvidas. O Sporting foi campeão no ano passado, agora está a jogar bem outra vez. Não penso nisso, isso não me passa pela cabeça, o meu foco é só fazer o meu trabalho”, começou por afirmar Rúben Vinagre.

“Estou aqui no Legia. À partida, vou acabá-lo aqui e depois eles têm opção de compra e já é uma situação entre clubes, não tem a ver comigo. Cabe-me fazer o trabalho dentro de campo. Em relação ao Sporting, não posso dizer nada, eles é que sabem. Não tenho rancor nenhum, tive as oportunidades que tive, podia ter tido mais ou menos, é o futebol. É difícil conseguir dizer mais”, referiu Rúben Vinagre.

“Neste momento, não penso nisso [regresso ao Sporting]. O meu objetivo é fazer uma grande época, ajudar o Legia a conquistar títulos e depois o que vier. Não quero estar a pensar no futuro porque o futebol é mesmo muito rápido. Agora sei que estou bem, mas se o próximo mês não for tão bom já sei que isto muda. Tenho de focar em manter o nível e aumentar”, afirmou Rúben Vinagre.

“Sem dúvida que não mostrei o verdadeiro Rúben Vinagre no Sporting. Foi muito pouco. Sinceramente, começo bem a época no Sporting, até setembro acho que faço sete jogos, arranco bem. Depois de setembro é que já não consigo corresponder ou estar ao meu nível. Não sou o primeiro nem o último a ter essas fases. Sinto que não viram o que eu sou como jogador”, referiu Rúben Vinagre.

“Foi difícil [jogo com o Ajax] porque já tinha jogado na Premier League a um nível muito alto e nunca tinha feito um jogo assim. Foi o pior jogo da minha carreira até hoje. Na altura foi difícil, tive um mês duro a seguir, mas passou-me logo depois. O único problema é que sofro uma lesão nessa altura, fico dois meses parado e depois não voltei bem. Foi esse acumular de situações. Esse jogo... Infelizmente correu mal. Graças a Deus tenho outros tantos que correram bem. Enquanto for só um não tem problema”, finalizou Rúben Vinagre.