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Jogadores
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Ernesto Figueiredo, conhecido apenas como 'Figueiredo', nasceu no dia 6 de julho de 1937. O avançado português - que é 10.º melhor marcador da história leonina - esteve oito anos no Sporting, período necessário para atingir a marca dos 150 golos num total de 232 partidas.
Antes de chegar ao Sporting em 1960, quando representou o Matrena, a União de Tomar e o Cernache, Figueiredo mostrou-se um avançado forte e eficaz, além de ser muito combativo. O craque transferiu-se para os leões como um desconhecido que vinha de um clube do interior, mas a verdade é que rapidamente revelou a sua qualidade.
No primeiro ano foi o melhor marcador da equipa, atingindo a marca dos 26 golos em 31 jogos. O resto foi história. Em oito épocas, Figueiredo conseguiu um lugar especial na história do Sporting ao tornar-se o 10.º maior goleador de sempre no Clube, com 150 remates certeiros em 238 partidas oficiais.
Nestes oito anos, Figueiredo conquistou dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e a Taça das Taças de 1964. Neste último, o avançado foi a grande figura de destaque ao marcar seis golos, dois deles na final da competição europeia.
Figueiredo ficou conhecido pelos Sportinguistas como o 'Altafini de Cernache', devido à sua capacidade para marcar golos ao Benfica, que foram nove no total. A alcunha surgiu graças ao jogador do Milan, José João Altafini, que acertou duas finalizações frente aos encarnados na final da Taça dos Campeões Europeus, em 1963.
Em 1968, já com 31 anos no currículo, Figueiredo transferiu-se para o Vitória de Setúbal, onde esteve duas temporadas. Posteriormente, o craque foi jogar para a Bélgica, regressando a Portugal depois para representar o Esperança de Lagos. Para além disso, ainda atuou no clube da sua terra, que ajudou a subir à 3.ª divisão nacional.
Apesar de toda a sua qualidade, Figueiredo terminou a carreira apenas com seis internacionalizações. O craque fez parte da equipa das quinas que atingiu a 3.º posição no Mundial de 1966, depois da estreia nos confrontos de preparação para a competição.
Jogador brasileiro levou o símbolo do leão ao peito durante seis temporadas, nas quais se consolidou como a opção mais segura no seu lado do campo
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Jefferson - que falou recentemente sobre o Clube de Alvalade - nasceu a 5 de julho de 1988, em Campo Formoso, no Brasil. O jogador esteve seis épocas ligado ao Sporting, nas quais disputou 128 jogos oficiais, marcou quatro golos e conquistou três troféus: duas Taças de Portugal, uma Taça da Liga, uma Supertaça e uma Taça de Honra. O craque canarinho foi o responsável pelo lado esquerdo da defesa leonina durante estes anos.
O lateral-esquerdo começou a dar nas vistas no São Caetano, do Brasil, onde fez a formação. O seu talento chamou a atenção do Palmeiras, que o contratou em 2008. No entanto, não se conseguiu impor no clube paulista e acabou por ser emprestado ao Grémio, conjunto no qual teve uma passagem discreta, mas que lhe abriu portas para voos mais altos.
Na época 2010/11, Jefferson deu o salto para a Europa, chegando a Portugal por empréstimo ao Estoril. Foi aí que tudo mudou. Numa temporada muito positiva, o lateral deixou excelentes apontamentos. O lateral brasileiro mostrou velocidade, técnica e uma forte presença ofensiva. Apesar da boa prestação, o craque regressou ao Brasil, onde passou por clubes como Fluminense, Náutico e Santa Cruz.
Mas o seu nome não foi esquecido em Portugal. Em 2012/13, com o Estoril de regresso à Primeira Liga, Jefferson voltou a brilhar. Foi uma das figuras principais da equipa, que ajudou o clube a conquistar um histórico 5.º lugar no Campeonato Nacional e o apuramento para a Liga Europa. Mostrava-se um lateral moderno, com um excelente pé esquerdo e uma capacidade ofensiva impressionante.
O Sporting gostou do craque e não hesitou. Em maio de 2013, Jefferson assinou pelos leões por quatro temporadas. Foi a primeira contratação da época 2013/14 e, desde logo, um verdadeiro acerto. Chegou aos verdes e brancos por 500 mil euros por 60% do passe, com cláusula de rescisão fixada nos 20 milhões. O lateral rapidamente agarrou a titularidade e tornou-se peça-chave na equipa treinada por Leonardo Jardim. Juntamente com Islam Slimani, os dois tornaram-se temíveis para os adversários leoninos.
No ano seguinte, mesmo com a chegada de Jonathan Silva, o craque canarinho manteve-se como titular. As boas exibições continuaram e Jefferson ajudou o Sporting a erguer a Taça de Portugal em 2015 e a Supertaça pouco tempo depois. Em outubro do mesmo ano, o lateral renovou até 2020, com cláusula de rescisão aumentada para 45 milhões, mostrando confiança total por parte da SAD leonina.
Com a chegada de Jorge Jesus, Jefferson perdeu espaço para Zeegelaar e, mais tarde, Fábio Coentrão. No fim da época 2016/17, o craque canarinho foi emprestado ao Braga, num negócio que envolveu a chegada de Battaglia a Alvalade. O lateral regressou ao Sporting na temporada seguinte, já com menos protagonismo, mas ainda participou nas conquistas da Taça da Liga e de mais uma Taça de Portugal.
Em setembro de 2019, Jefferson rescindiu contrato com os verdes e brancos, terminando assim uma ligação de seis épocas com o Clube. Depois disso, ainda jogou no Lugano, da Suíça, no Casa Pia, novamente em Portugal, e deu como encerrada a carreira no Brasil, onde representou o Paysandu e o XV de Piracicaba. Para trás ficaram 128 jogos oficiais disputados ao serviço da equipa principal do Sporting, nos quais marcou quatro golos.
Lateral-esquerdo que já representou o símbolo do leão é relembrado pelos adeptos verdes e brancos por um remate certeiro frente ao eterno rival na prova rainha
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Martinho Martins Mukana, conhecido como 'Paíto', nasceu a 5 de julho de 1982, em Maputo, a capital de Moçambique. O defesa, que chegou ao Sporting por intermédio de Hilário - jogador com mais partidas nos verdes e brancos, atuava pelo lado esquerdo do campo só ergueu uma Taça de Portugal pelos leões, em 2001/02, ano em que só fez uma partida pela equipa principal. O craque deixa, na memória dos adeptos, um golaço frente ao Benfica na prova rainha.
Paíto foi descoberto no Maxaquene de Moçambique por Hilário, que o trouxe para o Sporting, onde chegou no final de 2000. O craque era apelidado pelos adeptos como uma espécie de Roberto Carlos moçambicano, devido à sua grande velocidade e ao seu forte remate de pé esquerdo.
Inicialmente, Paíto representou a equipa B do Sporting, para ganhar algum andamento e adaptar-se um pouco ao futebol europeu, isto até que o jogador tivesse a oportunidade de se estrear pelo escalão principal dos verdes e brancos num jogo a contar para a Taça de Portugal, que os leões viriam a conquistar mais tarde.
Paíto passou a integrar o plantel principal dos leões, em definitivo, a partir da época 2002/03, mas a concorrência era muito forte, já que o titular era Rui Jorge. O lateral moçambicano teve mais minutos na temporada de 2004/05, com José Peseiro no comando técnico do Sporting. Neste ano fez 24 jogos, marcando um golo inesquecível contra o Benfica num empate a três bolas a contar para os oitavos-de-final da Taça de Portugal.
A temporada seguinte, apesar do Sporting ter visto Rui Jorge sair, Paíto voltou a jogar pouco. O lateral moçambicano ganhou concorrência da pesada, novamente, mas desta vez era Marco Caneira, que tinha acabado de chegar ao Clube de Alvalade. Sem espaço, o craque foi emprestado em janeiro ao Vitória de Guimarães.
Depois dos vimaranenses, Paíto acabou por ingressar em novos empréstimos para o Maiorca, de Espanha, e para o Braga. Em 2007, o lateral moçambicano foi contratado pelo Sion da Suíça, onde prosseguiu a sua carreira durante três épocas, até se transferir para o Neuchatel Xamax, conjunto que atua no mesmo país.
Em 2012, Paíto transferiu-se para uma nova aventura. O craque moçambicano viajou até à Roménia para reforçar o Vaslui, em janeiro. O lateral esteve no conjunto romeno apenas até ao final da temporada, altura em que seguiu para o Xanthi, da Grécia. Neste momento, o ex-Sporting decidiu terminar a carreira que contou com 38 internacionalizações por Moçambique.
Médio português que atuou pelo Clube de Alvalade viu o seu período com a camisola verde e branca dificultado por diversos problemas físicos
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Delfim José Fernandes Rola Teixeira, conhecido apenas como 'Delfim', nasceu a 5 de julho de 1977, em Amarante. Apesar das lesões consecutivas, o médio português fez três temporadas ao serviço do Sporting e ainda participou na conquista do Campeonato Nacional de 1999/00, título que quebrou um jejum de 18 anos - e conta com testemunhos impressionantes.
O médio começou a jogar futebol no Amarante, o clube da sua terra. Foi por lá que Delfim foi descoberto pelo Boavista, conjunto para o qual seguiu quando tinha apenas 15 anos. A jogar no Bessa, o craque mostrou muita qualidade e, além de se ter sagrado campeão nacional de juniores, também somou algumas internacionalizações nas seleções jovens de Portugal.
Em 1995/96, Delfim foi promovido à equipa principal do Boavista, mas acabou por ser emprestado ao Desportivo das Aves um ano depois. No conjunto de Santo Tirso, o internacional jovem português fez uma excelente época, o que lhe valeu um lugar no plantel que atua no Bessa no ano seguinte.
Desta forma, na temporada 1996/97, Delfim mostrou-se como um médio defensivo de técnica refinada e uma excelente visão de jogo. Além disso, o craque tinha um pontapé muito forte e consolidou-se como um especialista em livres. Após dois anos no Boavista de grande nível, o Sporting avançou pela sua contratação.
Logo na primeira época em Alvalade, com apenas 21 anos, Delfim conquistou a titularidade na equipa comandada por Mirko Jozic. No ano seguinte, o craque sofreu uma grave lesão, que o deixou inapto para a prática desportiva durante vários meses, ainda assim, ergueu o troféu do Campeonato Nacional, depois do Sporting ter atravessado 18 anos de jejum.
A verdade é que o seu período nos leões foi marcado pelos problemas físicos. As lesões nunca o abandonaram, no entanto, assim que recuperou e conseguiu dar algum seguimento, o Sporting vendeu-o por 4,3 milhões de euros para o Marselha, de França. Delfim saiu de Alvalade com 70 jogos de leão ao peito, nos quais marcou sete golos.
Em França, o médio continuou a passar por lesões muito graves, incluindo uma que surgiu depois de ter adormecido numa posição desconfortável durante uma viagem de autocarro até Lyon, que lhe valeu alguns problemas no Marselha. No entanto, quando voltou a recuperar, regressou a Portugal, por empréstimo ao Moreirense. A verdade é que Delfim nunca mais voltou a ser o mesmo e terminou a carreira no Trofense, depois de um ano no Young Boys, da Suiça, e dois na Naval.