
Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
Efemérides
|
Albano Narciso Pereira é um dos nomes incontornáveis da história do Sporting. Integrante da lendária linha avançada conhecida como os Cinco Violinos, brilhou ao lado de Fernando Peyroteo (recorde a história do goleador leonino), José Travassos, Jesus Correia e Manuel Vasques, ajudando os verdes e brancos a conquistar inúmeros títulos.
Natural do Seixal, Albano nasceu a 22 de dezembro de 1922 e desde cedo mostrou paixão pelo futebol. Começou a jogar no clube da sua terra, passou pelo Barreirense e regressou ao Seixal antes de chegar ao Sporting. Em 1943, os leões investiram 20 contos na sua contratação, uma quantia considerável na época, e rapidamente se tornou peça fundamental na equipa. Ao longo de 14 temporadas com a camisola verde e branca, disputou 317 jogos oficiais e marcou 149 golos. Conquistou oito Campeonatos Nacionais e quatro Taças de Portugal, além de outras competições.
Com a chegada de Cândido de Oliveira ao comando técnico do Sporting, a famosa linha ofensiva ficou completa. Entre 1945 e 1948, os Cinco Violinos dominaram o futebol português, garantindo três títulos consecutivos. Foi um dos períodos mais gloriosos da história do Clube, com uma frente de ataque que se tornou lendária.
A nível internacional, Albano representou a Seleção Nacional por 15 vezes entre 1947 e 1954, marcando três golos. A sua estreia ocorreu num jogo frente à Suíça, disputado sob forte chuva, o que o levou a brincar que tinha "encolhido dois centímetros". Apesar do talento, foi frequentemente suplente de Rogério Pipi, do Benfica.
Após pendurar as chuteiras em 1957, Albano dedicou-se a um café no Seixal, mas o negócio acabou por não vingar. Mais tarde, o antigo jogador de futebol trabalhou numa fábrica de cortiça. Apesar de afastado dos relvados, a eterna figura do Clube de Alvalade nunca deixou de ser uma referência para os sportinguistas.
Albano Pereira faleceu a 6 de março de 1990, com 67 anos, deixando um legado eterno no Sporting, mas também no futebol português. Em 1998, o membro dos Cinco Violinos foi homenageado com o Prémio Stromp na categoria Saudade, reconhecimento do Clube que tanto ajudou a engrandecer.
A 6 de março de 2011, antigo atleta dos leões garantiu um lugar no pódio no salto em comprimento nos Europeus de pista coberta, ficando a um centímetro do ouro
|
No dia 6 de março de 2011, Naide Gomes voltou a elevar o nome do atletismo português, e do Sporting, ao conquistar a medalha de prata nos Campeonatos da Europa de pista coberta, disputados em Paris. A atleta do Clube de Alvalade alcançou a marca de 6,79 metros, ficando a apenas um centímetro da medalha de ouro.
A vitória na prova sorriu à russa Daria Klishina, com um salto de 6,80 metros, enquanto o bronze foi para a também russa Yuliya Pidluzhnaya, que atingiu 6,75 metros. Apesar de não ter garantido o primeiro lugar, Naide Gomes somou mais uma conquista importante ao seu currículo, que fala por si.
Este foi mais um feito notável da atleta do Sporting, que já havia sido campeã europeia em 2005 e 2007 no salto em comprimento e conquistado a prata em 2002, na prova de pentatlo. Com este resultado, Naide Gomes aumentou para quatro o número de medalhas arrecadadas em Europeus de pista coberta.
Além do sucesso europeu, Naide Gomes brilhou em competições mundiais. Em 2004, a antigo atleta do Sporting sagrou-se campeã do mundo de pentatlo e, em 2008, conquistou o título mundial no salto em comprimento. Somou ainda uma prata e um bronze no Mundial de 2010, consolidando-se como uma das melhores atletas da sua geração.
No mesmo ano da conquista em Paris, Naide participou nos Mundiais de Daegu, na Coreia do Sul. Após um promissor salto de 6,76 metros na fase de qualificação, terminou a final no décimo lugar, com um registo de 6,26 metros, abaixo do esperado. Naide Gomes faz parte da enorme equipa de atletismo do Sporting, que recentemente se sagrou campeã nacional nos setores feminino e masculino.
Treinador português assinou pelos leões em 2020 e foi anunciado a 5 de março do mesmo ano, tendo sido adquirido ao Sp. Braga, por 10 milhões de euros
|
Ruben Amorim foi apresentado por Frederico Varandas no Sporting há precisamente cinco anos, a 5 de março de 2020. O jovem treinador havia custado 10 milhões de euros, preço pago ao Sporting de Braga, e nas suas primeiras palavras como timoneiro dos leões destacou-se a frase "e se corre bem?", dita diante de um mar de jornalistas e com milhares de adeptos expectantes a assistirem a tudo pela televisão.
"Falam do risco e dizem 'e se corre mal?'. Mas eu pergunto: e se corre bem? O facto do Sporting precisar de uma nova vida... e se conseguirmos fazer isso? Talvez tenha escolhido o desafio mais difícil mas foi o que quis", fez notar, na altura, o agora ex-treinador do emblema de Alvalade, palavras que ecoaram na cabeça dos sportinguistas durante os últimos cinco anos.
Ruben Amorim encontrou o Sporting na quarta posição do campeonato e surpreendeu ao apostar num novo modelo de jogo, um 3x4x3 que acabou por caracterizar a sua passagem pelo Clube. A aposta em vários jogadores da formação, também fruto das dificuldades financeiras, também se tornou a sua 'imagem de marca'.
Pelos leões, Ruben Amorim somou cinco títulos: dois campeonatos nacionais, em 2020/21 e 2023/24, duas Taças de Portugal, em 2020/21 e 2021/22, e uma Supertaça, em 2021/22. Em outubro do ano passado, recebeu um convite inesperado que o motivou a rumar a Inglaterra.
O Manchester United pagou 11 milhões de euros ao Sporting e assim levou Amorim para Old Trafford. O treinador português tem um contrato válido até junho de 2027 e com ele viajaram, também, alguns membros da equipa técnica que tinha em Alvalade: Carlos Fernandes, Jorge Vital, Adélio Candido, Emanuel Ferro e Paulo Barreira.
Jogador português formado em Alcochete passou pelos três maiores clubes de Portugal e teve uma carreira brilhante que marcou a história do futebol nacional
|
Paulo Jorge dos Santos Futre nasceu a 28 de fevereiro de 1966, no Montijo, e esta sexta-feira celebra 59 anos. Com apenas 12 anos, brilhou num torneio em França, onde foi eleito o melhor jogador. O seu desempenho chamou a atenção de Aurélio Pereira, que o levou para o Sporting, onde se iniciou a lapidação do diamante.
Aos 15 anos, tornou-se o mais jovem futebolista profissional em Portugal, vivendo no Centro de Estágio de Alvalade para evitar as deslocações diárias. A sua estreia oficial aconteceu a 28 de agosto de 1983, com apenas 17 anos, frente ao Penafiel. Entrou ao intervalo e ajudou a transformar um 0-0 numa goleada por 5-1. Já o primeiro golo pela equipa principal surgiu uns meses mais tarde, a 20 de novembro de 1983 numa vitória dos leões por 3-0 frente ao Portimonense.
Apesar do talento evidente, Futre não teve um papel de destaque absoluto no Sporting. O treinador Jozef Venglos utilizava-o com moderação, e a sua afirmação total foi travada por decisões técnicas e políticas dentro do clube. O novo técnico, John Toshack, considerou emprestá-lo, o que abriu caminho para a sua saída. Em 1984, perante uma proposta financeira irrecusável do Porto, Futre pediu para renegociar o seu contrato, ao que os leões responderam negativamente, isso levou o jovem extremo a decidir rumar para o Norte, rescindindo por “razões psicológicas”. Durante a época que vestiu a listada verde e branca, o craque esteve presente em 30 partidas e somou 3 golos.
Nas Antas, explodiu como estrela mundial. Conquistou vários títulos, incluindo a Taça dos Campeões Europeus de 1987, e foi considerado o segundo melhor jogador da Europa nesse ano, apenas atrás de Ruud Gullit. Seguiu-se o Atlético de Madrid, onde se tornou ídolo e capitão. Apesar de nunca ter conquistado o campeonato espanhol, venceu duas Taças do Rei e marcou uma era no clube colchonero. Em 1993, esteve perto de regressar ao Sporting, mas acabou por assinar pelo Benfica, numa decisão que chocou os adeptos leoninos.
Ao serviço da seleção portuguesa, foi internacional por 41 vezes e marcou 6 golos, participando no Mundial de 1986. Após passagens por clubes como Marselha, Reggiana, Milan, West Ham e Yokohama Flügels, Futre encerrou a carreira em 1998, tendo realizado 465 jogos e marcados 110 golos. Mais tarde, regressou ao Atlético de Madrid como diretor desportivo, ajudando o clube a recuperar a sua forma. Em 2011, foi figura central na campanha presidencial de Dias Ferreira - que está furioso com os leões - para o Sporting, protagonizando momentos icónicos.