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Clube

NA SAD REINARÁ O LEÃO?

Caros Sportinguistas, o verdadeiro all in não será o de contratar um treinador por 10 milhões de euros, mas sim o de permitir a entrada e o controlo de terceiros na SAD

Leonino - Onde o Sporting é notícia
Leonino - Onde o Sporting é notícia

24 Mai 2020 | 09:00 |

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A venda da maioria do capital social da Sporting SAD é um tema amplamente discutido no Universo Leonino, no entanto, parece-me que a discussão não se centra nos pontos críticos da questão: as consequências jurídicas da venda; o investidor e a sua integridade; o papel do clube após a venda. O Sporting Clube de Portugal detém, de momento, de forma direta 26,656% da SAD, correspondentes a ações de categoria A (que atribuem direitos especiais ao clube no seio da sociedade desportiva) e, indiretamente, através da Sporting SGPS, um total de 37,162%, correspondentes a ações de categoria B, o que perfaz um total de, aproximadamente, 64%. A transmissão das ações detidas pelo SCP não poderá acontecer sem a passagem pelo crivo dos sócios, no entanto, in casu, existe uma especificidade: as VMOC’s – para bem da nossa sanidade mental, vamos presumir conseguiremos evitar a sua conversão em ações. A LSD, no art. 14.º/2, impede as limitações à transmissibilidade posterior das ações: esta estatuição põe em causa os valores e a integridade das competições desportivas, pois a partir do momento que o Clube Fundador (doravante CF) perde a sua posição maioritária na SAD, esta poderá ser novamente transmitida com total liberdade, quando e para quem se desejar, sem que o CF tenha possibilidade de ter uma palavra final. Portanto, devem os sócios e adeptos do Sporting ter consciência de que a partir do momento em que percamos a maioria do capital da SAD e, por inerência, todo o departamento do futebol, permitiremos, de forma indireta, uma entrada indiscriminada de (futuros) investidores. Estes investidores poderão ser detentores de participações sociais de tantas quantas sociedades desportivas desejarem, direta ou indiretamente. Aliás, poderão inclusivamente estar em causa detentores de uma posição maioritária numa delas, sem que tal impeça a detenção de capital em outras (até 10%). Em rigor, o acionista só poderia exercer os seus direitos sociais numa só sociedade desportiva (art. 19.º da LSD), no entanto, o incumprimento do dever de comunicação estabelecido no art. 28.º da LSD, que permitiria esse controlo e que se traduz numa obrigatoriedade da sociedade desportiva comunicar às entidades com competência no âmbito desportivo nacional os titulares das suas participações sociais, não traz consigo qualquer sanção. Para além disto existe ainda um problema relevante que a lei portuguesa não resolve: a transparência quanto ao último beneficiário da participação social, há como que uma presunção de que existe uma veracidade irrefutável quanto à titularidade e último beneficiário das participações sociais, no entanto, não me parece de todo que tal esteja garantido, porque não existe um verdadeiro teste à estrutura societária dos investidores. Aliás, um acionista de várias sociedades desportivas, mesmo que referentes à mesma modalidade, e mesmo cumprindo o dever de comunicação suprarreferido, tem a possibilidade de escolher, sem restrições temporais ou materiais, a SAD onde exercerá os seus direitos e assim adotar uma estratégia própria e que se cinja aos interesses de uma organização pricvada e não da SAD em causa. Infelizmente o regime português não estatui (mas deveria estatuir), um sistema equivalente ao existente na Grã-Bretanha, o “Owners’ and Directors’ test”, isto é, um teste aos investidores, segundo o qual a aquisição maioritária do capital social de uma SAD teria de ser submetida a um teste de integridade do investidor e do capital a investir, e só depois ser permitido o licenciamento do clube na competição profissional. Resumindo: se porventura o Sporting Clube de Portugal decidir alienar a maioria do capital social da sua SAD permitirá desde logo que dali em diante o investidor faça o que bem desejar com tal participação social, podendo revender quando, como e a quem lhe apetecer; nem quanto ao primeiro investidor nem quanto aos seguintes, terão os sócios do Sporting e o próprio SCP, conhecimento da sua estrutura societária, das suas possíveis participações em outras SAD nacionais ou estrangeiras e, muito menos, por muito que sejamos rigorosos e exigentes, teremos um verdadeiro e garantido compromisso da parte do investidor relativamente à prossecução prioritária dos interesses do Sporting e dos seus adeptos, em detrimento de eventuais interesses privados. Numa tentativa de proteger o CF, a LSD estabelece algumas normas para tentar garantir uma mínima influência do clube desportivo na SAD, principalmente em situação em que este não detenha a maioria do seu capital. Analisemos, nomeadamente, o art. 23.º: esta norma consigna que a participação direta do CF na SAD não pode ser inferior a 10 % do capital social, havendo um direito de veto associado a essa participação para deliberações que tenham por objeto, designadamente, a mudança da localização da sede ou símbolos do clube. Esta proteção é claramente insuficiente e não garante qualquer tipo de segurança do CF e sócio minoritário da SAD, por exemplo: o verdadeiro e original Belenenses passou a disputar as divisões distritais, enquanto temos um veículo de interesses privados e exclusivamente lucrativos na posição do mesmo no principal escalão do futebol português. Defendo, partindo do exemplo do modelo alemão dos 50+1, que o CF deve manter uma posição maioritária na SAD fundada, pois não será a partir de poderes de veto quanto a algumas circunstâncias que este manterá uma estreita ligação e influência na SAD por si fundada e posteriormente alienada. No entanto, e em qualquer caso, quando o clube desportivo fundador esteja em situação de uma possível venda da maioria do capital social da SAD, deveria o investidor que se propõe a adquirir essa maioria ser então submetido ao já referido rigoroso inquérito, teste e escrutínio por parte dos organismos competentes, para garantir a sua integridade - o que não acontece e que tem levado a vários falsos investimentos (que não se chegam a materializar), investimentos mal planeados, ou que têm origem bastante duvidosa (damos como exemplos o Atlético CP, a União de Leiria e o Beira-Mar). Imagine-se, por exemplo, que o futuro e hipotético investidor da Sporting SAD se enquadra numa situação de “multi-ownership”, isto é, é detentor da maioria do capital de várias sociedades desportivas a nível internacional: ninguém conseguirá garantir, por exemplo, que o mesmo não transferirá os melhores recursos do nosso clube para outro, transformando-se assim o clube mais eclético de Portugal numa “barriga de aluguer” no que ao futebol diz respeito. É de vital importância que se perceba que é a paixão dos adeptos que dá razão de ser ao interesse lucrativo que agora gravita à volta do futebol nacional e internacional, pois sem ela teremos apenas um negócio falido. Caros Sportinguistas, o verdadeiro all in não será o de contratar um treinador por 10 milhões de euros, mas sim o de permitir a entrada e o controlo de terceiros na SAD de um clube construído com tanto “Esforço, Dedicação, Devoção e Glória”, seja esta passada, presente ou futura e que certamente continuaremos a alcançar, porque “somos da raça que nunca se vergará”. Para maiores desenvolvimentos sobre a temática: Micael Lamego dos Santos, Tese de Mestrado, “A Proteção do CF na SAD - Análise crítica à Lei das Sociedades Desportivas”, Universidade Católica Portuguesa do Porto, 2019.


*Artigo de Opinião assinado por Micael Lamego, Sócio n.º 180.859




Clube

Salgado Zenha detalha financiamento de 225 milhões de euros no Sporting

Na última segunda-feira, vice-presidente do Clube de Alvalade partilhou mensagem sobre operação, liderada pelo mercado norte-americano

Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting, recorreu ao Linkedin para deixar uma mensagem de destaque
Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting, recorreu ao Linkedin para deixar uma mensagem de destaque

28 Out 2025 | 07:57 |

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Na última segunda-feira, dia 27 de outubro, Francisco Salgado Zenha recorreu à rede social Linkedin com o objetivo de destacar a emissão de obrigações de 225 milhões de euros no Sporting, para investimento no Estádio José Alvalade. O vice-Presidente dos verdes e brancos alertou que, há uns anos, o Clube "vivia um momento de fragilidade financeira", mas que agora "dá um passo histórico no caminho da solidez e da ambição".


"Através da Sporting Entertainment S. A., o Clube concluiu com sucesso uma emissão de obrigações de €225 milhões, com prazo de 28 anos e uma taxa fixa de 5,75%. A operação foi liderada pelo mercado norte-americano, cuja procura — 8,5 vezes superior à oferta, atingindo cerca de €2 mil milhões — demonstra a confiança de investidores internacionais com um histórico profundo no setor de sports entertainment", pode ler-se.


O Sporting volta a entrar em campo já na terça-feira, dia 28 de outubro, frente ao Alverca. O encontro, a contar para os quartos-de-final da Taça da Liga, diante da turma liderada por Custódio, jogar-se-á no Estádio José Alvalade, pelas 20h30.


Confira a mensagem na íntegra:

Há apenas alguns anos, o Sporting Clube de Portugal vivia um momento de fragilidade financeira. Hoje, dá um passo histórico no caminho da solidez e da ambição.


Através da Sporting Entertainment S.A., o Clube concluiu com sucesso uma emissão de obrigações de €225 milhões, com prazo de 28 anos e uma taxa fixa de 5,75%.

A operação foi liderada pelo mercado norte-americano, cuja procura — 8,5 vezes superior à oferta, atingindo cerca de €2 mil milhões — demonstra a confiança de investidores internacionais com um histórico profundo no setor de sports entertainment.

Esta emissão obteve rating “investment grade” (BBB pela Morning Stars e BBB- pela Fitch Ratings, marcando o regresso daFitch Ratingsa emissões de clubes de futebol na Europa desde a operação do Real Madrid CF.

Para o Sporting Clube de Portugal, significa mais do que um selo financeiro — é o reconhecimento internacional de um projeto reconstruído sobre rigor, visão e credibilidade.

É a confirmação de que o Clube voltou a inspirar confiança e respeito no panorama global.

Mais do que uma operação, este é um marco estrutural: cria as bases para uma nova etapa de crescimento, permitindo ao Sporting Clube de Portugal acelerar o seu caminho para se afirmar como um hub global de entretenimento e lifestyle, onde o futebol é o centro, mas a experiência, a inovação e a emoção são o futuro.

Quero expressar o meu profundo agradecimento André Bernardo e à sua equipa — em especial à Teresa Muller e Sousa — pelo rigor e determinação ao longo de todo o processo.

Agradeço igualmente o enorme contributo do André Varela e Helena Morais Lima e as suas equipas, que foram incansáveis ao longo de todo o processo, e aos nossos parceiros estratégicos — J.P. Morgan, PLMJ e Legends Global, entre outros — cuja colaboração foi essencial para o sucesso desta transação.

Este momento marca uma nova era para o Sporting Clube de Portugal: a de uma instituição financeiramente sólida, globalmente respeitada e pronta para transformar a forma como vivemos o desporto e o entretenimento.

Porque quando se alia visão a execução, o impossível torna-se inevitável.

Confira algumas obras já realizadas:


Clube

Oficial! Sporting paga 69 milhões de euros para recuperar direitos televisivos

SAD dos verdes e brancos, liderada por Frederico Varandas, comunicou a transação na última quinta-feira, 23 de outubro, à CMVM

Sporting SAD anunciou ter procedido ao reembolso integral da operação de titularização “Lion Finance no. 2”
Sporting SAD anunciou ter procedido ao reembolso integral da operação de titularização “Lion Finance no. 2”

24 Out 2025 | 07:17 |

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A SAD do Sporting anunciou, na última quinta-feira, dia 23 de outubro, ter procedido ao reembolso integral da operação de titularização “Lion Finance no. 2”, num montante próximo dos 69 milhões de euros. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o clube explicou esta operação.


A mesma tem por base a cessão dos créditos dos direitos televisivos da NOS à Sagasta Finance, que foi concluída sem quaisquer encargos financeiros associados. Com esta liquidação, a Sporting SAD e a Sporting Comunicação e Plataformas readquirem a totalidade dos créditos do contrato com a NOS até ao final do mesmo.


“Na sequência da conclusão da operação de emissão de obrigações da Sporting Entertainment, S.A. (adiante Sporting Entertainment) realizada no dia 22 de outubro de 2025, informa-se que, na presente data, a operação de titularização de créditos denominada “Lion Finance no. 2”, assente na cessão de créditos emergentes do Contrato de Cessão de Direitos Televisivos da NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A. (adiante Contrato NOS) à Sagasta Finance STC, S.A. (adiante Sagasta Finance) e na subsequente emissão de obrigações emitidas pela Sagasta Finance foi, por deliberação unânime dos obrigacionistas, reembolsada, integralmente, pelo montante de EUR 68.792.338,48”, lê-se no comunicado.


Vale lembrar, ainda, que esta operação está diretamente ligada à recente emissão obrigacionista de 225 milhões de euros por parte da Sporting Entertainment, destinada a financiar o projeto de modernização do Estádio José Alvalade e reforçar a estrutura financeira do grupo.

O emblema verde e branco volta a entrar em campo na próximo domingo, dia 26 de outubro, frente ao Tondela. O encontro, a contar para a nona jornada da Liga Portugal Betclic, diante da turma liderada por Ivo Vieira, jogar-se-á no Estádio João Cardoso, às 18h00.



Clube

Francisco Pedro Balsemão fala do Sporting na homenagem a Pinto Balsemão

Antiga figura política, e da comunicação social nacional faleceu recentemente. No discurso durante o funeral, o filho mencionou o Clube de Alvalade

Pinto Balsemão, figura política nacional faleceu recentemente. No discurso durante o funeral, Francisco Pedro Balsemão falou do Sporting
Pinto Balsemão, figura política nacional faleceu recentemente. No discurso durante o funeral, Francisco Pedro Balsemão falou do Sporting

23 Out 2025 | 15:49 |

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Francisco Pedro Balsemão fez questão de ressalvar que toda a família de Francisco Pinto Balsemão era adepta do Sporting. O filha da figura política nacional, que faleceu recentemente, fez um discurso de homenagem ao pai, esta quinta-feira, dia 23 de outubro, e não se esqueceu do Clube de Alvalade.


"Construiu uma família que tudo fará para continuar o seu legado”, constituída pelos 20 descendentes - entre filhos, netos e bisnetos - “todos Sportinguistas”. “Somos unidos, fortes, divertidos como ele quis", explicou, durante o seu discurso, Francisco Pedro Balsemão.


Relembrar que a notável figura política em Portugal - foi um dos fundadores do PSD - bem como uma personalidade forte no campo da comunicação social - criador do grupo Imprensa, que detém a SIC e o Expresso - morreu na passada terça-feira, 21 de outubro, com 88 anos de idade.


Entretanto, já foram várias as personalidades portugueses que deixaram o seu testemunho e a sua homenagem para com Francisco Pinto Balsemão. Entre muitas vozes, destacam-se as de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e Luís Montenegro, Primeiro Ministro português.

Francisco Pinto Balsemão era, de resto, adepto e sócio do Sporting Clube de Portugal, - que venceu ontem para a Liga dos Campeões - emblema que apoiava desde criança. Futebol, hóquei em patins, ténis ou golfe eram algumas das modalidades preferidas da personalidade nacional que nos deixou na última terça-feira, dia 21 de outubro.


Vídeo relacionado - Sporting vence o Marselha na UEFA Youth League:


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23 Out 2025 | 07:04

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