PRESIDENTE DO DUMIENSE CONFIANTE NO DUELO FRENTE AO SPORTING E DEIXA AVISO: "MILAGRES? ACONTECEM..."

É já amanhã, dia 31 de julho, que o Sporting e o Benfica voltam a medir forças, no que é o primeiro jogo oficial da época 2025/2026. A Supertaça Cândido de Oliveira terá lugar no Estádio do Algarve, para as 20h45. Em jeito de antevisão, o antigo futebolista e treinador-adjunto de Paulo Bento no Sporting, Carlos Pereira, mostrou confiança nos leões, mas diz que saída de Viktor Gyokeres fará mossa, num encontro onde já se especula o onze inicial.

Carlos Pereira: "A condição física das equipas também não é a melhor"

“Nesta altura a condição física das equipas também não é a melhor, mas é sempre um Sporting - Benfica e prevê-se que possa ser um bom jogo, mas ainda com algumas lacunas de parte a parte”, começou por dizer Carlos Pereira, em declarações ao jornal Record.

De seguida, o antigo defesa de 76 anos atribui alguma vantagem ao Sporting, graças à maior preparação física: “Acho que o Sporting parte em vantagem. Já têm um ritmo competitivo diferente e poderá ser decisivo no confronto. No entanto, é sempre um jogo imprevisível e o Benfica vai querer também marcar a sua presença numa final que é sempre uma final”.

Carlos Pereira: "A diferença não é assim tão grande"

No entanto, Carlos Pereira assume que o jogo será equilibrado, principalmente pela ausência de um elemento fulcral: “A diferença não é assim tão grande. Mesmo estando o Benfica algo cansado pelas circunstâncias do Mundial de Clubes, acho que o Sporting terá agora uma lacuna grande. O entrosamento que tinha com o Gyokeres não se vai manifestar. É um jogo de tripla, é sempre um duelo, uma final, a disputa de um troféu e não há, para já, um favorito”, assumiu.

Por fim, o antigo adjunto, que ajudou na conquista de duas Supertaças no seu regresso ao Sporting, reforçou as dificuldades que o Clube de Alvalade poderá passar sem o avançado sueco: “Não é fácil agora jogar sem Gyokeres e esta saída vai fazer mossa na forma de jogar. O Rui Borges terá de adaptar o sistema de jogo sem ele, vai criar mais alternâncias de jogo e outras soluções. É uma saída de um jogador muito importante, a equipa estava muito rotinada com ele e ele com a equipa. É uma lacuna bastante difícil de colmatar”, concluiu.

André Pinotes Batista elogiou o trabalho de Rui Borges, desde a sua chegada ao Sporting. O deputado do Partido Socialista e confesso adeptos verde e branco - que concedeu recentemente uma entrevista em Exclusivo para o nosso Jornal - admite, no entanto, que as avaliações sobre o técnico são ainda precoces.

Pinotes Batista: "Rui Borges chegou em tempos agitados, sucedendo a meio da época o azarado João Pereira"

“Rui Borges chegou em tempos agitados, sucedendo a meio da época o azarado João Pereira, herdando um plantel que não desenhou e um balneário formatado a outro guião. Ensaiou a introdução do seu sistema habitual, mas bastaram duas parcas exibições, muito bom senso e algumas conversas com os jogadores para entender que não era aquele o momento da sua filosofia” revelou através de um artigo de opinião para o jornal Record.

De seguida Pinotes Batista afirmou que, apesar da dobradinha da temporada passada, Rui Borges reuniu críticos em torno da sua nova ideia de jogo, o 4-2-3-1: “Chegado o tempo das ideias de Borges, logo um clamor profético se instalou nos comentadores, jornalistas e especialistas: ‘Com este sistema, o Sporting não vai lá.’”

Pinotes Batista: "Ainda é cedo para sentenciar se o processo de Rui Borges vai ou não ter sucesso"

“Estamos na pré-época, as contratações ainda não chegaram, mas há quem já queria ver a espada cair. Ainda é cedo para sentenciar se o processo de Rui Borges vai ou não ter sucesso, mas as narrativas estão a ir longe demais”, terminou o deputado do PS, antes de virar as suas atenções para aquele que considera ser o maior obstáculo da temporada.

“Sejamos claros: o maior desafio do Sporting não está no modelo, mas sim na necessidade de substituir o insubstituível Gyokeres o, avançado mais impactante da história recente do futebol nacional, na certeza de que sem os seus 97 golos e 27 assistências, os próximos 102 jogos do Sporting serão inevitavelmente diferentes”, concluiu Pinotes Batista.

O Sporting recebeu más notícias sobre Alisson Santos. O brasileiro que é reforço de Rui Borges para a nova temporada está indisponível para o jogo da Supertaça, por via de castigo. Desta forma, junta-se ao seu compatriota no lote de indisponíveis por alçada disciplinar. No percurso inverso, Maxi Araújo regressa às opções de Rui Borges, depois de recuperar de lesão.

Segundo informações avançadas pelo jornal Record, o extremo vai cumprir um jogo de suspensão, que lhe tinha sido aplicado no passado mês de março, quando ainda era jogador do União de Leiria e foi motivado após uma partida disputada no dia 2 de fevereiro.

Como Alisson Santos entrou em guerra aberta com o emblema da Liga Portugal 2 ao saber do interesse do Sporting, o brasileiro de 22 anos recusou-se a entrar nas opções do clube do Liz, o que levou a que este jogo de suspensão se arrastasse até aos dias de hoje.

Desta forma, o Rui Borges não pode contar com quatro dos seus atletas na comitiva que se vai deslocar ao Algarve, com o objetivo de vencer a Supertaça. Para além do extremo esquerdo, Matheus Reis também está indisponível por castigo, enquanto Daniel Bragança e Nuno Santos não podem dar o seu contributo por estarem a contas com lesões.

Alisson Santos - avaliado em 1,5 milhões de euros -, foi uma das figuras da União de Leiria na primeira metade da temporada, tendo apontado seis golos na Liga 2, em 16 jogos. Após o fecho do mercado de inverno, incompatibilizou-se com a direção do emblema do Liz, após manifestar interesse em rumar ao Sporting.