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Histórias do Leão

Sporting muda-se de malas e bagagens para estádio que já tem 22 anos

Clube de Alvalade inicia período da sua história num novo palco, sendo que o mesmo já conta com mais de duas décadas de existência

Idealizado por José Alvalade, o Stadium de Lisboa foi inaugurado em 1914 e passou a ser a casa do Sporting em 1937
Idealizado por José Alvalade, o Stadium de Lisboa foi inaugurado em 1914 e passou a ser a casa do Sporting em 1937

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O Stadium de Lisboa foi um estádio cuja obra foi idealizada pelo primeiro sócio e fundador do Sporting, José Alvalade, e foi inaugurado no dia 28 de junho de 1914, servindo de casa para os leões de 1937 até 1955. O recinto localizava-se na Alameda das Linhas de Torres, no bairro do Campo Grande, e para lá se mudou o Clube verde e branco a 30 de abril de 1937.


Necessidade de um novo estádio


Antes da ocupação do Stadium de Lisboa, o Sporting praticou o seu futebol no Campo Grande 412, popularmente conhecido como a “Estância de Madeira”, desde 1917. Mas, como o nome popular indica, foi um estádio cuja estrutura foi totalmente construída do mesmo material e desgastava-se facilmente, o que obrigava a altas despesas de reparação e manutenção de forma constantes. Como tal, presidentes como Júlio de Araújo e Joaquim Oliveira Duarte fizeram planos para a construção de uma nova casa para os leões, mas os projetos nunca passaram do papel.


Com o Sporting a crescer, a necessidade de uma nova casa foi mais urgente que nunca e durante a década de 1930, o então presidente Retamoza Dias conseguiu um plano de arrendamento para o Stadium de Lisboa e assim, a dia 30 de abril de 1937, a turma verde e branca passou a ocupar o estádio que tinha sido idealizado pelo seu fundador.

Palco à dimensão do Sporting


No momento da sua inauguração em 1914, o Stadium de Lisboa foi o palco dos principais jogos em território português, mas quando o Sporting o passou a ocupar, encontrava-se num estado envelhecido. Com isto, em 1946, a direção dos leões iniciou um plano de melhoramento e modernização do recinto, que passou pela colocação de um relvado, regularização das pistas de atletismo e ciclismo, obras nas estruturas de apoio à prática desportiva e a construção de bancadas de cimento e melhorias na zona de peão, o que permitiu que o Estádio do Lumiar passasse a ter uma lotação de 20 mil espectadores.

Com todas as obras realizadas em 1947, o estádio foi reinaugurado de forma simbólica e passou a ser apelidado de Estádio José de Alvalade. As obras levadas a cabo pelo Sporting, tornaram o estádio em um dos melhores recintos desportivos da Península Ibérica e como celebração, a Direção do Clube convidou a equipa do Athletic de Bilbao para um jogo amigável que terminou numa igualdade a quatro, no dia 14 de setembro de 1947.

O Stadium do Lumiar foi o palco de um dos maiores períodos da história do Sporting, vendo a conquista de seis campeonatos nacionais, o primeiro tetracampeonato da história do futebol português e foi o único estádio em que os famosos “5 Violinos” (Jesus Correia, Vasques, Albano, Peyroteo e Travassos) jogaram juntos.

Grande despedida

No primeiro dia do ano civil de 1955, o Sporting realizou um festival de despedida para o Stadium de Lisboa, onde, perante uma casa esgotada, realizou o seu último jogo no estádio: um amigável contra a equipa do Atlético de Lisboa, que os leões venceram por 4-1, com o último golo a ser apontado por Léon Mokuna. No final do jogo, o então presidente Góis Mota levantou a primeira picareta e de forma simbólica, iniciou a destruição do estádio. Assim, o velho Estádio do Lumiar deu lugar à obra do Estádio José Alvalade.


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Das explicações… às desculpas: A viagem de Ruben Amorim a Londres que o Sporting não esquece

Treinador que passou por Alvalade visitou a capital inglesa e, mais tarde, dirigiu-se aos Adeptos e Sócios mostrando-se arrependido

Ruben Amorim visitou a capital inglesa em abril de 2024 e, mais tarde, dirigiu-se aos Adeptos e Sócios mostrando-se arrependido
Ruben Amorim visitou a capital inglesa em abril de 2024 e, mais tarde, dirigiu-se aos Adeptos e Sócios mostrando-se arrependido

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Os Adeptos do Sporting não esquecem o dia 22 de abril de 2024 como aquele em que Ruben Amorim viajou, sem que nada o fizesse prever, rumo a Londres, numa altura em que estava a ser associado a vários clubes ingleses. Acompanhado do empresário Raúl Costa, o então técnico dos leões quis saber que oferta tinha o West Ham para lhe fazer, mas longe estava de saber do impacto desta decisão.


Viagem só de ida, mas a prever o futuro


Talvez por considerar que a viagem passaria despercebida, Amorim apanhou o avião rumo à capital inglesa e, só no regresso a Lisboa, se cruzou com os jornalistas, que já aguardavam pela sua chegada. Aproveitando a folga concedida ao plantel, o técnico quis, também ele, tratar dos seus assuntos, mas acabou por indignar os Sócios que com ele contavam. 


O Sporting, recorde-se, vivia uma fase decisiva da temporada. Apenas alguns dias depois, estava agendado um Clássico de extrema importância diante do Porto, no Estádio do Dragão, e a viagem a Londres, que ainda ainda faltava explicar, aumentava a pressão sobre Amorim, que estava habituado a viver em Alvalade com o carinho dos Adeptos.

As justificações de Amorim


Na conferência de Imprensa de antevisão ao encontro com os azuis e brancos, Ruben Amorim começou por falar do 'elefante na sala' e justificou, desde logo, a sua ida surpresa a Inglaterra. "A primeira coisa é dizer é que o Clube tinha conhecimento da minha viagem. É importante e muda o contexto", começou por dizer, antes mesmo de se mostrar arrependido.

"Obviamente que foi um erro a minha viagem, o timing foi completamente desajustado, não me pareceu na altura. Foi desajustado, ainda para mais quando sou tão exigente com os meus jogadores... Eu por muito menos já retirei jogadores do plantel. Foi uma falha minha, tenho de assumir e viver com isso", completou o treinador que, ainda assim, garantiu ter dado "explicações aos jogadores e ao staff", pedindo ainda desculpas "aos Sportinguistas, ao staff" e aos jogadores.

Empate no Dragão, mas reta final abençoada

O que nunca iremos saber é que impacto teve, de facto, esta situação no balneário. O plantel do Sporting, no dia seguinte à conferência, entrou em campo no Dragão, em jogo válido para a 31.ª jornada do campeonato nacional, e regressou a Lisboa com apenas um ponto, em virtude do empate a dois golos com o Porto. Os tentos verdes e brancos haviam sido apontados, ambos, por Viktor Gyokeres.

A verdade é que o Sporting faria um resto de temporada irrepreensível para o campeonato, tanto que acabou por se confirmar a conquista do campeonato a duas jornadas do fim. A 4 de maio, os comandados de Amorim bateram o Portimonense, por 3-0, e o Benfica, apenas um dia depois, voltou a deslizar, perdendo com o Famalicão, por 2-0, entregando o título ao Clube de Alvalade.

Ruben Amorim voltou a viajar para Inglaterra, desta vez em definitivo, em novembro, altura em que foi oficializado como novo treinador do Manchester United. Depois de prometer que seria bicampeão em Alvalade, o treinador aceitou o convite dos red devils, que à época considerou ser irrecusável, e acabou sucedido por João Pereira, cuja passagem pela equipa principal foi tudo menos de sonho.


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Dias Ferreira: O ex dirigente do Sporting sem medo de controvérsias

Figura polarizante dentro do seio do Clube nunca teve receio das opiniões de fora e mostrou-se sempre implacável em público

Dias Ferreira: o homem sem medo de controvérsias é uma figura polarizante no universo Sportinguista, mas não tem medo das opiniões
Dias Ferreira: o homem sem medo de controvérsias é uma figura polarizante no universo Sportinguista, mas não tem medo das opiniões

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Nascido a 17 de abril de 1947, José Dias Ferreira é advogado de profissão e esteve sempre dentro das vários assuntos do Sporting. É o sócio n.º 2481 e conta já com 62 anos como associado do Clube, isto para não falar das diferentes funções representadas no emblema leonino, das várias candidaturas à presidência e ainda participações em programas televisivos.


Chegada ao Clube


Dias Ferreira estreou-se em funções em Alvalade no verão de 1980, como dirigente integrante do secretariado-geral de João Rocha, mas desempenhou o cargo durante pouco tempo. O advogado entrou em rota de colisão com o “eterno presidente” e saiu do Clube após o desentendimento, tendo sido chamado a regressar pela nova direção do mesmo.


As eleições de 1984 ditaram a continuidade da presidência de João Rocha e com isto surge novo convite para Dias Ferreira. O ex-dirigente voltou ao Sporting, mas desta vez mais acima na hierarquia da direção do Clube: seria o novo vice-presidente do emblema de Alvalade e continuou no cargo após a saída de Rocha, com a chegada de Amaro de Freitas à presidência leonina. Nesta nova Direção, assumiu também a secção do futebol profissional.

Novo cargo e aventura televisiva


Com a chegada da década de 1990, Dias Ferreira foi assessor da Sporting SAD na presidência de José Roquette, mas acabou por sair por um motivo curioso: recusou-se a ser pago, quando a Direção impunha que o fosse. Talvez este tenha sido o motivo pelo qual começou a ser ainda mais reconhecido pelo público fora do seio Sportinguista.

Dias Ferreira iniciou então a sua carreira como comentador e aparecia assim no televisor das casas portuguesas sendo parte integrante de um painel de comentadores desportivos por vários canais informativos, em 1995. Foi protagonista em famosos momentos da televisão portuguesa, como quando teve uma troca de acusações com o então presidente do Sporting Pedro Santana Lopes, ou quando, anos mais tarde, abandonou o estúdio em direto o estúdio do programa 'Dia Seguinte', após um desentendimento com o moderador do painel.

Novas eleições e regresso a Alvalade

No ano de 2005, o Sporting encontrou-se numa crise de resultados que resultou na demissão do então presidente, António Dias da Cunha, e seriam convocadas novas eleições para 2006. Dias Ferreira chegou mesmo a ponderar chegar-se à frente com uma candidatura, mas o seu plano acabou por não se materializar. Mas a verdade é que não teve de esperar muito para nova oportunidade: o vencedor das eleições de 2006, Filipe Soares Franco, decidiu não se recandidatar e estava aberta a porta para novo presidente. De novo, Dias Ferreira considera uma candidatura para as eleições de 2009, mas também não foi em frente na mesma e tornou-se parte integrante da lista de José Eduardo Bettencourt, como Presidente da Mesa de Assembleia-Geral.

Demissão e candidaturas a presidência

A verdade é que a década de 2000 não foi fácil para o Sporting nem para os seus Adeptos. Existiam graves crises desportivas e económicas em Alvalade e, em 2011, a direção de José Eduardo Bettencourt demitiu-se. Com eleições marcadas ainda no mesmo ano, Dias Ferreira oficializa, finalmente, a sua candidatura à presidência do Clube leonino e, numa das eleições mais polémicas da história verde e branca, o advogado acabou em terceiro, com 16,54% dos votos.

2011 não seria a última candidatura de Dias Ferreira à presidência do Sporting. Num dos períodos mais frágeis do Clube, as eleições de 2018 foram das mais importantes da história do Clube de Alvalade e o advogado, de novo, constava nos boletins. A verdade é que a sua percentagem de voto apenas caiu e o advogado teve apenas 2,35% dos votos totais. O vencedor acabou por ser o atual presidente leonino, Frederico Varandas.

O seu legado

Dias Ferreira nunca foi uma figura consensual dentro do Clube. O advogado é uma figura polarizante do seio Sportinguista, mas nunca teve receio em dar a sua opinião honesta sobre os assuntos desportivos ou internos do Sporting e continua a manifestá-la, nos dias de hoje, em programas de comentário em canais televisivos.


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Joaquim Ferreira: Atleta de ouro que entregou a carreira ao Sporting

Fez parte de uma época áurea dos leões no atletismo e defendeu as cores do emblema de Alvalade com grande dedicação e talento

Joaquim Ferreira dedicou a carreira ao Sporting e conquistou diversas medalhas ao longo de vários anos com as cores do leão
Joaquim Ferreira dedicou a carreira ao Sporting e conquistou diversas medalhas ao longo de vários anos com as cores do leão

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Joaquim Ferreira, nascido a 15 de abril de 1937, vestiu sempre a camisola do Sporting e marcou uma era dourada do atletismo do Clube. Especialista nos exigentes 3000 metros obstáculos, reinou na distância durante seis temporadas consecutivas, entre 1958 e 1963, período em que se sagrou hexa-campeão nacional.

A ascensão de um campeão


No cenário lisboeta, também dominou: conquistou quatro títulos de campeão regional (1959 a 1962), sempre com a elegância de quem alia técnica, resistência e inteligência tática. A sua trajetória de glória arrancou verdadeiramente em setembro de 1958, quando, aos 22 anos, destronou o anterior recordista nacional dos 3000m obstáculos, o seu colega de equipa Manuel Faria, numa clara passagem simbólica de testemunho. Joaquim não se limitou a conquistar o recorde: viria a melhorá-lo em cinco ocasiões, fixando-o, em dezembro de 1962, em 9 minutos, 1 segundo e 4 décimas, marca que o manteve no topo da elite nacional.


Depois da pista, o corta-mato

Mas Joaquim não era apenas um corredor de pista. Em 1958, evidenciou-se também no corta-mato. Com a desistência de Manuel Faria por indisposição, tudo parecia perdido para o Sporting, mas Joaquim protagonizou uma recuperação memorável, anulando uma diferença de 30 metros em relação ao benfiquista José Araújo e vencendo o Campeonato Regional.


Ainda nesse ano, integrou a seleção nacional no prestigiante Crosse das Nações, onde Portugal alcançou um honroso 4.º lugar. Ferreira, com um 41.º posto individual, foi o melhor luso em prova, o mais destacado nas suas três participações nesta competição. Dois anos depois, em 1960, voltou a brilhar no corta-mato, vencendo o Campeonato Regional e conquistando também o título nacional, sucedendo ao já lendário Manuel Faria, que vencera as cinco edições anteriores.

Ano plímpico e provas internacionais


1960 foi, sem dúvida, o ponto alto da carreira de Joaquim Ferreira. Além de consolidar o seu domínio interno nos 3000m obstáculos, conquistou o passaporte para os Jogos Olímpicos de Roma. Apesar de ter ficado em 11.º lugar na sua eliminatória, o feito de representar Portugal nos palcos maiores do desporto mundial já era, por si só, histórico.

Nesse mesmo ano participou nos Jogos Ibero-Americanos em Santiago do Chile, terminando em 6.º lugar na sua prova de eleição. Dois anos mais tarde, em Madrid, regressou à competição ibero-americana, desta vez com brilho renovado: conquistou a medalha de prata nos 1500 metros, apenas atrás de Manuel de Oliveira.

Também em 1962, representou Portugal nos Campeonatos da Europa em Belgrado, terminando em 9.º na sua série eliminatória dos 3000m obstáculos. Apesar da colocação modesta, saiu da capital jugoslava com o novo recorde nacional: 9m01,8s, marca que, no mês seguinte, ainda viria a melhorar.

Liderança coletiva e recordes em estafetas

A carreira de Joaquim Ferreira não se definiu apenas por sucessos individuais. No início de 1962, participou no triunfo leonino no Grande Prémio Internacional de Madrid em Corta Mato, onde foi terceiro classificado individualmente. Mais tarde, contribuiu para um feito coletivo notável: a equipa do Sporting bateu o recorde nacional - e simultaneamente ibérico - da estafeta 4x1500m, com 16m11,6s.

A ligação de Joaquim Ferreira às estafetas era longa. Já em 1956 ajudara a bater o recorde nacional (não homologado) da mesma prova, e entre 1958 e 1964 integrou a equipa que venceu por sete vezes consecutivas a tradicional estafeta Cascais-Lisboa, um feito marcante numa das provas mais emblemáticas do atletismo de estrada nacional.

As homenagens

Mesmo após o auge competitivo, Joaquim Ferreira não abandonou a pista. Pelo contrário, manteve-se em grande forma nas categorias de veteranos. Em 1992, já com 56 anos, conquistou a medalha de prata nos 1500 metros dos Campeonatos da Europa de Veteranos. No mesmo ano, o Sporting reconheceu o seu percurso excecional com a atribuição do Prémio Stromp na categoria de Dedicação.

Nos anos seguintes, continuou a enriquecer o seu palmarés. Em 1997, sagrou-se vice-campeão mundial de veteranos nos 2000m obstáculos e nos 1500 metros. No Europeu de 1998, voltou a conquistar a medalha de prata nos 2000m obstáculos, confirmando uma longevidade competitiva verdadeiramente rara.

Legado leonino

A história de Joaquim Ferreira é a de um atleta fiel ao seu Clube, disciplinado no treino, resiliente na competição e humilde nas conquistas. Foi protagonista de transições históricas dentro do atletismo português, símbolo da pujança do Sporting nas décadas de 50 e 60, e inspiração para gerações futuras, dentro e fora da pista.


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