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Curiosidades
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Na tarde cinzenta de 24 de abril de 1974, enquanto o Sporting tentava escrever uma nova página dourada na sua história europeia, o destino do país preparava-se para uma mudança radical. No coração da então República Democrática Alemã, os leões defrontavam o Magdeburg nas meias-finais da Taça das Taças, mas não foram além de uma derrota por 2-1 nesta que foi a segunda vez, em apenas uma década, que chegavam tão longe numa competição continental.
A campanha europeia do Sporting até ali fora notável. Começara com uma espécie de acerto de contas com o passado: a vingança da eliminação de 1964, batendo o Cardiff City. Depois, seguiu-se o Sunderland, outra equipa britânica de renome, e os suíços do Zurique, que em 1968 haviam aplicado um doloroso 3-0. Desta vez, os lisboetas devolveram esse mesmo resultado, com juros de orgulho e eficácia. A caminhada parecia promissora, o destino uma final europeia.
Mas o desafio final antes da consagração revelava-se duro: o Magdeburg, campeão da Alemanha Oriental. Em Alvalade, o Sporting empatara 1-1, num jogo marcado por oportunidades perdidas, incluindo um penálti desperdiçado por Dinis, que fez ecoar a ausência de Héctor Yazalde, o artilheiro argentino afastado por lesão depois de uma entrada dura de Toni num jogo anterior.
Privado de Yazalde e Dinis, o Sporting chegava à Alemanha de Leste combalido, mas ainda crente. O jogo foi tenso e disputado. Pommerank e Sparwasser, este último viria a assinar um golo lendário no Mundial de 1974, colocaram os alemães em vantagem. Marinho ainda reduziu, mas já tarde. Nos últimos segundos, Tomé teve nos pés o golo do milagre, o falhanço de baliza aberta consumou o adeus. Um golo que teria premiado justamente o percurso heroico dos leões, mas que se esfumou em frustração. A derrota por 2-1 eliminava o Sporting e deixava a equipa em choque. O regresso à casa tornou-se, porém, ainda mais surreal do que a eliminação.
Na mesma noite da eliminação europeia, os portugueses ouviam, pela RTP, a transmissão direta da partida, uma raridade nos anos 70. Mal sabiam que, minutos depois do apito final, um novo desafio, bem mais importante, se iniciaria. Às 22h55, os Emissores Associados de Lisboa passavam 'E Depois do Adeus', canção de Paulo de Carvalho. Era a primeira senha do Movimento das Forças Armadas (MFA). Pouco depois, às 00h20, 'Grândola Vila Morena', de Zeca Afonso, ecoava na Rádio Renascença: o golpe militar estava em marcha. As tropas saíam para as ruas, ocupavam pontos estratégicos, e Lisboa acordava para a Revolução de Abril.
Enquanto o povo português marchava rumo à liberdade, a comitiva Sportinguista vivia algo surreal, dado que a viagem de regresso durou mais de 40 horas. Com as fronteiras portuguesas encerradas devido ao clima político incandescente, a equipa ficou retida, sem saber ao certo o que se passava no seu próprio país. Foi necessária a intervenção direta de João Rocha, então presidente do Clube, para que os jogadores pudessem voltar a entrar em Portugal.
A eliminação frente ao Magdeburg, que poderia ter terminado numa glória europeia, acabou por cruzar-se com o nascimento de uma nova era nacional. O Sporting não trouxe a Taça, mas a história ficou marcada: num mesmo dia, viveu-se um adeus à Europa e um olá à liberdade. Nunca um jogo de futebol estivera tão perto, no tempo e no simbolismo, de uma dupla 'revolução'.
No dia em que o próprio faz 27 anos, tenha em conta alguns factos sobre um dos principais avançados do conjunto de Alvalade no século XXI
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Viktor Gyökeres tem feito história pelo Sporting e, certamente, já se tornou num dos melhores avançados da história do Clube. O craque ainda só fez duas épocas em Alvalade e já soma 97 golos e 27 assistências em 102 jogos disputados pelo conjunto verde e branco, números estratosféricos para o sueco que pode transferir-se para o Liverpool com a saída de Luis Díaz.
Entre os diversos factos do craque sueco, a lista, abaixo, apresenta alguns recordes que foram batidos pelo próprio em apenas dois anos de Clube. Para além do perfil de Gyokeres, o Leonino, dá nota de cinco curiosidades sobre o ‘homem da máscara’ que fica marcado na história do conjunto de Alvalade:
Alguns factos históricos sobre técnico que atingiu grandes marcos no Clube de Alvalade e que ficará para sempre na história da modalidade
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Paulo Freitas, que já foi perfilado pelo Leonino, tornou-se num dos grandes nomes do Hóquei em Patins, em Portugal, tendo até sido considerado o melhor do mundo no cargo. O antigo treinador do Sporting acabou por deixar o Clube noutro patamar novamente após longos de anos de espera para voltar a vencer o Campeonato Nacional e a tão desejada Liga dos Campeões.
Entre os diversos factos desconhecidos do técnico português, a lista, abaixo, dá nota de quando quebrou os grandes jejuns na modalidade e, também, de como foi a sua saída do Sporting.
Lateral é uma das grandes figuras do PSG, tendo realizado um desempenho histórico na Liga dos Campeões e ao longo de toda a época desportiva
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Cristiano Ronaldo - que pode estar se saída do Al Nassr para o Al Hilal - era o único craque formado no Sporting com o título da Liga dos Campeões, tendo agora sido igualado por um outro craque. Nuno Mendes, lateral que cresceu na academia dos leões, sagrou-se campeão europeu no passado sábado, dia 31 de maio, pelo PSG, num triunfo frente ao Inter de Milão, por 5-0, e deixou, também ele, o Clube de formação com orgulho.
Nuno Mendes juntou-se assim a Cristiano Ronaldo, ele que é um dos mais titulados, tendo vencido a prova cinco vezes. A conquista da primeira ‘orelhuda’ do capitão da seleção das quinas foi ao serviço do Manchester United, em 2007/08, e as restantes quatro a representar o Real Madrid, nas temporadas 2013/14, 2015/16, 2016/17 e 2017/18.
O capitão da seleção das quinas fez história na formação do Sporting ao tornar-se no único jogador a representar os sub-16, sub-17, sub-18, equipa B e principal, tudo na mesma época. Cristiano Ronaldo chegou ao Clube verde e branco quando tinha apenas 12 anos, depois de ter sido observado pelo mítico Aurélio Pereira, ainda ao serviço do Nacional, emblema madeirense.
Já o atual lateral do PSG conquistou a Liga dos Campeões ao lado de outros três portugueses: João Neves, Vitinha e Gonçalo Ramos. Para além de campeão europeu, Nuno Mendes tem conseguido consolidar-se como um dos melhores da posição no mundo depois de uma época de sonho.
O defesa-esquerdo conquistou tudo o que podia ganhar na época 2024/25 (Supertaça, campeonato francês, Taça de França e Liga dos Campeões), mas ainda pode juntar a todos estes títulos o Campeonato do Mundo de Clubes pelo PSG e a Liga das Nações ao serviço da seleção das quinas.
Nuno Mendes chegou ao Sporting quando tinha apenas nove anos de idade e, desde então, representou todos os escalões de formação leoninos. Para além disso, também fez parte das seleções de Portugal desde os sub-16 até à seleção principal, onde joga atualmente. O lateral estreou-se no Clube verde e branco em 2019/20 e foi campeão no ano seguinte, em 2020/21, sob o comando técnico de Ruben Amorim.
Com a conquista da Liga dos Campeões pelo PSG, Nuno Mendes fez história e tornou-se o 15.º português a ser titular numa final da competição por equipas estrangeiras. O craque formado no Sporting integrou também outro ranking, que reúne os 33 portugueses a vencerem este torneio desde 1992/93.