Temporada de craque do Real Madrid comparada a… Cristiano Ronaldo

Nélson Pereira - nome que esteve ligado ao Sporting durante vários anos, primeiro como guarda-redes do Clube, depois como treinador de guardiões e ainda como diretor da equipa sub-23 dos leões - prestou declarações à Agência Lusa, nas quais abordou a realidade portuguesa em relação à posição mais recuada no campo de futebol. Teve especial atenção à falta de portugueses de excelência nas balizas da Liga Portugal Betclic.

"É uma realidade que nós detetámos quando eu estava ligado à coordenação da formação de guarda-redes do Sporting. Além de sermos um país pequeno, que não tem assim tantos guarda-redes em qualidade e quantidade, quando os temos não apostamos neles (...) os clubes querem rendimento imediato e não dão tempo aos guarda-redes para ter o seu processo de crescimento, porque nesse processo há erros", começou por dizer.

Prosseguiu: "Achei que a criação das equipas B e de sub-23 viria a ajudar bastante nessa situação, mas já vemos muitos estrangeiros a jogar nessas equipas. Quando a castração é feita ainda mais cedo, mais difícil fica ter guarda-redes portugueses que apresentem logo bom rendimento para a I ou II ligas. Corremos o risco de não termos guarda-redes de qualidade para a nossa seleção nacional", explicou Nélson Pereira.

Atirou, de seguida: "Um guarda-redes que não jogue, não tem hipótese nenhuma. Guarda-redes que só treina, não dá guarda-redes. A falta de oportunidade começa muito cedo (...) Temos de tomar estes exemplos (Rui Patrício e Diogo Costa) e segui-los, sabendo que haverá acidentes de percurso. É preciso ter essa coragem, senão, qualquer dia, não temos guarda-redes para a seleção nacional".

Terminou, mencionando o pupilo que o surpreendeu mais por ainda não ter dado o 'salto': "É o Max [Luís Maximiano]. Teve a infelicidade de, no seu primeiro jogo na Lazio [na época passada], ser expulso aos oito minutos. Isso teve um impacto tremendo na carreira dele, porque ele tem muita qualidade e vai ter quase de reiniciar todo um processo que, até chegar à Lazio, estava a correr dentro do expetável para ele poder afirmar-se na Liga italiana. Infelizmente, um pequeno detalhe, às vezes, faz toda a diferença e essa expulsão fez toda a diferença", rematou Nélson Pereira.

Ruben Amorim, treinador português do Manchester United, tem vindo a enfrentar dificuldades na posição de lateral-esquerdo desde a sua chegada ao clube. O titular, Luke Shaw, tem sofrido com lesões recorrentes, o que tem prejudicado a consistência defensiva da equipa. Além disso, o holandês Tyrell Malacia, que foi uma opção de reforço, não tem demonstrado a fiabilidade necessária para ocupar essa posição de forma regular. Assim, o antigo técnico do Sporting colocou a contratação de um novo lateral-esquerdo como uma prioridade para o mercado de verão.

Entre as várias opções que o Manchester United está a considerar, Nuno Mendes surge como o principal alvo. O lateral-esquerdo português, ex jogador do Sporting, é visto como a solução ideal para substituir Luke Shaw no lado esquerdo da defesa. De acordo com informações divulgadas pelo portal CaughtOffside, o clube de Old Trafford pretende vender Shaw no próximo verão e avançar com a contratação defesa português de 22 anos, que já conhece bem o estilo de jogo de Amorim devido ao seu passado nos leões.

O jovem defesa de 22 anos, atualmente no PSG, expressou o seu entusiasmo ao saber do interesse do Manchester United. Elementos ligados aos red devils terão já estabelecido contacto com o círculo próximo de Nuno Mendes para explorar a possibilidade de uma transferência para a Premier League.

O PSG não está disposto a facilitar a transferência de Nuno Mendes por qualquer valor. O clube francês pretende renovar o contrato do lateral até 2026, mas o jogador não tem interesse em assinar um novo acordo. Caso as negociações de renovação não sejam bem-sucedidas, os parisienses deverão colocar Nuno Mendes à venda no verão de 2025. Para libertar o jogador, os franceses exigem um valor de 70 milhões de euros, o que poderá ser um entrave para muitas equipas.

Recorde-se que Nuno Mendes começou nos juniores do Sporting em 2011, onde se manteve até concluir a sua formação, tendo depois alinhado pelo plantel principal dos verdes e brancos de 2019 e 2021. De leão ao peito, o jovem de 21 anos lançado por Rúben Amorim fez 47 jogos, ao longo dos quais apontou um golo e assistiu por três ocasiões.

Ao longo do seu caminho no emblema verde e branco, o defesa-esquerdo conquistou uma Taça da Liga, uma Supertaça Cândido de Oliveira e um Campeonato Nacional, antes de rumar ao Paris Saint-Germain, a troco de 45 milhões de euros.

Rui Borges foi hoje, dia 26 de dezembro, apresentado oficialmente como o novo treinador do Sporting. O antigo técnico do Vitória de Guimarães assume o cargo após o despedimento de João Pereira, que não conseguiu alcançar os resultados ambicionados.

Com os maus resultados recentes, o Sporting perdeu a liderança do campeonato para o Benfica. O próximo jogo será precisamente contra os encarnados e Rui Borges aproveitou a conferência de imprensa de apresentação para abordar a importância deste encontro e falar sobre os seus antecessores no Clube de Alvalade, com especial foco em Ruben Amorim.

"É tudo diferente. O Ruben é o Ruben, o João é o João, o Rui Borges é o Rui Borges. Tenho um grande apreço e admiração pelo Ruben, identifico-me com ele, mas não sei como trabalha. Vou percebendo a forma de comunicar dele, que é excelente. Não tento imitar ninguém nem nunca irei fazê-lo”, começou por referir, passando depois ao seu estilo.

“Sou mirandelense com muito orgulho e ali trabalha-se. Foi isso que me trouxe até aqui. Focar-me no meu trabalho e nunca duvidar dele, mesmo que as coisas não corram tão bem. Cada um é como é, acho que ninguém se deve comparar a ninguém. À minha maneira, penso que sou um bom líder, e assim continuarei a trabalhar. Dérbi? Na minha cabeça está fazer um bom jogo e ganhar”, atirou.

“Independentemente de ser o Benfica. A liderança, e a classificação, são sempre consequência do que formos capazes de fazer no jogo. Se formos competentes vamos ganhar, e depois isso dá-nos a liderança. É tudo uma consequência do trabalho e é nisso que me foco”, concluiu Rui Borges.