TONEL DIZ QUE AUSÊNCIA DE DOIS PESOS-PESADOS DO SPORTING FOI DETERMINANTE PARA A DERROTA NA SUPERTAÇA

Rodrigo Zalazar poderia ter visto o cartão vermelho aos 77 minutos do jogo entre Sporting e Braga (1-1). Jorge Faustino, especialista em arbitragem, referiu que o jogador uruguaio se excedeu num lance com Maxi Araújo e que a falta "foi despropositada e muito negligente", arriscando assim uma outra admoestação.

J. Faustino: "Rodrigo Zalazar teve entrada despropositada e muito negligente"

"Rodrigo Zalazar teve entrada despropositada e muito negligente ao acertar com a sola da bota na zona do tornozelo de Maxi Araújo. Bem no livre direto e cartão amarelo. Arriscou outra leitura disciplinar", escreveu o antigo árbitro português no jornal 'Record'.

J. Faustino: "Desequilibrou-se no movimento de finta a Debast acabando por se deixar cair"

Ainda antes, aos 62 minutos, Jorge Faustino referiu que o médio uruguaio tentou cavar uma grande penalidade: "Desequilibrou-se no movimento de finta a Debast acabando por se deixar cair. Contacto entre braços dos dois jogadores foi consequência da ação de ambos e sem influência na queda. Sem penálti".

Caso tivesse visto o cartão vermelho, Rodrigo Zalazar já não seria o autor do golo do Braga, que foi marcado já no período de descontos, já aos 90+7 minutos, depois de Luis Suárez (19') ter aberto o caminho para os leões se aproximarem do primeiro lugar.

O emblema verde e branco volta a entrar em campo apenas no sábado, dia 18 de outubro, frente ao Paços de Ferreira. O encontro, a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal, diante da turma liderada por Filipe Cândido, jogar-se-á no Estádio Capital do Móvel, às 20h15.

Maxi Araújo, ala do Sporting, ficou de fora da lista de convocados do selecionador do Uruguai, Marcelo Bielsa. Apesar de ser presença habitual nos selecionados da celeste, o técnico argentino fez várias alterações, de forma a dar tempo de jogo a futebolistas menos utilizados.

O treinador aproveitou o facto de se tratar de dois encontros de carácter particular e abdicou de vários nomes importantes. Além do pupilo de Rui Borges, também Federico Valverde (Real Madrid), Ronald Araújo (Barcelona), Darwin Núñez (Al Hilal) e José María Giménez (Atlético Madrid) foram poupados.

Marcelo Bielsa chamou 17 futebolistas que atuam foram do Uruguai, entre eles o ex-leão Franco Israel (Torino), além do médio Rodrigo Zalazar, que ontem marcou no 1-1 em Alvalade, pelo Braga, juntando-lhes mais 12 jovens que dos sub-18 daquele país.

Ambos os particulares, frente à República Dominicana e Uzbequistão, vão decorrem na Malásia. A seleção celeste ficou em quarto lugar nas eliminatórias para o próximo Campeonato do Mundo, à frente do Brasil, com os mesmos 28 pontos da seleção canarinha, agora orientada pelo italiano Carlo Ancelotti.

Esta temporada, com a camisola do Sporting, Maxi Araújo – avaliado em 17 milhões de euros - soma oito partidas. Ao longo dos 519 minutos em que foi utilizado por Rui Borges, o internacional uruguaio ainda não marcou, mas já fez uma assistência para golo.

António Salvador, lançou esta segunda-feira um forte apelo à mudança no futebol português, através de um comunicado oficial onde o presidente do Braga aponta críticas à arbitragem, denuncia o “terrorismo comunicacional” de Sporting, Porto e Benfica e alerta para o declínio competitivo de Portugal no panorama europeu.

A. Salvador fala em "não expulsões de Morita (5’ e 21’) e Debast (49’ e 80’)"

O primeiro ponto foca-se no jogo entre Sporting e Braga, disputado em Alvalade, a contar para a oitava jornada da Liga Betclic. Salvador lamentou a falta de coerência nos critérios das decisões do VAR e do árbitro principal. O dirigente apontou casos concretos do encontro, referindo-se às "não expulsões de Morita (5’ e 21’) e Debast (49’ e 80’)" e a alegados "agarrões de Maxi Araújo e Hjulmand" que não foram sancionados.

A. Salvador denuncia “terrorismo comunicacional promovido por Sporting, Porto e Benfica"

No segundo ponto, António Salvador denunciou o que classificou como “terrorismo comunicacional” promovido por Sporting, Porto e Benfica e amplificado pelos meios de comunicação social. O líder bracarense afirmou que o debate público sobre o futebol português “recuou décadas” e apelou a uma intervenção firme da Federação Portuguesa de Futebol para travar o “ambiente tóxico” que, segundo ele, se instalou no panorama nacional.

Por fim, o presidente do Braga voltou a alertar para a “perda de competitividade” do futebol português no contexto europeu. Lembrou que o Braga teve de disputar seis jogos para garantir presença na Liga Europa e advertiu que Portugal pode ser ultrapassado pela Bélgica no ranking da UEFA. António Salvador apelou à Liga Portugal para transformar o projeto “Meta 2028” em medidas concretas, defendendo a centralização dos direitos televisivos e a revisão dos quadros competitivos.

“O futebol português tem uma oportunidade de ouro para evoluir. É tempo de a Liga agir com coragem e tomar decisões que moldarão o futuro das próximas décadas”, concluiu, um dia após o golo polémico marcado pelos minhotos no duelo frente aos leões.