O Sporting Clube de Portugal é o maior clube da história de Portugal, quem duvidar disto terá sempre muita dificuldade em ler o que escreverei.

Quem dirige os destinos do grandioso Sporting Clube de Portugal só pode pensar assim, e com os pés bem assentes na terra (chega de amadorismos e de loucuras) tomar as decisões mais racionais para fazer do nosso Clube um clube cada vez maior e mais vencedor.

Infelizmente não foi isto que os Sócios assistiram com a venda do nosso último grande goleador, feita de forma atabalhoada e ainda ver o atual presidente do Sporting, de forma pueril, reclamar para si o feito de ter realizado um grande negócio de sete milhões de euros por um atleta de 30 anos.

Relembro que Bas Dost em três épocas de leão ao peito, realizou 127 jogos e marcou “só” 93 golos e fez ainda 15 assistências para golo.

Em todas as competições do futebol profissional, durante as três épocas em que Bas Dost esteve em Alvalade, o Sporting marcou pouco mais de 300 golos, ou seja, este goleador marcou quase 1/3 dos golos. Mas se aos golos juntarmos as assistências, podemos mesmo concluir que foi diretamente responsável por mais de 100 golos na sua passagem pelo nosso clube.

Como Sportinguista considerei a venda de Bas Dost como um dos piores atos de gestão desportiva que vi um presidente do Sporting fazer desde a venda de Moutinho.  Afirmar que os 5,9 milhões de euros (brutos) do vencimento eram um custo elevadíssimo e insuportável, e que representavam quase dez por cento do orçamento do futebol até podia ser verdade, se não estivéssemos a falar de futebol, um desporto em que o vencedor é aquele que marca mais golos.

Sou de opinião completamente contrária à de Varandas, pois para mim, e com toda a certeza, para a maioria dos Sportinguistas, que Bas Dost era o jogador mais barato do Sporting, pois o futebol vive de golos e o holandês no Sporting marcava golos quase como respirava.

Se todos os Sportinguistas acharam barato sete milhões de euros pela venda deste goleador, pior ficaremos quando o argumento é a necessidade de equilibrar as contas do Sporting, e depois de as analisarmos percebemos que o lucro contabilístico, após se pagar mais de um milhão de euros de comissões, foi só de 1,46 milhões de euros. Quem consegue perceber esta decisão? Imperdoável.

E, por conseguinte, se olharmos para o atual plantel do Sporting, todos nós Sportinguistas abdicaríamos de lá ver alguns jogadores escolhidos por esta direção, e infelizmente percebemos que o dinheiro desses salários seria mais do que suficiente para manter Bas Dost em Alvalade.

Quem está à frente dos destinos do Sporting, tem que perceber que à semelhança de todos os grandes clubes da Europa, para se ter uma equipa muito competitiva e que queira ganhar sempre, há que ter obrigatoriamente um plantel de muita qualidade, e dentro desse plantel, pelo menos três “pontas de lança” de grande craveira.

O que aconteceu no dia 31 de Agosto de 2019 no futebol profissional de Alvalade não tem classificação possível em nenhum livro de gestão desportiva, pois é inaceitável que um clube com as ambições  do Sporting fique só com um “ponta de lança” , e que para agravar tudo isto, ninguém se tenha lembrado de inscrever o melhor marcador dos sub-23 Pedro Mendes.

O caro para Varandas saiu muito barato aos nossos rivais. Ainda no último jogo contra o FCP em Alvalade todos nós nos lembrámos de Bas Dost e de como podia ter sido diferente o resultado se ele ainda estivesse em Alvalade.