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0A anormalidade que se vive por estes dias em (quase) todo o Planeta leva as pessoas a, entre muitas outras coisas, verem e analisarem várias situações como preto ou branco, perdendo, momentaneamente, a capacidade de identificar todos os múltiplos tons de cinzento que existem e não se perderam. Por outras palavras, parece-me que a capacidade para relativizar está suspensa. ‘Decreta-se’ com facilidade o fim do Mundo como o conhecemos, e, no caso do futebol, não falta quem jure a pés juntos que nada será como dantes e que o tempo das transferências pornográficas ficará lá atrás. Enfim, pensamentos precipitados, na minha opinião, como à frente explicarei. Se nas redes sociais a incapacidade para relativizar e contextualizar é evidência diária (mas mesmo antes desta pandemia já o era em assuntos fraturantes e alguns até mundanos…), em espaços que nos deveriam garantir outro tipo de reflexão, como os jornais, tais erros começam a tornar-se irritantes. Pelo menos para mim. Deixo aqui três exemplos (dois do futebol e um de sociedade) para ilustrar:
1 – TRANSFERÊNCIAS NO FUTEBOL. Prevendo uma crise económica global sem precedentes (diariamente diferentes ‘especialistas’ garantem que tal irá suceder dentro de poucos meses), vários ‘analistas’ já decretaram o fim dos valores pornográficos pagos nos últimos anos em muitas transferências. Para eles, isso fará parte do passado, do Mundo que conhecíamos e que não retornará. Não sei se traçaram gráficos com abscissas e ordenadas (agora está na moda) e leram aí o ‘futuro’, tal como o matemático Jorge Buescu, figura elevada à condição de rock star por jornais e televisões, depois de divulgar um gráfico que daria a Portugal, a 30 de março, entre 16.395 (perspetiva conservadora) a 48.110 (perspetiva mais real, nas palavras dele) infetados com o novo Coronavírus. Como bem sabemos, ontem, 12 de abril, o número de infetados no nosso país estava em linha com o que Buescu previa de forma conservadora para… 30 de março. Um ‘pequeno’ erro de cálculo, portanto. Tão ‘pequeno’ quanto aquele que outra fornada de ‘especialistas’ previu em 2014 para os preços futuros do petróleo, lembram-se? Recordo: na altura o barril de crude estava a bater perto dos 100 dólares (até chegou a ultrapassar esse valor) e os entendidos da matéria correram os canais televisivos a avisar que “petróleo a 20 ou 30 dólares, esqueçam, é coisa que nunca mais voltaremos a ver”. Curiosamente, na passada semana o barril de crude negociou nos 25 dólares… Se há coisa que os meus 52 anos me ensinaram é que há dois termos que não podemos utilizar ao traçar cenários futuros: nunca e sempre. Não devemos tentar prever o futuro sem primeiro ler e compreender de forma clara o passado. No mercado de transferências, e o ponto é esse, se há coisa que não impera é a lógica ou a prudência. É errado ignorar que foi após o colapso financeiro de 2008 (prolongado até, pelo menos, 2015, consoante os países) que o futebol inflacionou de forma brutal o valor das transferências de jogadores. Quando se esperava contenção… deu-se expansão. E isso tem uma explicação: os setores do entretenimento (o desporto insere-se nesta indústria) experienciam um ‘boom’ durante e após as crises económicas e/ou financeiras. Por alguma razão (que os ‘especialistas’ podem tentar explicar) isso acontece. Talvez, digo eu, porque sentimos a necessidade de ‘esquecer’ a dura realidade e procuramos conforto nos setores de entretenimento, principalmente no futebol, área que nos consegue despertar paixões tão grandes, ao ponto de encontrarmos forma de, na nossa dificuldade financeira, não deixarmos de pagar para termos hora e meia de fortes emoções. Tenho, por isso, a convicção que na próxima janela de transferências vários jogadores (não os que jogam em Portugal) serão negociados acima dos 50/60 milhões de euros. Em menor número, é certo. Mas em 2021 a normalidade estará de volta. Essa normalidade que muitos hoje percecionam como loucura. Veremos se esta minha ideia ‘envelhece’ bem ou mal.
2 – ACORDO DE CORTE SALARIAL NO SPORTING. A administração da SAD do Sporting colocou de parte a ideia de partir para um pedido de lay-off em relação aos seus jogadores profissionais. Boa decisão. Chegou a um acordo com o grupo profissional que pode ter três cenários: poupa 40 por cento dos salários entre abril e junho (se a Liga não recomeçar e a equipa não entrar na fase de grupos da Champions 21/22); poupa 20 por cento dos salários entre abril e junho (se uma das duas variáveis acima explicadas não se verificar, deferindo, com isso, o pagamento de 20 por cento através da diluição mensal de 10 por cento até dezembro, e outros 10 por cento entre janeiro e junho de 2021); nada poupa, mas dilui 20 por cento dos salários de abril a junho em 12 prestações até junho de 2021 e paga os restantes 20 por cento com parte do prémio da Champions (se nenhuma das duas variáveis se verificar). Entendo tratar-se de uma negociação que configura uma situação de ‘win win’ imediato. No entanto, os jornais poderiam/deveriam, lá está, contextualizar este negócio. Promovê-lo como algo de excelência através do percentual é redutor e enganador. As notícias deveriam incluir os valores aproximados que estão em jogo e não li isso em nenhum jornal. Ora, se a Liga não recomeçar e o Sporting não jogar a fase de grupos da Champions 21/22, a poupança estará entre os cinco e os seis milhões de euros, ou seja, perto de 8 por cento do orçamento da época, o que é muito bom. Contudo, se a Liga recomeçar, e aposto dobrado contra singelo em como as 10 jornadas em falta vão ser jogadas, isso significará que o próximo orçamento da SAD (no qual se pretendia baixar a folha salarial em cerca de 10 milhões) terá que acondicionar 2,5 a 3 milhões de euros para a liquidação destas verbas agora deferidas. E talvez esta decisão coloque em causa a ambiciosa meta de tamanho emagrecimento da folha salarial. Mas gerir é tomar decisões e, neste caso, o principal foi conseguir encerrar as negociações de forma consensual. E ainda bem que o processo foi célere.
3 – O ENFERMEIRO LUÍS. Outro exemplo da anormalidade do normal, ou como o óbvio foi visto como extraordinário, neste estranhos dias que vivemos. Boris Johnson, primeiro Ministro do Reino Unido, agradeceu de forma pública a todo o staff médico que tratou dele num hospital de Londres, onde esteve internado devido à doença Covid-19. No discurso nomeou todos aqueles que dele cuidaram, com um sublinhado especial a uma enfermeira neo-zelandesa e a um enfermeiro português, ‘o Luís’. O nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo que ouvi na SIC, telefonou logo ao enfermeiro Luís. Não descansará enquanto não tiver uma selfie com o Luís de Aveiro. Não sei mesmo se não o terá colocado já numa lista de comendas para o 10 de junho. Tudo porque o Luís foi um dos milhares de enfermeiros portugueses que emigraram para Inglaterra entre 2012 e 2015 (ele foi para lá em 2014), tal como uma amiga minha. O Luís, como outros, emigrou porque cá não lhe deram emprego ou não valorizaram a profissão dele, pagando-se salários miseráveis a enfermeiros como ele. Não sei se ele estava no local certo à hora certa (ou o contrário), mas sei que fez, e bem, aquilo que é suposto fazer, ou seja, o óbvio: tratar de um paciente. Mas para o Presidente mais populista da história do Portugal democrático, até parece que o Luís fez algo de extraordinário em vez do normal do seu dia a dia de trabalho. Depois de se saber do patético telefonema, surgiu uma nota da Presidência a agradecer, não só ao Luís, mas também a todos os enfermeiros que travam esta mesma luta em Portugal. Enfim, lá caiu a ficha do bom senso a alguém no Palácio de Belém.
Conhecido adepto dos verdes e brancos deixou opinião vincada sobre os últimos acontecimentos no Clube de Alvalade e recordou duelo em Braga
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0Manuel Moura dos Santos recordou, no jornal O Jogo, a despedida de Ruben Amorim do Sporting. O conhecido adepto dos leões elogiou o trabalho do agora treinador do Manchester United e fez alguns reparos sobre a prestação da equipa frente ao Braga.
"A real despedida de Ruben Amorim aconteceu em Braga, numa noite para recordar", começou por dizer. "O jogo não começou bem, com o Braga a criar muitas dificuldades pelo seu lado direito a Matheus Reis e Maxi Araújo. O Braga tornou a marcar e fomos para o intervalo a perder por 2-0. Tudo parecia decidido. Acontece com alguma frequência num jogo de futebol que aquilo que parece afinal não é. Foi o que aconteceu na segunda parte deste jogo".
Recorde-se que, após o intervalo, houve alterações no plantel em campo. "As mexidas que Ruben Amorim fez com as entradas de St. Juste, muito rápido na recuperação, e sobretudo de Morita e Harder, mudaram o jogo", resultado disso, foi que "em pouco mais de 30 minutos, o Sporting deu a volta ao resultado com a participação destes três jogadores e Hjulmand, tendo confirmado a vitória nos descontos por Harder".
O empresário musical teceu ainda rasgados elogios ao ex-mister, que deixou Alvalade a sorrir. "A capacidade de Ruben Amorim para perceber o que era necessário alterar para o Sporting ainda poder disputar a vitória, será a marca que perdurará em Alvalade", afirmou. Ainda assim, atirou uma opinião, aparentemente, diferente do habitual desde que o treinador português foi noticiado como reforço na Premier League: "Ao contrário das muitas opiniões que li ou ouvi, o Sporting não tem nenhuma dívida de gratidão com o ex-treinador leonino. Ruben Amorim não foi para o meu clube como se fosse uma ONG em missão assistencial de salvação do Sporting".
Olhando para o futuro dos verdes e brancos, confessou: "A última coisa que desejo é um antes e depois de Ruben Amorim. Desejo a João Pereira as maiores felicidades no desempenho das suas novas funções, pois o seu sucesso será a felicidade de milhões de sportinguistas". Recorde-se que o novo treinador leonino já orientou o primeiro desafio na equipa principal, este sábado, dia 16 de novembro, na receção ao União de Leiria e saiu vitorioso (5-2).
Nome que foi apontado aos leões nos últimos mercados não foi utilizado na vitória esmagadora da seleção comandada por Julian Nagelsmann sobre a formação dos Balcãs
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0A Alemanha venceu este sábado, dia 16 de novembro, a Bósnia-Herzegovina por um estrondoso 7-0. Alexander Nubel, jogador que já foi apontado como possível reforço do Sporting, assistiu do banco enquanto a seleção germânica alcançava uma das maiores goleadas dos últimos anos.
O guardião de 28 anos, foi associado ao Sporting em vários mercados de transferências, mas os leões acabaram por contratar Vladan Kovacevic. Alexander Nubel, por sua vez, assinou pelo Estugarda, que atualmente compete na Liga dos Campeões.
A Alemanha garantiu um lugar nos quartos de final da Liga das Nações com uma goleada contundente. A seleção, sob o comando de Julian Nagelsmann, lidera atualmente o grupo 3 da Liga A com cinco pontos de vantagem sobre os Países Baixos e oito sobre a Hungria.
Demonstrando um domínio constante e sufocando o adversário em campo, os alemães resolveram a partida ainda na primeira metade, com Jamal Musiala (2'), Tim Kleindienst (23') e Kai Havertz (37') a marcarem, garantindo uma vantagem de 3-0 ao intervalo.
Apesar da falta de reação por parte da Bósnia, que nunca conseguiu ameaçar a superioridade alemã, a seleção germânica não abrandou e continuou a pressionar. Florian Wirtz destacou-se ao bisar num curto espaço de sete minutos (50' e 57'), depois de já ter assistido Havertz no primeiro tempo. Tim Kleindienst também marcou o seu segundo golo aos 79 minutos, numa altura em que a vitória já estava assegurada, e Leroy Sané (66') contribuiu com mais um para dilatar ainda mais o marcador.
Veja o primeiro golo do encontro:
Central foi campeão com o Clube de Alvalade em duas ocasiões e agora integra equipa técnica de João Pereira, que sucedeu a Ruben Amorim
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0Luís Neto decidiu regressar ao Sporting. No dia 18 de maio de 2024, emocionou-se ao despedir-se dos adeptos, afirmando que o Clube estava preparado para continuar a vencer. Após dizer adeus em Alvalade, com o Estádio cheio e mais um título conquistado, surgiram vários convites, mas o de João Pereira foi mais forte.
Com 36 anos, Neto viveu um dilema: apesar da idade, sentia-se fisicamente capaz de continuar a jogar, mantendo intacta a sua paixão pelo futebol. No entanto, recebeu um convite da direção do Sporting para regressar em novas funções, mas preferiu adiar a decisão. Durante esse tempo, continuou a treinar, esperando pelo projeto certo, sem nunca se afastar do desporto.
No verão, o central teve ofertas de clubes como AVS, Nacional e Portimonense, e ainda propostas internacionais. Contudo, priorizou a estabilidade da sua família em Lisboa, discutindo as opções com a mulher, Andreia. No final, decidiu recusar essas propostas, mantendo a porta aberta para uma nova fase no Sporting.
Nos meses seguintes, fez visitas frequentes à Academia, onde o incentivaram a regressar. A saída de Ruben Amorim para o Manchester United trouxe nova oportunidade: João Pereira, o novo treinador, convidou Neto para integrar a sua equipa técnica. Após conversas com Varandas, Amorim e a equipa técnica, o internacional luso decidiu voltar.
A experiência positiva com Ruben Amorim influenciou essa decisão. Neto admirava a forma sincera e exigente como o treinador geria o balneário. Agora, deseja transmitir esse conhecimento às novas gerações. Com menos de uma semana na equipa técnica, já se destaca por ajudar João Pereira. O campeão pelos leões está pronto para iniciar o curso de treinador, determinado a dar um novo rumo à sua carreira.