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Futebol

A ANORMALIDADE DO NORMAL

Por estes dias de anormalidade global, o óbvio é-nos ´vendido´ como algo de extraordinário e fazer algo de normal até pode ser percepcionado como loucura.

Leonino - Onde o Sporting é notícia
Leonino - Onde o Sporting é notícia

13 Abr 2020 | 13:14 |

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A anormalidade que se vive por estes dias em (quase) todo o Planeta leva as pessoas a, entre muitas outras coisas, verem e analisarem várias situações como preto ou branco, perdendo, momentaneamente, a capacidade de identificar todos os múltiplos tons de cinzento que existem e não se perderam. Por outras palavras, parece-me que a capacidade para relativizar está suspensa. ‘Decreta-se’ com facilidade o fim do Mundo como o conhecemos, e, no caso do futebol, não falta quem jure a pés juntos que nada será como dantes e que o tempo das transferências pornográficas ficará lá atrás. Enfim, pensamentos precipitados, na minha opinião, como à frente explicarei. Se nas redes sociais a incapacidade para relativizar e contextualizar é evidência diária (mas mesmo antes desta pandemia já o era em assuntos fraturantes e alguns até mundanos…), em espaços que nos deveriam garantir outro tipo de reflexão, como os jornais, tais erros começam a tornar-se irritantes. Pelo menos para mim. Deixo aqui três exemplos (dois do futebol e um de sociedade) para ilustrar:


1 – TRANSFERÊNCIAS NO FUTEBOL. Prevendo uma crise económica global sem precedentes (diariamente diferentes ‘especialistas’ garantem que tal irá suceder dentro de poucos meses), vários ‘analistas’ já decretaram o fim dos valores pornográficos pagos nos últimos anos em muitas transferências. Para eles, isso fará parte do passado, do Mundo que conhecíamos e que não retornará. Não sei se traçaram gráficos com abscissas e ordenadas (agora está na moda) e leram aí o ‘futuro’, tal como o matemático Jorge Buescu, figura elevada à condição de rock star por jornais e televisões, depois de divulgar um gráfico que daria a Portugal, a 30 de março,  entre 16.395 (perspetiva conservadora) a 48.110 (perspetiva mais real, nas palavras dele) infetados com o novo Coronavírus. Como bem sabemos, ontem, 12 de abril, o número de infetados no nosso país estava em linha com o que Buescu previa de forma conservadora para… 30 de março. Um ‘pequeno’ erro de cálculo, portanto. Tão ‘pequeno’ quanto aquele que outra fornada de ‘especialistas’ previu em 2014 para os preços futuros do petróleo, lembram-se? Recordo: na altura o barril de crude estava a bater perto dos 100 dólares (até chegou a ultrapassar esse valor) e os entendidos da matéria correram os canais televisivos a avisar que “petróleo a 20 ou 30 dólares, esqueçam, é coisa que nunca mais voltaremos a ver”. Curiosamente, na passada semana o barril de crude negociou nos 25 dólares… Se há coisa que os meus 52 anos me ensinaram é que há dois termos que não podemos utilizar ao traçar cenários futuros: nunca e sempre. Não devemos tentar prever o futuro sem primeiro ler e compreender de forma clara o passado. No mercado de transferências, e o ponto é esse, se há coisa que não impera é a lógica ou a prudência. É errado ignorar que foi após o colapso financeiro de 2008 (prolongado até, pelo menos, 2015, consoante os países) que o futebol inflacionou de forma brutal o valor das transferências de jogadores. Quando se esperava contenção… deu-se expansão. E isso tem uma explicação: os setores do entretenimento (o desporto insere-se nesta indústria) experienciam um ‘boom’ durante e após as crises económicas e/ou financeiras. Por alguma razão (que os ‘especialistas’ podem tentar explicar) isso acontece. Talvez, digo eu, porque sentimos a necessidade de ‘esquecer’ a dura realidade e procuramos conforto nos setores de entretenimento, principalmente no futebol, área que nos consegue despertar paixões tão grandes, ao ponto de encontrarmos forma de, na nossa dificuldade financeira, não deixarmos de pagar para termos hora e meia de fortes emoções. Tenho, por isso, a convicção que na próxima janela de transferências vários jogadores (não os que jogam em Portugal) serão negociados acima dos 50/60 milhões de euros. Em menor número, é certo. Mas em 2021 a normalidade estará de volta. Essa normalidade que muitos hoje percecionam como loucura. Veremos se esta minha ideia ‘envelhece’ bem ou mal.


2 – ACORDO DE CORTE SALARIAL NO SPORTING. A administração da SAD do Sporting colocou de parte a ideia de partir para um pedido de lay-off em relação aos seus jogadores profissionais. Boa decisão. Chegou a um acordo com o grupo profissional que pode ter três cenários: poupa 40 por cento dos salários entre abril e junho (se a Liga não recomeçar e a equipa não entrar na fase de grupos da Champions 21/22); poupa 20 por cento dos salários entre abril e junho (se uma das duas variáveis acima explicadas não se verificar, deferindo, com isso, o pagamento de 20 por cento através da diluição mensal de 10 por cento até dezembro, e outros 10 por cento entre janeiro e junho de 2021); nada poupa, mas dilui 20 por cento dos salários de abril a junho em 12 prestações até junho de 2021 e paga os restantes 20 por cento com parte do prémio da Champions (se nenhuma das duas variáveis se verificar). Entendo tratar-se de uma negociação que configura uma situação de ‘win win’ imediato. No entanto, os jornais poderiam/deveriam, lá está, contextualizar este negócio. Promovê-lo como algo de excelência através do percentual é redutor e enganador. As notícias deveriam incluir os valores aproximados que estão em jogo e não li isso em nenhum jornal. Ora, se a Liga não recomeçar e o Sporting não jogar a fase de grupos da Champions 21/22, a poupança estará entre os cinco e os seis milhões de euros, ou seja, perto de 8 por cento do orçamento da época, o que é muito bom. Contudo, se a Liga recomeçar, e aposto dobrado contra singelo em como as 10 jornadas em falta vão ser jogadas, isso significará que o próximo orçamento da SAD (no qual se pretendia baixar a folha salarial em cerca de 10 milhões) terá que acondicionar 2,5 a 3 milhões de euros para a liquidação destas verbas agora deferidas. E talvez esta decisão coloque em causa a ambiciosa meta de tamanho emagrecimento da folha salarial. Mas gerir é tomar decisões e, neste caso, o principal foi conseguir encerrar as negociações de forma consensual. E ainda bem que o processo foi célere.


3 – O ENFERMEIRO LUÍS. Outro exemplo da anormalidade do normal, ou como o óbvio foi visto como extraordinário, neste estranhos dias que vivemos. Boris Johnson, primeiro Ministro do Reino Unido, agradeceu de forma pública a todo o staff médico que tratou dele num hospital de Londres, onde esteve internado devido à doença Covid-19. No discurso nomeou todos aqueles que dele cuidaram, com um sublinhado especial a uma enfermeira neo-zelandesa e a um enfermeiro português, ‘o Luís’. O nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo que ouvi na SIC, telefonou logo ao enfermeiro Luís. Não descansará enquanto não tiver uma selfie com o Luís de Aveiro. Não sei mesmo se não o terá colocado já numa lista de comendas para o 10 de junho. Tudo porque o Luís foi um dos milhares de enfermeiros portugueses que emigraram para Inglaterra entre 2012 e 2015 (ele foi para lá em 2014), tal como uma amiga minha. O Luís, como outros, emigrou porque cá não lhe deram emprego ou não valorizaram a profissão dele, pagando-se salários miseráveis a enfermeiros como ele. Não sei se ele estava no local certo à hora certa (ou o contrário), mas sei que fez, e bem, aquilo que é suposto fazer, ou seja, o óbvio: tratar de um paciente. Mas para o Presidente mais populista da história do Portugal democrático, até parece que o Luís fez algo de extraordinário em vez do normal do seu dia a dia de trabalho. Depois de se saber do patético telefonema, surgiu uma nota da Presidência a agradecer, não só ao Luís, mas também a todos os enfermeiros que travam esta mesma luta em Portugal. Enfim, lá caiu a ficha do bom senso a alguém no Palácio de Belém.


Futebol

Após derrota com o Porto, Rui Borges faz promessa aos adeptos do Sporting

Depois do desaire frente aos dragões (2-1), timoneiro do emblema verde e branco marcou presença na conferência de imprensa

Rui Borges fez uma análise à partida e lamentou a derrota com o Porto, mas deixou uma mensagem aos adeptos do Sporting
Rui Borges fez uma análise à partida e lamentou a derrota com o Porto, mas deixou uma mensagem aos adeptos do Sporting

30 Ago 2025 | 23:46 |

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Após a derrota do Sporting frente ao Porto (2-1), Rui Borges marcou presença na conferência de imprensa no Auditório Artur Agostinho para responder às perguntas dos jornalistas. O técnico fez uma análise à partida e lamentou a derrota, mas deixou uma mensagem aos adeptos, prometendo "muito trabalho e ambição para ganhar todos os jogos".


Rui Borges: "Foi um jogo repartido, intenso, bem jogado de parte a parte, competitivo"


"Foi um jogo repartido, intenso, bem jogado de parte a parte, competitivo. Entrámos bem na primeira parte. O Porto tem o lance da bola de saída em que foram fortes nos duelos, mas conseguimos ser melhores nos primeiros minutos. Com o passar do tempo, o jogo ficou bastante repartido e a primeira parte foi bastante equilibrada. Entrámos bem na segunda parte e, no momento em que estávamos melhor no jogo, cinco minutos saíram-nos caros. Estávamos a conseguir empurrar o Porto e nada previa aqueles cinco minutos", começou por dizer.


Apesar do desaire, o técnico elogia os seus pupilos: "Acima de tudo, a equipa foi capaz. O 2-0 podia ter-nos atirado muito abaixo, mas a equipa reagiu, fez o 2-1 e podia ter feito o 2-2. Não fomos felizes na finalização e nos minutos finais estávamos um pouco ansiosos, perdemos a calma. Futebol é isto. Foi só um jogo, não fomos capazes e parabéns ao adversário".

Rui Borges explicou que não ficou surpreendido com a prestação dos dragões: "O Porto não fugiu ao que esperávamos. Entram muito em duelos, no homem a homem. Em alguns momentos conseguimos ligar no jogo interior, em outros ligámos por fora. Tínhamos de procurar o espaço e quando o fizemos com qualidade criámos perigo. A equipa percebeu em que momentos tinha de procurar a bola mais longa e estou feliz com o que foi capaz".


Rui Borges: "Posso prometer muito trabalho e ambição para ganhar todos os jogos"

Quanto ao mercado, o técnico disse estar satisfeito com o atual plantel do Sporting: "As equipas grandes reforçaram-se com mais qualidade. Estão mais capazes no sentido coletivo e global. Têm mais soluções capazes de dar resposta, o que torna o jogo mais competitivo. Estou feliz com o plantel e condições que temos. Posso prometer muito trabalho e ambição para ganhar todos os jogos. Esta equipa já demonstrou que é muito capaz e diferenciada. Não tenho qualquer dúvida que vamos ser muito felizes."


Futebol

Confira o resumo/melhores momentos do Sporting - Porto (Vídeo)

Clube de Alvalade perdeu em casa no encontro da quarta jornada da Liga Portugal Betclic e cai da liderança do Campeonato Nacional

Sporting perdeu, este sábado, dia 30 de agosto, por 2-1 na receção ao Porto quarta jornada da Liga Portugal Betclic.
Sporting perdeu, este sábado, dia 30 de agosto, por 2-1 na receção ao Porto quarta jornada da Liga Portugal Betclic.

30 Ago 2025 | 23:31 |

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O Sporting perdeu, este sábado, dia 30 de agosto, por 2-1 na receção ao Porto quarta jornada da Liga Portugal Betclic. Na segunda parte, a equipa adversária marcou dois golos quando nada o fazia prever e conseguiu levaram os três pontos de Alvalade.


O Clássico começou e logo com uma ocasião de golo na bola de saída dos dragões com Borja Sainz a acertar no poste. A resposta dos leões apareceu aos 9', quando Luis Suárez recebeu um lançamento lateral de Ricardo Mangas e rematou em arco, com a bola a passar muito perto da baliza visitante.


Até ao intervalo, destaque para o momento em que Geny Catamo, lançado na velocidade por Iván Fresneda, avançou até à área portista e foi derrubado por Francisco Moura, mas o árbitro João Gonçalves mandou seguir. No final da primeira parte, o marcador permanecia inalterado


O segundo tempo abriu com um Sporting dominador e a encostar o rival às cordas. No entanto, e contra a corrente do jogo, o Porto conseguiu um golo caído do céu, com Luuk de Jong (61') a ser o marcador. A equipa de Francesco Farioli voltou a marcar imediatamente a seguir, desta feita por William Gomes (64')

O golo verde e branco surgiu aos 74': Gonçalo Inácio desmarcou Ricardo Mangas e este tentou assistir Conrad Harder, tendo Nehuén Pérez enviado a bola para a própria baliza. Houve ainda tempo para um tiro de Morten Hjulmand por cima e para algumas investidas perto da área de Diogo Costa, mas o resultado manteve-se.


Veja o resumo:


Futebol

Rui Borges questionado sobre chegada de reforço: "Não é jogador do Sporting"

Treinador do Clube de Alvalade não escondeu a frustração após a derrota caseira dos verdes e brancos frente ao Porto (2-1), em Alvalade

Rui Borges falou num "jogo equilibrado" e lamentou os dois golos do Porto num espaço de cinco minutos
Rui Borges falou num "jogo equilibrado" e lamentou os dois golos do Porto num espaço de cinco minutos

30 Ago 2025 | 23:14 |

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Rui Borges não escondeu a frustração após a derrota caseira dos leões frente ao Porto (2-1), na quarta jornada da Liga Portugal Betclic. O treinador falou num "jogo equilibrado" e lamentou os dois golos do Porto num espaço de cinco minutos. O treinador foi ainda questionado sobre a chegada de Fotis Ioannidis, mas evitou falar no assunto, uma vez que o avançado "não é jogador do Sporting".


"Quando estamos melhores, o Porto faz dois golos. Perdemos nesses cinco minutos o controlo do jogo"


"Um primeiro lance, logo na bola de saída, o Porto foi forte e atirou ao poste. Depois disso estivemos muito bem no jogo. Mandámos, tivemos bola, não deixámos o Porto ser pressionante. No início fomos melhores. Com o passar do tempo, o jogo ficou equilibrado. O Porto perigoso nas transições, contra-ataques. Penso que foi uma 1.ª parte equilibrada e uma 2.ª onde entrámos muito bem. E quando estamos melhores, o Porto faz dois golos. Perdemos nesses cinco minutos o controlo do jogo. Depois reagimos, ficámos com bola e fomos à procura do golo. Não fomos felizes, mas foi um jogo equilibrado. A sorte passou para o lado do adversário", começou por dizer na flash interview.


Geovany Quenda entrou em campo com o marcador em 1-0: "Estávamos a conseguir instalar-nos no meio-campo do Porto e queríamos refrescar as dinâmicas, estávamos a conseguir encostar o Porto atrás. E, no momento em que queremos modificar, sofremos aqueles dois golos. No primeiro golo podíamos controlar melhor, no segundo mérito do adversário, é um grande golo. A equipa reagiu, foi à procura do golo. Conseguiu chegar ao 2-1, podia ter chegado ao 2-2. É seguir o nosso caminho".

O treinador explicou que quer voltar a entrar em campo o mais rapidamente possível: "Se pudesse sim. Mas não se trata de limpar a cabeça. A equipa teve qualidade de jogo, uma atitude muito boa. Não vamos ganhar sempre, mas claro que é o que queremos. Isto não muda os nossos objetivos nem a nossa confiança".


Rui Borges: "Ioannidis ainda não é jogador do Sporting, Harder ainda é"

Questionado sobre uma possível saída de Conrad Harder e a chegada de Fotis Ioannidis, Rui Borges optou por não elaborar o tema em causa: "Ioannidis ainda não é jogador do Sporting, Harder ainda é, portanto não vou comentar isso", terminou o técnico leonino.


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