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0Vladan Kovacevic, que se oficializou como jogador do Sporting no dia 5 de junho, nasceu a 11 de abril de 1998 em Banja Luka, na Bósnia. O guardião é sem dúvida uma mais-valia no puzzle de Rúben Amorim, que já admitiu desejar uma equipa a defender mais assumidamente com três centrais, a sair a construir a partir de trás ou procurar profundidade, onde Gyokeres é considerado a peça-chave. Neste sentido, o diário desportivo A Bola, propôs-se a realizar um retrato do percurso de Kovacevic.
Nascido em Banja Luka, capital da entidade conhecida como República Sérvia da Bósnia e é ainda considerada o centro da região da Fronteira Bósnia, começou a dar os seus primeiros toques na bola no clube local, o Zeljeznicar, e completou grande parte da formação no FK Sarajevo, onde, depois de uma época emprestado ao Sloboda Mrkonjic Grad (2017/18), voltou a fazer parte da equipa principal, tendo-se sagrado campeão e até chegou a vencer uma Taça da Bósnia.
No entanto, o caso de Kovacevic é complexo: sendo a sua história influenciada pela política e as guerras nos Balcãs, tendo raízes bósnia e sérvia, possui dupla personalidade e com a declaração da independência da Bósnia e Herzegovina e ainda o estabelecimento da república da Sérvia – Banja Luka, onde nasceu -, o guarda-redes sempre se identificou mais sérvio do que bósnio.
Após falhar a estreia pela formação A da Bósnia, em fevereiro de 2023, a relação de Kovacevic com a entidade federativa foi-se deteriorando pela falta de oportunidades e o facto de não ter respondido a uma chamada para integrar um estágio. Esta situação agravou-se quando, em março de 2023, aceitou representar a Sérvia, com o selecionador a convocá-lo para os jogos de qualificação para o Campeonato da Europa 2024, no entanto acabou por ser impedido pela FIFA, que considerou que o guarda-redes só poderá representar a Bósnia.
Apesar desta decisão ter gerado uma onda de ódio à volta do atleta, que acabou por ser mesmo ‘amaldiçoado’ pelos compatriotas bósnios, que ameaçavam a sua mão e chamavam Kovacevic de ‘traidor’, o guarda-redes mantém-se firma na sua decisão, tendo chegado a recorrer da decisão da FIFA para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD): “Para mim não é um tópico encerrado. Da minha parte farei tudo o que estiver ao meu alcance para um dia vestir a camisola da Sérvia. Se isso vai ser uma realidade não depende de mim”.