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Futebol
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Rui Borges conduziu o Sporting à conquista do bicampeonato nacional, sucedendo a Ruben Amorim e João Pereira, que também orientaram a equipa ao longo desta temporada. Segundo Carlos Correia, presidente do Mirandela, clube onde o técnico iniciou a carreira, o antigo treinador do Vitória de Guimarães desenvolveu uma forte ligação ao emblema leonino, embora a sua paixão inicial tenha sido pelo Porto.
Carlos Correia: "Rui Borges é Sportinguista ferrenho e tem de ser, porque é onde está a ganhar a vida"
"O Rui Borges era portista e isso via-se quando vínhamos todos no autocarro, era ele e o Zaidu, que acabou por ir para o Porto. Mas agora é Sportinguista ferrenho e tem de ser, porque é onde está a ganhar a vida e merece", fez notar, em declarações ao jornal Record, o dirigente do emblema que também já foi treinado pelo atual técnico do Sporting.
Nesta mesma entrevista, Carlos Correia recordou o passado de Rui Borges e garantiu que, desde cedo, se percebeu que o mesmo teria futuro como timoneiro: "É melhor treinador do que jogador. Não é que fosse mau jogador, mas vai ter mais sucesso como treinador, não tenho dúvidas".
O presidente do Mirandela destacou, também, que apesar de ser benfiquista, foi o jogo do Sporting diante do Vitória de Guimarães, no último sábado, que viu do início ao fim: "Se me perguntasse se queria o Benfica campeão, queria, mas ter um mirandelense no Sporting, que foi meu jogador e treinador, é meu amigo, é da cidade de Mirandela, frisa sempre que é de Mirandela e de Trás-os-Montes, dá nome ao cidade e ao clube… isso é muito importante para nós".
A equipa de Rui Borges - técnico que foi, nas últimas horas, elogiado por Frederico Varandas -, recorde-se, fechou a 91.ª edição do campeonato no primeiro lugar, com 82 pontos, e selou o terceiro título em cinco anos, seguindo-se, no domingo, dia 25 de maio a final da Taça de Portugal, no Jamor, frente ao Benfica, segundo da Liga, com 80 pontos.
Selecionador Nacional divulgou, esta terça-feira, dia 20 de maio, a lista dos 27 convocados de Portugal para a ‘final four’ da Liga das Nações
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O selecionador Roberto Martínez divulgou, esta terça-feira, dia 20 de maio, a lista dos 27 convocados de Portugal para a final four da Liga das Nações que vai decorrer em junho, na Alemanha. Eduardo Quaresma, central determinante no título do Sporting, ficou de fora das escolhas.
Ainda assim, Rui Silva, Gonçalo Inácio, Pedro Gonçalves e Francisco Trincão foram os jogadores do emblema verde e branco chamados pelo técnico para a competição internacional. De fora da convocatória também ficou Geovany Quenda, que havia sido convocados para os últimos compromissos.
Portugal qualificou-se para as meias-finais da Liga das Nações ao vencer a Dinamarca, em Lisboa, no Estádio da Luz, por 5-2 no prolongamento, após 3-2 no tempo regulamentar, recuperando da desvantagem de 1-0 da primeira mão, em Copenhaga. Antes desse duelo dos ‘quartos’, a seleção lusa já tinha conquistado o Grupo 1 à frente de Croácia, Escócia e Polónia.
A equipa das quinas, ainda com Fernando Santos no comando, conquistou a primeira edição da Liga das Nações, em 2019, tendo depois falhado a qualificação para a ‘final four’ em 2020/21 e 2022/23. O primeiro jogo de Portugal será a 4 de junho, frente à Alemanha e, caso vença, vai disputar a final a 8 de junho, também no Allianz Arena.
Esta temporada, com a camisola do Sporting, Eduardo Quaresma soma 30 partidas, contabilizando um total de 1.968 minutos de utilização, tendo marcado um golo, diante do Gil Vicente. Avaliado em 14 milhões de euros – o futebolista tem sido utilizado como central pela direita, num sistema de três defesas.
Jogador importante para o conjunto orientado por Rui Borges ainda não se encontra completamente apto e está, por isso, em dúvida para o dérbi
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A saída prematura de Ousmane Diomande no encontro frente ao Vitória de Guimarães gerou alarme, mas os últimos desenvolvimentos trazem algum alívio. De acordo com o jornal Record, o defesa-central do Sporting sofreu um traumatismo no joelho esquerdo, e os exames realizados afastaram lesões nos ligamentos. Apesar do cenário ser menos grave do que inicialmente se temia, subsistem dúvidas quanto à sua disponibilidade para a final da Taça de Portugal, agendada para este domingo.
Aos 25 minutos do último jogo do campeonato, Diomande foi forçado a abandonar o relvado, o que levantou a possibilidade de ficar indisponível para o encontro decisivo da prova rainha, agendado para este domingo frente ao Benfica, no Jamor. O atleta continuará a ser reavaliado até ao dia do jogo e só mais perto do mesmo será tomada uma decisão.
Na receção oficial promovida pela Câmara Municipal de Lisboa aos recém-coroados bicampeões nacionais, na última segunda-feira, Diomande marcou presença, ainda que visivelmente condicionado. Para subir ao palanque montado para a cerimónia, precisou de se apoiar no corrimão, evitando colocar peso sobre a perna esquerda.
Com o embate frente ao Benfica a poucos dias de distância, Rui Borges ainda não sabe se poderá contar com o jogador que foi importante no eixo defensivo do Sporting. O atleta, recorde-se, falou aos jornalistas durante os festejos do título e, já na altura, não escondeu sentir desconforto.
"Tenho um pouco de dor, mas amanhã vamos ver, vamos ver. Espero que não seja algo grande", disse o camisola 26 dos verdes e brancos, em declarações à Sporting TV, já dentro do autocarro que levou os bicampeões nacionais ao Marquês de Pombal.
Confira o vídeo de dedicação a Ousmane Diomande, depois de ter atingido os 100 jogos:
Comentador desportivo deixa rasgados elogios a um elemento fundamental da equipa verde e branca, que teve um papel preponderante na conquista do bicampeonato
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Rui Borges chegou ao Sporting em dezembro de 2024, contratado ao Vitória de Guimarães, e guiou a equipa verde e branca à conquista do bicampeonato. Luís Freitas Lobo, comentador desportivo, enalteceu a evolução do treinador dos verdes e brancos e elogiou as opções táticas que o técnico tomou, tudo isto num artigo de opinião publicado no jornal O Jogo.
“Rui Borges está no oposto da vocação comunicacional de Ruben Amorim. A postura, o sotaque, o trajeto, sem sorriso charmoso e sem berço de grandes clubes. Antes um percurso que saiu de trás dos montes do mais futebol profundo, o que se joga e cresce em divisões secundárias, cheias de pó, até que um dia surge um atalho para outro mundo”, começa por referir Luís Freitas Lobo.
De seguida, o especialista destaca as mudanças táticas promovidas por Rui Borges: “Começou por mudar o sistema (de 3x4x1x2 para 4x4x2) e dinâmicas de jogo. Ganhou, nesse arranque, com essa marca de rutura. A linha de “3” desaparecia e surgia a clássica de “4”, mais três médios em vez de dois. Quando, porém, essa ideia começou a encravar em certos pontos do jogo em que tentava ativar um “modo de gestão” (as tais segundas partes em que o bloco recuava demais e não atacava da mesma forma) percebeu que resgatar a memória acumulada do passado recente para juntar à sua seria a mescla ideal”.
Luís Freitas Lobo realçou, ainda, o impacto dos problemas físicos de vários jogadores na estratégia de Rui Borges - que foi muito elogiado por Frederico Varandas: “As circunstâncias (lesões de tantos médios) também condicionaram a decisão. Foi o momento tático da época. Resgatou os três centrais e o 3x4x2x1, estabilizou o jogo da equipa, posicionamento do bloco e visão das linhas desde trás a construir mesmo quando mais recuadas”.
A terminar, Luís Freitas Lobo elogia também a resposta de Rui Borges ao momento menos positivo do goleador da equipa leonina: “Gyokeres teve um ciclo em que mostrou menos os dentes e o ataque ressentiu-se, mas a capacidade de, nessa fase, sem o 'homem-golo que resolve', a equipa já ter outra capacidade tática (muita vinda do ‘chip tático’ de início de época) foi decisiva para segurar-se em muitos jogos. Foi a vitória dum treinador na capacidade de ajustar-se à realidade. Sem mudar a sua personalidade e estilo, trazer esse sotaque de outro futebol à grande cidade e conquistá-la com a simplicidade dum corte de Hjulmand ou um remate de Gyokeres”.