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0A Sporting SAD apresentou um resultado líquido negativo de 23,5 milhões de euros no terceiro trimestre da época desportiva de 2020/21 (LER MAIS AQUI, AQUI, AQUI e AQUI). Uma das conclusões a retirar após a análise do documento é que, no curto prazo, os leões terão de pagar 62,2 milhões de euros a Clubes e empresários, o que significa um aumento superior a 6 de milhões de euros comparativamente com o período homólogo.
Na dívida a clubes, o valor total até diminuiu: 26,6 para 24,9 milhões de euros. O maior credor é, por larga margem, o Braga. O Sporting deve aos arsenalistas 11,5 milhões. O Famalicão (2,9), o Portimonense (2), o Rio Ave (1,6) e o Bétis (1,6) completam o top5 dos emblemas com mais dinheiro a receber por parte dos leões.
Porém, se juntarmos a dívida a agentes, que cresceu mais de 8 milhões e na qual Jorge Mendes é líder (LER MAIS AQUI), a dívida corrente leonina chega aos 62,2 milhões de euros.
Antigo Presidente do emblema verde e branco também foi inquirido e confirmou algumas informações ao Ministério Público
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0O Sporting contactou Álvaro Sobrinho - acusado de crime de branqueamento de capitais agravado - para comprar a participação da Holdimo na SAD presidida por Frederico Varandas. A informação está a ser avançada pelo jornal Record, que terá, segundo o diário desportivo, tido acesso ao despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). São ainda reveladas as declarações de Godinho Lopes.
O antigo Presidente do Sporting e da SAD, entre 2011 e 2013, afirmou ao Ministério Público que "Álvaro Sobrinho aceitou emprestar dinheiro ao Sporting Clube de Portugal, exigindo apenas que estivesse garantido por passes de jogadores, sendo que se o SCP vendesse os jogadores e não tivesse dinheiro para saldar o valor em dívida podia substituir os passes destes jogadores pelos passes de outros jogadores", pode ler-se.
De resto, o ex-líder dos leões ainda terá confirmado que o dinheiro que entrou em Alvalade "pertencia à sociedade Holdimo e que, nesta altura [à data dos contactos], com ligação à Holdimo apenas conheceu Álvaro Sobrinho", ainda assim, "anos mais tarde, foi-lhe dito que o dinheiro recolhido para emprestar ao Sporting Clube de Portugal tinha origem em várias pessoas de nacionalidade angolana, não tendo sido identificado qualquer nome", detalha o DCIAP. De resto, Godinho reiterou "desconhecer que o dinheiro pertencia ao BESA, e, no seu entender, este dinheiro pertencia à sociedade Holdimo".
Recorde-se que, depois da recompra dos VMOC's, por parte do Sporting de Frederico Varandas ao Novo Banco, a presença da Holdimo no capital social da SAD ficou bastante reduzida, passando de uma percentagem a rondar os 30% para um valor perto dos 13%.
De resto, no passado, a empresa de Álvaro Sobrinho, quando tinha 30% das ações, detinha um administrador executivo -, Nuno Correia da Silva -, tendo, posteriormente, o mesmo passado a não executivo. Ao dia de hoje, a Holdimo não tem qualquer administrador na SAD verde e branca, o que se explica pela perda de força da empresa no capital social - atualmente nos 9%.
Presidente dos verdes e brancos terá contactado a Holdimo para recuperar os 9% do capital social detidos pela empresa angolana
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0O Sporting contactou Álvaro Sobrinho - acusado de crime de branqueamento de capitais agravado - para comprar a participação da Holdimo na SAD presidida por Frederico Varandas. A informação está a ser avançada pelo jornal Record, que terá, segundo o diário desportivo, tido acesso ao despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
"[Francisco Salgado Zenha] Esclareceu também que, ao longo das conversas que manteve com Álvaro Sobrinho manifestou àquele, de forma informal, o possível interesse do Grupo Sporting em adquirir, no futuro, a totalidade da participação social da sociedade Holdimo, se aquela quisesse vender. Contudo, frisou que, não houve nenhuma sequência formal a esta abordagem e, para além desta, não tem conhecimento de mais nenhuma intenção de venda da participação social por parte da sociedade Holdimo", escreve o DCIAP.
"Nesta matéria, esclareceu que, caso a sociedade Holdimo pretenda vender no mercado a sua participação social, face à lei da oferta e da procura, pode obter, por cada ação, um valor superior ou inferior ao valor unitário de €1,00 que atualmente lhe está atribuído", pode ler-se no documento, que conclui o resumo da inquirição a Zenha referindo que o dirigente leonino "disse desconhecer a origem do dinheiro aplicado pela sociedade Holdimo na Sporting SAD e no Sporting Clube de Portugal", pode ler-se no despacho.
Recorde-se que, depois da recompra dos VMOC's, por parte do Sporting de Frederico Varandas ao Novo Banco, a presença da Holdimo no capital social da SAD ficou bastante reduzida, passando de uma percentagem a rondar os 30% para um valor perto dos 13%.
De resto, no passado, a empresa de Álvaro Sobrinho, quando tinha 30% das ações, detinha um administrador executivo -, Nuno Correia da Silva -, tendo, posteriormente, o mesmo passado a não executivo. Ao dia de hoje, a Holdimo não tem qualquer administrador na SAD verde e branca, o que se explica pela perda de força da empresa no capital social - atualmente nos 9%.
Camilo Lourenço deixou o aviso depois de ter-se ficado a conhecer os detalhes do empréstimo obrigacionista leonino
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0O mais recente empréstimo obrigacionista do Sporting, que colocou 50 milhões de euros em dívida a três anos, é a prova de que os clubes portugueses continuam a depender cada vez mais do mercado de dívida para obter fundos a curto prazo, um modelo que, segundo Camilo Lourenço, pode trazer "problemas" no futuro. Em conversa com o jornal 'Record', o economista considera que chegará o dia em que alguém "não vai pagar".
"O que está a acontecer é que, em primeiro lugar, os clubes tinham muita dívida nos bancos; em segundo lugar, os bancos já não financiam os clubes como costumavam fazer. Quando o BCE [Banco Central Europeu] chegou, descobriu que havia uma série de bancos com empréstimos a clubes e que estavam a realizar maus negócios. O BES perdeu uma fortuna com o Sporting, basta ver o perdão que aconteceu recentemente. Portanto, os clubes já não conseguem obter financiamento dos bancos e têm de procurar dinheiro em outros lugares", explicou.
"As receitas normais já não são suficientes. Os clubes precisam de dinheiro e têm emitido obrigações. Se observarmos, as obrigações seguintes são sempre maiores do que as anteriores. Isso acontece porque continuam a acumular dívidas. E depois ainda há os juros...", acrescentou.
Os montantes elevados envolvidos nestes empréstimos podem representar um "caminho sem retorno" e, na opinião de Camilo Lourenço, podem levar os clubes portugueses a um abismo, uma vez que eventualmente não conseguirão "pagar completamente a dívida" acumulada.
"Não tenho dúvidas de que a situação pode tornar-se ainda mais complicada. Um dia vão surgir problemas e é por isso que muitas pessoas não investem em obrigações de SADs. Todos dizem que vão pagar, mas chegará o dia em que alguém não o fará e aí surgirão os problemas.", atirou Camilo Lourenço, prosseguindo:
"No mercado de capitais, eventualmente alguém falha. Não vejo um modelo de negócio em que os clubes consigam gerar receitas suficientes para pagar completamente a dívida e financiarem-se sem recorrerem a empréstimos. Se um dia alguém não pagar, será um grande problema", enfatizou, por fim.