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0Luís Mateus, jornalista e editor-executivo do jornal 'A Bola', assinou o seu espaço de opinião com uma coluna sobre João Pereira, e sobre os primeiros tempos do técnico no Sporting, numa movimentação que se precipitou devido à saída precoce de Ruben Amorim para o Manchester United.
"Deverá haver poucas profissões piores do que a de treinador. (...) Um técnico tem muitos privilégios quando comparado com os comuns mortais, todavia, sobretudo no futebol, não há quem esteja tão exposto. Depois, há algo do foro psicológico que provavelmente não se encontra noutro ecossistema: tanto jogadores como treinadores acreditam sempre que podem ser o "tal", haja ou não sustentação lógica ou racional para tão elevado nível de autoconfiança", começou por dizer.
"É válido para Ruben Amorim, para João Pereira e para qualquer outro treinador, de qualquer equipa e divisão. Entre estes, depois há aqueles que já têm todas as valências – que não se medem em níveis do curso –, outros que ainda as estão a adquirir e quem lá dificilmente chegará".
Luís Mateus adicionou, de seguida: "O que João Pereira não tinha era qualquer escapatória. Estava obrigado a aceitar o desafio devido ao tal comboio que não passa sempre, mas dificilmente irá ganhar com esse passo, pelo menos no imediato. Porque, se correr bem, terá aproveitado, aos olhos da maioria, o trabalho do antecessor. E se não conseguir ser campeão depois de Amorim ter empurrado os leões até à velocidade de cruzeiro, não restará outra explicação para a opinião pública a não ser a de não ter tido unhas para o Ferrari".
"O 5-1 diante do Arsenal é um banho de realidade, talvez humildade, e até pode ter o rótulo da responsabilidade do técnico. Só que junto da maioria dos adeptos é mais do que isso, não há dúvidas. (...) Depois, onde o antecessor goleava, na comunicação, João Pereira não parece capaz de inspirar as hostes.(...) Lembro-me dos que diziam que era só não estragar, porque sabemos que é precisamente agora que Amorim faz mais falta. A João Pereira resta-lhe aceitar o fardo e provar que é o homem certo. Que da própria vez que um rival aparecer arranhado a culpa poderá ser sua. A herança, essa, é terrível. Nada de novo", rematou o jornalista.
Duas partidas foram analisados por especialistas e os resultados são surpreendentes, com as diferenças entre os dois jogos a serem notórias
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0O Sporting recebeu, no início de novembro, o Manchester City, naquele que foi o último jogo de Ruben Amorim em Alvalade. Venceu, na altura, por 4-1, em resultado histórico para os leões. Voltou a receber um gigante da Premier League no fim de novembro, desta feita para a estreia nas competições europeias de João Pereira, o novo técnico do Clube. O desfecho foi diferente, e o marcador apontava 5-1 para os visitantes no final do jogo. Feita, agora, a análise aos dois jogos, as diferenças são surpreendentes.
A Opta, que normalmente faz análises a dados estatísticos ligado ao futebol, pôs lado a lado vários indicadores da equipa dos leões nos últimos dois jogos que realizou para a Liga dos Campeões, e que permite notar uma clara mudança no comportamento da equipa.
Frente ao Arsenal, o Sporting teve mais posse de bola do que no jogo frente ao Manchester City (52,18% vs 27,28), mais passes (498 vs 228), mais toques na área adversária (21 vs 15), mais cruzamentos (15 vs 1), mais remates (19 vs 9), e menos remates contra (12 vs 20).
Na verdade, dos 35 indicadores estatísticos medidos pela Opta, houve muito poucos em que o Clube de Alvalade foi melhor no jogo com os citizens: teve menos passes falhados, tanto no meio campo defensivo como ofensivo, muito porque fez menos passes no geral; teve menos perdas de bola (75 vs 95); e ganhou mais duelos aéreos (15 vs 12). Tirando estes, só foi melhor nos indicadores dos golos marcados, golos sofridos e grandes oportunidades.
Depois dos jogos frente ao Manchester City e Arsenal, o Sporting segue na décima posição da fase inicial da Liga dos Campeões, onde soma 10 pontos ao fim de cinco partidas disputadas. Venceu frente ao Lille (2-0), Sturm Graz (2-0) e Manchester City (4-1), empatou frente ao PSV (1-1), e perdeu frente ao Arsenal (5-1). Tem ainda marcadas partidas frente ao Club Brugge, Leipzig e Bolonha.
Na sequência de uma vitória importante, no Torreense, o antigo treinador dos leões não conteve a emoção ao recordar Manuel Fernandes
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0Tiago Fernandes, antigo treinador do Sporting e filho de Manuel Fernandes, glória do Clube de Alvalade, não escondeu a emoção ao recordar o falecido progenitor. O momento ocorreu na sequência do triunfo da equipa que orienta, o Torreense, na deslocação a Felgueiras (2-1).
"Disse aos meus jogadores: ‘Se fizerem hoje o que temos preparado em termos estratégicos vamos estar muito mais próximos de ganhar’. Eles fizeram um grande jogo. Isso é importante para mim, eles também têm sido importantes para a minha carreira, porque tive um ano difícil, como vocês sabem, e foi importante apanhar um grupo de homens como eles, com grande caráter", começou por referir
Além disso, atribuiu a vitória à família, "Quero dedicar a vitória aos que ficaram em Torres Vedras e à minha família, que está em casa a ver-me, às minhas filhas e à minha mulher, que estão sempre à minha espera", disse, na flash interview da SportTV, após o duelo.
Por fim, relembrou o antigo avançado dos verdes e brancos que fez história em Alvalade, "Perder um pai é difícil, o meu pai era tudo para mim, em todos os jogos me lembro dele e quando ganho é para os meus jogadores e para ele", confessou, nitidamente emocionado.
Recorde-se que Tiago Fernandes orientou o Clube de Alvalade na temporada de 2018/19. Embora tenha feito apenas três jogos ao comando da equipa principal, o técnico - além de um empate a zero frente ao Arsenal, em Londres - alcançou duas vitórias no Campeonato Nacional – diante do Chaves e do Santa Clara, ambas por 2-1.
Jovem que já foi campeão nacional pelos leões, duas vezes, esteve de fora do leque de opções para o técnico do Las Palmas e não foi a jogo
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0O desempenho de Dário Essugo no Las Palmas tem sido destaque. Emprestado pelo Sporting, o médio vem fazendo uma das melhores temporadas da carreira. No entanto, esteve ausente na visita ao Barcelona numa partida que contou para a 15.ª jornada da La Liga e terminou numa vitória favorável para o Las Palmas por 2-1
Os golos surgiram apenas na segunda parte, com o marcador a ser estreado por Sandro Ramírez aos 49’, e a aumentar a vantagem do Las Palmas. Seguidamente, Lamine Yamal, que regressou de uma lesão, deu o empate ao Barcelona mas, seis minutos depois, Fábio Silva, internacional português, voltou a colocar o Las Palmas na frente.
Atualmente, o Barcelona mantém os 34 pontos, mas tem a liderança do campeonato nacional ameaçada pelo Real Madrid, que soma 30 pontos e tem duas jornadas a menos. Já o Las Palmas, soma 15 pontos, estabelecendo-se no 14.º posto da tabela classificativa.
A cedência de Dário Essugo para o Las Palmas aconteceu nos últimos momentos do mercado de transferências do verão de 2024. No clube das Canárias, o médio rapidamente conquistou um lugar de destaque, tornando-se numa das principais referências da equipa e já marcou um golo, além de ter participado em nove encontros na La Liga, somando 763 minutos.
Dário Essugo estreou-se pela equipa principal do Sporting a 20 de março de 2021, numa vitória frente ao Vitória de Guimarães. Na altura, com apenas 16 anos, entrou aos 84 minutos para substituir João Mário, num jogo que marcou o início da sua carreira como profissional. Desde essa data, o jovem médio somou 25 jogos pela equipa principal do Sporting, tendo conquistado dois Campeonatos Nacionais, em 2020/21 e 2023/24.