Nuno Santos
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12 Nov 2020 | 13:13

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Nuno Santos

O Sporting defende-se a si, dentro de princípios de honra, decência e honestidade, que devem ser imutáveis.

Recentemente, foi aflorado o tema de uma suposta aliança com o Benfica, em diversos palcos de discussão. Tal circunstância motivou que o responsável pela comunicação do Sporting viesse a público negar tal facto. Também motivou que um responsável pelo Benfica expressasse a sua opinião sobre o tema, dizendo que era um erro o Sporting não querer seguir esse caminho.


Recordo o momento em que, numa conversa de Sportinguistas, um antigo titular de um dos órgãos sociais do Sporting lançou a questão da relação com o Benfica e com o Porto. Também me recordo da opinião que expressei, que é a mesma que mantenho, anos depois.

O Sporting, por princípio e desígnio, não deve nunca estabelecer alianças com ninguém, porque tal implicaria que se estaria numa relação de conluio contra alguém. Ora, o Sporting não deve estar contra ninguém. Deve, isso sim, defender a sua posição e o seu interesse legítimo. E isso pode gerar situações de conflito com os interesses alheios mas não deve resultar de um esforço concertado com outras instituições, no sentido de combater ninguém.


O Sporting, idealmente, deve manter relações institucionais com todos os demais clubes. Em toda e qualquer circunstância há assuntos do interesse comum de todos os clubes, que não podem ser discutidos e debatidos saudavelmente, se existir abstinência de relacionamento entre todos os intervenientes.

Esta ideia implica ter relações institucionais com Benfica e Porto. Porém, o Sporting não pode ter uma relação institucional saudável com instituições de quem suspeitemos que tenham tentado (ou mesmo conseguido) subverter os princípios éticos e de honestidade inerentes à verdade desportiva.


Ou seja, se o Sporting suspeitar que qualquer um dos seus adversários faz batota, o mais natural é que não possa relacionar-se de forma normal com esses "parceiros".

No contexto atual, o Sporting depara-se com dois concorrentes que são chefiados por pessoas que, agora ou no passado, foram ligados a notícias de práticas de falseamento da verdade desportiva. Portanto, eu diria que o relacionamento com os nossos principais concorrentes deveria estar sob muitíssimas reservas porque, apesar de se dizer que as pessoas não devem ser confundidas com as instituições, na prática é impossível dissociar as práticas dos seus dirigentes dos benefícios alcançados pelas estruturas que lhes estão confiadas.

Se o Sporting decidir não manter qualquer tipo de relacionamento com os clubes em causa, só me merece aplauso. Mas que essa decisão seja pelas razões certas de decência e honradez e não pelo facto de o nosso Presidente ter sido visado por qualquer declaração dos responsáveis desses clubes.

Temos já uma longa história de alianças, ora com o Porto, ora com o Benfica, em que o beneficiário de tal tandem foi, invariavelmente, o nosso "parceiro". Além de geneticamente erradas, as sucessivas alianças não nos foram favoráveis.

O Sporting tem um suporte social de dimensão suficiente para defender o seu próprio terreno, sem ter necessidade de ajudar ou de pedir ajuda a qualquer dos seus maiores rivais.

O Sporting defende-se a si, dentro de princípios de honra, decência e honestidade, que devem ser imutáveis.

Alianças, só no dedo e, ainda assim, cuidado! É que nem essas são tendencialmente perpétuas, nos tempos que correm.

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