Bruno Fernandes demonstrou em três anos mais dedicação e amor ao Sporting que Podence em treze anos de clube.

Em 2019 todo o mundo ficou a conhecer Podence, pois foi o ano em que os Caretos de Podence foram reconhecidos pela Unesco como Património Imaterial da Humanidade.

Mas para os Sportinguistas foi também o ano em que outro Podence, Daniel, conseguiu ver os seus intentos e pretensões satisfeitas em prejuízo dos interesses do Sporting, e isto tudo com a anuência de Varandas.

Um candidato a presidente que dizia que muita coisa o preocupava, mas que situação financeira do Sporting era uma das que não, e que tinha soluções para o que lhe surgisse pela frente… Não pode vender ao Olympiacos, por 7 milhões de euros Daniel Podence e cantar glórias de ter feito um bom negócio.

O Sporting vendeu por 7 milhões de euros, e o Olympiacos passado cinco meses triplicou o montante numa venda ao Woverhampton.

Alguns sportinguistas, provavelmente já se tinham esquecido que Varandas vendeu Podence por pouco mais de dez por cento da sua cláusula de rescisão, que era de 60 milhões de euros.

Mas todos os sportinguistas se lembram que a Comissão de Gestão contratou o advogado espanhol Juan de Dios Crespo Pérez, que é considerado o maior especialista em direito desportivo da atualidade, para defender os legítimos direitos do Sporting no caso das rescisões no pós invasão da Academia de Alcochete.

Apesar da gravidade do que se passou, sempre acreditei, assim como todos os sportinguistas, que o Sporting iria ganhar todos os casos, pois quer a UEFA quer a FIFA não iriam abrir um precedente (já havia inclusive o exemplo de pedidos de rescisão de jogadores em situações extremas na Ucrânia devido à guerra que tinham sido recusados), ao validar estas rescisões de contrato, iriam abrir um precedente quase tão revolucionário como a Lei Bosman.

Ao dia de hoje, confesso que não sei se Juan de Dios Crespo Pérez ainda está a trabalhar para o Sporting, nomeadamente no caso de Rafael Leão, que já foi vendido por mais de 30 milhões de euros, ou se já foi dispensado.

Sou de opinião que o Sporting devia ter ido até ao limite em alguns dos casos, e o de Podence é um deles. Este jogador assinou por um clube onde os adeptos são conhecidos e reconhecidos por grandes atos de violência e inclusive o presidente do Olympiacos é sabido que anda sempre  em desacatos e com processos na justiça grega por alegado tráfico de droga. Este caso o Sporting ganhava de certeza, caso houvesse estratégia. Isto não pode voltar a acontecer.

E por isso, considero que o Sporting com Podence foi prejudicado, não em 13 milhões de euros, mas sim em 53 milhões de euros, pois como sabemos a cláusula de rescisão era de 60 milhões de euros.

Bruno Fernandes demonstrou em três anos mais dedicação e amor ao Sporting que Podence em treze anos de clube.

Um leão é um leão, e um Podence é um careto.