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Futebol
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Sporting e Benfica preparam-se para as grandes decisões no campeonato e na Taça de Portugal. O desfecho dos duelos entre leões e encarnados, na 33.ª jornada da Liga Portugal Betclic e na final do Jamor, vai ser determinante para o futuro dos respetivos treinadores, Rui Borges e Bruno Lage, nos clubes. Esta ideia é partilhada por duas figuras do universo leonino, em declarações ao jornal Record: Paulo Andrade, ex-dirigente, e Luís Martins, antigo treinador-adjunto da equipa principal.
Paulo Andrade: "Futuro de Rui Borges? É muito cedo para analisar"
“Temos Sporting e Benfica a disputarem campeonato e Taça, por isso considero que ainda é muito cedo para estarmos a analisar o futuro dos dois treinadores. É preciso ver como as coisas vão correr. Sabemos que nestas situações os resultados acabam por ser determinantes, tudo vai depender do comportamento das duas equipas. Sobre os jogos, prevejo muito equilíbrio”, referiu Paulo Andrade.
Luís Martins: "Pressão está em Bruno Lage"
Por sua vez, Luís Martins atira a pressão para o técnico do adversário: “Na minha opinião, o treinador cujo lugar está mais em risco é Bruno Lage dado o plantel que tem à sua disposição, e os reforços de inverno que ainda recebeu em janeiro. Depois também há as expectativas que criou pois já esteve na liderança em duas ocasiões e acabou por ser ultrapassado em ambas”.
Luís Martins considera ainda que, em caso de insucesso, o treinador do Sporting - que foi criticado por Miguel Sousa Tavares - poderá beneficiar de algumas atenuantes: “Já o Rui Borges, se perder o campeonato, pode apresentar a situação complicada que herdou pois, quando entrou, o Sporting estava em queda livre. A taça será sempre uma medalha de prata, e é certo que quem ganhar o campeonato ficará no céu enquanto quem perder descerá ao inferno. Acredito que o jogo de sábado será mesmo decisivo”.
Vale lembrar que Rui Borges chegou ao Sporting em dezembro de 2024, contratado ao Vitória de Guimarães, para substituir João Pereira, tendo assinado contrato até junho de 2026. Num total de 26 jogos disputados ao leme da equipa verde e branca, o técnico de 43 anos soma 16 vitórias, oito empates e duas derrotas.
Craque dos quadros verdes e brancos concedeu, recentemente, uma entrevista, na qual contou muito sobre a temporada dos leões
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Francisco Trincão, bicampeão pelo Sporting, concedeu, recentemente, uma entrevista na Rádio Comercial, onde fez um balanço da época verde e branca. Entre muitos aspetos, destacou a saída de Ruben Amorim, e o jogo fora contra o Boavista. Relembrar que o extremo dos leões foi o rei das assistências em Portugal.
No programa de rádio ‘Manhãs da Comercial’, Trincão abordou as duas mudanças que se verificaram no comando técnico do Sporting. Sobre a saída de Ruben Amorim, em novembro, o “camisola 17” admitiu o “choque” no balneário: “Foi difícil, ele não saiu logo, não acreditávamos que saía. Não sei se houve alguém que não chorasse. Ficou toda a gente triste. Estava tudo em choque”.
Trincão admitiu os “resultados complicados”, sob a orientação de João Pereira, mas assegurou que a equipa “não deixou de acreditar”: “O Presidente agiu rápido, mas não foi culpa do mister, coitado, que fez sempre tudo”. Já sobre Rui Borges, o internacional português destacou que “conseguiu unir toda a gente”.
Recordando os últimos jogos do campeonato, Trincão destacou a importância do golo que marcou logo aos três minutos do dérbi frente ao Benfica e o triunfo frente ao Vitória de Guimarães, na última jornada: “Não deixámos de acreditar porque, senão, não teríamos sido campeões”. Questionado sobre o seu melhor jogo na temporada, o extremo de 25 anos destacou a goleada 5-0 no reduto do Boavista, referente à 31ª jornada, com um “ambiente incrível”. Já a final da Taça de Portugal, frente ao Benfica, “é para ganhar”.
Num registo mais descontraído, Trincão disse que vai “ficar” no Sporting e promete “tentar trancar” Viktor Gyokeres na Academia de Alcochete, para evitar a sua saída no mercado de verão. Antigo companheiro de Lionel Messi no Barcelona, o “camisola 17” revelou ainda que não recebeu nenhuma mensagem do astro argentino a felicitá-lo pelo bicampeonato.
Capitão do Clube de Alvalade não escondeu a emoção ao ver milhares em Lisboa e revelou o que sentiu numa época marcada por dificuldades
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O capitão do Sporting, Morten Hjulmand, foi um dos protagonistas da homenagem que decorreu esta segunda-feira na Câmara Municipal de Lisboa. A equipa foi recebida por Carlos Moedas, presidente da autarquia, e exibiu o troféu de campeão nacional aos milhares de adeptos que se concentraram no centro da capital. Do alto da varanda, Hjulmand discursou ao canal televisivo do clube, elogiando o “apoio incondicional” dos Sportinguistas ao longo da temporada.
"Está a ser fantástico, sei que é segunda-feira, estiveram todos a trabalhar, ainda assim estão aqui novamente, a apoiar, isso significa muito e estamos a festejar com eles.“, disse o médio dinamarquês. O jogador destacou ainda que não teve tempo para descansar após a conquista do título, mas que a energia vinda dos adeptos é mais forte que qualquer cansaço.
Hjulmand aproveitou o momento para fazer um balanço da temporada, frisando que a caminhada até ao título não foi fácil. "Em relação a esta época, foi difícil, apesar de termos tido muitas lesões e alguns maus resultados, continuámos a ganhar jogos e a conquistar pontos".
O capitão do Sporting sublinhou que a consistência da equipa fez a diferença na luta pelo campeonato, uma batalha muito dura contra o Benfica: “As duas derrotas no campeonato dizem tudo, estou muito orgulhoso".
A equipa de Rui Borges começou hoje os treinos no Jamor, para a final da Taça de Portugal, que está marcada para o próximo domingo, com o Benfica, às 17h15. Após ter conquistado o bicampeonato pela primeira vez em 71 anos, o Sporting quer vencer a prova rainha e acabar a época com chave de ouro.
Polícia de Segurança Pública apresentou o plano de segurança para o dérbi entre leões e encarnados referente à final da Taça de Portugal
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A final da Taça de Portugal, entre Sporting e Benfica, joga-se às 17h15 do próximo domingo, no Jamor. A Polícia de Segurança Pública já definiu o plano de segurança para o dérbi entre leões e encarnados, que é considerado de risco máximo. Em declarações aos jornalistas, Carla Duarte, comandante da PSP de Oeiras, adiantou alguns pormenores e esclareceu que o acesso ao perímetro do Estádio Nacional apenas será permitido na manhã do dia do jogo.
“Essa questão foi ponderada, houve reuniões e ficou decidido abrir as portas às 6 da manhã. O controlo está a ser feito desde ontem e não vai ser permitido acampar. Queremos garantir a maior segurança de todos e a melhor forma é abrir as portas no domingo às 6h00. Existe um controlo de acesso, que será feito até domingo. Não é permitida a deslocação de viaturas ou de tendas às imediações do estádio”, disse Carla Duarte, numa conferência de imprensa realizada no Jamor.
A comandante da PSP afirmou também que as portas do Jamor abrem às 14h15 e o procedimento será apertado: “O controlo de bilhetes será feito apenas na entrada do estádio, nos arredores não haverá. Sabemos que é uma festa familiar e que gostam os adeptos gostam de vir para cá. Vai ser possível haver adeptos sem bilhetes à volta do estádio. Os procedimentos na entrada serão apertados e esperamos que possa decorrer com tranquilidade”.
Carla Duarte garantiu ainda que a PSP está empenhada em garantir que tudo decorra sem perturbações, ao nível da segurança: “O policiamento começou ontem. Embora habitual, reforçámos o policiamento, com equipas de intervenção rápida, trânsito e grupo operacional cinotécnico. Todas as valências que a PSP tem estarão empenhadas para garantir que todo o evento decorra tranquilidade e segurança”.
A terminar, Carla Duarte deixou uma mensagem aos adeptos, apelando ao ‘fair play’: “O maior apelo que a PSP faz a todos os adeptos e claques é que vivam a festa desportiva e familiar e respeitem os adversários como se de um familiar ou amigo se tratasse. Todos temos um papel e exemplo a dar. Que o ‘fair play’ vença e todos juntos consigamos respeitar a diferença”.