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João Mendes, médio que passou os últimos dois anos no Guimarães, comentou a saída de Rui Borges para o Sporting. Numa entrevista concedida ao jornal O Jogo, o jogador português disse que o plantel vimaranense ficou muito surpreendido com o anúncio da mudança do treinador para Alvalade.

João Mendes sobre Rui Borges: "Ficámos um pouco surpreendidos. Não estávamos à espera que o treinador saísse nessa altura"

João Mendes começou por comentar o facto da equipa de Guimarães, tal como o Sporting, ter passado por três treinadores na última época: "As coisas mudavam muito rápido, até quase de semana para semana. Tivemos de adaptar-nos, mas agarrámo-nos uns aos outros, em prol do grupo e do Vitória, e foi essencial. A união do grupo voltou a fazer a diferença".

Depois, João Mendes - que, tal como Trincão, esteve nomeado para o golo da época - falou especificamente de Rui Borges: "Ficámos um pouco surpreendidos, por acaso. Não estávamos à espera que o treinador saísse nessa altura. No entanto, também tínhamos um grupo com vários jogadores experientes. Passámos por esses momentos antes, que fazem parte. Reagimos de forma natural".

Falou, ainda, da entrada e saída de Luís Freire durante a época, algo que, de novo, deixou o plantel surpreendido. Agora sem clube, depois de dois anos ao serviço do Guimarães, diz-se tranquilo em relação ao futuro, e com muitos objetivos por cumprir no futebol.

Durante a entrevista, João Mendes falou, também, do jogo mais difícil da época, em casa do Sporting: "Muita tristeza, mesmo. Olhei para os meus companheiros no fim, reunimo-nos e falámos todos no balneário. Foi triste. Olhar para os meus companheiros que eu admiro e gosto tanto, vê-los tão tristes como eu porque não conseguimos realmente o objetivo… Fizemos tudo e sentimos que merecíamos a qualificação europeia".

O plantel do Sporting regressou aos treinos na Academia Cristiano Ronaldo, a segunda sessão depois do regresso de oito internacionais. Rui Borges voltou a orientar a equipa e teve três baixas: Nuno Santos, Daniel Bragança e Giorgi Kochorashvili, reforço de verão dos leões.

O médio e o ala recuperam de lesões contraídas ao serviço dos verdes e brancos, durante a temporada passada. O internacional pela Geórgia está numa situação semelhante, embora as mazelas físicas estejam relacionadas com o enorme esforço que fez na reta final de 2024/25.

Ao serviço do Levante, Kochorashvili sagrou-se campeão da segunda divisão espanhola, sendo peça-fundamental no meio-campo da formação granota. No entanto, a constante utilização valeu ao reforço do Sporting algumas dificuldades que não permitem a participação nos treinos.

Ainda assim, a expectativa é que Kochorashvili regresse a tempo dos próximos jogos particulares do Sporting de Rui Borges, frente a Torreense e Nacional, agendados para sexta-feira, 11 de julho, antecedendo a partida do plantel verde e branco para o estágio no Algarve.

Já em Lagos, a comitiva do Sporting ficará instalada no Cascade Wellness Resort e tem quatro encontros agendados: Farense, Celtic, Portimonense e Sunderland. Para já, o plantel volta a treinar na quarta-feira, da parte da manhã, na Academia Cristiano Ronaldo.

Pedro Ferreira, atual médio do Santa Clara, relembrou os tempos áureos na academia do Sporting e a razão pela qual nunca subiu ao plantel principal leonino. Com uma ligação forte à Dinamarca, onde jogou durante três anos e meio, o antigo internacional sub-17 português deixou ainda algumas palavras de admiração a Morten Hjulmand – que está a ser muito cobiçado neste mercado de transferências – sem se esquecer do compatriota do dinamarquês, Conrad Harder.

Pedro Ferreira: "Recordo a academia de Alcochete com muita saudade"

“Recordo a academia de Alcochete com muita saudade, onde passei tempos muito felizes, tive grandes colegas logo a partir dos 13 anos. Éramos uma família, onde havia muita brincadeira, também obrigações com a escola”, começou por dizer o atleta em declarações ao jornal O Jogo, rememorando a fase em que partilhou balneário com jogadores tais como Rafael Leão, Luís Maximiano e Jovane Cabral.

Pedro Ferreira abordou também as expetativas que tinha no início da sua carreira promissora, mencionando as passagens pelas camadas jovens da Seleção Nacional: “Achei que ali podia fazer carreira importante, porque ia jogando em escalões acima do meu, com colegas um ou dois anos mais velhos. Fui internacional sub-15, sub-16 e sub-17, fiz estágios sub-18 e sub-19.”

Pedro Ferreira: "Estou feliz por ter chegado à Liga e mostrar o meu valor"

“Mas deu-se o último ano como júnior e foi esse momento em que percebi que não quiseram contar mais comigo depois de duas operações. Há timings, não posso guardar rancor, porque estou feliz por ter chegado à Liga e mostrar o meu valor”, continuou o médio de 27 anos, que recordou assim a saída em definitivo do Sporting, em 2019.

Por fim, Pedro Ferreira não esqueceu a altura em que disputou o campeonato dinamarquês, antes de rumar ao Santa Clara em janeiro de 2024, no que foi um regresso bem-sucedido ao futebol português: “Vejo o Hjulmand como o típico dinamarquês, muito profissional que gosta de liderar. Depois há o investimento no Harder, que foi grande. É natural o que ambos têm vindo a fazer, porque são profissionais muito rigorosos. O campeonato lá é forte e apostam muito nos jovens. Vemos que a seleção da Dinamarca tem jogadores espalhados nas melhores equipas. Harder e Hjulmand demonstram como se trabalha bem lá e o Sporting encontrou neles muito potencial.”