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A rivalidade entre Sporting e Benfica começou a ganhar contornos marcantes a 1 de dezembro de 1907, quando os dois clubes se enfrentaram no primeiro dérbi oficial. O jogo decorreu no Campo da Quinta Nova, em Carcavelos, e valia para o Campeonato de Lisboa. O Sporting entrou em campo reforçado por oito jogadores que anteriormente representavam o adversário, então Sport Lisboa, e foram atraídos pelas melhores condições oferecidas pelos leões.
As melhorias proporcionadas pelo Sporting, como um campo próprio, balneários com água quente e equipamento adequado para o frio, foram determinantes para convencer os atletas a trocarem de clube. Esse fator adicionou ainda mais tensão ao encontro com uma grande rivalidade entre os dois emblemas.
O Sporting inaugurou o marcador por intermédio de Cândido Rodrigues, um dos jogadores que haviam feito a transição entre clubes. No entanto, o Benfica conseguiu chegar ao empate graças a um golo de Eduardo Corga. A meio da partida, a chuva intensificou-se ao ponto de os jogadores leoninos tentarem abandonar o campo, mas o árbitro, Burtenshaw, um inglês que jogava no Carcavelos, obrigou-os a regressar.
A decisão do árbitro revelou-se crucial, pois pouco depois aconteceu o momento que decidiu o jogo. Num lance inesperado, Cosme Damião, figura emblemática e fundador do Benfica, acabou por marcar na própria baliza, oferecendo a vitória ao Sporting. O insólito golo garantiu o triunfo dos leões e entrou para a história como um dos episódios mais curiosos do dérbi lisboeta.
Este primeiro confronto foi apenas o início de uma das maiores rivalidades do futebol português. O Sporting saiu vitorioso de um jogo marcado por tensão, condições adversas e um desfecho improvável. Desde esse dia chuvoso em Carcavelos, os encontros entre os dois clubes tornaram-se uma tradição do futebol nacional, alimentando uma disputa que perdura até hoje.
Clube de Alvalade desloca-se esta quinta-feira a Barcelos para os quartos de final da Taça de Portugal e, por isso, lembramos a goleada dos leões por 6-0
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O Sporting prepara-se para defrontar o Gil Vicente esta quinta-feira, às 20h45, nos quartos de final da Taça de Portugal. Antes do embate decisivo, vale a pena recordar um jogo histórico entre as duas equipas: a goleada por 6-0 imposta pelos leões aos gilistas, na época 1993/94, no antigo Estádio José Alvalade, diante de 40 mil espectadores.
A equipa então comandada por Carlos Queiroz vinha de um empate e precisava de uma vitória para manter a luta pelo título. Do outro lado, o Gil Vicente, orientado por Vítor Oliveira, chegava confiante após um triunfo na jornada anterior. No entanto, os leões mostraram toda a sua superioridade logo nos primeiros minutos do encontro.
O marcador abriu aos 22 minutos, com um golo do montenegrino Budimir Vujacic. Mal teve tempo para celebrar, pois, logo no minuto seguinte, Andrzej Juskowiak ampliou a vantagem. O avançado polaco voltou a marcar no final da primeira parte. Entre esses dois tentos, Luís Figo deixou também a sua marca, fazendo o 3-0 aos 41 minutos. Para agravar a situação do Gil Vicente, Mangonga viu cartão vermelho pouco antes do intervalo, deixando a sua equipa reduzida a dez jogadores.
Com o jogo praticamente resolvido ao intervalo, o Sporting não tirou o pé do acelerador. Na segunda parte, Krassimir Balakov deu continuidade à festa leonina, apontando o quinto golo aos 61 minutos. O médio búlgaro voltou a brilhar aos 83 minutos, fechando a contagem com um remate certeiro.
A vitória consolidou o Sporting na luta pelo título, mantendo o segundo lugar na classificação com 38 pontos, enquanto o Gil Vicente ocupava a oitava posição com 23 pontos. Para os leões, foi o 11º jogo consecutivo sem perder.
Em 1969, o clube verde e branco aplicou uma das maiores goleadas da sua história, vencendo nos oitavos de final da prova rainha
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O dia 17 de maio de 1969 ficou marcado na história do Sporting como a maior vitória fora de portas na Taça de Portugal. Nos oitavos de final da competição, os leões deslocaram-se a Bissau e aplicaram uma goleada histórica ao União Bissau, vencendo por uns impressionantes 12-0, depois de já terem vencido a primeira mão por 5-1.
Desde cedo, o Sporting mostrou a sua superioridade. O primeiro golo surgiu aos 18 minutos, por Oliveira Duarte, que bisou apenas dois minutos depois. Aos 30 minutos, Marinho juntou-se à festa com o terceiro tento e, antes do intervalo, Lourenço brilhou ao marcar dois golos consecutivos, levando a formação verde e branca para o descanso com uma vantagem de 5-0.
Na segunda parte, os leões não aliviaram a pressão e continuaram a avolumar o marcador. Aos 50 minutos, Lourenço fez o hattrick e, pouco depois, Pedras aumentou a contagem para sete golos sem resposta. Chico Faria fez o oitavo aos 66 minutos, seguido de Marinho, que bisou aos 68. Oliveira Duarte completou o seu hattrick aos 76 minutos, antes de Lourenço encerrar a contagem com mais dois golos nos minutos finais, atingindo a impressionante marca de cinco golos no encontro.
Com este resultado, o Sporting garantiu presença nos quartos de final da Taça de Portugal, onde enfrentou e eliminou o União de Tomar. No entanto, o sonho de conquistar a competição terminou nas meias-finais, onde os leões foram eliminados pela Académica, que venceu ambos os jogos.
Este encontro entrou para a história como uma das maiores goleadas da equipa leonina em competições oficiais. Lourenço, grande figura da partida, atravessava um momento de forma impressionante e, com esta exibição, consolidou-se como um dos principais goleadores do Sporting naquela temporada. Esta quinta-feira, 27 de fevereiro, o conjunto leonino defronta o Gil Vicente com jogo a contar para os quartos de final da competição rainha.
Clube de Alvalade somou importante triunfo, que haveria de ditar o título no final da temporada, e lenda verde e branca marcou quatro golos
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No dia 27 de fevereiro de 1944, o Sporting confirmou o seu favoritismo na 14.ª jornada do Campeonato Nacional da I Divisão de 1943/44, há exatamente 81 anos, ao golear o Salgueiros, por 5-1, no Porto. A equipa leonina, comandada por Joseph Szabo - recorde o perfil do mítico técnico leonino -, voltou a demonstrar a sua força ofensiva e manteve a sequência de jogos a marcar golos.
Nesta partida, Joseph Szabo alinhou com João Dores (GR), Octávio Barrosa, Álvaro Cardoso, Carlos Canário, Manecas, Eliseu, Albano, Fernando Peyroteo, Narciso, António Marques e João Cruz. O encontro começou com grande intensidade e, logo aos 15 minutos, Fernando Peyroteo abriu o marcador para os visitantes. O avançado leonino voltou a deixar a sua marca apenas cinco minutos depois, dilatando a vantagem para 2-0. O Salgueiros ainda reagiu e conseguiu reduzir a desvantagem ao minuto 34, através de Coura, deixando o jogo em aberto ao intervalo.
No segundo tempo, o Sporting voltou a assumir o controlo da partida e aumentou o marcador aos 72 minutos, com um golo de João Cruz. A formação da casa, que já vinha de uma série de cinco derrotas consecutivas, não conseguiu travar a ofensiva leonina. Nos minutos finais, Fernando Peyroteo voltou a brilhar. O avançado marcou mais dois golos, aos 80 e 85 minutos, fechando a goleada e assinando um poker na partida. Com este feito, a a lenda do Clube de Alvalade manteve a sua impressionante sequência de 12 jogos consecutivos a marcar.
Com este triunfo, o Sporting reforçava a liderança do campeonato com 24 pontos, enquanto o Salgueiros continuou numa posição delicada, ocupando o 10º lugar com apenas três pontos. A equipa da casa prolongava assim a sua série negativa para 10 jogos sem vencer e seis derrotas consecutivas.
No final da temporada, o Sporting haveria de se sagrar Campeão Nacional, terminando no primeiro lugar, com 31 pontos em 18 encontros (14 vitórias, três empates e uma derrota). O Benfica ficou no segundo posto, com 26 pontos. No que diz respeito aos melhores marcadores, Fernando Peyroteo triunfou, contabilizando uns impressionantes 23 golos, superando Fernando Cabrita (20 golos, Olhanense) e António Araújo (19 golos, Porto).