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Jogadores
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Osvaldo Chaves Cordeiro, conhecido como Vadinho, nasceu no dia 8 de julho de 1933 em Minas Gerais, no Brasil. O avançado canarinho representou as cores do Sporting durante um total de quatro temporadas, tendo comemorado um Campeonato Nacional - em 1957/58. O craque terminou a sua passagem nos leões com 32 golos apontados em 57 jogos oficiais.
Vadinho começou a jogar futebol no Madureira, mas rapidamente foi descoberto pelo Vasco da Gama, um grande emblema canarinho. O craque, ainda jovem, destacou-se no gigante da colina ao mostrar muito talento, o que lhe valeu uma transferência para o Sporting, no verão de 1957.
A estreia de Vadinho aconteceu a 15 de setembro de 1957, frente à Académica, numa vitória por 1-0, em Coimbra, mas a verdade é que o seu primeiro golo de verde e branco só aconteceu duas semanas depois, num empate que culminou num 3-3 contra o Belenenses, no Restelo.
Nesse ano, o Sporting ergueu o título de campeão nacional, com Vadinho a tornar-se num dos protagonistas, ao marcar 17 golos em 29 partidas. O craque canarinho fica eternizado por um momento caricato depois da vitória frente ao Caldas, por 3-0, no último jogo da época. Após o apito final, o avançado encontrava-se emocionado a prestar declarações à rádio e, no instante seguinte, desmaiou: "Dedico esta vitória à minha mamãe...".
Acabou a primeira época e Vadinho viu-se envolvido numa verdadeira novela. A mãe não o queria deixar voltar para Portugal, no entanto, o avançado conseguiu o regresso a 19 de dezembro, quando a época já tinha começado. Desta forma, o craque acabou prejudicado, disputando apenas 10 jogos na temporada, nos quais apontou seis golos.
Para a temporada 1959/60, o Sporting foi buscar Fernando Puglia, também goleador canarinho. Assim, Vadinho teve algumas dificuldades em segurar o lugar. No entanto, manteve uma boa média de golos, ao efetuar nove finalizações certeiras em 17 partidas oficiais, onde se inclui um belíssimo hat-trick frente ao Porto.
Em 1960/61, Vadinho só disputou um jogo, frente ao Benfica, mas sem quaisquer golos. O avançado canarinho teve de se despedir do Sporting neste ano, depois de quatro épocas no Clube. No total, alinhou em 57 partidas e marcou 32 golos, conquistando o Campeonato Nacional logo na sua primeira época.
A verdade é que qualidade nunca faltou a Vadinho. O avançado brasileiro, que acabou prejudicado devido a alguns problemas familiares, mostrou sempre uma grande eficácia e um potencial tremendo. Talvez se não fosse aquele período de instabilidade após o primeiro ano no Sporting, o craque podia ter conseguido mais protagonismo de verde e branco.
Médio chegou a Alvalade para substituir Luís Figo e, ao longo de vários anos, conquistou a titularidade de forma indiscutível, até à polémica que ditou o fim
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Pedro Barbosa nasceu a 6 de agosto de 1970, em Gondomar, e desde cedo revelou um talento raro com a bola nos pés. Pelo Sporting, Clube onde viveu os melhores anos da sua carreira e onde pendurou, inclusive, as chuteiras, realizou 342 partidas, num total de 52 golos marcados.
Pedro Barbosa começou a jogar futebol no modesto Atlético de Rio Tinto, antes de integrar as camadas jovens do Porto, onde começou a dar nas vistas. A sua ascensão no futebol sénior passou pelo Freamunde, mas foi ao serviço do Vitória de Guimarães que o seu nome começou verdadeiramente a ecoar no panorama nacional, mostrando um estilo que evocava os 'artistas da bola' de outrora, pautado pela classe, técnica refinada e uma capacidade quase poética de driblar e inventar jogadas.
Em 1995, o Sporting procurava uma figura capaz de preencher o vazio deixado por Luís Figo, que partira para o Barcelona. Pedro Santana Lopes, então Presidente dos leões, viu em Pedro Barbosa o sucessor ideal. O médio estreou-se oficialmente a 6 de agosto desse ano, frente ao Porto, na Supertaça (0-0), e rapidamente deixou marca, ao apontar, mais tarde, três golos frente ao Maccabi Haifa, a 14 de setembro, num jogo da Taça das Taças (4-0). Terminaria essa primeira época como melhor marcador da equipa, com 14 golos, em igualdade com Sá Pinto e Paulo Alves.
Durante as 10 temporadas que vestiu a Listada verde e branca, Pedro Barbosa foi muito mais do que um jogador. Capitão durante vários anos, tornou-se um dos símbolos do Sporting na viragem do século, participando ativamente na conquista de dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e três Supertaças. O título de 1999/2000, que pôs fim a um jejum de 18 anos sem conquistas no campeonato, teve nele uma das figuras mais influentes. Em 2003, foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Futebolista, um reconhecimento da sua importância e desempenho.
Ao todo, somou 342 jogos pelo Sporting (sendo o 10.º jogador mais utilizado de sempre), com 52 golos marcados. Foi também internacional português em 22 ocasiões, marcando cinco golos, tendo integrado os plantéis lusos no Euro'1996 e no Mundial'2002, embora neste último não tenha chegado a jogar, devido à forte concorrência de nomes como Rui Costa e Figo.
Mas se o seu talento era inquestionável, a irregularidade também marcou a sua carreira. Capaz de jogadas brilhantes que levantavam os adeptos, podia desaparecer durante longos períodos de um jogo, o que lhe valeu assobios e até a alcunha de “pastelão” entre parte da massa associativa. Foi esta inconsistência, mais do que a qualidade técnica, que lhe impediu uma carreira ainda mais internacionalizada, escolha que ele próprio validou ao preferir jogar sempre em Portugal.
A despedida dos relvados acabou por ter contornos melancólicos. Na temporada de 2004/05, participou em 13 dos 15 jogos que levaram o Sporting à final da Taça UEFA, disputada no próprio Estádio de Alvalade. Porém, o desfecho foi amargo: derrota na final frente ao CSKA Moscovo e, poucos dias depois, terminou a carreira com uma expulsão num jogo contra o Nacional da Madeira (2-4), a 22 de maio de 2005. A sua última vez a marcar foi frente ao Middlesbrough (1-0), a 17 de março, também para a Taça UEFA.
Após desentendimentos com o treinador José Peseiro, Barbosa saiu magoado e crítico, embora mantendo o compromisso com o Clube como sócio e acionista. Pouco tempo depois, já com a saída de Dias da Cunha e de Peseiro, regressou a Alvalade para integrar o departamento de futebol, assumindo funções de dirigente. Em 2006 foi nomeado diretor desportivo, cargo que ocupou até novembro de 2009, altura em que se demitiu, em solidariedade com a saída do técnico Paulo Bento - que conseguiu um feito inédito do Sporting.
Desde então, Pedro Barbosa manteve-se ligado ao futebol como comentador televisivo e analista, tornando-se presença habitual nos media desportivos portugueses, onde continua a partilhar o seu olhar técnico e ponderado sobre o jogo. Desta feita, integra o painel de comentadores do programa 'Futebol É Momento', da Sport TV, a par do radialista Pedro Ribeiro e do ex-Benfica Nuno Gomes.
Médio-defensivo que foi campeão de verde e branco ao lado do atual técnico do Manchester United representou o Clube de Alvalade desde os escalões de formação
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João Maria Lobo Alves Palhinha Gonçalves, conhecido apenas como Palhinha - que pode regressar onde foi feliz, nasceu no dia 9 de julho de 1995, em Lisboa. O médio formado no Sporting fez duas épocas completas ao serviço da equipa principal verde e branca, nas quais conquistou um Campeonato Nacional, duas Taças da Liga e uma Supertaça.
Palhinha deu os primeiros passos no Alta de Lisboa, mas foi ao serviço do Sacavenense que fez quase toda a sua formação, antes de ser contratado pelo Sporting, em 2013. No ano em que se transferiu para os leões tinha acabado de chegar ao escalão de juniores.
Assim, Palhinha pôde dar continuidade à sua formação no Sporting, onde se destacou por ser um médio-defensivo de excelência, não só pelo porte físico, mas também pela técnica. Posteriormente, quando se tornou sénior, o craque foi integrado na equipa B, tornando-se internacional pelos escalões jovens da equipa das quinas.
Em 2015/16, Palhinha foi chamado por Jorge Jesus para fazer a pré-época com a equipa principal, no entanto, o médio acabou emprestado ao Moreirense, uma decisão tomada pelo técnico português que se revelou acertada depois de uma belíssima temporada em Moreira de Cónegos.
No ano seguinte, Palhinha acabou cedido ao Belenenses, onde voltou a mostrar uma evolução muito positiva, até que em janeiro de 2017, Jorge Jesus repescou-o para ser alternativa a William Carvalho. O craque, em uma época e meia, fez apenas 18 jogos, nos quais marcou dois golos.
Em agosto de 2018, o médio-defensivo voltou a ser emprestado, mas desta vez ao Braga, onde se assumiu como uma das peças-chave do plantel minhoto que conquistou a Taça da Liga em 2020. Apesar do interesse de conjuntos estrangeiros como o CSKA Moscovo, Palhinha decidiu continuar no Sporting, agora com Ruben Amorim, treinador com quem já tinha trabalhado no clube do Minho.
Palhinha foi, sem dúvidas, um dos grandes médios da Liga Portugal em 2020/21, ao conquistar o título pelo Sporting. Para além disso, o craque ficou mais uma temporada e ajudou os verdes e brancos a erguerem a Supertaça e duas Taças da Liga, tendo conseguido, também, a estreia na equipa das quinas.
Em 2021/22, já consagrado como um dos maiores médios portugueses, Palhinha assinou um contrato válido por cinco temporadas com o Fulham, de Inglaterra, que pagou 21 milhões de euros pelo seu passe. Depois de duas boas temporadas a disputar a Premier League, o craque valorizou muito e chamou à atenção do Bayern Munique, que pagou 50 milhões para o contratar.
*Atualizado a 9 de julho de 2025
Guarda-redes belga que foi histórico pela sua seleção brilhou ao serviço do Clube de Alvalade durante as duas temporadas que carregou o leão ao peito
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Filip Alfons Annie de Wilde, conhecido apenas como De Wilde, nasceu no dia 5 de julho de 1964, em Zelle, na Bélgica. O guarda-redes representou o Sporting entre 1996 - ano em que foi eliminado pelo Rio Ave na Taça de Portugal - e 1998, período suficiente para se afirmar como titular da baliza verde e branca e registar 67 partidas oficiais de leão ao peito, ainda que sem títulos.
Quando tinha apenas nove anos, De Wilde começou a jogar no clube da sua terra, o Eendracht Zele. Já em 1980, o guardião passou a atuar pelo Beveren, também na Bélgica, mas o grande salto da sua carreira aconteceu em 1987, ano em que chegou ao Anderlecht, um dos grandes emblemas do seu país.
O craque belga chegou ao Sporting em 1996, proveniente do Anderlecht, clube onde tinha atuado durante as últimas nove temporadas. Robert Waseige, treinador leonino, apostou no compatriota, que na altura se mostrou um grande guarda-redes, tendo em conta que já era o titular na seleção da Bélgica.
De Wilde estreou-se frente ao Espinho, na Maia, num triunfo dos leões que culminou num 3-1, a contar para a primeira jornada do Campeonato Nacional. Na temporada 1996/97, Costinha e Tiago, os outros guardiões do Sporting, passaram completamente para segundo plano, já que o belga disputou 38 dos 43 jogos da época leonina.
A temporada que se seguiu foi desastrosa para os leões, que acabaram por conhecer quatro técnicos. Os maus resultados não paravam de aparecer e De Wilde alinhou pela última vez de verde e branco a 4 de fevereiro de 1998, numa derrota frente ao Braga. Apesar da qualidade que demonstrava, Carlos Manuel passou a apostar em Tiago.
O belga deixou o Sporting em março de 1998, para se juntar ao Anderlecht, abandonando assim o Clube verde e branco sem títulos, mas com 67 partidas oficiais e 49 golos sofridos. Com estas estatísticas, o craque tornou-se no sexto guardião da história leonina mais difícil de bater, tendo em conta uma média baixa de remates certeiros consentidos.
No Anderlecht, De Wilde voltou a vencer vários títulos e até passou um ano na Áustria, ao serviço do Sturm Graz. Posteriormente regressou à Bélgica, para o Lokeren e o Geel, onde pendurou as botas em 2004/05. O guardião acabou o seu percurso desportivo com 33 internacionalizações, tendo marcado presença nos Mundiais de 1990, 1994 e 1998 e no Europeu de 2000.