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Futebol
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Rui Borges, treinador do Sporting, não tem tido vida fácil desde que assumiu o cargo de técnico principal dos leões. O português, que chegou a 26 de dezembro, tem visto o seu plantel constantemente fustigado por lesões, e o empate frente ao AFS culminou numa sequência de cinco jogos sem vencer para os verdes e brancos. Ana Soares, jornalista do jornal 'A Bola', aproveitou o seu espaço de opinião para abordar as dificuldades físicas dos leões.
"Jogar de três em três dias (quando não é menos) ou ter uma semana, como os treinadores dizem, limpa, para poder treinar? Por um lado, significa que a equipa luta em várias frentes, por outro que mal tem tempo para respirar. Hoje em dia queixam-se de que nem treinar conseguem, é só recuperar e falar do jogo seguinte", começou por escrever a jornalista portuguesa.
Prosseguiu: "Um pouco como os jogadores nas entrevistas rápidas — sempre a pensar no jogo seguinte em vez de analisar o encontro acabado de disputar. Rui Borges, treinador do Sporting, anda tanto nessa linha, que estou sempre à espera de o ver entrar na conferência de imprensa de bata branca. Isto porque já foi forçado a dizer o óbvio: «Não sou médico.» Não me passou despercebido que tinha vestida uma camisola branca quando o disse, não, mas na minha imaginação ele até vai de estetoscópio", explicou Ana Soares.
Relembrou, depois, que o número de lesionados no Clube de Alvalade, que não tem parado de aumentar nas últimas semanas, condiciona as perguntas dos jornalistas a Rui Borges, que já se viu obrigado a admitir que a gestão poderá ter de mudar em certas competições, como a Taça da Liga.
"Com oito indisponíveis — St. Juste, Bragança, João Simões, Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Morita, Hjulmand e Geny Catamo — se calhar temos de lhe chamar dr. Rui Borges, mas ele colocou o dedo na ferida: «Acho que quem manda deve mesmo olhar para este acumular de jogos infinitos». Infelizmente, FIFA e UEFA não ouvem. Seja ou Portugal ou outra grande liga. «É o que é», diz ele", rematou Ana Soares.
Clube verde e branco venceu o Caldas por 3-0 e celebrou o campeonato de 1957/58 em Alvalade, diante de um estádio repleto de adeptos em festa
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A temporada de 1957/58 do campeonato nacional foi marcada por uma disputa acesa entre Sporting e Porto, que chegaram à jornada decisiva empatados em pontos. No entanto, os leões beneficiavam da vantagem nos confrontos diretos, fruto da vitória por 3-0 no arranque da competição.
No último jogo, a equipa leonina tinha um desafio teoricamente mais acessível, ao receber o Caldas, no Estádio José Alvalade, enquanto os portistas defrontavam o Belenenses, no Restelo. O ambiente em Lisboa era de grande festa, com um estádio repleto de adeptos ansiosos por celebrarem um título que já fugia há três anos.
Com Vadinho e Travassos recuperados, o Sporting entrou em campo na máxima força e cedo confirmou o favoritismo. Logo aos 10 minutos, o capitão Travassos abriu o marcador com um remate de fora da área, levantando as bancadas e dando início à festa verde e branca. O Caldas ainda assustou por intermédio de Lenine, obrigando Carlos Gomes a uma defesa atenta. No entanto, os leões mantiveram o controlo da partida e, aos 30 minutos, ampliaram a vantagem. João Martins concluiu com mestria uma jogada bem trabalhada pelo ataque leonino, fixando o 2-0 ao intervalo.
Com o título cada vez mais próximo, os adeptos já festejavam nas bancadas com balões e serpentinas. Na segunda parte, o Sporting manteve o ritmo e, aos 55 minutos, Vasques fez o terceiro golo de cabeça, após um cruzamento preciso de João Martins, selando o resultado final. Os minutos finais foram de pura emoção, com os adeptos a invadirem o relvado ainda antes do apito final, ansiosos por festejar com os seus ídolos. As autoridades tiveram dificuldade em conter a euforia, mas o árbitro Mário Mendonça conseguiu encerrar o jogo dentro da legalidade.
Os jogadores e o treinador Enrique Fernández foram erguidos em ombros num momento histórico para o clube. Este triunfo marcou o oitavo e último campeonato para Vasques e Travassos, figuras icónicas do Sporting, e o primeiro título conquistado no então recente Estádio José Alvalade. Era o 10.º campeonato nacional e o fim de uma era gloriosa, mas também o início de novas esperanças para os adeptos leoninos.
Presidentes dos clubes rivais de Lisboa foram vistos em momento de diversão, onde riem em conjunto, numa altura em que muitas acusações foram trocadas
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O futebol em Portugal tem vivido momentos de alguma tensão, com vários clubes a direcionarem críticas ás arbitragens - e críticas entre si. Tal é o que se tem verificado entre Benfica e Sporting, com ambos os Presidentes a estarem envolvidos em trocas de 'galhardetes' entre os dois rivais eternos de Lisboa.
Este clima de crítica e tensão não parece, no entanto, criar mau ambiente entre os dois Presidentes dos grandes de Lisboa. Frederico Varandas e Rui Costa estiveram ambos presentes na tomada de posse de Pedro Proença como novo Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, em representação de Sporting e Benfica, respetivamente.
Os dois não parecem minimamente chateados com o estado dos clubes e do futebol em Portugal. Num vídeo capturado durante o evento, é possível ver os quatro presidentes dos primeiros quatro classificados da Liga Portugal Betclic. André Villas Boas, António Salvador ao seu lado, seguido de Frederico Varandas e Rui Costa.
Os líderes dos clubes de Lisboa não se limitaram a sentar-se um ao pé do outro. Nas imagens que foram capturadas durante o evento, é possível ver os dois a partilhar um momento de diversão, com algumas gargalhadas a serem trocadas entre os dois, que mantém uma postura amigável durante o vídeo que está disponível.
Nas redes sociais, já começaram as críticas para com ambos os Presidentes. Numa altura em que os clubes portugueses têm trocado acusações sobre a arbitragem em Portugal, os adeptos têm demonstrado o seu espanto pela proximidade demonstrada pelos dois responsáveis máximos de Sporting e Benfica.
Veja, aqui, o vídeo do momento:
Antigo defesa-esquerdo destacou-se no clube verde e branco entre 1972 e 1975, conquistando um Campeonato Nacional e duas Taças de Portugal
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Carlos Eduardo da Silva Pereira nasceu a 23 de fevereiro de 1949, em Lisboa e celebrou este domingo 76 anos de vida. Começou no Sporting aos 13 anos, sendo apadrinhado por Travassos, que o lançou como defesa-esquerdo. Durante anos, evoluiu na equipa de reservas até ter a sua estreia oficial na equipa principal em 1972, sob a orientação de Ronnie Allen.
O primeiro jogo de Carlos Pereira pelos leões foi a 10 de setembro de 1972, frente ao Porto, nas Antas, numa partida que terminou com uma vitória verde e branca por 1-0. A sua consistência valeu-lhe a titularidade durante quase toda a época, ajudando o Sporting a conquistar a Taça de Portugal.
Na temporada seguinte, manteve-se como titular e foi peça fundamental na campanha vitoriosa que culminou com a conquista do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, garantindo a famosa "dobradinha" de 1973/74. Disputou um total de 38 partidas, demonstrando grande regularidade e entrega ao jogo.
O último ano de Carlos Pereira em Alvalade foi o de 1974/75. Apesar de continuar como principal opção para a lateral-esquerda, acabou por perder protagonismo com a chegada do brasileiro Da Costa. O seu derradeiro jogo com a camisola verde e branca aconteceu a 29 de maio de 1975, na meia-final da Taça de Portugal frente ao Boavista.
Deixou Alvalade após três temporadas na equipa principal, totalizando 86 encontros oficiais sem registo de golos. Seguiu para o Estoril, onde jogou ao lado de Eusébio e Simões, e mais tarde para o Belenenses, clube onde encerrou a carreira de futebolista na época 1981/82 e iniciou a sua jornada como treinador.
Como técnico, passou por diversos clubes, incluindo Alverca e Sporting, onde integrou a equipa técnica de Paulo Bento entre 2005 e 2009, ajudando os leões a conquistar duas Taças de Portugal e duas Supertaças. Em 2008, foi distinguido com o Prémio Stromp, na categoria Especial. Carlos Pereira é irmão de Aurélio Pereira, figura emblemática na prospeção de talentos do Sporting, e pai da cantora Rita Redshoes. Fez parte da lista de João Benedito nas eleições de 2018, candidatando-se à vice-presidência para o futebol.