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Curiosidades
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No dia 10 de julho de 2016, Portugal derrotou a França, por 1-0, após prolongamento, e sagrou-se campeão europeu, sendo este o primeiro grande título da história das quinas. O golo de Éder, que jamais será esquecido, foi apenas a cereja no topo do bolo de uma competição que a Academia Sporting - que nasceu em 2002 - dominou, ao contar na prova com 10 craques, que representaram as cores portuguesas ao mais alto nível.
Fernando Santos, selecionador nacional, convocou 23 jogadores para o Euro 2016, dos quais constavam 10 que foram formados pelo Clube de Alvalade. Para além disso, o Sporting foi o emblema mais presente nesta equipa, já que 'deu' quatro titulares a esta convocatória (e todos eles provenientes da Academia): Rui Patrício, William Carvalho, Adrien Silva e João Mário.
Rui Patrício, guardião que ainda atuava pelos leões na altura, acabou o Euro 2016 como um dos grandes destaques da competição. O craque que assegurou a baliza da equipa das quinas entrou para o melhor 11 do torneio como o grande guarda-redes da prova. No entanto, não foi só entre os postes que havia ADN Sporting.
Na linha defensiva, que estava coordenada com o guardião Rui Patrício, apareciam mais dois craques formados na Academia Sporting: Cédric Soares, que esteve cinco anos ligado ao Clube de Alvalade, e José Fonte, que apesar de ter sido formado nos verdes e brancos, nunca conseguiu passar da equipa B leonina. Ambos atuavam pelo Southampton, de Inglaterra.
Mais à frente, já no meio-campo, a Academia Sporting surge com mais quatro nomes recheados de talento, dos quais três ainda representavam o Clube na época. William Carvalho era o craque que tinha a responsabilidade de cumprir o seu papel mais recuado relativamente aos restantes, ao jogar como médio-defensivo.
Os outros três médios do Sporting disputavam as duas restantes posições. Um deles era João Mário, craque que pautava o jogo da equipa das quinas. Seguia-se Adrien Silva, médio que atuava nos leões e conseguiu conquistar o lugar de João Moutinho, que em 2010, quando era capitão dos leões, havia trocado o Clube verde e branco pelo Porto.
Relativamente ao ataque, um dos melhores setores de Portugal, a equipa das quinas alinhava frequentemente com três nomes formados em Alcochete: Nani, Quaresma e Cristiano Ronaldo. O astro que representava o Real Madrid foi o grande avançado da competição e venceu mesmo a Bola de Ouro em 2016. Os restantes dois craques criados pelo Sporting eram os habilidosos que atuavam como extremos no apoio ao melhor do mundo.
Vale a pena recordar que 10 dos 14 jogadores que atuaram na final da competição passaram pela Academia do Sporting. Todos os craques formados em Alcochete foram cruciais para a conquista do Euro 2016, de tal forma que o passe para o magnifico golo de Éder, aos 109' do prolongamento, surgiu dos pés de João Moutinho, um dos nomes de referência que foram formados de verde e branco.
Confira, abaixo, todos os escolhidos de Fernando Santos para o Euro 2016:
Alguns factos históricos sobre pilar que atingiu grandes marcos no Clube de Alvalade e ficará para sempre destacado na história verde e branca
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João Rocha - antigo pilar que marcou a história do Clube de Alvalade - foi uma das pessoas mais carismáticas que liderou o Sporting. O Presidente que foi eleito em 1984 esteve 13 anos à frente dos verdes e brancos, período que fica marcado por inúmeros títulos.
Entre os cinco factos conhecidos sobre João Rocha, o antigo pilar dos leões destaca-se pelas grandes histórias destacadas em aventuras pela Taça UEFA. O Leonino recorda cinco curiosidades sobre a vida daquele que fica marcado nos livros de história do Sporting como um dos seus maiores símbolos:
Em 1984, João Rocha foi eleito Presidente do Sporting com 10.217 votos, num ato eleitoral que, na altura, se tornou no mais concorrido na história verde e branca. Atualmente, estas eleições já aparecem em quarto lugar no ranking leonino, ficando atrás de outros anos como 1984, 1988, 1989 e 2009.
O Sporting defrontou o Auxerre, conjunto francês, a contar para a Taça UEFA na época 1984/85. Em Alvalade, os leões tinham vencido por 2-0, mas, em França, acabaram surpreendidos e a eliminatória foi empatada aos 86 minutos da partida. Neste momento, João Rocha desceu até aos balneários, tomou dois comprimidos e deitou-se na marquesa de massagens até ao final do prolongamento. No fim de contas, tudo correu bem graças a Oceano e Litos, que resolveram o jogo.
Novamente na Taça UEFA de 1984/85, os leões tiveram de se deslocar até à URSS. O Sporting já tinha a eliminatória praticamente resolvida e, tal como era hábito, João Rocha decidiu levar um presente para os adversários na bagagem. O que ninguém adivinhava é que o icónico Presidente dos verdes e brancos ofereceu 50 litros de vinho do Porto ao então líder da União Soviética, Konstantin Chernenko.
Em 1985/86, o Sporting passou por um momento imperdoável que marcou o confronto frente ao Colónia na Taça UEFA: a tradicional troca de galhardetes não correu bem. Manuel Fernandes não reparou, mas Klaus Allofs, capitão do conjunto germânico, tinha acabado de lhe dar o objeto com a descrição 'Sporting Lissabon', sendo que todos sabem que o correto é 'de Portugal'. A situação piorou quando todos repararam que era o emblema do Benfica e não o do Sporting. João Rocha ficou indignado e protestou publicamente.
João Rocha foi o primeiro a pensar, em Portugal, na transformação de um clube numa empresa. O método que foi implementado, noutros moldes, 20 anos mais tarde, ficou totalmente alinhavado a 9 de março de 1974. No entanto, tudo foi por água abaixo com a Revolução de Abril, que ocorreu 47 dias depois.
Craque histórico, que atuava como extremo-esquerdo, terminou a carreira recheada de golos ao serviço do Clube de Alvalade depois de 11 temporadas à leão
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João Cruz - um dos grandes craques do Clube de Alvalade, que morreu a 7 de Julho de 1981 - fez história ao serviço do Sporting. O extremo-esquerdo, que à época era um dos jogadores mais famosos a atuar em Portugal, integrou o plantel leonino liderado pelo mítico Joseph Szabo, em outubro de 1936.
Nos factos conhecidos, João Cruz destaca-se pelo seu espírito goleador e vencedor, para além de ter uma história caricata na baliza do Sporting. O Leonino recorda cinco curiosidades sobre a vida daquele que fica marcado nos livros de história do Clube de Alvalade como um dos seus melhores 'matadores':
João Cruz carregou o símbolo do leão ao peito durante 11 anos, tempo suficiente para conquistar impressionantes 16 troféus: oito Campeonatos de Lisboa, três Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal, um Campeonato de Portugal, uma Taça Império e uma Taça 1.ª Categoria.
Apesar do Sporting só ter vencido o Campeonato de Lisboa, em 1942/43, ano em que perdeu a Taça de Portugal e o Campeonato Nacional para o Benfica, João Cruz fez história. O avançado do conjunto leonino não se cansou de faturar e acabou a época com 29 golos em 30 jogos, a melhor marca da sua carreira.
Um dos momentos mais caricatos da carreira de João Cruz no Sporting aconteceu numa partida frente ao eterno rival. O avançado dos leões teve de substituir João Azevedo, guardião verde e branco, num encontro contra o Benfica, e a verdade é que não podia ter corrido melhor. O craque esteve bem entre os postes e não sofreu qualquer golo.
Bastaram 11 temporadas para João Cruz se tornar num dos maiores goleadores da história leonina. O craque português encontra-se na 11.º posição do ranking que reúne os grandes matadores do Sporting, com 149 golos em 277 encontros, apenas um lugar atrás de Figueiredo, que se encontra em 10.º, com 150 remates certeiros.
Durante os anos 30 e 40, vários craques do plantel leonino davam alcunhas aos colegas. João Cruz era reconhecido como o 'Sinfonia', por ser considerado um grande jogador. Vários eram os nomes dados aos leões, por exemplo, Jesus Correia era o 'Dois Amores', devido à dupla paixão que englobava o hóquei em patins e futebol, Albano era o 'Feijão', por ser gordinho e pequeno, mas com muita classe em campo, e João Azevedo era o 'Zé dos Calos', pela forma como corria.
Equipa verde e branca foi mais longe do que todos os outros clubes e assegurou a conquista de troféu que, somado a outros dois, constitui algo inédito
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Em julho de 1984, o Sporting conquistou a Taça CERS e completou, dessa forma, o trio de troféus continentais mais prestigiados da modalidade, juntando esse título à Taça dos Campeões Europeus (1977) e à Taça das Taças (1981). Após o triunfo por 11 - 3 diante do Novara, de Itália, a equipa verde e branca tornava-se a primeira da Europa a atingir esse feito notável.
Sob o comando do mítico António Livramento - referência maior do hóquei nacional - o plantel leonino para a época 1983/84 era composto por nomes que ficariam na memória dos Sportinguistas: Ramalhete, Carlos Realista, José Rosado, Pedro Trindade, Campelo, Sérgio Nunes, Luís Nunes, Camané, Fernando Gonzada, Carlos Serra e Parreira.
O adversário da final era o histórico Novara, um colosso do hóquei italiano com quatro internacionais na equipa e um ambiente caseiro verdadeiramente hostil. O primeiro jogo foi mais próximo de uma batalha campal do que de um duelo técnico. Apesar de começar a vencer, o Sporting sucumbiu ao jogo físico e à pressão das bancadas, perdendo por 4 - 1.
A decisão final ficou então marcada para 7 de julho de 1984, no Pavilhão de Alvalade — que, naquele dia, se transformou num verdadeiro vulcão verde e branco. Com uma exibição vibrante e ofensiva desde o apito inicial, o Sporting chegou ao intervalo a vencer por 4 - 0, anulando a desvantagem da primeira mão com classe.
Na segunda parte, o Novara ainda reagiu e marcou cedo, igualando a eliminatória no agregado. Mas Sérgio Nunes, com dois golos decisivos, colocou o Sporting novamente por cima. O domínio foi absoluto até ao fim, culminando num triunfo por 11 - 3 (12 - 7 no total), perante um público em êxtase.
A campanha europeia não começou, no entanto, de forma tranquila. O sorteio da primeira eliminatória colocou o Sporting frente ao poderoso Noia da Espanha. A abordagem foi clara: resolver cedo e em casa. Em Alvalade, os leões impuseram um categórico 5 - 0. Na segunda mão, mesmo fora de portas, mostraram superioridade e venceram por 4 - 1.
Nos quartos-de-final, a história foi outra (ou melhor, o adversário era bem diferente). Frente ao modesto Gujan, de França, o desafio era manter a motivação. O resultado? Um massacre histórico: 33 - 1 em Lisboa, estabelecendo um recorde europeu que duraria mais de uma década. Na segunda mão, nova goleada por 23 - 4, deixando claro que os leões estavam determinados a levantar o troféu.
As meias-finais, no entanto, apresentaram um cenário de maior exigência. O adversário era o temido Voltregà, da Catalunha, já bem conhecido dos Sportinguistas. Em Alvalade, o equilíbrio foi evidente, mas o Sporting conseguiu vencer por 10 - 9. O segundo jogo, em Espanha, seria de tensão, mas também de eficácia leonina. Numa exibição de grande maturidade e disciplina tática, o Sporting venceu por 6 - 3 e carimbou o passaporte para a final.
A conquista da Taça CERS não foi um episódio isolado nos sucessos do Sporting neste ano e a vitória coroou uma semana memorável para o ecletismo do Clube. A 2 de julho, Fernando Mamede batia o recorde mundial dos 10.000 metros. No dia seguinte, 3 de julho, Paulo Ferreira conquistava uma etapa da Volta à França em ciclismo. E, para fechar com chave de ouro, no dia 7, o hóquei em patins conquistava a Europa.