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Histórias do Leão
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Orlando Duarte, nascido a 5 de Abril de 1957, é um dos nomes mais respeitados do futsal em Portugal, com uma carreira de treinador marcada por várias conquistas, nomeadamente ao serviço do Sporting. Iniciou a sua trajetória como técnico no Atlético CP, na temporada 1987/88, onde permaneceu durante cinco épocas. Aos leões chegou em 1993 e assim se deu início a uma bonita história.
Ao longo das nove temporadas à frente da equipa verde e branca, Orlando Duarte conquistou o campeonato nacional da 1.ª divisão, por seis vezes (1993, 1994, 1995, 1999, 2001 e 2011), foi vice-campeão noutras três ocasiões e ainda conquistou uma Taça de Portugal e uma Supertaça (2011). Demonstrou sempre uma atenção especial à formação e orientou os juniores A na conquista do campeonato distrital em três épocas. A sua influência no Clube foi reconhecida em 1999, com a atribuição do Prémio Stromp, na categoria Técnico.
Em 2000/01, após conquistar o título nacional, decidiu sair do Sporting para concretizar um sonho antigo: tornar-se selecionador nacional. Embora já integrasse os quadros da Federação Portuguesa de Futebol desde 1994, foi a partir dessa altura que assumiu em pleno o comando técnico da seleção. Sob a sua liderança, Portugal alcançou resultados históricos, como o terceiro lugar no Mundial de 2000, na Guatemala, e o segundo lugar no Europeu de 2010, realizado na Hungria.
Para além de ter projetado a seleção nacional no panorama internacional, criou uma mentalidade competitiva e ambiciosa que se manteve como o seu legado. Já depois de abandonar a equipa das quinas, foi distinguido com o prémio "Fernando Vaz", atribuído pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol, como reconhecimento pelo trabalho exemplar desenvolvido.
Orlando Duarte regressou ao Sporting em 2010/11, com metas bem definidas: conquistar todas as competições da época, entre elas a Supertaça, Taça de Portugal, Campeonato Nacional e a UEFA Futsal Cup. Iniciou a época precisamente com a conquista da Supertaça e terminou com um triplete: vitória no campeonato, na Taça de Portugal (ambas frente ao Benfica) e garantindo a presença na final da UEFA Futsal Cup, perdida diante do AS Montesilvano, por 5-2. No ano seguinte, voltou a ser galardoado com o Prémio Stromp, novamente na categoria Técnico.
No final da época 2011/12, a ligação entre Orlando Duarte e o Sporting chegou ao fim, tendo o técnico deixado o clube sem renovar contrato. Foi então substituído por Nuno Dias, que daria continuidade à trajetória de sucesso do futsal leonino e que é, ainda hoje, o timoneiro desta equipa, tendo vencido recentemente a Taça de Portugal, diante do Benfica (4-3).
Depois de deixar o Sporting, Orlando Duarte passou sete anos no Nikars, da Letónia, e seguiram-se experiências no Orchies Pévèle, em França, e no Piast Gliwice, da Polónia. Pelo meio, passou pela seleção da Letónia e continua neste país, agora para orientar o RFS Futsal. Continua a ser considerado uma figura incontornável do futsal nacional, tanto pelo legado no Sporting, como pelo impacto na seleção nacional.
Antigo técnico do Clube de Alvalade partilhou alguns dos sentimentos sobre jogos, objetivos e jogadores no seu tempo enquanto treinador dos leões
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Para além de jogar com a Listada verde e branca, Paulo Bento foi também treinador da equipa principal do Sporting, chegando em 2005/06, para substituir José Peseiro, depois de um terrível final de temporada em que este perdeu o campeonato e a Taça UEFA. Após aceitar um convite do Canal 11, o antigo técnico dos leões fez algumas revelações inéditas e destacou, inclusive, a final da Taça da Liga de 2008/09.
O encontro em questão foi uma partida entre Sporting e Benfica, em que a má prestação do árbitro acabou por ditar o vencedor. Numa altura em que os leões estavam a ganhar 1-0, Lucílio Baptista considerou que Pedro Silva - o mais injustiçado da noite - cometeu penálti ao tocar na bola com o peito fora da sua grande área. Revoltado, o brasileiro foi tirar justificações ao juiz e terminou expulso, com os encarnados a vencerem, posteriormente, o troféu, nas grandes penalidades.
Em declarações ao Canal 11, Paulo Bento revelou que ainda não conseguiu esquecer o encontro e não aceita a derrota: “Não se perderam duas finais, só se perdeu uma… essa não posso dizer que perdi, hei de viver até aos últimos dias da minha vida sem dizer que a perdi”.
Paulo Bento merecia mais ao serviço do Sporting, depois de quatro temporadas seguidas em segundo lugar, atrás do Porto. Questionado sobre os objetivos traçados em Alvalade, o antigo treinador respondeu: “Nós sabíamos por obrigação institucional e pela grandeza que tínhamos de ser campeões, era o objetivo”.
Após ser confrontado por um telespectador do Canal 11 sobre qual o melhor jogador com que jogou e treinou, Paulo Bento viu-se algo atrapalhado com a pergunta. Depois de algum tempo, respondeu: “No Benfica, lembro-me que joguei com Ricardo Gomes e com Mozer, João Pinto, na seleção com Figo e Rui Costa, no Sporting com (Pedro) Barbosa". Já na função de técnico, a resposta acabou por ser: “Se estamos a falar profissionalmente, daquilo que era o dia a dia, há um que já o disse mais de não sei quantas vezes, o João Moutinho foi o que mais me marcou até agora”.
Paulo Bento, vale lembrar, chegou ao Sporting no início da temporada 2005/06, para substituir o então treinador José Peseiro, onde ficou até novembro de 2009, altura em que se despediu e deu a vez a Carlos Carvalhal. Nos quatro anos e meio que teve como técnico principal dos leões, liderou a equipa à conquista de duas Taças de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.
Antigo jogador dos leões chegou também a técnico da equipa principal e fez pronunciou-se em relação a esse período da sua vida
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Depois de uma breve passagem como treinador da equipa de juniores, Paulo Bento foi o técnico principal do Sporting, entrando no decorrer da temporada 2005/06 até meados de 2009/10. No passado dia 21 de maio, a figura que em tempos também jogou de verde e branco, prestou declarações ao Canal 11, acompanhado do seu antigo diretor desportivo em Alvalade, Carlos Freitas.
Paulo Bento iniciou o seu percurso como treinador em Alcochete, ao serviço da equipa juniores do Sporting, onde teve a oportunidade de desenvolver pérolas do futebol leonino e, mais tarde, já ao serviço da equipa principal do Clube, de lançar muitos dos jovens que ajudou. Isto foi mencionado por Carlos Freitas, que se referiu a jogadores como Rui Patrício, Daniel Carriço, André Marques, Nani, João Moutinho e Miguel Veloso.
Com o descalabro do final da temporada de 2004/05 - em que os os verdes e brancos perderam uma final europeia -, o Presidente Dias da Cunha abandona o Sporting e, para o seu lugar, surge Soares Franco. Após receber convite para regressar a diretor desportivo, Carlos Freitas revelou uma conversa que teve com o recém-eleito dirigente máximo do Clube: "A indicação que eu dei foi a do Paulo Bento, porque era alguém que eu achava que estava mais do que preparado”.
Apesar da sua convicção, Carlos Freitas revelou que sabia dos riscos desta decisão. “Obviamente não havia histórico, a decisão era arriscada mas o suporte disto tudo era o conhecimento que eu tinha dele enquanto pessoa e a capacidade profissional que eu lhe reconheci”, disse, mostrando também o porquê de ser Paulo Bento o escolhido.
Depois de apenas uma temporada completa ao serviço da equipa júnior, em Alcochete, Paulo Bento chegou a treinador do plantel principal do Sporting. Questionado sobre se estava preparado para assumir o papel tão rápido, o técnico português respondeu: “Era um objetivo, mas não diria que seria tão rápido e que ao fim de 16 meses nos sub-19 chegaria à equipa A”. Ainda assim, estava completamente confiante nas suas competências: “A verdade é que se não me sentisse preparado naquela altura, não teria aceitado”.
Paulo Bento revelou, também, que estava muito confiante por ter um privilégio que, em Portugal, não é muito comum para os treinadores portugueses: “Tive tempo para perder e é importante quando o treinador tem tempo para perder e do outro lado sabem que ele vai perder e que, ainda assim, nele não se vai tocar. Isso, quando me despedi, em novembro de 2009, tinha a convicção e a clara certeza de que não me voltaria a acontecer”.
Recorde-se que Paulo Bento chegou ao Sporting no início da temporada 2005/06, para substituir o então treinador José Peseiro, onde ficou até novembro de 2009, altura em que se despediu e deu a vez a Carlos Carvalhal. Nos quatro anos e meio que atuou como técnico principal dos leões, liderou a equipa à conquista de duas Taças de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.
Aquele que é recordado como um dos episódios mais negros da história do futebol português aconteceu no final de competição nacional
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Durante um dérbi intenso entre Benfica e Sporting, no dia 18 de maio de 1996, Rui Mendes, Adepto Leonino morreu depois de ser atingido por um very-light, que foi lançado por Hugo Inácio, apoiante do clube da Luz. O episódio continua a ser lembrado com muito pesar.
A equipa de Octávio Machado alinhava com Costinha, Luís Miguel, Naybet, Marco Aurélio, Nélson, Luís Vidigal, Pedro Martins, Emílio Peixe, Afonso Martins, Sá Pinto e Iordanov. Já o conjunto encarnado, liderado pelo técnico Mário Wilson, entrou em campo com Preud’homme, Ricardo Gomes, Hélder Cristóvão, Dimas, Kenedy, Calado, Paulo Bento, Bruno Caires, Valdo, Mauro Airez e João Vieira Pinto.
O primeiro e mais marcante momento do jogo foi aos nove minutos, quando Mauro Airez faz o primeiro para os encarnados, foi aí que tudo começou. Durante os festejos do remate certeiro, Hugo Inácio, adepto do Benfica, atirou um very-light para a bancada sul do estádio e atingiu mortalmente Rui Mendes, adepto de 36 anos do Sporting.
Com toda esta tragédia que contava com a inquietação nas bancadas, o jogo seguiu e João Vieira Pinto fez o 2-0 para as águias, jogador que viria a bisar aos 67’ da partida. O único golo dos leões surge aos 83’, através de uma grande penalidade efetuada com sucesso por Carlos Xavier.
A verdade é que o Benfica acaba o jogo a levantar o título mais negro da sua história, depois de ter visto um adepto do Sporting a morrer em pleno jogo. O resultado foi o que menos importou nesse dia e a prova disso é que este momento permanece nas memórias de todos até hoje. Na altura, os leões arrecadaram integralmente com os custos do funeral de Rui Mendes.
O homem responsável pela tragédia, Hugo Inácio, é um adepto do Benfica que, em 1998 foi condenado a quatro anos de prisão, mas conseguiu fugir em 2000, tendo sido capturado em 2011. Voltou a ser julgado em 2016, depois de desobedecer a uma pena do tribunal, recebendo mais três anos de cadeia e a proibição de entrar em recintos desportivos durante sete anos, por posse de material pirotécnico. No entanto, em 2018, voltou a ser detido em pleno Estádio da Luz.