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Jogadores

António Botelho: Da passagem pelo Benfica aos altos e baixos no Sporting

Histórico guarda-redes português esteve envolvido numa guerra de verão protagonizada pelo Clube de Alvalade e pelo conjunto da Luz

Marcante guarda redes português foi disputado por dois eternos rivais no mercado de transferências do verão
Marcante guarda redes português foi disputado por dois eternos rivais no mercado de transferências do verão

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Foi no dia 8 de maio de 1947, em Lisboa, que nasceu António José da Silva Botelho. Conhecido apenas como Botelho, o guarda-redes com apenas 1,75 metros de altura, pequeno para os padrões habitualmente exigidos entre os postes, viria a fazer toda a sua carreira profissional em Portugal.


Início de percurso que incluiu o Benfica


Botelho, ainda jovem, começou a jogar futebol na década de 60, nos Leões de Campo de Ourique. Foi nessa altura que arriscou e foi tentar a sua sorte nos treinos de captação do Sporting. Chegou a ser convidado para assinar um vínculo com o Clube Verde e Branco, mas teve alguns problemas com o treinador e acabou por representar o Benfica durante três épocas nos escalões de formação.


Quando atingiu o patamar sénior, foi imediatamente emprestado aos Leões de Santarém, clube que estava na segunda divisão nacional. Na época seguinte (1966/1967), regressa às águias e é dispensado para o Atlético, onde teve a oportunidade de se estrear na 1.ª Divisão Nacional. O seu clube acabou na penúltima posição da tabela classificativa e desceu para a 2.ª Divisão. Logo na época posterior à despromoção, o Atlético acaba em primeiro lugar e volta ao maior patamar do futebol português.

Até que enfim, o Sporting


Em 1968/1969, a história repete-se e Botelho acaba a época com os olhos na 2.ª Divisão. A equipa não conseguiu repetir o feito e permaneceu no segundo escalão no ano seguinte, o que fez com que o guarda-redes procurasse novos clubes. É em 1970 que Botelho, finalmente, é contratado pelo Sporting para ser suplente do histórico Vítor Damas durante quatro épocas.

Durante estes quatro anos desportivos ao serviço dos Leões, conquistou apenas a dobradinha em 1973/1974, a sua última temporada antes de rumar ao Boavista. Botelho estava cansado de ser suplente em Alvalade, então chega ao Boavista, treinado por Pedroto, onde teve a oportunidade de conquistar duas Taças de Portugal em três épocas. Foi neste momento feliz da equipa nortenha que cumpriu um sonho e representou duas vezes a Seleção A de Portugal.

O regresso a Alvalade

Com o bom desempenho no Boavista, o guarda-redes regressa aos Leões, desta vez para ser titular. O contexto favoreceu Botelho, que viu Vítor Damas a partir para Espanha e o suplente Conhé a rescindir o seu contrato com o clube. Aproveitou esta oportunidade de ouro e foi titular durante duas épocas em Alvalade, o que lhe rendeu a conquista da Taça de Portugal em 1977/1978. O verão de 1979 foi decisivo para sua carreira depois de ser disputado entre Benfica e Sporting.

As águias levaram a melhor e Botelho transfere-se então para o clube rival ao lado do colega João Laranjeira, enquanto Fidalgo e Eurico fizeram o percurso contrário. A verdade é que nos vermelho e brancos pouco jogou, fazendo três temporadas enquanto suplente de Bento. Participou apenas na conquista da Supertaça em 1980/1981, num duelo marcante frente aos Leões. As suas duas últimas épocas foram passadas no Amora, na Primeira Divisão Nacional e no Seixal, que ainda se encontrava na Terceira Divisão.


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Serra e Moura: Capitão elegante que marcou o Sporting nos anos 20

Médio lendário do conjunto verde e branco, que até ergueu a braçadeira de capitão, ficou marcada pela sua elegância dentro das quatro linhas nos anos 20

Serra e Moura foi um histórico jogador do Sporting, que atuava na zona central do campo e marcou o Clube e todo o futebol nacional
Serra e Moura foi um histórico jogador do Sporting, que atuava na zona central do campo e marcou o Clube e todo o futebol nacional

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Francisco José de Serra e Moura nasceu no dia 3 de junho de 1898 e teve uma carreira inteiramente dedicada ao Sporting, o Clube do seu coração. Em seis épocas de carreira, marcou 11 golos nos 75 jogos que disputou e ajudou o conjunto verde e branco a comemorar três Campeonatos de Lisboa.


Inicio no Sporting


Num percurso semelhante ao de Francisco Stromp, que também passou por diversas modalidades, o craque começou a destacar-se no atletismo, no salto e comprimento e até no Hóquei em Campo, mas o seu caminho rapidamente se virou para o futebol. Nesta modalidade, Serra e Moura destacou-se pela grande elegância em campo, jogando em todas as posições que ocupavam o meio-campo.


Serra e Moura teve como época de estreia 1924/25, ano em que foi campeão de Lisboa, mas só na temporada seguinte é que atingiu o lugar de titular indiscutível da equipa principal do Sporting. Em 1927/28, o médio voltou a vencer o Campeonato de Lisboa e na época seguinte tornou-se capitão do Clube.

O médio elegante tornou-se capitão do Sporting assim que Jorge Vieira teve alguns problemas com a direção e decidiu fazer uma interrupção na sua carreira de futebolista. No ano em que ergueu a braçadeira, também se foi mostrando como uma das figuras imprescindíveis no futebol nacional.


Pela equipa principal de futebol do Sporting, Serra e Moura fez seis épocas e marcou 11 golos em 75 jogos disputados. O médio foi importante nas conquistas do conjunto verde e branco, ajudando o Clube a comemorar os três Campeonatos de Lisboa dos anos 20.

A morte trágica

As seis épocas do médio aconteceram entre as épocas 1924/25 e 1929/30. Durante estes anos, Serra e Moura também fez parte da equipa principal da seleção nacional, tendo até se tornado o capitão da seleção das quinas, mesmo só disputando três partidas a titular com as cores de Portugal.


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Lúcio Soares: o histórico defesa goleador do Sporting superado apenas por Coates

Antigo craque que atuava em zonas mais recuadas do campo pelos leões destacou-se pelas características de remate fora do comum

Lúcio Soares foi um lendário defesa do Sporting, que foi superado apenas recentemente por Sebastián Coates
Lúcio Soares foi um lendário defesa do Sporting, que foi superado apenas recentemente por Sebastián Coates

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Lúcio Soares nasceu no dia 31 de maio de 1934 em Mahuaçu, uma região em Minas Gerais, no Brasil. O defesa, que também atuava como médio, acabou o seu percurso no Sporting com 35 golos em 110 partidas disputadas em cinco temporadas, sendo um dos defensores com mais finalizações certeiras da história dos leões, superado apenas por Sebastián Coates - um dos jogadores com mais jogos pelos verde e brancos. O craque conquistou um Campeonato Nacional, duas Taças de Honra, uma Taça de Portugal e uma Taça das Taças.


O antigo craque do Sporting era filho de um português de Fafe e começou a dar os seus primeiros passos no Estrelinha em tempos que ainda era muito jovem. O defesa passou por outros clubes no Brasil como o Atlético Mineiro, o Manhumirim e o Fluvasan de Manhuaçu, tendo depois transferindo-se para o Rio de janeiro, local onde pôde alinhar em conjuntos como a Portuguesa e o América.


A chegada muito esperada


Foi em 1959 que Lúcio chegou ao Sporting com o estatuto de ser um dos melhores a atuar no campeonato brasileiro. O craque acabou por representar o Clube verde e branco durante cinco épocas, nas quais se destacou pelo seu pontapé fortíssimo, mesmo jogando na linha defensiva.

Lúcio terminou a sua carreira de leão ao peito, com 35 golos em 110 jogos oficiais pelo Clube. Com estes números impressionantes, o craque acabou por se tornar o defesa com mais remates certeiros na história, tendo sido superado recentemente pelo ex-capitão uruguaio, Sebástian Coates.


Em cinco temporadas, Lúcio Soares conquistou um Campeonato Nacional, duas Taças de Honra, uma Taça de Portugal e uma Taça das Taças. O atleta foi muito importante para a conquista do título europeu em 1964, quando marcou o segundo golo do Sporting no prolongamento do jogo de desempate em que os Leões derrotaram a Atalanta por 3-1.

Além de toda a história feita ao serviço do Sporting, foi ao lado de David Júlio que Lúcio Soares se tornou o primeiro jogador estrangeiro a atuar pela seleção principal de Portugal. O jogador fez apenas cinco internacionalizações e a sua estreia aconteceu em 1960, numa derrota com a Alemanha por 2-1.

A morte trágica

Lúcio Soares formou-se em Ciências Económicas e Financeiras na Faculdade Nilo Peçanha no Rio de Janeiro e acabou por morrer de forma trágica. No dia 15 de outubro de 1974, quando tinha 40 anos de idade, viu se envolvido num acidente ocorrido num rio, onde acabou afogado.


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Héctor Yazalde: 'Chirola' que ficará para sempre na história do Sporting

Antigo internacional argentino representou o Clube de Alvalade durante quatro temporadas, tendo um impressionante registo de 126 golos em 131 jogos

Héctor Yazalde é um dos grandes goleadores na história do Sporting, tendo até vencido uma Bota de Ouro enquanto representava os leões
Héctor Yazalde é um dos grandes goleadores na história do Sporting, tendo até vencido uma Bota de Ouro enquanto representava os leões

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Héctor Yazalde - que recentemente quase foi superado por Gyokeres - nasceu no dia 29 de maio de 1946, em Buenos Aires, na Argentina. Mesmo com muitas dificuldades, o craque conseguiu cumprir o seu sonho de jogar futebol ao mais alto nível. O avançado tornou-se num histórico goleador Sporting, ao marcar 126 golos em somente 131 jogos pelo Clube. Pelo conjunto leonino, o argentino conquistou um Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal, isto para lá de ter vencido a Bota de Ouro e ter estipulado o recorde de golos do prémio, com 46 finalizações certeiras. 


As dificuldades nunca o pararam


Yazalde cresceu em Villa Florito, um bairro muito pobre na Argentina e, na altura, o seu coração dividia-se entre a paixão pelo futebol e o sonho de ser médico. O craque, por necessidade, começou a trabalhar muito novo. Vendia jornais e também ajudava o irmão com a venda de fruta, tendo sido nesses anos apelidado de “Chirola”, uma referência às pequenas moedas argentinas, que gostava de trocar para parecer que tinha mais dinheiro nos bolsos.


“Chirola” começou a jogar descalço na rua, até que Júlio Mocoroa, um olheiro, o levou para jogar no Los Andes. Ao que parece, saiu poucas vezes do banco, o que lhe deu uma nova vida, mas desta vez, no Racing, onde voltaria a ser dispensado por ter um físico muito fraco. Já sem esperanças, mas com muito esforço, Yazalde consegui um lugar no Atlético Piraña, equipa amadora na qual se começou a destacar pelo fator golo. Em 1967, o Independiente, um gigante argentino, estava atento e contratou-o para integrar o ataque da equipa.

Um início difícil de um caminho histórico


Foi rápida a adaptação e Yazalde facilmente se destacou. O argentino marcou 72 golos em 117 jogos, o que lhe valeu a convocatória para a seleção da Argentina e também, um lugar de destaque no Sporting. Os leões contrataram o craque em 1971, uma transferência recorde para o Campeonato Nacional. O goleador não pôde ser inscrito de imediato, então só se estreou em setembro. No balneário verde e branco, o salário do avançado começou por causar alguma desconfiança por parte dos colegas, algo que acabaria por ser ultrapassado.

A grande marca de Yazalde

Juntaram-se algumas lesões, mas Yazalde encontrou apoio nas noites lisboetas, nas quais conheceu a futura mulher, Carmizé, uma atriz portuguesa. “Chirola” fez umas duas primeiras épocas belíssimas, mas explodiu verdadeiramente em 1973/74, quando atingiu a marca dos 46 golos na liga portuguesa, acabando por receber a Bota de Ouro no final da temporada. Além disso, num grande ato de humildade, o craque argentino recebeu um Toyota como prémio e decidiu vendê-lo para dividir o dinheiro com os colegas de equipa, como uma forma de reconhecer que todos contribuíram para atingir aqueles números.

A época seguinte foi a última de Yazalde pelos leões. O ponta de lança foi, novamente, um dos maiores marcadores na Europa, mas, agora, com 30 golos que lhe valeram a Bota de Prata. Em quatro épocas pelo Sporting, o craque somou 126 golos num total de 131 jogos e eternizou-se nos livros de história do Clube. Como já era de esperar, “Chirola” teve o interesse dos grandes conjuntos mundiais, como o Real Madrid, mas acabou mesmo por reforçar o Marselha em 1975. Em França, o avançado esteve muito bem, mas viu-se obrigado a voltar ao país de origem, com o sonho de jogar o Mundial de 1978 pela Argentina.

Yazalde transferiu-se para o Newell’s Old Boys, mas as coisas não lhe correram muito bem porque o emblema não tinha as condições ideais. Para piorar tudo, o argentino foi ainda diagnosticado com uma hepatite, doença que lhe provocou uma depressão devido ao seu débil estado de saúde. O ponta-de-lança tentou ainda voltar a jogar, agora pelo Huracán, mas só conseguiu fazer apenas um jogo, terminando o seu percurso em 1982. Depois de futebolista, ainda foi treinador e empresário, mas esta nova carreira durou apenas 15 anos. Yazalde acabou por morrer no dia 18 de junho de 18997, com apenas 51 anos, vítima de cirrose hepática.


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