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Nascido a 21 de abril de 1970, Filipe Ramos é um ex-futebolista que representou a equipa do Sporting, durante sete épocas, entre as temporadas 1989/90 e 1995/96. O antigo médio centro português teve uma carreira na qual somou 273 partidas, 119 das quais ao serviço da turma verde e branca. Ainda em Alvalade, apontou dois golos e conquistou uma Taça de Portugal em 1995/95 e uma Supertaça na época seguinte.
Filipe Ramos fez a sua formação no Torreense, clube onde também fez a sua estreia como sénior. Mesmo acabado de sair dos escalões jovens, Ramos mostrou ser uma das peças mais fundamentais da equipa de Torres Vedras, onde nas suas duas primeiras épocas na equipa principal apontou dois golos em 38 jogos.
Como se veio a verificar, as suas exibições não passaram despercebidas, quando o selecionador da seleção sub-20, e futuro treinador do Sporting, Carlos Queiroz, o chama para ser um dos convocados a representar a seleção das quinas, no Mundial do mesmo escalão. Esta dupla de jogador e treinador viria a encontrar-se apenas uns anos mais tarde, quando ambos representaram o emblema leonino.
Na Arábia Saudita, Filipe Ramos foi dos mais utilizados de Portugal em toda a prova, sendo titular em quatro das seis partidas. No final da competição, a sorte sorriu para a equipa portuguesa, que bateu na final a Nigéria por 2-0, iniciando-se assim o período da “Geração de Ouro”, da qual fizeram parte outros jogadores leoninos como João Vieira Pinto, Paulo Sousa ou Paulo Alves.
A prestação de Filipe Ramos no Mundial FIFA sub-20 chamou a atenção de vários clubes para o centro-campista e um deles foi o Sporting. No verão de 1989, tornou-se numa das primeiras do presidente Sousa Cintra, que procurou nele um novo patrão para o meio-campo da equipa leonina, mas este fez poucos jogos na sua época de estreia. Ao comando de Raul Águas, Ramos realizou apenas cinco partidas.
A chegada de Marinho Peres como treinador dos Leões na época seguinte, serviu como catalisador para a afirmação de Filipe Ramos no onze do Sporting. A jogar como número 8, Ramos deu continuidade à boa forma que teve quando ganhou o Mundial sub-20 e mostrou o porquê da aposta de Sousa Cintra.
Em três anos como titular absoluto da formação de Alvalade levantou dois troféus: a Taça de Portugal de 1994/95 e a Supertaça Cândido de Oliveira da seguinte época. Estes resultados e exibições permitiram que Ramos representasse a seleção nacional A por três vezes. Infelizmente, o seu bom momento de forma foi travado por lesões: na época 1995/96, apenas disputou três jogos, naquela que foi a sua última época de leão ao peito.
Após a sua saída de Alvalade, Filipe Ramos teve uma carreira mais discreta pelo futebol português, representando emblemas como o Marítimo, o Vitória de Guimarães ou a Naval e terminou o seu percurso como jogador ao serviço do Mafra, que foi o clube que lhe deu um virar de página na sua vida profissional.
Neste último emblema, estreou-se em 2005/06 como o treinador principal da equipa, cumprindo três épocas, até à sua saída para o Real Massamá, em 2009/10. Desde 2011 que Filipe Ramos é selecionador nacional jovem por Portugal, passando por escalões como os sub-15 até aos sub-19, escalão que se encontra atualmente a orientar.
Antigo guarda-redes viveu conformado com o facto de ser uma segunda escolha e nem por isso deixou de ser determinante no balneário
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Tiago Ferreira teve uma carreira algo discreta, mas simultaneamente marcante no Sporting. O antigo guarda-redes notabilizou-se pelo profissionalismo que sempre demonstrou ter e, apesar de nunca ter sido titular indiscutível, mostrou-se estar pronto para responder quando foi chamado. Foi, assim, que chegou aos 128 jogos de leão ao peito ao longo de 15 épocas em Alvalade.
Nascido em Torres Vedras, a 16 de abril de 1975, Tiago iniciou o seu percurso no futebol no A dos Cunhados, antes de assinar pelo Lourinhanense, em 1991. Depois de passar pelas camadas jovens deste clube, estreou-se pela equipa principal, em 1994, e numa só época provou que merecia dar o salto das distritais para o principal escalão. Aos 20 anos, e referenciado por Ferenc Meszaros, chegou ao Sporting.
Conformado com a condição de suplente, passou duas épocas com um único jogo realizado, até ter recebido mais oportunidades em 1997. Na época seguinte jogou, finalmente, como titular, em 31 partidas, mas a contratação do renomado Peter Schmeichel forçou o empréstimo de Tiago ao Estrela da Amadora, onde atuou por duas temporadas.
Em 2001, Tiago regressou ao Sporting e se nos dois primeiros anos de novo com a Listada verde e branca ainda fez mais de 20 jogos, a verdade é que, a partir daí, não voltou a somar este número de partidas numa só época. Passou a ser conhecido por estar sempre disponível e por ter uma ética de trabalho exemplar.
Com a falta de espaço no plantel, o ex-guarda-redes afirmou-se, por outro lado, como um elemento de união no balneário e um apoio para os titulares que se seguiram: Ricardo e Rui Patrício. Acabou, também, por fazer parte das conquistas do campeonato e da Taça de Portugal, em 2001/02, de uma Supertaça, em 2002/03, e de mais uma Taça de Portugal, em 2006/07.
Depois de terminar a carreira de jogador, em 2012, Tiago manteve-se ligado ao Sporting, como não podia deixar de ser, e passou a integrar a equipa técnica, primeiro como treinador-adjunto dos juniores, em 2012/13, e mais tarde desempenhou a mesma função na equipa B dos leões.
Em 2017, foi convidado para ser treinador de guarda-redes. A sua experiência e conhecimento da casa foram vistos como trunfos importantes na transição de jovens talentos. O antigo guardião, agora com 50 anos, ainda se mantém neste cargo, a par de Hugo Tecelão, fazendo assim parte da equipa técnica de Rui Borges.
Guarda-redes húngaro tinha já muita experiência quando foi contratado pelo Clube de Alvalade e conseguiu tornar-se campeão nacional
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No início da década de 1980, o Sporting encontrava-se à procura de um guardião que trouxesse estabilidade à baliza, após a saída de Vítor Damas, e a resposta viria do Leste europeu, com a contratação de Ferenc Mészáros, um dos guarda-redes mais respeitados da Europa na altura. Pelo Sporting, chegou aos 80 jogos em duas épocas.
Antes de pisar os relvados portugueses, o guarda-redes natural de Szekszárd já somava um vasto percurso no futebol húngaro, país que também 'enviou' para Portugal o histórico. Após uma breve passagem pelo MTK, foi no Vasas SC que cimentou o seu estatuto de lenda doméstica.
Ao serviço do clube de Budapeste, conquistou um campeonato, duas Taças da Hungria e uma Mitropa Cup, distinções que lhe valeram a titularidade na seleção. Com 29 internacionalizações, representou a Hungria nos Mundiais de 1978 e 1982, sendo este último já como jogador do Sporting.
A estreia em Alvalade foi fulgurante. Na época 1981/82, Mészáros tornou-se uma das figuras de destaque do plantel comandado por Malcolm Allison, tendo um papel essencial na campanha que culminou com a conquista do campeonato nacional e da Taça de Portugal. A solidez, segurança e experiência que transmitia à defesa leonina granjearam-lhe rapidamente a confiança dos Adeptos e o reconhecimento da crítica. Era o equilíbrio perfeito entre classe e frieza.
Na temporada seguinte, voltou a ser protagonista ao ajudar o Sporting a conquistar a Supertaça Cândido de Oliveira, encerrando assim um ciclo de títulos consecutivos. Surpreendentemente, no final dessa época, deixou o Clube de Alvalade, após 80 jogos com a Listada verde e branca, rumando ao Farense, onde jogou durante uma época. Apesar da curta estadia no Algarve, manteve o prestígio intacto.
O regresso à Hungria aconteceu em 1984, quando assinou pelo Győri ETO FC, clube no qual permaneceu duas temporadas. Mas Portugal já o tinha conquistado. Regressou ao país que o acolhera de braços abertos para integrar o Vitória de Setúbal, onde jogou por três épocas. Curiosamente, voltou a encontrar nomes familiares no Bonfim, como Jordão, Manuel Fernandes, Eurico, Zezinho e Ademar, sendo que Manuel Fernandes viria mesmo a ser seu treinador.
Quando pendurou as luvas, já com 39 anos, Mészáros não abandonou o futebol. Deu início à carreira de treinador, tendo uma breve experiência no Vasas, antes de regressar a Portugal para integrar os quadros técnicos do Sporting, como treinador de guarda-redes. Trabalhou ainda no Lourinhanense, na altura clube satélite dos leões, mantendo-se ligado à formação de novos talentos e à identidade Sportinguista. Ferenc Mészáros morreu a 9 de janeiro de 2023, aos 72 anos, mas o seu legado permanece vivo na memória dos Adeptos que o viram jogar.
Antigo defesa-central dos leões jogou pelo emblema de Alvalade por 175 ocasiões, num total de 14.561 minutos dentro de campo com a Listada verde e branca
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Tonel cedo mostrou qualidades de liderança e segurança defensiva, atuando preferencialmente como defesa-central. Apesar de não se ter conseguido afirmar na equipa principal dos dragões, o início da sua carreira sénior passou por um empréstimo de longa duração à Académica e, findado o vínculo com os dragões, mudou-se para o Marítimo.
Depois de uma época na Madeira, que serviu como o ponto de viragem, assinou finalmente pelo Sporting e apesar de ter iniciado trabalhos com José Peseiro, passou a estar, mais tarde, às ordens de Paulo Bento, o técnico escolhido para dar a volta aos maus resultados do emblema de Alvalade. O 'abanão' produziu resultados e os leões acabaram a época na segunda posição do campeonato, algo impensável ao cabo das primeiras jornadas.
A sua chegada ao Sporting foi marcada por uma rápida integração no plantel leonino. Ao lado de Anderson Polga, Tonel formou uma das duplas centrais mais sólidas da Primeira Liga nos anos seguintes e chegou, até, a envergar a braçadeira de capitão. Em cinco temporadas em Alvalade, Tonel marcou ainda 17 golos e fez cinco assistências, números impressionantes para um defesa-central.
Durante a sua passagem por Alvalade, Tonel conquistou duas Taças de Portugal (2006/07 e 2007/08) e duas Supertaças Cândido de Oliveira (2007 e 2008). Foi também vice-campeão nacional por três vezes, tendo ficado, ainda assim, a faltar a conquista do título mais desejado para qualquer emblema.
Em 2010, Tonel terminou a sua ligação com o Sporting e assinou pelos croatas do Dínamo Zagreb. Apesar de uma boa receção e de ter contribuído para a conquista de um campeonato croata e de uma taça, o seu tempo em Zagreb foi relativamente curto. Regressaria a Portugal em 2012, duas temporadas e meia depois, para representar o Beira-Mar e, mais tarde o Feirense, antes de pendurar as chuteiras, em 2016.
No plano internacional, Tonel representou Portugal nas camadas jovens por 47 ocasiões, incluindo a seleção olímpica nos Jogos de Atenas 2004, embora na equipa principal das quinas nunca tenha consigo ter grandes oportunidades, dado que não foi além de duas partidas, fruto da forte concorrência no centro da defesa nacional, que na altura contava com nomes como Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Fernando Meira. Atualmente, trabalha como comentador e analisa, recorrentemente, o Sporting.