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Jogadores
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Tiago Rocha terminou a carreira no dia 7 de junho de 2025 ao serviço do Tremblay HB, equipa francesa, com 39 anos. O pivot representou a equipa de Andebol do Sporting entre 2017 e 2021, tendo realizado 178 jogos e marcado 503 golos. Em quatro épocas de leão ao peito, o craque conquistou um Campeonato Nacional - que consolidou o bicampeonato dos verde e brancos.
Nascido a 17 de outubro de 1985 em São Paio de Oleiros, Tiago Rocha fez a sua formação entre três clubes: São Paio de Oleiros, Colégio de Carvalhos e Porto. O pivot estreou-se profissionalmente pelos dragões, emblema que representou durante 10 anos, entre 2004 e 2014.
Neste período ao serviço dos azuis e brancos, o pivot ergueu sete Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e três Supertaças. Já consolidado como um nome grande do andebol nacional, Tiago Rocha foi contratado pelo Wisla Plock da Polónia em 2014. Pelos polacos, fez 106 jogos, nos quais marcou 371 golos.
Sem títulos na Polónia, em 2017, Tiago Rocha viu uma oportunidade de regressar a Portugal, mas desta vez, para o Sporting. Nesta época, o pivot foi uma das contratações mais sonantes do plantel leonino por já se ter afirmado como capitão da seleção nacional e levar uma grande experiência ao nível das competições de clubes da EHF.
No dia 6 de setembro de 2017, Tiago Rocha fez história ao marcar o primeiro golo de sempre do Pavilhão João Rocha. O feito aconteceu aos dois minutos e 10 segundos no jogo que contava para a primeira jornada do campeonato nacional de Andebol, contra o AC Fafe.
Tiago Rocha fez uma belíssima época 2017/18 ao serviço do Sporting, tendo conquistado o Campeonato Nacional, o único título em quatro anos pelos leões. Ainda assim, o pivot ficou marcado pela excelente capacidade de finalização nos momentos em que era exigido pela equipa, terminando com 503 golos em 178 jogos de verde e branco.
Em 2021, Tiago Rocha foi para França, onde teve passagens no Grand Nancy, no Cesson-Rennes e no Tremblay HB. Este último foi o clube no qual terminou a carreira no dia 7 de junho de 2025. O pivot acabou o seu percurso no Andebol com uma grande relevância na seleção nacional, na qual se tornou capitão e fez 355 golos em 143 jogos.
Ala brasileiro foi um dos melhores jogadores da modalidade leonina e teve três passagens com registos muito vitoriosos pelo Clube de Alvalade
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Divanei Alexandre Menino, conhecido apenas como Divanei, nasceu no dia 10 de junho de 1984 em Cardeal, uma cidade localizada no Brasil. O craque tornou-se numa lenda leonina ao consagrar-se como um dos melhores jogadores que já passou pela equipa de futsal do Sporting - que venceu os Leões de Porto Salvo por 5-4 nas meias-finais em 2024/25. Nas seis épocas (marcadas por duas passagens) de leão ao peito, o ala festejou cinco Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, três Supertaças e duas Taças de Honra da AFL.
A Fundação Jorge Antunes contratou Divanei em 2005, clube português onde deu nas vistas e conseguiu transferir-se para um grande, o Sporting. O craque que se tinha destacado por ser um ala de tamanha qualidade, chegou aos leões em 2008/09, momento em que se afirmou como uma das peças mais importantes do plantel leonino.
Logo na sua primeira época de leão ao peito, Divanei conquistou o título de campeão nacional, tendo sido crucial ao marcar golos em todas as quatro partidas que contaram para a final desta competição. A temporada seguinte não foi diferente e o craque manteve-se com um registo bastante vitorioso.
Em 2010/11, Divanei ganhou a Supertaça, Taça de Portugal, Campeonato Nacional e ainda foi vice-campeão Europeu na UEFA Cup. No final da época, o craque brasileiro despediu-se em lágrimas do Clube de Alvalade, porque se ia transferir para os russos do CSKA de Moscovo.
A verdade é que Divanei voltou ao Clube onde tinha sido feliz em 2012. O craque foi anunciado oficialmente como reforço do Sporting para a época 2012/13, com vínculo de duas temporadas. Nestes dois anos, o ala brasileiro conseguiu mais um bicampeonato, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e outra Taça de Honra da AFL.
Divanei voltou a despedir-se do Sporting em 2013/14, mais uma vez em lágrimas, para desta vez rumar ao Kairat Almaty, equipa do Cazaquistão. Depois de mais três épocas fora, o ala conseguiu o segundo e último regresso a Alvalade na temporada 2017/18, um ano inesquecível para os Sportinguistas, no qual o craque brasileiro conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça de Honra da AFL.
Apesar de o ano ter sido incrível, Divanei voltou a deixar os leões e nunca mais regressou. O craque prosseguiu a sua carreira em países como Sérvia, França e Itália. Durante este período, ainda esteve ao serviço do Portimonense, clube português no qual se lesionou e o Sporting ajudou na recuperação. Em seis épocas ao serviço dos verde e brancos conquistou cinco Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, três Supertaças e duas Taças de Honra da AFL.
Antigo jogador é, ainda hoje, conhecido pela velocidade e pelos golos que apontou de leão ao peito, principalmente pelo conjunto secundário verde e branco
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Luís Lourenço, avançado saído da formação do Sporting, nasceu no dia 5 de junho de 1983, em Angola, mas ganhou dupla nacionalidade depois de vários anos em Portugal, onde passou por diversos clubes. Pelo emblema de Alvalade, apontou cinco golos em 34 jogos pelo plantel principal e mais 22 remates certeiros em 34 encontros pela equipa B.
Lourenço iniciou o seu percurso no futebol nas camadas jovens do Sporting e foi em 2001 que recebeu a primeira oportunidade de jogar no principal escalão. Um ano antes, pela equipa B, havia feito 17 jogos, com quatro golos marcados, tendo sido emprestado na segunda época aos ingleses do Bristol City.
De regresso ao Sporting, foi lançado para a primeira equipa por László Boloni, à semelhança de Cristiano Ronaldo. Participou em dois jogos da Taça de Portugal, competição que o Sporting viria a conquistar, contribuindo assim para esse título ainda nos primeiros passos da sua carreira sénior.
Na temporada seguinte, e devido ao pouco espaço no plantel para continuar a jogar ao mais alto nível, foi cedido por empréstimo ao Oldham Athletic, novamente em Inglaterra, mas a passagem revelou-se curta e pouco produtiva, com apenas uma partida disputada. Regressou a Alvalade e também à equipa B, mas seria em 2003/04 que ganharia verdadeiro protagonismo.
Integrado no plantel principal por Fernando Santos, participou em 32 encontros e apontou cinco golos. No entanto, a chegada de Liedson na época seguinte reduziu-lhe o espaço que já não era muito, levando a nova cedência, desta vez ao Belenenses, onde realizou 27 partidas.
O vínculo com o Sporting prolongou-se até 2006, altura em que assinou pelo Vitória FC. No ano seguinte, voltou a viajar para fora e foi nos gregos do Panionios que passou os três anos seguintes. Antes de voltar a Portugal, ainda no campeonato helénico, atuou no Kerkyra.
Em 2010, Luís Lourenço voltaria para Portugal, mas nunca mais conseguiria estabilizar-se num clube. Em 2017, vestiu a camisola do Atlético CP e foi este o seu último desafio nos relvados como jogador, até porque praticamente de seguida acabaria por iniciar a carreira como treinador, sendo atualmente adjunto do também ex-Sporting Leandro Grimi no Sporting de Covilhã.
Confira, abaixo, alguns dos melhores momentos de Luís Lourenço no Sporting:
Antigo jogador e treinador deixou grandes memórias aos adeptos do Clube verde e branco e, após deixar os relvados, continuou a declarar-se ao leão
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No coração da pequena aldeia de Sarilhos Pequenos, no concelho da Moita, nasceu, a 5 de junho de 1951, um dos maiores craques da história do futebol português: Manuel José Tavares Fernandes. Desde cedo influenciado pelo fervor Sportinguista da mãe, que morreu quando tinha apenas 10 anos, cresceu embalado pelos relatos radiofónicos dos jogos do Sporting. Esse amor pelo Clube perdurou durante toda a sua vida.
O seu primeiro contacto formal com o futebol aconteceu de forma tardia, aos 16 anos, quando integrou os juvenis do modesto Sarilhense. Sem equipas de escalões intermédios no clube, foi promovido de imediato à equipa principal, disputando a extinta III Divisão Nacional. O seu instinto de golo depressa chamou a atenção e, na época seguinte, rumou à CUF, um dos clubes mais sólidos da 1.ª Divisão. De reserva a figura central, a ascensão de Manuel foi meteórica. Em poucos anos, dava nas vistas nos relvados portugueses e começava a somar internacionalizações pela seleção nacional.
A sua mãe costumava dizer-lhe que jogaria no Sarilhense, na CUF e no Sporting... e assim foi. Em 1975, após o fim do contrato com a CUF, e com propostas tentadoras de Porto e Belenenses em cima da mesa, foi o Clube do coração que falou mais alto. O Sporting avançou e deu-lhe a oportunidade de cumprir o sonho de menino. Chegou a Alvalade com a ingrata missão de substituir Héctor Yazalde. Muitos duvidaram, mas o avançado respondeu com golos: logo na estreia, num jogo particular contra a Académico de Coimbra, marcou três dos cinco golos leoninos. Era o início de uma era.
Durante 12 temporadas com a camisola verde e branca, Manuel Fernandes construiu uma carreira ímpar: 447 jogos, 265 golos e uma aura de capitão que nunca vacilou. Sagrou-se campeão nacional por duas vezes (1979/80 e 1981/82), conquistou duas Taças de Portugal e uma Supertaça. Em 1985/86, já com 35 anos, foi o melhor marcador do Campeonato Nacional, com 30 golos. Formou com Rui Jordão uma das duplas mais temidas do futebol português, ladeados por craques como Salif Keita e António Oliveira. Entre muitas exibições memoráveis, destaca-se a inesquecível tarde de 14 de dezembro de 1986, quando marcou quatro dos sete golos com que o Sporting esmagou o Benfica por 7-1, um jogo que, segundo o próprio, “valeu mais que um campeonato”.
Apesar da sua regularidade e qualidade, a carreira internacional de Manuel Fernandes não refletiu o seu estatuto no futebol nacional. Fez 31 jogos e marcou nove golos pela Seleção A, mas falhou as fases finais do Euro 1984 (por lesão) e do Mundial de 1986, o que considerou uma injustiça profunda. Ainda assim, respondeu com lealdade. regressando à equipa nacional após o “caso Saltillo”, quando Portugal precisou de reconstruir o grupo após a crise mexicana.
A sua carreira como treinador começou no Vitória de Setúbal, ainda como jogador. Demonstrando a mesma paixão pelo jogo, não hesitou em abraçar desafios difíceis. Levou à 1.ª Divisão clubes como Campomaiorense, Santa Clara, Penafiel e União de Leiria. Em 2001, conquistou uma Supertaça pelo Sporting, onde voltou em várias funções técnicas e diretivas. Esteve ao lado de Bobby Robson, substituiu Augusto Inácio, e foi até diretor da equipa B e responsável pelo scouting. O seu compromisso com os le\oes atravessou gerações e direções, mantendo-se sempre como um símbolo respeitado e acarinhado.
A 27 de junho de 2024, Manuel Fernandes morreu aos 73 anos, depois de uma dura luta contra um cancro. Pouco tempo antes, concretizava um dos seus últimos desejos: ver o Sporting sagrar-se novamente campeão nacional. Nesse mesmo ano, recebeu postumamente o Prémio Stromp na categoria Gratidão, reconhecendo uma vida dedicada ao Clube e ao futebol português. Anos antes, em 1979, já havia sido distinguido com o mesmo prémio, na categoria Atleta Profissional. Aproveite e carregue aqui para recordar cinco curiosidades sobre Manuel Fernandes.