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O duelo entre Sporting e Porto, disputado a 4 de abril de 1937, no Campo Grande, válido para a 10.ª ronda do campeonato nacional, aconteceu numa altura em que a época não estava a ser favorável para nenhuma das equipas. Os dragões atravessavam um momento particularmente difícil, agravado por uma pesada derrota por 3-0 frente ao Vitória de Setúbal, e os leões vinham de um desaire caseiro, diante do Belenenses, que então lutava taco a taco com o Benfica pelo topo da tabela.
Ainda assim, o encontro despertava grande expectativa. Além de ser um Clássico, contava com um ingrediente especial: a estreia no banco leonino de Joseph Szabo. O técnico húngaro, que já tinha passado pelo Porto, foi contratado pelo Sporting numa jogada estratégica de Joaquim Oliveira Duarte, o então Presidente leonino, que se antecipou aos portistas, que pretendiam voltar a contar com este técnico.
Outro fator que apimentava o ambiente era a derrota pesada sofrida pelo Sporting na temporada anterior, por 10-1. Havia, portanto, um desejo evidente de desforra, embora ninguém imaginasse quão rapidamente e de forma tão contundente ela se concretizaria.
Nesse dia, o onze do Sporting foi composto por: João Azevedo; João Jurado, Mário Galvão; Manecas, Rui Araújo, Aníbal Paciência; Adolfo Mourão, Pireza, Soeiro, Heitor e João Cruz. Já o Porto, orientado por Franz Gutkas, apresentou-se com Soares dos Reis, Vianinha, Guilhar, Ernesto Santos, Carlos Pereira, João Nova, Reboredo, Pinga, Santos, Gomes da Costa e Valdemar Mota.
Aos 33 minutos, João Cruz abriu o ativo e deu o mote para o que viria a ser uma tarde inesquecível para os leões. Soeiro ampliou a vantagem pouco antes do intervalo e, logo de seguida, Cruz marcou o segundo da sua conta pessoal, encerrando a primeira parte com um expressivo 3-0.
Logo no arranque da segunda parte, Pireza fez o quarto golo para os anfitriões, mas a resposta do Porto surgiu de imediato por intermédio de Pinga (4-1). A esperança renascida nos azuis e brancos, porém, durou pouco: Pireza, João Cruz e Soeiro marcaram em rápida sucessão, colocando o marcador em 7-1, com ainda meia hora por disputar.
Com o gosto da vingança bem presente, os leões pareciam prontos a devolver a goleada sofrida anteriormente. Contudo, a avalanche ofensiva perdeu fôlego temporariamente, e só perto do fim, nos derradeiros cinco minutos, Soeiro voltou a faturar. Com o seu quarto golo da partida, tornou-se o primeiro jogador a alcançar esse feito num clássico entre Sporting e Porto.
Faltou apenas um tento para igualar o histórico 10-1, mas os adeptos leoninos tiveram pelo menos o consolo de poder afirmar, com justiça, que naquele dia a vitória foi conquistada de forma leal: onze contra onze, até soar o apito final.
No último encontro entre Porto e Sporting (1-1), Iván Fresneda fez o golo dos leões:
Guarda-redes da equipa adversária fez uma grande exibição que, ainda assim, não foi suficiente para permitir festejos do título para o conjunto verde e branco
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O Sporting conquistou pela 14.ª vez a Taça de Portugal ao derrotar o Belenenses, por 1-0, na final disputada no Jamor, no dia 27 de maio de 2007. Liedson - que viu um recorde ser igualado esta época - foi o maior responsável pela vitória dos leões, depois de marcar o golo já perto no final do jogo aos 87’.
Paulo Bento, técnico do Sporting, foi para campo com Ricardo, Abel Ferreira, Marco Caneira, Anderson Polga, Rodrigo Tello, Miguel Veloso, Romagnoli, João Moutinho, Alecsandro, Liedson e Nani, com as entradas de Tonel (65’), Yannick Djaló (70’) e Custódio (91’). Jorge Jesus, treinador do Belenenses, alinhou com Costinha, amaral, Rolando, Nivaldo, Rodrigo Alvim, Sandro Gaúcho, Cândido Costa, Silas, Zé Pedro, Ruben Amorim, Dady e as entradas posteriores de Fernando Moura (71’), José Garcés (75’) e Carlitos (88’).
Pedro Proença, árbitro da partida, deu o apito inicial e, apesar do pontapé de saída ter sido dado pelo Sporting, foi o Belenenses que criou a primeira oportunidade, depois do remate de Amaral junto ao poste da baliza de Ricardo.
Pouco depois, na resposta ao ataque sofrido, Romagnoli rematou para a defesa de Costinha, que viria a fazer um grande jogo. A bola sobrou na área, mas nenhum dos jogadores dos leões conseguiu empurrar a bola para o fundo das redes.
Ainda na primeira parte foram criadas mais algumas oportunidades para ambos os lados. No entanto, o destaque vai para o remate de Silas que obrigou Ricardo, guarda-redes leonino, a uma grande intervenção na partida.
Se Costinha já se tinha destacado na primeira parte, na segunda o seu desempenho não foi diferente. Logo após o intervalo, o guarda-redes do Belenenses defendeu o remate de cabeça perigosíssimo de Liedson. Sete minutos depois, Ricardo respondeu também com um grande defesa do outro lado do campo.
O guardião dos azuis estava em altas e, depois das inúmeras tentativas do Sporting, só deixou a bola passar aos 87’, quando a sua equipa só tinha 10 em campo. Liedson foi o responsável por fazer o 1-0 de cabeça despois do cruzamento de Miguel Veloso. Desta forma, o conjunto verde e branco levantou o seu 14.º troféu da prova rainha.
Com alguns intervenientes a fazer o seu último jogo, conjunto verde e branco sai vitorioso e garante lugar em competição continental
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Em tom de despedida de Beto Acosta e do treinador Manuel Fernandes - antigo craque que entrou para lista dos que têm mais jogos pelos leões - o Sporting enfrentava o Marítimo, no dia 27 de maio de 2001, a precisar da vitória para se classificar a próxima edição da Taça UEFA. O jogo acabou 1-0, com o golo de Pedro Barbosa aos cinco minutos da partida.
Manuel Fernandes, treinador do Sporting, jogou de início com Peter Schmeichel, César Prates, Beto, Rui Jorge, André Cruz, Toñito, Pedro Barbosa, Paulo Bento, Sá Pinto, Beto Acosta e Rodrigo Fabri, com as entradas de Horváth (79’), Rodrigo Tello (86’) e Mbo Mpenza (65’). Os escolhidos de Nelo Vingada para alinhar pelo Marítimo foram Nélson, Lino, Paulo Sérgio, Jorge Soares, Carlos Mariano, Zeca, Jokanovic, Iliev, Musa Shannon, Quim Ferraz e Hugo Porfírio.
Para além das despedidas, era também o último da época para os leões. Duarte Gomes, árbitro da partida, deu o apito inicial no jogo que viria a ter o primeiro e único golo a surgir muito cedo, por intermédio de Pedro Barbosa, aos cinco minutos.
O remate certeiro nasceu da sequência do canto e Pedro Barbosa, nas alturas, conseguiu marcar de cabeça e fazer o 1-0 para os leões. O Marítimo conseguiu reagir ao golo sofrido com alguma capacidade ofensiva, mas sem remates alinhados com a baliza defendida por Peter Schmeichel.
Apesar do calor que se sentia, o conjunto leonino foi pausadamente dominando o jogo. De livre, André Cruz, conhecido por ser especialista nestes momentos, atira com força à barra da baliza adversária. A segunda parte foi um verdadeiro festival de golos desperdiçados pelo Sporting, começando logo com a falha de Sá Pinto no lado direito do ataque, o mesmo jogador que, logo de seguida, voltou a falhar um cabeceamento isolado na sequência de um canto.
Nos últimos 25 minutos, Mbo Mpenza, que tinha entrado aos 66’, prefere passar a bola em vez de rematar e perde uma grande oportunidade de golo. André Cruz voltou a estar perto de marcar de livre, mas Nélson voltou a defender.
Já perto do final, Beto Acosta, que se despedia do Clube, passou a bola para Horváth, que falhou outra chance dos leões. O jogo acabou mesmo 1-0 e o Sporting conseguiu a classificação para a edição da Taça UEFA da temporada seguinte.
Depois de um jogo de grande esforço em que os leões acabaram a partida com 10 jogadores, o troféu da prova rainha seguiu para o Norte do país
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O Sporting disputou a final da Taça de Portugal contra o Porto, no Estádio Nacional do Jamor, no dia 26 de maio de 2024. No final do encontro, o resultado sorriu aos azuis e brancos, que venceram a partida por 2-1, com necessidade de prolongamento. O golo solitário dos leões foi apontado por Jeremiah St. Juste (20’).
Nesta tarde de futebol, Ruben Amorim lançou para o onze verde e branco Diogo Pinto, Gonçalo Inácio, Sebastián Coates - um dos maiores totalistas da história do Clube -, Jeremiah St. Juste, Geny Catamo, Morten Hjulmand, Hidemasa Morita, Nuno Santos, Francisco Trincão, Viktor Gyokeres e Pedro Gonçalves. Do lado do Porto, Sérgio Conceição apostou em Diogo Costa, João Mário, Otávio, Zé Pedro, Wendell, Nico González, Alan Varela, Francisco Conceição, Pepê, Galeno e Evanilson
O Sporting entrou em campo sem nenhuma das duas opções principais para a sua baliza: Antonio Adán estava de fora desde fevereiro e Franco Israel tinha acabado de fazer uma intervenção cirúrgica. Como tal, o jovem guarda-redes Diogo Pinto foi chamado para defender a baliza leonina. Apesar da dificuldade apresentada, foram os leões que abriram o marcador no Jamor, através de St. Juste. Aos 20 minutos de jogo, o central holandês saltou mais alto que todos para responder com uma cabeçada a um canto batido por Pedro Gonçalves, fazendo assim o 1-0 na partida.
A vantagem verde e branca durou pouco tempo. Apenas cinco minutos depois do golo do Sporting, Geny Catamo domina mal a bola dentro da sua grande área e deixa-a à mercê de Evanilson que apenas teve de a fazer passar por Diogo Pinto (25’). O cenário rapidamente piorou quando aos 30 minutos, Jeremiah St. Juste perdeu a frente do lance e deixou Galeno no chão de forma faltosa. Com auxílio do VAR, o árbitro da partida decidiu expulsar o central holandês, deixando os leões com 10 jogadores para o resto do jogo.
Com menos um em campo, o Sporting teve uma segunda parte de grande entrega pela frente. Como seria de esperar, quem teve o domínio do jogo foi o Porto, que apenas não marcou graças ao esforço feito pelo jovem guarda-redes Diogo Pinto. Mesmo com menos bola, os leões conseguiram criaram algumas oportunidades, que foram salvas pelo guardião portista, Diogo Costa.
A partida acabou por ser decidida no prolongamento, aos 100 minutos de jogo. Enquanto Diogo Pinto saía para socar uma bola da sua área, Evanilson colocou-se entra o guarda-redes e o esférico, fazendo com que o guardião do Clube de Alvalade cometesse penálti sobre o brasileiro. Na conversão, Mehdi Taremi não desperdiçou a oportunidade e estabeleceu o 2-1 final no marcador.
O Porto conquistou, assim, a sua quarta Taça de Portugal consecutiva, naquele que foi o último jogo de Sérgio Conceição ao comando dos azuis e brancos. Já do lado do Sporting, depois da conquista do Campeonato Nacional, falhou a conquista da dobradinha que fugia ao Clube desde 2002, que apenas seria alcançada na temporada seguinte, em 2024/25.